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Exercícios de Sintaxe das Orações

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PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS PARA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
 
Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 
 
1
Seja bem-vindo à aula 4. 
É hora de deixar a folia de lado e se dedicar aos estudos. 
Resolveremos aqui exercícios de provas que tratam da sintaxe 
das orações do período. 
O organograma abaixo é uma apresentação sistemática e resumida 
do que entendemos por termos da oração. 
 
1. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) 
“Esse cenário precisa mudar e depende, basicamente, de ações do Estado 
em conjunto com a iniciativa privada.” 
“No final do ano passado, o Conselho Nacional de Justiça e o Supremo 
Tribunal Federal (STF) lançaram a campanha Começar de Novo...” 
Em ambas as ocorrências, o vocábulo “e” une orações de mesmo valor 
sintático. 
Comentário – Na primeira ocorrência, a conjunção “e” uma oração 
coordenada aditiva à sua anterior. Na segunda ocorrência, a conjunção não 
une orações, mas sim termos que funcionam como sujeito composto de verbo 
“lançaram”. 
Resposta – Item errado. 
 
1 Um lugar sob o comando de gestores, onde os 
 funcionários são orientados por metas, têm o desempenho 
 avaliado dia a dia e recebem prêmios em dinheiro pela 
4 eficiência na execução de suas tarefas, pode parecer tudo — 
 menos uma escola pública brasileira. Pois essas são algumas 
 das práticas implantadas com sucesso em um grupo de 
7 escolas estaduais de ensino médio de Pernambuco. A 
 experiência chama a atenção pelo impressionante progresso 
 dos estudantes depois que ingressaram ali. 
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2
[...] 
Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptações). 
2. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) O termo “Pois” (l. 5) estabelece uma 
relação de causa entre as informações anteriores e as do período em que 
esse termo se apresenta. 
Comentário – Não tenho informações de quantos candidatos erraram este 
item, mas creio que foram poucos. Por quê? Porque a conjunção pois é 
frequentemente apresentada aos estudantes apenas como explicativa ou 
conclusiva. Na maioria das vezes, dizemos que ela será explicativa quando 
surgir antes do verbo da oração a que pertence e conclusiva quando surgir 
depois dele e separa por vírgula. Não está errado; mas não é tudo, já que – 
como anunciei aqui mesmo nesta aula – não devemos analisar uma oração 
simplesmente pela conjunção que a introduz. Antes, devemos perceber a 
relação semântica estabelecida entre ela e outra. 
Perceba que o conectivo “Pois” traz período que expressa noção de 
adversidade, ressalva em relação ao enunciado anterior. É como se dissesse 
que, apesar da aparente impossibilidade – dadas as circunstâncias que 
envolvem a maioria das escolas publicas –, um grupo de escolas estaduais de 
ensino médio de Pernambuco logrou êxito em suas práticas educacionais. 
Configura-se, assim, um caso em que a conjunção pois é 
claramente detentora de valor semântico adversativo, equivalendo-se às 
conjunções mas, porém, entretanto, no entanto, todavia. 
Resposta – Item errado. 
 
1 Um Brasil com desemprego zero. Um Brasil bem 
 distante das estatísticas que apontam para uma taxa de 
 desocupação em torno de 9%. E um Brasil que coloca o seu 
4 mercado de trabalho nas mãos de empreendedores locais, 
 formais e informais. [...] 
O Globo, 6/4/2008, p. 33 (com adaptações). 
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3
3. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) A oração que se inicia com “que” (l. 
2) é adjetiva explicativa. 
Comentário – A oração iniciada pelo pronome relativo “que” serve de adjetivo 
restritivo ao substantivo “estatísticas”, restringindo seu alcance semântico. 
Além disso, note que ela não está separada do segmento em que se inclui pela 
pontuação – característica das orações adjetivas explicativas. 
Resposta – Item errado. 
 
1 Falei de esquisitices. Aqui está uma, que prova ao 
 mesmo tempo a capacidade política deste povo e a grande 
 observação dos seus legisladores. Refiro-me ao processo 
4 eleitoral. Assisti a uma eleição que aqui se fez em fins de 
 novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca 
 da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se, 
7 porém, diante de vícios e paixões, que as leis não podem 
 eliminar. [...] 
Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III. 
Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757. 
4. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) O emprego da vírgula após 
“paixões” (l. 7) justifica-se porque a oração subseqüente é explicativa. 
Comentário – A oração “que as leis não podem eliminar” expressa uma 
característica intrínseca do substantivo “paixões”, funcionando como um 
adjetivo explicativo. Sua retirada da frase em nada prejudica o conteúdo do 
texto. Ao se optar pela sua manutenção no período em que surge, deve-se 
separá-la do termo a que se refere pela pontuação. 
Resposta – Item certo. 
 
O diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Athayde 
 Fontoura Filho, reafirmou que a urna eletrônica apresenta risco zero de 
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4
 fraude e que a segurança pode ser aferida por meio da votação paralela, 
 realizada no dia da eleição, concomitantemente ao pleito oficial. 
Opções adaptadas. Internet: <www.tse.gov.br>. 
5. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Assinale a opção que não 
representa continuação coesa e coerente para o trecho acima. 
Porquanto, no período entre o primeiro e o segundo turno das eleições, o 
TSE tradicionalmente aproveita para verificar e corrigir as urnas de locais 
em que foram verificados problemas. 
Comentário – Notou que estamos diante de período introduzido pela 
conjunção “Porquanto”? Pois é, esse conectivo inicia oração coordenada com 
valor semântico de explicação ou oração subordinada adverbial que denota a 
causa do que aconteceu. Leia atentamente os dois trechos e perceba a 
incoerência entre eles. 
Resposta – Item certo. 
 
1 Uma antiga preocupação dos legisladores do 
 passado era a de assegurar o direito dos povos de manter 
 “os costumes da terra”. Assim fizeram os romanos com os 
4 municípios e as províncias, que se autogovernavam em 
 troca dos tributos em dinheiro ou soldados para expansão 
 de seu poder. [...] 
Mauro Santayana. Jornal do Brasil, 24/11/2006. 
6. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) O emprego de vírgula após 
“províncias” (l. 4) justifica-se por isolar oração de natureza explicativa. 
Comentário – Mais uma vez estamos diante de uma questão que envolve a 
natureza semântica da oração adjetiva (o segmento “que se autogovernavam 
em troca dos tributos em dinheiro ou soldados para expansão de seu poder” é 
iniciado pelo pronome relativo “que”, representante semântico dos 
substantivos “municípios” e “províncias”). Aqui, a oração adjetiva tem valor 
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5
explicativo, por revelar um atributo essencial dos termos a que se refere, e 
deve ficar separada da oração principal pelo sinal de pontuação. 
Note a recorrência de questões que conjugam o emprego de 
vírgulas com orações subordinadas adjetivas. 
Resposta – Item certo. 
 
1 O termo groupthinking foi cunhado, na década de 
 cinquenta, pelo sociólogo William H. Whyte, para explicar 
 como grupos se tornavam reféns de sua própria coesão, 
4 tomando decisões temerárias e causandograndes fracassos. 
 Os manuais de gestão definem groupthinking como um 
 processo mental coletivo que ocorre quando os grupos são 
7 uniformes, seus indivíduos pensam da mesma forma e o 
 desejo de coesão supera a motivação para avaliar alternativas 
 diferentes das usuais. [...] 
Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta 
Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações). 
7. (Cespe/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento da argumentação, o valor 
semântico das orações iniciadas por “tomando” e “causando”, ambas na 
linha 4, permite interpretá-las como causa para a conceituação de Whyte; 
por isso correspondem a porque tomavam decisões temerárias e 
causavam grandes fracassos. 
Comentário – As relações estabelecidas entre as orações indicam que o 
segmento “tomando decisões temerárias e causando grandes fracassos” 
exprime o motivo pelo qual “grupos se tornavam reféns de sua própria 
coesão”. Repare que as orações que servem de causa ou motivo estão 
reduzidas (sem conjunção que as introduz, verbo na forma nominal conhecida 
como gerúndio). O que a banca examinadora propôs foi simplesmente o 
desenvolvimento delas por meio da introdução da conjunção causal “porque” e 
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6
da conjugação dos verbos em uma forma finita (pretérito imperfeito do 
indicativo). 
Resposta – Item certo. 
 
 
[...] 
8. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Médio/2011) Seria mantida a relação 
sintático-semântica entre as orações que compõem o terceiro período do 
texto ao se substituir “uma vez que” (L.9) por qualquer um dos termos a 
seguir: porque, porquanto, já que, visto que, conquanto. 
Comentário – A locução conjuntiva “já que” integra o rol das típicas 
conjunções subordinativas adverbiais que exprimem valor semântico de causa. 
Semelhantemente, as conjunções (ou locuções) porque, porquanto, já que e 
visto que também. Mas a conjunção conquanto, diferentemente, integra o 
conjunto das conjunções subordinativas adverbiais concessivas. Isso altera a 
relação sintático-semântica apontada pelo examinador. 
Resposta – Item errado. 
 
9. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na linha 6, preservam-se a correção gramatical e 
a coerência textual ao se inserir uma vírgula imediatamente após o 
vocábulo “coletivo”, mesmo que, com isso, as informações possam ser 
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7
tomadas como uma explicação — e não como uma caracterização — da 
expressão “processo mental coletivo”. 
Comentário – A introdução da vírgula muda o valor semântico da oração 
adjetiva “que ocorre”: de restritivo para explicativo; mas respeita a 
correção gramatical. Há, em nossa gramática, previsão para a mudança 
proposta. 
Cuidado em dobro você deve ter ao analisar a segunda parte 
da proposição. Um texto incoerente não é, necessariamente, aquele que sofreu 
leve desvio semântico. Repare, por exemplo, as seguintes frases: Paulo e João 
serão homenageados durante a solenidade. Paulo ou João será homenageado 
na solenidade. Embora a troca de uma conjunção aditiva por uma alternativa 
tenha causado alteração de sentido, isso não quer dizer que necessariamente a 
frase se tornou incoerente. 
A incoerência se caracteriza pela relação ilógica entre ideias, 
ações ou fatos; pela incongruência entre eles; pela falta de harmonia com 
elementos antecedentes ou referentes; pela desconexão. Veja um simples 
exemplo de incoerência textual: João chegou muito cansado do trabalho. 
Afinal, trabalhou dez horas no comércio e ainda teve que suportar uma viagem 
estressante de ônibus ao voltar para casa. Lá chegando, trocou de roupa 
rapidamente e foi correndo à academia. Ora, não faz muito sentido uma 
pessoa estar tão cansada e ir correndo à academia, não é mesmo? Isso não é 
incoerência? Se ninguém me der uma explicação satisfatória, vou começar a 
achar que "João" não estava tão cansado como o texto diz. 
Resposta – Item certo. 
 
 [...] Obcecados por conveniência, velocidade e modismos, 
7 somos presas fáceis para marcas que promovem a obsolescência 
 prematura de seus produtos. Segundo especialistas, esse 
 comportamento é o fenômeno da posse transitória, termo que define 
10 o pouco tempo que permanecemos com os produtos que compramos. 
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8
 Por sinal, o mesmo raciocínio estende-se às relações, tanto pessoais 
 quanto profissionais. Priorizamos resultados de curto prazo e 
13 queremos tudo ao mesmo tempo agora. E, assim, aos poucos, sem 
 perceber, vamos construindo uma sociedade descartável. 
Luiz Alberto Marinho. Sociedade descartável. In: Vida 
Simples, dez./2008, p. 80 (com adaptações). 
10. (Cespe/TCE-Acre/ACE/2009) Preservam-se a coerência e a correção do 
texto ao se ligar o período iniciado por “Priorizamos” (l.12) ao anterior por 
meio da conjunção conquanto, escrevendo-se do seguinte modo: [...] 
profissionais, conquanto priorizamos [...]. 
Comentário – Estamos novamente às voltas com a conjunção concessiva 
conquanto, que exprime ressalva, objeção em relação a um fato, sem impedir 
a realização dele: Conquanto estivesse capacitado para exercer o cargo, não 
foi admitido. Ocorre que não se verifica entre os períodos iniciados por “Por 
sinal” e “Priorizamos” a ideia de objeção ou ressalva. Antes, a informação 
contida no período iniciado por “Priorizamos” justifica o que se declara no 
período anterior. 
Resposta – Item errado. 
 
 [...] 
 Não se trata de supor que há, de um lado, a coisa 
 física ou material e, de outro, a coisa como ideia e 
13 significação. Não há, de um lado, a coisa-em-si e de outro, a 
 coisa-para-nós, mas o entrelaçamento do físico-material e da 
 significação. A unidade de um ser é de seu sentido, o que faz 
16 com que aquilo que chamamos coisa seja sempre um campo 
 significativo. 
Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações). 
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9
11. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) De acordo com o desenvolvimento 
das ideias do texto, seria correto iniciar o último período sintático com o 
conectivo no entanto, fazendo-se o devido ajuste de inicial maiúscula. 
Comentário – A conjunção no entanto exprime adversidade, oposição, 
sentido que não se verifica no último período sintático do texto. Este, salvo 
melhor interpretação, é a conclusão do que foi dito. 
Resposta – Item errado. 
 
1 O poder político é produto de uma convenção, não 
 da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente 
 com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de 
4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus 
 direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida, 
 na liberdade e em outros bens. [...] 
 Destarte, a razão da organização da sociedade, da 
16 formação do poder político e da construção do Estado é a 
 conquista da segurança e da paz para todos os indivíduos, de 
 modo que eles possam gozar os seus direitos naturais. 
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, 
ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações). 
12. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A partir da conjunção “como” (l.2), a 
argumentação do texto estabelece comparação entre o poder político e 
outras formas de poder. 
Comentário – A comparação é feita entre “produto de uma convenção” e “da 
natureza”. Alémdisso, o vocábulo “como” exprime conformidade (= conforme 
postulava Aristóteles). 
Resposta – Item errado. 
 
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10
13. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A substituição da conjunção 
“Destarte” (l.15) pela oração Assim sendo manteria o sentido conclusivo 
do parágrafo e a correção gramatical do texto. 
Comentário – Aqui foi exigido simplesmente conhecimento da classificação da 
conjunção “Destarte” (= desta forma, deste modo, assim sendo, diante disso), 
que é pouco utilizada. Frise-se que, no texto, ela exprime ideia conclusiva, tal 
como Assim sendo. 
Resposta – Item certo. 
 
1 Na verdade, o que hoje definimos como democracia 
 só foi possível em sociedades de tipo capitalista, mas não 
 necessariamente de mercado. De modo geral, a 
4 democratização das sociedades impõe limites ao mercado, 
 assim como desigualdades sociais em geral não contribuem 
 para a fixação de uma tradição democrática. [...] 
Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista 
Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com adaptações). 
14. (Cespe/DPF/Agente/2009) Seria mantida a coerência entre as ideias do 
texto caso o segundo período sintático fosse introduzido com a expressão 
Desse modo, em lugar de “De modo geral” (l.3). 
Comentário – A expressão em negrito, conforme o que foi dito acima, tem 
valor semântico conclusivo, exprime a consequência, o desfecho de uma ideia 
anterior. Esse sentido é diferente do significado da expressão “De modo geral”, 
que denota imprecisão, generalização a respeito do que está sendo 
considerado. 
Resposta – Item errado. 
 
 [...] Na oposição que o texto faz entre a arte de falar e a 
13 arte de escrever, podemos encontrar não apenas as razões da 
 desqualificação da concepção gramatical da linguagem, mas 
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11
 também a indicação do estatuto que Rousseau confere à 
16 linguagem. [...] 
Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130. 
15. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Os operadores “não apenas” (l.13) e “mas 
também” (l.14- 15) possibilitam ao autor a apresentação de dois 
argumentos mutuamente excludentes. 
Comentário – Esses operadores são utilizados na aproximação de argumentos 
coordenados entre si e que se adicionam: “as razões da desqualificação da 
concepção gramatical da linguagem” e “a indicação do estatuto que Rousseau 
confere à linguagem”. 
Resposta – Item errado. 
 
16. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Haveria prejuízo para o sentido original do 
texto se, no trecho “O menino Emílio não existe, não existiu e não foi 
pensado para existir” (l.3-4), os termos grifados fossem substituídos pela 
conjunção coordenativa nem. 
Comentário – A conjunção “nem” é coordenativa sindética aditiva e significa 
“e não”. Portanto não há prejuízo na substituição indicada. 
Resposta – Item errado. 
 
1 A qualidade do ambiente urbano torna-se, cada vez 
 mais, uma destacada fonte de cobrança da população sobre 
 seus governantes. Repleta de problemas nessa área, a cidade 
4 de São Paulo experimenta, nos últimos anos, uma notável 
 mudança de comportamento das autoridades municipais, que 
 passam a incorporar o tema em suas prioridades de gestão. 
 [...] 
Folha de S.Paulo. Editorial, 8/1/2009 (com adaptações). 
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12
17. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O emprego de vírgula após “autoridades 
municipais” (l.5) justifica-se porque antecede oração subordinada adjetiva 
explicativa. 
Comentário – Está correto o que se declara. A oração depois da vírgula 
constitui uma informação de caráter explicativo em relação ao substantivo 
“autoridades municipais”. Frise-se que oração adjetiva de caráter restritivo 
não é separada pela vírgula. 
Resposta – Item certo. 
 
 [...] 
37 Não é preciso repetir que o Brasil é um país inovador. 
 O que nos falta é o suporte do crédito, de forma contínua, para 
 sustentar as inovações, é claro que com algumas notáveis 
40 exceções: alcançamos o estado da arte na produção de 
 combustíveis para transporte, e a EMBRAPA fez, em 30 anos, 
 uma revolução na produtividade de nossa agricultura e 
43 pecuária, dando um enorme retorno aos parcos recursos de 
 investimentos que recebeu. 
 [...] 
Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet: 
<www.cartacapital.com.br> (com adaptações). 
18. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) Mantém-se a relação existente 
entre as orações separadas no texto por dois-pontos (l.40), caso esse 
sinal de pontuação seja substituído por vírgula e, após esta, seja 
acrescentado o vocábulo pois. 
Comentário – Primeiramente, você precisa entender que a oração iniciada 
pela forma verbal “alcançamos” é apositiva, isto é, explica, esclarece, 
desenvolve o sentido do substantivo “exceções”. A conjunção pois surgida 
antes do verbo da oração a que pertence e separada da oração anterior pela 
vírgula (“...é claro que com algumas notáveis exceções, pois alcançamos...”) 
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13
também introduz segmento de valor semântico explicativo. Portanto a relação 
existente entre as orações é preservada com a alteração proposta pelo 
examinador. 
Resposta – Item certo. 
 
 [...] 
 Para que o Brasil se transforme, efetivamente, em 
46 protagonista importante da revolução que vai mudar, 
 profundamente, os processos de produção industrial e 
 agropastoril em todo o mundo, os próximos governos terão de 
49 dar prioridade absoluta aos investimentos em inovação e ao 
 desenvolvimento tecnológico. 
 [...] 
Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet: 
<www.cartacapital.com.br> (com adaptações). 
19. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) Na linha 46, o pronome “que” 
introduz uma oração de sentido explicativo. 
Comentário – Perceba que o Cespe gosta de “brincar” com as orações 
adjetivas. As explicativas, repito, vêm separadas da sua principal pelo 
competente sinal de pontuação (vírgula, travessão, parênteses). Em “que vai 
mudar”, o pronome relativo introduz oração de sentido restritivo, pois 
especifica, restringe o sentido do substantivo “revolução”: não é qualquer 
revolução, e sim a que vai alterar significativamente os processos. 
Resposta – Item errado. 
 
 [...] Sua metodologia é 
 simples — por meio de conversas frequentes com a família, o 
13 voluntário receita cuidados básicos para evitar que a criança 
 morra por falta de conhecimento, como os hábitos de higiene, 
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14
 a administração do soro caseiro e a adoção da farinha de 
16 multimistura na alimentação, que se tornou uma solução 
 simples e emblemática contra a desnutrição. Mas o seu segredo 
 é um só: a persistência. 
Jornal do Commercio (PE), Editorial, 20/1/2010 (com adaptações). 
20. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Médio/2010) O trecho “que se tornou uma 
solução simples e emblemática contra a desnutrição” (l.16-17) está 
precedido por vírgula porque se trata de um trecho com função restritiva. 
Comentário – A oração iniciada pelo pronome relativo “que” tem valor 
semântico explicativo e esclarece a importância da adoção da farinha de 
multimistura na alimentação. A essa altura,você já deve ter certeza de que 
oração adjetiva explicativa vem separada por vírgula, ao contrário da adjetiva 
restritiva. 
Resposta – Item errado. 
 
10 [...] Ocorre que, ao dar vazão ao seu 
 insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar 
 em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem 
13 depara-se com seus limites. [...] 
Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.). 
Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações). 
21. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A oração iniciada por “ao dar 
vazão” (l.10) apresenta uma causa para o homem deparar-se “com seus 
limites” (l.13). 
Comentário – Não são apenas as subordinadas adjetivas que podem se 
apresentar sob a forma reduzida (sem conjunção inicial e com verbo em uma 
das formas nominais: particípio, gerúndio e infinitivo); as substantivas e as 
adverbiais também. É isso o que se verifica no segmento “ao dar vazão”. O 
problema é que o examinador afirmou que ela “apresenta uma causa”, o que 
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15
não corresponde aos fatos. A circunstância expressa pela oração é de tempo. 
Ela equivale a: “quando dá vazão”. 
Resposta – Item errado. 
 
1 O regime trabalhista, ao adotar estratégias de proteção 
 à saúde do trabalhador, institui mecanismos de monitoração 
 dos indivíduos, visando a evitar ou identificar precocemente os 
4 agravos à sua saúde, quando produzidos ou desencadeados 
 pelo exercício do trabalho. [...] 
Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios 
éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações). 
22. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A relação de significados que 
a oração introduzida por “ao adotar” (l.1) mantém com as demais orações 
do mesmo período sintático permite que se substitua essa oração por se 
adotasse, sem se prejudicar a coerência nem a correção gramatical do 
texto. 
Comentário – Estamos diante de outra oração adverbial reduzida (de 
infinitivo). Ela também expressa circunstância de tempo e equivale a: “quando 
adota”. Repare que a declaração indica um fato certo, real, positivo e habitual. 
A utilização da forma se adotasse (que caracterizaria uma oração adverbial 
condicional) tornaria o fato incerto, possível até, mas hipotético. Isso 
prejudicaria a coerência e a correção gramatical. 
Resposta – Item errado. 
 
 [...] Inovador é o 
7 indivíduo que procura respostas originais e pertinentes em 
 situações com as quais ele se defronta. É preciso uma atitude 
 de abertura para as coisas novas, pois a novidade é catastrófica 
10 para os mais céticos. Pode-se dizer que o caminho da inovação 
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16
 é um percurso de difícil travessia para a maioria das 
 instituições. Inovar significa transformar os pontos frágeis de 
13 um empreendimento em uma realidade duradoura e lucrativa. 
 [...] 
23. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) O período sintático iniciado por 
“Inovar significa” (l.12) estabelece, com o período anterior, relação 
semântica que admite ser explicitada pela expressão Por conseguinte, 
escrevendo-se: Por conseguinte, inovar significa [...]. 
Comentário – A expressão Por conseguinte integra segmento de valor 
semântico conclusivo. Mas a relação estabelecida é de explicação, justificativa. 
Resposta – Item errado. 
 
[...] 
 O imaginário, acionado pela imaginação individual, é 
19 pluriespacial e, na interação social, constrói a memória, a 
 história museológica. Mesmo que possamos pensar que 
 estereótipos são resultado de matrizes, a cultura é dinâmica, 
22 porquanto símbolos e estereótipos são olhados e 
 ressignificados em determinado instante social. 
Dina Maria Martins Ferreira. Não pense, veja. São 
Paulo: Fapesp&Annablume, p. 62 (com adaptações). 
24. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Preservam-se as relações 
argumentativas do texto bem como sua correção gramatical, caso se inicie 
o último período por Ainda, em lugar de “Mesmo” (l.20). 
Comentário – A substituição mantém o valor concessivo presente no último 
período e não causa nenhum prejuízo gramatical a ele. 
Resposta – Item certo. 
 
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17
 O corte de 125 mil empregos em junho indica que a esperança 
 de gradual retomada do crescimento do mercado de trabalho no 
10 curto prazo era prematura e não deverá se concretizar. As 
 razões para esse estancamento encontram-se no comportamento 
 do polo dinâmico da economia mundial, os países emergentes, 
13 cujo desenvolvimento econômico começou a desacelerar — 
 ainda que a partir de taxas exuberantes de expansão. 
Valor Econômico, Editorial, 6/7/2010 (com adaptações). 
25. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) No trecho “cujo 
desenvolvimento econômico [...] expansão” (L.13-14), identifica-se 
relação de causa e consequência entre a construção sintática destacada 
com travessão e a oração que a antecede. 
Comentário – O conectivo “ainda que” ressalta o valor semântico concessivo 
estabelecido na passagem. 
Resposta – Item errado. 
 
1 Para a maioria das pessoas, os assaltantes, assassinos e 
 traficantes que possam ser encontrados em uma rua escura da 
 cidade são o cerne do problema criminal. Mas os danos que tais 
4 criminosos causam são minúsculos quando comparados com os 
 de criminosos respeitáveis, que vestem colarinho 
 branco e trabalham para as organizações mais poderosas. 
 [...] 
James William Coleman. A elite do crime. 5.ª ed., 
São Paulo: Manole, 2005, p. 1 (com adaptações). 
26. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Sem prejuízo para a coerência 
textual e a correção gramatical, o trecho “Mas os danos [...] minúsculos”, 
que inicia o segundo período do texto, poderia ser substituído por: 
Embora os danos causados por esses criminosos sejam ínfimos 
[...]. 
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18
Comentário – A transformação prejudicaria o texto; o argumento ficaria sem 
conclusão; a estrutura oracional ficaria incompleta (com falta da competente 
oração principal). 
Resposta – Item errado. 
 
27. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A correção gramatical e a 
coerência do texto seriam preservadas se a oração “que possam ser 
encontrados em uma rua escura da cidade” (L.2-3) estivesse entre 
vírgulas. 
Comentário – A coerência é afetada com o uso das vírgulas, que transformam 
a oração restritiva em explicativa. 
Resposta – Item errado. 
 
 No lugar de alta carga tributária e estrutura de impostos 
 inadequada, o país deve priorizar investimentos que expandam 
16 a produção e contribuam simultaneamente para o aumento de 
 produtividade, como é o caso dos gastos com educação. É dessa 
 forma que são criadas boas oportunidades de trabalho, 
19 geradoras de renda, de maneira sustentável. 
O Globo, Editorial, 12/7/2010 (com adaptações). 
28. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A ausência de vírgula logo após 
o termo “investimentos” (L.15) permite concluir que, segundo o autor do 
texto, é necessário que, no Brasil, sejam priorizados investimentos 
voltados para a expansão da produção e para o aumento da 
produtividade. 
Comentário – A ausência de vírgula faz surgirorações (subordinadas 
adjetivas restritivas) que limitam e distinguem o alcance semântico do 
substantivo “investimentos”. Caso uma vírgula fosse empregada, as orações 
teriam natureza semântica explicativa. 
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19
Resposta – Item certo. 
 
29. (Cespe/STM/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2011) Entre as 
orações que compõem o período “não é preciso trabalhar com esses 
temas, ou sequer saber que existem” (L.14-15) estabelece-se uma 
relação sintático- semântica de alternância. 
Comentário – Que bela questão! Muitos candidatos erraram a resposta 
porque se deixaram levar pela aparência. Em outras palavras, eles viram a 
conjunção “ou” articulando as orações e prontamente concordaram com o 
argumento do examinador, sem analisar a real relação existente entre os 
segmentos. 
A ideia é a seguinte: não é preciso trabalhar com esses 
temas nem ao menos saber que eles existem. Ficou melhor assim? Deu para 
perceber que a conjunção “ou”, no contexto, tem valor semântico de adição, 
como a conjunção nem? Vou escrever de outra forma: não é preciso trabalhar 
com esses temas e também não é preciso saber que eles existem. Então, o 
que você me diz agora? 
Resposta – Item errado. 
 
Cinco curiosidades sobre Erasmo de Rotterdam (1467-1536) 
1 Nos primeiros anos como seminarista, em Bois le Due, 
 na Holanda, Erasmo dedicou-se mais à pintura e à música do 
 que à filosofia e à religião. 
 [...] 
Filosofia, nº 28, Escala Educacional, 16 
(com adaptações) 
30. (Cespe/Correios/Analista de Correios/Letras/2011) Na construção “mais à 
pintura e à musica do que à filosofia e à religião” (L.2-3), o vocábulo 
“que” introduz oração restritiva com verbo elíptico. 
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20
Comentário – Vocábulo que introduz oração (adjetiva) restritiva é pronome 
relativo. Na qualidade de pronome relativo, o que pode muito bem ser 
substituído por o/a qual, o que não é possível na passagem apresentada: 
...Erasmo dedicou-se mais à pintura e à música da qual à filosofia e à religião 
(estranho, não é?). Na verdade, o que é uma conjunção subordinativa que 
introduz oração adverbial com valor semântico de comparação. E é nas 
orações comparativas que o verbo costuma vir oculto. Observe: ...Erasmo 
dedicou-se mais à pintura e à música do que se dedicou à filosofia e à 
religião. 
Resposta – Item errado. 
 
31. (Cespe/Correios/Agente de Correios/Carteiro/2011) Assinale a opção 
correspondente ao trecho em que há mais de uma oração. 
(A) “Aposto que ela vai adorar.” 
(B) “Vou mandar um cartão de dia dos namorados para a Susi Derkins.” 
(C) “Ela é uma gatinha.” 
(D) “Eu fiz um coraçãozão vermelho.” 
(E) “Agora vou botar renda em volta.” 
Comentário – Para haver mais de uma oração, é necessário haver mais de 
um verbo com sentido próprio (dois verbos, duas orações, três verbos, três 
orações...) ou mais de uma locução adverbial. 
Alternativa A: “Aposto” = oração principal; “que ela vai 
adorar” = oração subordinada substantiva objetiva direta. O conjunto “vai 
adorar” é uma locução formada por verbo auxiliar + verbo principal. Note que 
ela pode ser substituída por adorará. 
Alternativa B: “Vou mandar” = locução verbal (Mandarei), 
uma oração. 
Alternativa C: “é” = um verbo, uma oração. 
Alternativa D: “fiz” = um verbo, uma oração. 
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21
Alternativa E: “vou botar” = uma locução verbal (botarei), 
uma oração. 
Resposta – A 
 [...] 
16 recolher. Não adiantou. Os protestos continuaram. A semana 
 terminou sem que estivesse claro o futuro político do maior 
 aliado dos Estados Unidos da América (EUA) no mundo árabe. 
 [...] 
Juliano Machado e Letícia Sorg. O grito árabe 
pela democracia. In: Época, 31/1/2011, p. 32 (com adaptações). 
32. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) No desenvolvimento da 
argumentação do texto, a oração “sem que estivesse claro o futuro 
político do maior aliado dos Estados Unidos da América (EUA)” (L.17-18) 
expressa circunstância de causa em relação à oração que a antecede. 
Comentário – Não! A relação é de modo. Como a semana terminou? De 
maneira isso aconteceu? Interessante é que a NGB não relaciona este tipo de 
oração no rol das subordinadas adverbiais. Porém esclarecidos gramáticos – 
como Bechara, Cegalla e Rocha Lima, por exemplo – percebem tal 
circunstância. Veja dois exemplos colhidos em Bechara e Cegalla: Os 
convidados saíram sem que fossem notados. Aqui viverás em paz, sem que 
ninguém te incomode. 
Resposta – Item errado. 
 
Está terminada a aula de hoje. 
Até o próximo encontro. 
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22
 
Pontos Importantes da Matéria 
 
 
 
 
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25
 
Lista das Questões Comentadas 
1. (Cespe/CEF/Arquiteto/2010) 
“Esse cenário precisa mudar e depende, basicamente, de ações do Estado 
em conjunto com a iniciativa privada.” 
“No final do ano passado, o Conselho Nacional de Justiça e o Supremo 
Tribunal Federal (STF) lançaram a campanha Começar de Novo...” 
Em ambas as ocorrências, o vocábulo “e” une orações de mesmo valor 
sintático. 
 
1 Um lugar sob o comando de gestores, onde os 
 funcionários são orientados por metas, têm o desempenho 
 avaliado dia a dia e recebem prêmios em dinheiro pela 
4 eficiência na execução de suas tarefas, pode parecer tudo — 
 menos uma escola pública brasileira. Pois essas são algumas 
 das práticas implantadas com sucesso em um grupo de 
7 escolas estaduais de ensino médio de Pernambuco. A 
 experiência chama a atenção pelo impressionante progresso 
 dos estudantes depois que ingressaram ali. 
[...] 
Veja, 12/3/2008, p. 78 (com adaptações). 
2. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) O termo “Pois” (l. 5) estabelece 
uma relação de causa entre as informações anteriores e as do período em 
que esse termo se apresenta. 
 
1 Um Brasil com desemprego zero. Um Brasil bem 
 distante das estatísticas que apontam para uma taxa de 
 desocupação em torno de 9%. E um Brasil que coloca o seu 
4 mercado de trabalho nas mãos de empreendedores locais, 
 formais e informais. [...] 
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26
O Globo, 6/4/2008, p. 33 (com adaptações). 
3. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008) A oração que se inicia com “que” (l. 
2) é adjetiva explicativa. 
 
1 Falei de esquisitices. Aqui está uma, que prova ao 
 mesmo tempo a capacidade política deste povo e a grande 
 observação dos seus legisladores. Refiro-me ao processo 
4 eleitoral. Assisti a uma eleição que aqui se fez em fins de 
 novembro. Como em toda a parte, este povo andou em busca 
 da verdade eleitoral. Reformou muito e sempre; esbarrava-se, 
7 porém, diante de vícios e paixões,que as leis não podem 
 eliminar. [...] 
Machado de Assis. A semana. Obra completa, v. III. 
Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757. 
4. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) O emprego da vírgula após 
“paixões” (l. 7) justifica-se porque a oração subseqüente é explicativa. 
 
O diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Athayde 
 Fontoura Filho, reafirmou que a urna eletrônica apresenta risco zero de 
 fraude e que a segurança pode ser aferida por meio da votação paralela, 
realizada no dia da eleição, concomitantemente ao pleito oficial. 
Opções adaptadas. Internet: <www.tse.gov.br>. 
5. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Assinale a opção que não 
representa continuação coesa e coerente para o trecho acima. 
Porquanto, no período entre o primeiro e o segundo turno das eleições, o 
TSE tradicionalmente aproveita para verificar e corrigir as urnas de locais 
em que foram verificados problemas. 
1 Uma antiga preocupação dos legisladores do 
 passado era a de assegurar o direito dos povos de manter 
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27
 “os costumes da terra”. Assim fizeram os romanos com os 
4 municípios e as províncias, que se autogovernavam em 
 troca dos tributos em dinheiro ou soldados para expansão 
 de seu poder. [...] 
Mauro Santayana. Jornal do Brasil, 24/11/2006. 
6. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) O emprego de vírgula após 
“províncias” (l. 4) justifica-se por isolar oração de natureza explicativa. 
 
1 O termo groupthinking foi cunhado, na década de 
 cinquenta, pelo sociólogo William H. Whyte, para explicar 
 como grupos se tornavam reféns de sua própria coesão, 
4 tomando decisões temerárias e causando grandes fracassos. 
 Os manuais de gestão definem groupthinking como um 
 processo mental coletivo que ocorre quando os grupos são 
7 uniformes, seus indivíduos pensam da mesma forma e o 
 desejo de coesão supera a motivação para avaliar alternativas 
 diferentes das usuais. [...] 
Thomaz Wood Jr. O perigo do groupthinking. In: Carta 
Capital, 13/5/2009, p. 51 (com adaptações). 
7. (Cespe/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento da argumentação, o valor 
semântico das orações iniciadas por “tomando” e “causando”, ambas na 
linha 4, permite interpretá-las como causa para a conceituação de Whyte; 
por isso correspondem a porque tomavam decisões temerárias e 
causavam grandes fracassos. 
 
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28
 
[...] 
8. (Cespe/EBC/Cargos de Nível Médio/2011) Seria mantida a relação 
sintático-semântica entre as orações que compõem o terceiro período do 
texto ao se substituir “uma vez que” (L.9) por qualquer um dos termos a 
seguir: porque, porquanto, já que, visto que, conquanto. 
 
9. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na linha 6, preservam-se a correção gramatical e 
a coerência textual ao se inserir uma vírgula imediatamente após o 
vocábulo “coletivo”, mesmo que, com isso, as informações possam ser 
tomadas como uma explicação — e não como uma caracterização — da 
expressão “processo mental coletivo”. 
 
 [...] Obcecados por conveniência, velocidade e modismos, 
7 somos presas fáceis para marcas que promovem a obsolescência 
 prematura de seus produtos. Segundo especialistas, esse 
 comportamento é o fenômeno da posse transitória, termo que define 
10 o pouco tempo que permanecemos com os produtos que compramos. 
 Por sinal, o mesmo raciocínio estende-se às relações, tanto pessoais 
 quanto profissionais. Priorizamos resultados de curto prazo e 
13 queremos tudo ao mesmo tempo agora. E, assim, aos poucos, sem 
 perceber, vamos construindo uma sociedade descartável. 
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29
Luiz Alberto Marinho. Sociedade descartável. In: Vida 
Simples, dez./2008, p. 80 (com adaptações). 
10. (Cespe/TCE-Acre/ACE/2009) Preservam-se a coerência e a correção do 
texto ao se ligar o período iniciado por “Priorizamos” (l.12) ao anterior por 
meio da conjunção conquanto, escrevendo-se do seguinte modo: [...] 
profissionais, conquanto priorizamos [...]. 
 
 [...] 
 Não se trata de supor que há, de um lado, a coisa 
 física ou material e, de outro, a coisa como ideia e 
13 significação. Não há, de um lado, a coisa-em-si e de outro, a 
 coisa-para-nós, mas o entrelaçamento do físico-material e da 
 significação. A unidade de um ser é de seu sentido, o que faz 
16 com que aquilo que chamamos coisa seja sempre um campo 
 significativo. 
Marilena Chaui. O que é ideologia, p. 16-8 (com adaptações). 
11. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) De acordo com o desenvolvimento 
das ideias do texto, seria correto iniciar o último período sintático com o 
conectivo no entanto, fazendo-se o devido ajuste de inicial maiúscula. 
 
1 O poder político é produto de uma convenção, não 
 da natureza, como postulava Aristóteles, e nasce juntamente 
 com a sociedade, quando os homens decidem abrir mão de 
4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus 
 direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida, 
 na liberdade e em outros bens. [...] 
 Destarte, a razão da organização da sociedade, da 
16 formação do poder político e da construção do Estado é a 
 conquista da segurança e da paz para todos os indivíduos, de 
 modo que eles possam gozar os seus direitos naturais. 
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30
Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, 
ciência&vida. Ano III, n.º 27, p. 40-1 (com adaptações). 
12. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A partir da conjunção “como” (l.2), a 
argumentação do texto estabelece comparação entre o poder político e 
outras formas de poder. 
 
13. (Cespe/Anatel/Nível Superior/2009) A substituição da conjunção 
“Destarte” (l.15) pela oração Assim sendo manteria o sentido conclusivo 
do parágrafo e a correção gramatical do texto. 
 
1 Na verdade, o que hoje definimos como democracia 
 só foi possível em sociedades de tipo capitalista, mas não 
 necessariamente de mercado. De modo geral, a 
4 democratização das sociedades impõe limites ao mercado, 
 assim como desigualdades sociais em geral não contribuem 
 para a fixação de uma tradição democrática. [...] 
Renato Lessa. Democracia em debate. In: Revista 
Cult, n.º 137, ano 12, jul./2009, p. 57 (com adaptações). 
14. (Cespe/DPF/Agente/2009) Seria mantida a coerência entre as ideias do 
texto caso o segundo período sintático fosse introduzido com a expressão 
Desse modo, em lugar de “De modo geral” (l.3). 
 
 [...] Na oposição que o texto faz entre a arte de falar e a 
13 arte de escrever, podemos encontrar não apenas as razões da 
 desqualificação da concepção gramatical da linguagem, mas 
 também a indicação do estatuto que Rousseau confere à 
16 linguagem. [...] 
Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 129-130. 
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31
15. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Os operadores “não apenas” (l.13) e “mas 
também” (l.14- 15) possibilitam ao autor a apresentação de dois 
argumentos mutuamente excludentes. 
 
16. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) Haveria prejuízo para o sentido original do 
texto se, no trecho “O menino Emílio não existe, não existiu e não foipensado para existir” (l.3-4), os termos grifados fossem substituídos pela 
conjunção coordenativa nem. 
 
1 A qualidade do ambiente urbano torna-se, cada vez 
 mais, uma destacada fonte de cobrança da população sobre 
 seus governantes. Repleta de problemas nessa área, a cidade 
4 de São Paulo experimenta, nos últimos anos, uma notável 
 mudança de comportamento das autoridades municipais, que 
 passam a incorporar o tema em suas prioridades de gestão. 
 [...] 
Folha de S.Paulo. Editorial, 8/1/2009 (com adaptações). 
17. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O emprego de vírgula após “autoridades 
municipais” (l.5) justifica-se porque antecede oração subordinada adjetiva 
explicativa. 
 
 [...] 
37 Não é preciso repetir que o Brasil é um país inovador. 
 O que nos falta é o suporte do crédito, de forma contínua, para 
 sustentar as inovações, é claro que com algumas notáveis 
40 exceções: alcançamos o estado da arte na produção de 
 combustíveis para transporte, e a EMBRAPA fez, em 30 anos, 
 uma revolução na produtividade de nossa agricultura e 
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32
43 pecuária, dando um enorme retorno aos parcos recursos de 
 investimentos que recebeu. 
 [...] 
Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet: 
<www.cartacapital.com.br> (com adaptações). 
18. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) Mantém-se a relação existente 
entre as orações separadas no texto por dois-pontos (l.40), caso esse 
sinal de pontuação seja substituído por vírgula e, após esta, seja 
acrescentado o vocábulo pois. 
 [...] 
 Para que o Brasil se transforme, efetivamente, em 
46 protagonista importante da revolução que vai mudar, 
 profundamente, os processos de produção industrial e 
 agropastoril em todo o mundo, os próximos governos terão de 
49 dar prioridade absoluta aos investimentos em inovação e ao 
 desenvolvimento tecnológico. 
 [...] 
Delfim Netto. Fórmulas de crescimento. Internet: 
<www.cartacapital.com.br> (com adaptações). 
19. (Cespe/AGU/Agente Administrativo/2010) Na linha 46, o pronome “que” 
introduz uma oração de sentido explicativo. 
 
 [...] Sua metodologia é 
 simples — por meio de conversas frequentes com a família, o 
13 voluntário receita cuidados básicos para evitar que a criança 
 morra por falta de conhecimento, como os hábitos de higiene, 
 a administração do soro caseiro e a adoção da farinha de 
16 multimistura na alimentação, que se tornou uma solução 
 simples e emblemática contra a desnutrição. Mas o seu segredo 
 é um só: a persistência. 
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33
Jornal do Commercio (PE), Editorial, 20/1/2010 (com adaptações). 
20. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Médio/2010) O trecho “que se tornou uma 
solução simples e emblemática contra a desnutrição” (l.16-17) está 
precedido por vírgula porque se trata de um trecho com função restritiva. 
 
10 [...] Ocorre que, ao dar vazão ao seu 
 insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar 
 em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem 
13 depara-se com seus limites. [...] 
Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.). 
Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações). 
21. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A oração iniciada por “ao dar 
vazão” (l.10) apresenta uma causa para o homem deparar-se “com seus 
limites” (l.13). 
 
1 O regime trabalhista, ao adotar estratégias de proteção 
 à saúde do trabalhador, institui mecanismos de monitoração 
 dos indivíduos, visando a evitar ou identificar precocemente os 
4 agravos à sua saúde, quando produzidos ou desencadeados 
 pelo exercício do trabalho. [...] 
Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios 
éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações). 
22. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A relação de significados que 
a oração introduzida por “ao adotar” (l.1) mantém com as demais orações 
do mesmo período sintático permite que se substitua essa oração por se 
adotasse, sem se prejudicar a coerência nem a correção gramatical do 
texto. 
 
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34
 [...] Inovador é o 
7 indivíduo que procura respostas originais e pertinentes em 
 situações com as quais ele se defronta. É preciso uma atitude 
 de abertura para as coisas novas, pois a novidade é catastrófica 
10 para os mais céticos. Pode-se dizer que o caminho da inovação 
 é um percurso de difícil travessia para a maioria das 
 instituições. Inovar significa transformar os pontos frágeis de 
13 um empreendimento em uma realidade duradoura e lucrativa. 
 [...] 
23. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) O período sintático iniciado por 
“Inovar significa” (l.12) estabelece, com o período anterior, relação 
semântica que admite ser explicitada pela expressão Por conseguinte, 
escrevendo-se: Por conseguinte, inovar significa [...]. 
 
[...] 
 O imaginário, acionado pela imaginação individual, é 
19 pluriespacial e, na interação social, constrói a memória, a 
 história museológica. Mesmo que possamos pensar que 
 estereótipos são resultado de matrizes, a cultura é dinâmica, 
22 porquanto símbolos e estereótipos são olhados e 
 ressignificados em determinado instante social. 
Dina Maria Martins Ferreira. Não pense, veja. São 
Paulo: Fapesp&Annablume, p. 62 (com adaptações). 
24. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Preservam-se as relações 
argumentativas do texto bem como sua correção gramatical, caso se inicie 
o último período por Ainda, em lugar de “Mesmo” (l.20). 
 
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 O corte de 125 mil empregos em junho indica que a esperança 
 de gradual retomada do crescimento do mercado de trabalho no 
10 curto prazo era prematura e não deverá se concretizar. As 
 razões para esse estancamento encontram-se no comportamento 
 do polo dinâmico da economia mundial, os países emergentes, 
13 cujo desenvolvimento econômico começou a desacelerar — 
 ainda que a partir de taxas exuberantes de expansão. 
Valor Econômico, Editorial, 6/7/2010 (com adaptações). 
25. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) No trecho “cujo 
desenvolvimento econômico [...] expansão” (L.13-14), identifica-se 
relação de causa e consequência entre a construção sintática destacada 
com travessão e a oração que a antecede. 
1 Para a maioria das pessoas, os assaltantes, assassinos e 
 traficantes que possam ser encontrados em uma rua escura da 
 cidade são o cerne do problema criminal. Mas os danos que tais 
4 criminosos causam são minúsculos quando comparados com os 
 de criminosos respeitáveis, que vestem colarinho 
 branco e trabalham para as organizações mais poderosas. 
 [...] 
James William Coleman. A elite do crime. 5.ª ed., 
São Paulo: Manole, 2005, p. 1 (com adaptações). 
26. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Sem prejuízo para a coerência 
textual e a correção gramatical, o trecho “Mas os danos [...] minúsculos”, 
que inicia o segundo período do texto, poderia ser substituído por: 
Embora os danos causados por esses criminosos sejam ínfimos 
[...]. 
 
27. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A correção gramatical e a 
coerência do texto seriam preservadasse a oração “que possam ser 
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encontrados em uma rua escura da cidade” (L.2-3) estivesse entre 
vírgulas. 
 
 No lugar de alta carga tributária e estrutura de impostos 
 inadequada, o país deve priorizar investimentos que expandam 
16 a produção e contribuam simultaneamente para o aumento de 
 produtividade, como é o caso dos gastos com educação. É dessa 
 forma que são criadas boas oportunidades de trabalho, 
19 geradoras de renda, de maneira sustentável. 
O Globo, Editorial, 12/7/2010 (com adaptações). 
28. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) A ausência de vírgula logo após 
o termo “investimentos” (L.15) permite concluir que, segundo o autor do 
texto, é necessário que, no Brasil, sejam priorizados investimentos 
voltados para a expansão da produção e para o aumento da 
produtividade. 
 
29. (Cespe/STM/Analista Judiciário/Execução de Mandados/2011) Entre as 
orações que compõem o período “não é preciso trabalhar com esses 
temas, ou sequer saber que existem” (L.14-15) estabelece-se uma 
relação sintático- semântica de alternância. 
 
Cinco curiosidades sobre Erasmo de Rotterdam (1467-1536) 
1 Nos primeiros anos como seminarista, em Bois le Due, 
 na Holanda, Erasmo dedicou-se mais à pintura e à música do 
 que à filosofia e à religião. 
 [...] 
Filosofia, nº 28, Escala Educacional, 16 
(com adaptações) 
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30. (Cespe/Correios/Analista de Correios/Letras/2011) Na construção “mais à 
pintura e à musica do que à filosofia e à religião” (L.2-3), o vocábulo 
“que” introduz oração restritiva com verbo elíptico. 
 
31. (Cespe/Correios/Agente de Correios/Carteiro/2011) Assinale a opção 
correspondente ao trecho em que há mais de uma oração. 
(A) “Aposto que ela vai adorar.” 
(B) “Vou mandar um cartão de dia dos namorados para a Susi Derkins.” 
(C) “Ela é uma gatinha.” 
(D) “Eu fiz um coraçãozão vermelho.” 
(E) “Agora vou botar renda em volta.” 
 
 
 [...] 
16 recolher. Não adiantou. Os protestos continuaram. A semana 
 terminou sem que estivesse claro o futuro político do maior 
 aliado dos Estados Unidos da América (EUA) no mundo árabe. 
 [...] 
Juliano Machado e Letícia Sorg. O grito árabe 
pela democracia. In: Época, 31/1/2011, p. 32 (com adaptações). 
32. (Cespe/TJ-ES/Cargos de Nível Superior/2011) No desenvolvimento da 
argumentação do texto, a oração “sem que estivesse claro o futuro 
político do maior aliado dos Estados Unidos da América (EUA)” (L.17-18) 
expressa circunstância de causa em relação à oração que a antecede. 
 
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Gabarito das Questões Comentadas 
1. Item errado 
2. Item errado 
3. Item errado 
4. Item certo 
5. Item certo 
6. Item certo 
7. Item certo 
8. Item errado 
9. Item certo 
10. Item errado 
11. Item errado 
12. Item errado 
13. Item certo 
14. Item errado 
15. Item errado 
16. Item errado 
17. Item certo 
18. Item certo 
19. Item errado 
20. Item errado 
21. Item errado 
22. Item errado 
23. Item errado 
24. Item certo 
25. Item errado 
26. Item errado 
27. Item errado 
28. Item certo 
29. Item errado 
30. Item errado 
31. A 
32. Item errado

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