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Sistema urinário

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Universidade Federal de Alagoas 
 Profª Drª Diene 
 
 
Sistema Urinário 
 Partes do aparelho urinário 
 > Labirinto cortical; 
 > Corpúsculos de Malpighi; 
 > Pirâmides de Ferrein; 
 > Vasos arciformes; 
 > Pirâmides de Malpighi; 
 > Colunas de Bertin; 
 > Pequenos cálices; 
 > Grandes cálices; 
 > Pélv is renal; 
 > Néfron; 
 > Ureter; 
 > Cápsula renal; 
 
 Componentes do néfron 
 Corpúsculo de Malpighi 
 O Glomérulo é um novelo de alças capilares interposto entre as 
arteríolas aferente e eferente. 
 Cada alça glomerular é constituída de um endotélio fenestrado 
envolv ido por uma membrana basal sobre a qual repousam prolongamentos 
de uma célula epitelial - podócito formando o chamado folheto v isceral de 
Bowman. 
 As alças glomerulares, unidas pelo mesângio, flutuam em um 
espaço denominado espaço de Bowman. 
 O espaço de Bowman está delimitado do resto do labirinto 
cortical por uma cápsula conjuntiva, revestida por epitélio pavimentoso 
simples, que se denomina cápsula de Bowman. 
 Ao conjunto do glomérulo com a cápsula de Bowman é 
denominado corpúsculo renal ou corpúsculo de Malpighi. 
 O plasma sangüíneo passa pelas fenestras dos endotélios 
capilares, possivelmente providas de diafragmas monomoleculares. 
 O plasma é filtrado pela membrana basal, que envolve os 
capilares e sustenta os prolongamentos dos podócitos, alcançando o espaço 
subpodocítico e, através do interpodocítico ou fendas de filtraçãoo espaço 
de Bowman. 
 O filtrado glomerular (ainda não é urina) é recolhido no polo 
urinário do corpúsculo renal pelo tubo convoluto proximal. 
 Só após os processos de reexcreção tubular e reabsorção 
tubular, que o filtrado sofre em seu trajeto pelo néfron é que resultará a urina. 
 Do plexo peritubular é que o plasma retornará depurado à 
circulação. 
 Alça de Henle 
 Presente predominantemente na medula 
 Ramo descendente 
 Porção espessa: 
 semelhante ao tubo convoluto proximal 
 Porção delgada: 
 Presente na córtex e na medula (onde 
predominam) 
 Epitélio pavimentoso simples ou cúbico 
baixo (variando segundo a posição do néfron) 
 Membrana basal espessa 
 Eventualmente, observa-se um padrão epitelial mais 
alto, com microvilosidades, nos glomérulos de alça curta. 
 Ramo ascendente. 
 Porção delgada: 
 Semelhante à do ramo descendente (variando 
segundo a posição do néfron) 
 Porção espessa: 
 Semelhante ao tubo convoluto distal. 
 A porção descendente da alça de Henle é liv remente 
permeável à água, ao Na+ e ao Cl-. 
 A porção ascendente bombeia ativamente Na+ e Cl-da luz para 
o interstício, mas retém água em sua luz. 
 I sto resulta em um gradiente osmótico com hipertonicidade 
crescente do tecido conjuntivo intersticial da medula. 
 A urina que passa ao tubo convoluto distal é portanto 
hipotônica, nos animais prov idos de alça de Henle. 
 Denomina-se este sistema de contracorrente osmótica 
multiplicadora. 
 Tubo contorcido (convoluto) distal 
 O epitélio, embora também seja cúbico, é mais baixo que o do 
tubo proximal. 
 Apresenta luz mais ampla que a do proximal. 
 O bordo liv re é mais nítido, devido à ausência de borda em 
escôva. 
 O citoplasma é claro, com a acidofilia restrita à porção basal das 
células. 
 Ao M.E. as interdigitações e as mitocôndrias são mais curtas. 
 Ao M.E. notam-se algumas microv ilosidades muito curtas e 
espaçadas. 
 No T.C. distal ocorre a reabsorção dos ions de sódio e os de 
potássio são excretados. 
 Os ions bicarbonato são excretados e os ions de hidrogênio são 
absorv idos, o que acidifica a urina. 
 Estas funções são dependentes da aldosterona. 
 O hormônio antidiurético (ADH) também atua permitindo a 
absorção da água da luz para o interstício hipertônico. 
 Túbulo convoluto proximal 
 São túbulos de grande diâmetro externo e luz pequena e 
irregular. 
 Células epiteliais cúbicas com borda em escova. 
 Bordo liv re indistinto em v irtude da borda irregular. 
 Ao M.E. a borda em escova mostra-se constituída por 
microv ilosidades mais longas que as da planura estriada do intestino. 
 O citoplasma é acidófilo e granuloso, o que dificulta a 
v isualização dos limites intercelulares. 
 Ao M.E. observamos interdigitações e mitocôndrias muito 
alongadas na região basal das células. 
 Ocorrem no tubo convoluto proximal e dependem 
fundamentalmente da bomba de Na+. 
 Proteínas, polipeptídios e carboidratos são endocitados na base 
das microv ilosidades da borda em escova. 
 Água, aminoácidos e glicose podem retornar pelos espaços 
intercelulares. 
 ions Cl- e Na+ são absorv idos por osmose nas microv ilosidades e 
passam para o conjuntivo por transporte ativo.(bomba de Na+ K+ATPase). 
 A reabsorção da glicose somente é possível até determinado 
limiar da glicemia. Valores excedentes não serão reabsorv idos e acarretarão 
glicosúria. 
 Tubo coletor 
 Dois tipos celulares: 
 Células claras, mais numerosas, limites intercelulares nítidos. 
 Células escuras - numerosas mitocôndrias, microv ilosidades 
abundantes. 
 Limites celulares muito nítidos. 
 Luz ampla. 
 Membrana basal espessa. 
 Sua permeabilidade é controlada pelo ADH (hormônio 
antidiurético) o que permite concentrar a urina hipotônica v inda do tubo 
convoluto distal. 
 A água retirada do tubo coletor retorna para o interstício 
conjuntivo da medula renal. 
 Sua atuação é completada pelas redes vasculares dos vasos 
retos cujas partes descendentes são permeáveis à água e aos sais refletindo o 
gradiente osmótico do interstício medular. 
 
Tipos de néfron 
 Néfrons de alça curta (justacapsulares ou corticais) pequena 
capacidade de retenção de sal, drenam para veias estreladas pelos plexos 
peritubulares superficiais. 
 Porção delgada da alça de Henle 
 Epitélio pavimentoso simples baixo (tipo I ). 
 Néfrons de alça longa (justamedulares) grande capacidade de 
retenção de sal, drenam para as veias arciformes pelos plexos peritubulares 
profundos. 
 Porção delgada da alça de Henle 
 Epitélio cúbico baixo com interdigitações laterais e basais (tipo I I ) 
na porção descendente cortical, pavimentoso com interdigitações basais 
(tipo I II ) na porção descendente medular e cúbico baixo (tipo IV ) na porção 
ascendente medular. 
 
Cálices renais e Pélvis 
 A principal característica da mucosa das v ias urinárias é a 
impermeabilização, que impede produtos altamente difusíveis como a uréia 
de retornarem ao sangue de onde formam depurados. 
 O epitélio de transição, com a presença de placas de reforço de 
membrana atende a estas condições. 
 O tecido conjuntivo é ricamente vascularizado, fibroso e desprovido de 
glândulas. 
 A musculatura é lisa, com uma túnica longitudinal interna e outra 
circular externa. 
 
Ureter 
 A mucosa obedece ao padrão descrito nos cálices e na pélv is renal. 
 A musculatura, lisa, apresenta: 
 Longitudinal interna - continuação da encontrada na pélv is 
 Circular - mais desenvolv ida. 
 No terço inferior do ureter surge uma terceira camada longitudinal 
externa. 
 O ureter é ricamente inervado o que explica porque as passagens de 
cálculo renal ao longo do ureter sejam tão intensamente dolorosas. 
 
Bexiga 
 Epitélio de transição. 
 Lâmina própria frouxa. 
 Não há muscular da mucosa nem submucosa. 
 Musculatura lisa plexiforme. 
 Esfíncteres na saída para a uretra, com componentes lisos e esquléticos 
(que mantém a voluntariedade da micção até determinados limites).Uretra feminina 
 O epitélio é de transição nas porções iniciais, passa a cilíndrico 
estratificado e termina pavimentoso estratificado não queratini-zado, com 
glândulas mucosas intraepiteliais. 
 A lâmina própria é frouxa com glândulas mucosas extraepiteliais. 
 A túnica muscular é lisa com uma camada longitudinal interna e outra 
circular externa. 
 A túnica adventícia é constituída de tecido conjuntivo frouxo. 
 
Uretra masculina 
 Mucosa 
 Uretra prostática 
 Epitélio cilíndrico pseudoestratificado. 
 Uretra membranosa 
 Epitélio cilíndrico estratificado. 
 Uretra peniana ou esponjosa 
 Epitélio pavimentoso estratificado com glândulas mucosas 
intraepiteliais. 
 Muscular 
 Musculatura longitudinal interna em todas as porções. 
 Musculatura circular externa, ausente na uretra peniana onde é 
substituída pelo corpo esponjoso. 
 Adventícia – ausente. 
 
 Referência Bibliográfica: 
JUNQUEIRA L. C.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 10ª ed. Rio de Janeiro, 
Guanabara Koogan, 2004.

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