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Aula Teórica 08

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*
Bioterápicos
Farmacêutica homeopata:
Keila Furbino
*
Introdução
“ Os medicamentos usados em homeopatia tem origem nos três reinos da natureza, nos produtos químico-farmacêuticos, substâncias e/ou materiais biológicos patológicos ou não, assim como em outros agentes de diferente natureza.”
*
DEFINIÇÃO DE BIOTERÁPICOS
“São preparações medicamentosas de uso homeopático obtidas a partir de produtos biológicos, quimicamente indefinidos: secreções, excreções, tecidos e órgãos, patológicos ou não, produtos de origem microbiana, alérgenos” (F.H.B.3ed)
*
Hahnemann
“ Há quem deseje instituir um terceiro método terapêutico, denominado isopatia que consiste em curar uma enfermidade por meio do princípio infeccioso que a produziu – princípio idêntico ( miasma )...” 6 ed Organon & 56
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Classificação
Bioterápicos : de estoque e isoterápicos
De estoque: 
códex, simples, complexos, ingleses, nosódios vivos Dr. Roberto Costa
Isoterápicos:
 auto-isoterápicos, heteroisoterápicos
*
Bioterápico de Estoque
São produtos cujo insumo ativo é constituído por amostras preparadas e fornecidas por laboratórios especializados (F.H.B.3ed) secreções, excreções, soros e vacinas.
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Bioterápico de Estoque
Bioterápico Códex: são obtidos a partir de vacinas, soros, toxinas inscritos na Farmacopéia Francesa e preparados por laboratórios especiais.
Tuberculinum (TK) = tuberculina bruta obtida a partir de culturas de espécies de Mycobacterium tuberculosis, de origem humana e bovina.
Influezinum = obtido a partir da vacina anti-gripal do Instituto Pasteur.
BCG = vacina constituída por uma suspensão de bactérias vivas provenientes de sub-culturas de espécie artificialmente atenuada, descrita por Calmette et Guérin.
*
Bioterápico de Estoque
Bioterápico Simples: constituídas por culturas microbianas puras, lisadas e atenuadas em condições determinadas.
Staphylococcinum = lisado obtido de culturas de Staphylococcus aureus, sem adição de antissépticos.
Streptococcinum = lisado obtido de culturas de Streptococcus pyogenes atenuados, sem adição de antissépticos
Enterococcinum = lisado obtido a partir de culturas de Streptococcus faecalis, sem adição de antissépticos
*
Bioterápico de Estoque
Bioterápicos Complexos: são definidos pelo seu modo de obtenção ( secreções ou excreções patológicas) ou seu modo de preparação.
Oscilococcinum = auto-lisado filtrado de fígado e coração de pato ( Anas barbarie).
Pyrogenium = lisado de produtos de decomposição provenientes da autólise de carne de boi, porco e placenta humana.
Psorinum – lisado de serosidade de lesões da sarna, colhida de doentes sem tratamento prévio.
Medorrhinum: lisado de exsudatos bucofaríngeos de doentes com sarampo, colhidos antes de qualquer tratamento.
*
Bioterápicos de Estoque
Nosódios Vivos Dr. Roberto Costa
São bioterápicos preparados a partir de microorganismos vivos, na escala decimal, usando como diluente o cloreto de sódio 0,9%.
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Bioterápicos de Estoque
Bioterápicos ingleses (nosódios intestinais de Bach-Paterson)
Bacilo de Morgan ( Proteus morgani) = Bacilo gram negativo,anaeróbico facultativo, isolado de material fecal de crianças com diarréia estival (sazonal).
Dysentery = bacilo gram negativo,anaeróbico facultativo, agente de disenteria bacilar à qual só o homem e o macaco são sensíveis.
Bacilo de Gaetner (Salmonella enteritidis) = é um soro tipo de Salmonela, frequente nos animais, que provoca intoxicações alimentares no ser humano.
*
Bioterápico Isoterápico
São produtos cujo insumo ativo poderá ser de origem endógena ou exógena (alérgenos, alimentos, cosméticos, medicamentos, toxinas e outros) F.H.B.3ed
Isoterápico:
 autoisoterápico e heteroisoterápico
*
Isoterápico
Auto-isoterápico: são produtos cujo insumo ativo é obtido do próprio paciente e só a ele destinado.
 
Ex: Cálculos, sangue, fezes, urina, unha, etc.
*
Isoterápico
Heteroisoterápico: são produtos cujos insumos ativos são externos ao paciente e o sensibilizam. 
Ex: poeira, solventes, alérgenos, etc.
PGR ( poeiras e germes da via áerea superiores)
Pulmo histaminum
*
Nomenclatura 
Quando tratar-se de material fornecido pelo paciente ( sangue, urina, fezes, etc.), o nome do medicamento deverá ter a expressão Auto-isoterápico seguida da identificação do ponto de partida empregado na preparação. Deverá também seguir a regra geral de nomenclatura quanto potência, escala e método.
Exemplo: Auto-isoterápico de sangue 30CH
*
Nomenclatura
Quando o material fornecido pelo paciente tratar-se de um alérgeno ( chocolate, substância química, poeira doméstica), o nome do medicamento deverá ter a expressão heteroisoterápico seguindo a nomenclatura quanto a escala, método e potência.
Exemplo: 
Heteroisoterápico de chocolate 30 CH
*
Requisitos mínimos para 
a Preparação de Bioterápicos
Bioterápicos de estoque = seguir a respectiva monografia.
Isoterápicos = devem seguir a técnica mais adequada às características do material.
*
Requisitos mínimos para 
a Preparação de Bioterápicos
 Devem obedecer além das técnicas homeopáticas, também as técnicas corretas de assepsia.
 Deve-se atentar para a efetividade da amostra, considerando-se a forma de seleção do material, sua coleta, transporte, de modo a garantir a presença do agente causal.
*
 Preparação de Isoterápicos
Coleta: 
Deve ser feita por um profissional habilitado, em local e de modo apropriado;
Deve-se garantir a presença do agente etiológico causal;
Colher o material, preferencialmente, antes do início de qualquer tratamento antimicrobiano;
Toda amostra biológica deve ser tratada como se fosse patogênica.
 Observar as normas de segurança individual e de proteção (uso de EPI)
*
 Preparação de Isoterápicos
Descontaminar a parte externa do recipiente da coleta;
O material utilizado na coleta deve ser, tanto quanto possível, descartável, sendo necessário para o seu descarte aplicar o PGRSS ( Programa de Gerenciamento de Resíduo de Serviços de Saúde) de acordo com o material coletado e outras normas vigentes para a segurança do manipulador.
*
 Natureza do material , recipiente para coleta e insumos inertes:
Microorganismos em culturas puras deverão ser submetidos ao processo de inativação que os transformem em insumos ativos.
Todas as preparações de origem biológica devem atender aos requisitos de esterilidade, obedecida a legislação pertinente.
*
Natureza do material , recipiente para coleta e insumos inertes:
Escamas (pele e unhas) = Placa de petri,
 Veículo para coleta: nenhum
Fezes = coletor universal 
 veículo para a coleta: solução glicerinada 
Pus = swab e tubo de cultura com tampa de rosca 
Veículo para a coleta: solução glicerinada, etanol 77%V/V
Pelos = coletor universal
Veículo para a coleta: nenhum
*
Natureza do material , recipiente para coleta e insumos inertes:
Sangue venoso total: frasco, sem anti-coagulante, com quantidade mínima de água purificada capaz de provocar hemólise.
Veículo para coleta: água purificada, etanol a 77% V/V
Urina: coletor universal
Veículo para coleta: nenhum
Poeira ambiental: coletor universal
Veículo para coleta: nenhum
*
DESCARTE E UTILIZAÇÃO DE MATERIAL
Coleta: todo o material deve ser preferencialmente descartável
Descarte: após descontaminação – esterilização por calor úmido e imersão em solução de hipoclorito de sódio a 1% por 2 horas – material considerado resíduo contaminante biológico
*
DESCARTE E UTILIZAÇÃO DE MATERIAL
Reutilização = mesmo procedimento do descarte antes de ser lavado exaustivamente com água corrente, água destilada e submetido novamente a esterilização para reutilização.
Esterilização = 180°C por 60 minutos em estufa para esterilização ou 120°C por 30 minutos, em autoclave (FHB2ed). Ou 140°C por 60 minutosem estufa segundo MNT,3ed.
*
Técnicas de Preparo I
Técnica 1 – Suspensão de cepas bacterianas puras em 10mL de glicerina diluída.
Insumo inerte: glicerina diluída para as 3 primeiras dinamizações e sol. Hidroalc. 77% (v/v) para as subsequentes. 
Método Hahnemanniano
Escalas Centesimal e decimal
*
Técnicas de Preparo 2
Técnica 2 – Secreções, excreções patológicas ou não, culturas bacterianas puras e alérgenos solúveis.
Insumo inerte: sol. Hidroalcoólica 77%(v/v)
Preparo de uma suspensão a 10% (técnica 2A) quando o material coletado for suficiente para preparar a suspensão. Caso não tenha material suficiente, aplica a técnica 2B). A técnica 2B prepara a suspensão com o material que tem e deixa em maceração por 12 horas.
Método Hahnemanniano, Escalas Centesimal e decimal
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Técnica de Preparo 3
Técnica 3 = Material insolúvel ( escamas, pêlos, cálculos renais e biliares, etc.)
Excipiente: lactose
Método: Hahnemanniano – trituração
Escala: Decimal ou centesimal
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Conduta para a seleção de 
matrizes que irá armazenar
Segundo a FHB 3ª ed, os autoisoterápicos só poderão ser estocados em etanol a 77% V/V e dispensados a partir da 12CH ou da 24 DH.
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Aviamento
Atendimento às exigências do receituário médico;
Prescrição separada contendo descrição da natureza do material manipulado;
Arquivo da prescrição na farmácia para fins de fiscalização;
 Os materiais de notificação compulsória têm sua manipulação legalmente proibida.
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RDC 67/87 – Anexo V
Item 3.3.3. a farmácia que realizar o preparo de auto-isoterápico deve possuir sala específica para a coleta;
Item 3.3.3.1. para garantir a efetiva inativação microbiana deve ser realizado monitoramento do processo de inativação mantendo os registros;
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RDC 67/87 – Anexo V
3.3.4. Devem existir procedimentos escritos de biossegurança, de forma a garantir a segurança microbiológica da sala de coleta e manipulação de material para preparo de auto-isoterápico contemplando os seguintes itens:
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RDC 67/87 – Anexo V
Normas e condutas de segurança biológica, ocupacional e ambiental;
Instruções de uso dos equipamentos de proteção individual (EPI);
Procedimentos em caso de acidentes;
Manuseio do material.
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Bibliografia
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPATAS /ABFH. Manual de Normas Técnicas para farmácia homeopática 3ed,2003.
RDC67/87 – Regulamento Técnico que institui as boas práticas de manipulação em farmácias, 21 de novembro de 2008.
FARMACOPÉIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA / FHB, 3 ed. São Paulo. Ateneu. Editora, 2011
*
Muito Obrigada!

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