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PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 02 (Relações de subordinação entre orações. Domínio da estrutura morfossintática do período. Emprego dos sinais de pontuação.) Olá, pessoal! Espero que todos estejam se dedicando bastante. A aula passada foi um pouco extensa, pois eu precisava explorar todo o conteúdo de termos da oração e a relação de coordenação entre as orações, além de praticarmos com bastantes questões. Por isso, peço a compreensão de todos quando a quantidade de páginas exceder um pouquinho. Juro que esta aula não ultrapassará 60 páginas, ok! Bom, reconhecemos, na aula passada, os termos da oração. Além disso, vimos a coordenação entre eles. Em seguida, percebemos a coordenação entre as orações. Tudo isso, com vistas à pontuação. Devemos perceber que sujeito, objeto direto, objeto indireto e complemento nominal são termos eminentemente substantivos. Isso quer dizer que seus núcleos devem ser substantivos ou palavras de valor substantivo. Os termos predicativo e aposto podem ter núcleos substantivos ou adjetivos, mas cabe agora falarmos apenas de seu valor substantivo. Por exemplo, “isso” é um pronome. Por possuir valor substantivo, pode ocupar as funções sintáticas faladas anteriormente. Veja: Isso é lindo. (Isso = sujeito) Vi isso. (isso = OD) Sei disso. (disso = OI) Sou obediente a isso. (a isso = CN) Ela é isso. (isso = predicativo) Só quero uma coisa: isso. (isso = aposto) Um macete para sabermos se a palavra tem valor substantivo é trocá-la pelo pronome demonstrativo substantivo “ISSO”. Não é sempre que dá certo com o aposto, mas ele tem uma estrutura bem característica. E por que isso é importante? Quando os termos sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo e aposto (de valor substantivo) recebem um verbo, transformam-se numa oração subordinada substantiva. Período composto por subordinação substantiva Com base nas frases abaixo, observe os termos em negrito e suas funções sintáticas. Quando o termo recebe um verbo, vira uma oração. Veja: Era indispensável teu regresso. VL + predicativo (sujeito simples) período simples (oração absoluta) Português p/ Polícia Federal (teoria e questões comentadas) 1 PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 2 Era indispensável que tu regressasses. VL + predicativo Suj + VI oração principal oração subordinada substantiva subjetiva período composto Era indispensável tu regressares. VL + predicativo Suj + VI oração principal oração subordinada substantiva subjetiva (reduzida de infinitivo) período composto Na frase 1, temos apenas uma oração (período simples), pois há apenas um verbo: “Era”. Esse verbo é de ligação, seguido do predicativo “indispensável” e o sujeito “teu regresso”. Na frase 2, o então sujeito “teu regresso” recebeu um verbo e foi modificado para “que tu regressasses”. Assim, há duas orações (período composto). Note que esta oração recentemente formada não produz sentido sozinha; por isso a chamamos de subordinada. Ela é considerada substantiva por ter sido gerada de um termo substantivo. Para se reforçar isso, podemos trocá-la pelo pronome “isso”. Veja: Isso era indispensável. O pronome “isso” continua na função de sujeito, então a oração sublinhada terá a função de sujeito da oração principal. Note que a oração subordinada substantiva será sempre o termo que falta na oração principal. Confirme isso na frase 2: na oração principal só há verbo de ligação e predicativo, falta o sujeito, que é toda a oração posterior. Esta oração é chamada de desenvolvida, pois possui conjunção (integrante “que”) e o verbo está conjugado em tempo e modo verbal (regressasses). Na frase 3, a oração sublinhada perdeu a conjunção integrante “que” e isso fez com que reduzíssemos a quantidade de vocábulos da oração. Assim, o verbo que se encontrava conjugado passou a uma forma infinitiva. Por esse motivo, dizemos que a oração sublinhada na frase é reduzida de infinitivo. Essa denominação completa você não precisa decorar, basta entender o processo, a estrutura. A banca CESPE não pergunta o nome, mas quer saber o emprego disso. Seguem agora outras estruturas em que o termo, ao receber o verbo, passa a ser uma oração subordinada substantiva. Veja: Na ata da reunião constava a presença deles. (Isso constava na ata da reunião) adjunto adverbial de lugar + VI + sujeito Na ata da reunião constava que eles estavam presentes. (Isso constava...) oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva Na ata da reunião constava eles estarem presentes. (Isso constava...) oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo Foi anunciado o debate deles. (Isso foi anunciado) locução verbal + sujeito Foi anunciado que eles debateriam. (Isso foi anunciado) oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva Foi anunciado eles debaterem. (Isso foi anunciado) oração principal + oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo 2 3 PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 3 As orações subordinadas substantivas subjetivas são também denominadas de sujeito oracional. Vale lembrar que o verbo da oração principal que tem como sujeito a oração subordinada substantiva subjetiva deve ficar sempre na terceira pessoa do singular. Assim, mesmo que haja vocábulos no plural no sujeito oracional, a oração principal permanecerá com o verbo no singular. Veja que os verbos “constava” e “Foi anunciado” não se flexionaram no plural, mesmo o sujeito oracional possuindo vocábulos no plural. Agora veremos o complemento verbal direto. Perceba a seguir que, nas orações principais, os verbos possuem sujeito, são transitivos diretos e necessitam de um complemento, o qual será toda a oração posterior. Economistas previram um aumento no desemprego. (Economistas previram isso.) sujeito + VTD + objeto direto Economistas previram que o desemprego aumentaria. (Economistas previram isso.) oração principal + oração subordinada substantiva objetiva direta Economistas previram aumentar o desemprego. (Economistas previram isso.) oração principal + oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo Mas cabe uma peculiaridade da oração subordinada substantiva objetiva direta. Nas frases interrogativas indiretas, as orações subordinadas substantivas objetivas diretas podem ser introduzidas pela conjunção subordinada integrante “se” e por pronomes ou advérbios interrogativos: Ninguém sabe se ela aceitará a proposta. Ninguém sabe como ela aceitará a proposta. Ninguém sabe quando ela aceitará a proposta. Ninguém sabe onde ela aceitará a proposta. Ninguém sabe qual é a proposta. Ninguém sabe quanto é a proposta. Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados auxiliares causativos) e ver, sentir, ouvir, perceber (chamados auxiliares sensitivos) ocorre uma forma peculiar de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo: Deixe-me repousar. Mandei-os sair. Ouvi-o gritar. Nesses três últimos casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas de infinitivo e, o que é mais interessante, os pronomes oblíquos átonos atuam todos como sujeitos dos infinitivos verbais e são conhecidos por sujeito acusativo. Essa é a única situação da língua portuguesa em que um pronome oblíquopode atuar como sujeito. Para perceber melhor o que ocorre, convém transformar as orações reduzidas em desenvolvidas: Deixe que eu repouse. Mandei que eles saíssem. Ouvi que ele gritava. É bom esclarecer que os verbos causativos e sensitivos não formam locução verbal, porque fazem parte de orações distintas, formando um período composto. PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 4 Agora, passemos às orações com função de objeto indireto e complemento nominal. Se o objeto indireto e o complemento nominal (os quais são termos iniciados por preposição) recebem o verbo, naturalmente vão continuar com a preposição antecedendo-os. Teus amigos confiam em tua vitória. (Teus amigos confiam nisso.) sujeito + VTI + objeto indireto Teus amigos confiam em que tu vencerás. (Teus amigos confiam nisso.) oração principal + oração subordinada substantiva objetiva indireta Teus amigos confiam em venceres. (Teus amigos confiam nisso.) oração principal + oração subordinada substantiva objetiva indireta reduzida de infinitivo Perceba que, na completiva nominal, não é o verbo que exige o complemento, é o nome. Teus pais estavam certos de tua volta. (Teus pais estavam certos disso.) sujeito + VL + predicativo + complemento nominal Teus pais estavam certos de que tu voltarias. (Teus pais estavam certos disso.) oração principal + oração subordinada substantiva completiva nominal Teus pais estavam certos de voltares. (Teus pais estavam certos disso.) oração principal + oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo Note que a oração predicativa transmite a característica do sujeito. Nossa maior preocupação era a chuva. (Nossa maior preocupação era isso) sujeito + VL + predicativo Nossa maior preocupação era que chovesse. (Nossa maior preocupação era isso) oração principal + oração subordinada substantiva predicativa Nossa maior preocupação era chover. (Nossa maior preocupação era isso) oração principal + oração subordinada substantiva predicativa reduzida de infinitivo Todas as orações até aqui elencadas puderam ser substituídas pela palavra “ISSO”. Apenas a oração apositiva não transmite coerência com essa troca; porém, observe que a banca não cobra o nome, mas pergunta se os dois pontos marcam o início de um aposto ou se marcam o início de um esclarecimento, desenvolvimento de uma palavra anterior. Veja: Todos defendiam esta ideia: a desapropriação do prédio. sujeito + VTD + objeto direto + aposto Todos defendiam esta ideia: que o prédio fosse desapropriado. oração principal + oração subordinada substantiva apositiva Todos defendiam esta ideia: o prédio ser desapropriado. oração principal + oração subordinada substantiva apositiva reduzida de infinitivo Agora que já vimos todas as orações substantivas, vem a pergunta: Por que temos de identificar esse tipo de oração? Porque... a) excetuando o aposto, vimos que esses termos substantivos não são separados por vírgula, portanto também não podemos separar a oração subordinada substantiva de sua oração principal por vírgula; PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 5 b) quando esse tipo de oração tiver a função de sujeito, objeto direto e predicativo, não deve haver uso de preposição antecedendo-os; c) a conjunção que as inicia é chamada de integrante (que, se), a qual não possui valor semântico, nem função sintática; d) quando houver oração subordinada substantiva subjetiva (sujeito oracional), o verbo da oração principal sempre ficará na terceira pessoa do singular. Outra coisa importante!!! A conjunção integrante “que” geralmente expressa certeza: Diga que começou o trabalho. A conjunção integrante “se” geralmente expressa dúvida: Diga se começou o trabalho. Questão 1: Tribunal de Contas TO - 2009 - nível superior Fragmento do texto: É fácil, hoje em dia, confundir as limitações crescentes impostas ao Estado-nação com a construção de um espaço de livre circulação dos indivíduos, promovido pelo movimento desembaraçado de mercadorias e capitais. O trecho “confundir as limitações crescentes impostas ao Estado-nação com a construção de um espaço de livre circulação dos indivíduos, promovido pelo movimento desembaraçado de mercadorias e capitais” exerce a função sintática de sujeito. Comentário: A oração principal “É fácil, hoje em dia,” é constituída de verbo de ligação “É”, predicativo “fácil” e adjunto adverbial de tempo “hoje em dia”. Na sequência, ocorreu a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo. Gabarito: C Questão 2: Tribunal de Justiça BA - 2005 - nível superior Fragmento do texto: Não há dúvida de que, no início do século XXI, os Estados Unidos da América chegaram mais perto do que nunca da possibilidade de constituição de um “império mundial”. O emprego da preposição “de” em “Não há dúvida de que” justifica-se pela regência da forma verbal “há”. Comentário: O verbo “há” é transitivo direto e seu objeto direto é o substantivo “dúvida”. Este substantivo possui transitividade e necessita do complemento nominal “de que, no início do século XXI, os Estados Unidos da América chegaram mais perto do que nunca da possibilidade de constituição de um ‘império mundial’. Assim, a preposição “de” liga-se ao substantivo “dúvida”, e não ao verbo. Gabarito: E Questão 3: Procurador Federal - AGU / 2002 / nível superior Fragmento do texto: A minha firme convicção é que, se não fizermos todos os dias novos e maiores esforços para tornar o nosso solo perfeitamente livre, se não tivermos sempre presente a ideia de que a escravidão é a causa principal de todos os nossos vícios, defeitos, perigos e fraquezas nacionais, o PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 6 prazo que ainda tem de duração legal − calculadas todas as influências que lhe estão precipitando o desfecho − será assinalado por sintomas crescentes de dissolução social. A substituição do trecho “A minha firme convicção é que” por A minha firme convicção é a de que estaria em desacordo com as exigências de formalidade da norma culta escrita. Comentário: A substituição não provoca desacordo com a norma culta, pois haveria apenas a mudança sintática de uma oração predicativa para uma completiva nominal. Ao se inserir o artigo “a” após o verbo de ligação “é”, naturalmente se subentende o substantivo “convicção” no novo termo. O artigo “a” ocupa a função sintática de predicativo, o qual passa a exigir a preposição “de”, justamente por imposição desse substantivo subentendido. Veja a estrutura: A minha firme convicção é que (...) o prazo (...) será assinalado por sintomas crescentes de dissolução social sujeito VL CI sujeito locução verbal agente da passiva oração principal oração subordinada substantiva predicativa período composto ... A minha firme convicção é a de que (...) o prazo (...) será assinalado por sintomas crescentes de dissolução social sujeito VL * CI sujeito locução verbal agente da passiva oração principal oração subordinada substantiva completiva nominal período composto * predicativo (a = a convicção) Gabarito: E Questão 4: TRE ES - 2011 - nível médio Fragmento de texto: No Brasil, a tradição política no tocante à representação gira em torno de três ideias fundamentais. A primeira é a do mandatolivre e independente, isto é, os representantes, ao serem eleitos, não têm nenhuma obrigação, necessariamente, para com as reivindicações e os interesses de seus eleitores. O representante deve exercer seu papel com base no exercício autônomo de sua atividade, na medida em que é ele quem tem a capacidade de discernimento para deliberar sobre os verdadeiros interesses dos seus constituintes. A segunda ideia é a de que os representantes devem exprimir interesses gerais, e não interesses locais ou regionais. Em “A segunda ideia é a de que” (linha 8), o “a” que precede “de que” poderia ser retirado, sem acarretar prejuízo à correção gramatical, ao passo que, em “A primeira é a do” (linha 2), o “a” que precede “do” não poderia ser retirado, visto que substitui a palavra “ideias” (linha 2). Comentário: Nas duas ocorrências, o substantivo “ideia” está subentendido após o artigo “a”. O uso desses artigos é obrigatório para que realmente o substantivo fique subentendido nas duas orações e exija complemento nominal e oração subordinada substantiva completiva nominal, respectivamente. Por isso, a afirmativa está errada. A primeira é a (ideia) do mandato livre e independente... sujeito + VL + predicativo + complemento nominal A segunda ideia é a (ideia) de que os representantes devem exprimir interesses gerais... sujeito + VL + predicativo oração principal oração subordinada substantiva completiva nominal PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 7 Gabarito: E Questão 5: Assembleia Legislativa ES – 2011 – nível superior Fragmento de texto: Não interessa que os especialistas se irritem porque Maquiavel não foi maquiavélico; o fato é que ele, como Platão, deixou uma marca no imaginário social. A expressão de realce “é que” (linha 2) poderia ser retirada sem prejuízo para o sentido e a correção gramatical do período em que ela se insere. Comentário: Note que a expressão “é que” não é empregada como realce, ela não pode ser retirada, por ser constituída de verbo de ligação e a conjunção integrante que inicia a oração subordinada substantiva predicativa. Veja: ...o fato é que ele, como Platão, deixou uma marca no imaginário social... sujeito + VL + oração subordinada substantiva predicativa Gabarito: E Cabe aqui uma peculiaridade a respeito das orações subordinadas substantivas objetivas indiretas e completivas nominais. As gramáticas admitem a omissão da preposição em alguns casos; seguindo-se a que autores de renome têm utilizado. Assim: Eu duvido que você se comprometa. (oração subordinada objetiva indireta) Perceba que a oração continua sendo objetiva indireta; porém houve apenas a omissão da preposição. Isso ocorre por estilo, fuga da artificialidade (julgada por alguns autores); muitas vezes vistas na linguagem hodierna e literária. Portanto, a gramática aceita também como norma culta. Veja o que alguns gramáticos explicam sobre isso: 1) Evanildo Bechara: “Assim, pode-se prescindir da preposição que inicia uma oração objetiva indireta ou completiva nominal, apesar da crítica injusta de alguns gramáticos: ‘Em Coimbra recebeu o infante esta triste nova por uma carta da rainha sua filha, em que o avisava que em conselho se decidira que o fossem cercar...’ [Alexandre Herculano] Isto é: o avisava de que.” (...) Pode haver a omissão tanto da preposição quanto do transpositor (conjunção integrante): ‘Quis defendê-la, mas Capitu não me deixou, continuou a chamar-lhe beata e carola, em voz tão alta que tive medo fosse ouvida dos pais’ [Machado de Assis] Isto é: tive medo de que fosse ouvida.’” Bechara, Evanildo. Gramática Escolar da Língua Portuguesa.1 ed. Lucerna. RJ 2002 (página 355). 2) Domingos Paschoal Cegalla: “As orações objetivas indiretas são regidas de preposição. É frequente a elipse (omissão) da preposição: PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 8 ‘Não me lembrei que estava diante de um cavalheiro...’ [Camilo Castelo Branco], isto é: Não me lembrei de que estava diante de um cavalheiro. ‘Esqueceu-se que tenho cinquenta anos?’ [Camilo Castelo Branco], ou seja: Esqueceu-se de que tenho cinquenta anos? ” (...) As completivas nominais são regidas de preposição, a qual em certos casos pode ser omitida, como neste exemplo: ‘Zé Grande tinha a impressão que estava voltando a ser criança.’ [Haroldo Bruno].” Cegalla, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da Língua Portuguesa.48 ed. CEN. SP 2008 (páginas 385 e 386). Portanto, vimos o que é a previsão gramatical. Mas devemos entender como a banca CESPE cobra. Veja: Questão 6: Tribunal de Justiça BA - 2005 - nível superior Fragmento do texto: Não há dúvida de que, no início do século XXI, os Estados Unidos da América chegaram mais perto do que nunca da possibilidade de constituição de um “império mundial”. Como na sequência há um complemento oracional, a omissão da preposição “de” em “Não há dúvida de que” também estaria de acordo com as exigências da norma escrita culta. Comentário: Note a ambientação da banca a um assunto peculiar da gramática:“Sabendo-se que há um complemento oracional...”. Ela deixou a brecha para o candidato entender a particularidade, pois não ocorre a omissão dessa preposição se for apenas um termo da oração (objeto indireto ou complemento nominal). Somente com oração substantiva objetiva indireta ou completiva nominal isso é permitido. Gabarito: C Perceba nesta última questão que a banca ambientou o candidato quanto à possibilidade da omissão da preposição, tendo em vista haver um complemento oracional. Isso é muito importante, pois não se pode dizer que a omissão é facultativa. Ela depende do estilo do autor, de se evitar a repetição da preposição “de” e muito mais. O CESPE naturalmente não vai querer que o candidato se obrigue a saber quando pode ou não omitir a preposição. Esta banca vai induzir a omissão, como ocorreu na questão comentada anteriormente, ou simplesmente vai entendê-la como obrigatória. Questão 7: ANS - 2005 - nível Superior Fragmento do texto: É corrente a afirmação de que muitos pacientes não querem saber a verdade de sua doença, quando grave, ou que procuram de toda maneira se enganar. A retirada da preposição em “a afirmação de que” desrespeita as regras de regência do padrão culto da língua e prejudica a coerência textual. Comentário: A questão mostra-nos que a preposição antes da oração subordinada substantiva completiva nominal pode ser omitida preservando-se a coerência e a gramaticalidade. Isso não ocorre com frequência. Normalmente as gramáticas adotam esse recurso da omissão, tendo em vista PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 9 evitar a repetição da preposição. Neste fragmento, por exemplo, há três preposições “de”. Isso facilita entendermos a omissão desta preposição. Gabarito: E Agora, veja três questões que não induziram a omissão. Questão 8: Detran ES - 2011 - nível médio Fragmento de texto: A Bik.e vem com tudo para agradar, a começar pelo nome esperto e um diploma automático na dura disciplina de “mobilidade sustentável”. Vem como um aviso concreto de que a era do automóvel está mesmo se despedindo. Em “de que”, o emprego da preposição é obrigatório, visto que introduz o complemento da palavra “aviso”; como ocorre, por exemplo, em aviso de férias. Comentário: A expressão “de que” iniciou uma oração subordinada substantivacompletiva nominal, pois completa o sentido do substantivo “aviso”. Note que a banca CESPE foi direta na pergunta. Ela não ambientou o candidato sobre a peculiaridade de ser um complemento oracional, como ocorreu nas questões trabalhadas anteriormente. E mais, a questão fez um paralelo do complemento nominal oracional com o complemento nominal “de férias”. Isso nos faz desprezar a peculiaridade de ser um complemento oracional e entender simplesmente a necessidade da preposição “de”. Nos dois casos, portanto, o uso da preposição se fez obrigatório. Assim, a banca CESPE não desprezou a norma gramatical sobre a omissão da preposição. Você viu que as gramáticas mostram a possibilidade, mas isso vai depender muito do contexto. E vamos sempre ficar atento na forma como esta banca ambienta a questão. Gabarito: C Questão 9: PC ES - 2011 - nível superior Fragmento de texto: Por essa razão, aqueles que resistem às reivindicações de maior igualdade são levados a considerar que as desigualdades são, em sua maior parte, naturais e, como tais, invencíveis ou mais dificilmente superáveis. Ao contrário, aqueles que lutam por maior igualdade estão convencidos de que as desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou históricas. No trecho “estão convencidos de que as desigualdades são, em sua maior parte, sociais ou históricas”, a omissão da preposição “de” prejudicaria a correção gramatical do período. Comentário: Note que a banca CESPE também foi direta nesta pergunta. Ela não ambientou o candidato sobre a peculiaridade de ser um complemento oracional, como ocorreu na primeira questão trabalhada. Isso nos faz novamente desprezar a peculiaridade de ser um complemento oracional e entender simplesmente que a expressão “de que” iniciou uma oração subordinada substantiva completiva nominal, pois completa o sentido do adjetivo “convencidos”. Gabarito: C PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 10 Questão 10: TRE ES - 2011 - nível médio Fragmento de texto: A terceira ideia refere-se ao princípio de que o sistema democrático representativo deve basear-se no governo da maioria. Com correção gramatical, o trecho “ao princípio de que o sistema democrático representativo” poderia ser reescrito da seguinte forma: ao princípio que o sistema democrático representativo. Comentário: É o substantivo “princípio” que rege a preposição “de” e toda a oração posterior completa o sentido desse substantivo. Por isso, ele não dispensa o uso da preposição “de”, mesmo sendo uma oração subordinada substantiva completiva nominal. (oração principal) A terceira ideia refere-se ao princípio de que o sistema democrático representativo deve basear-se... (oração subordinada substantiva completiva nominal) Gabarito: E Vimos, no início da aula, os termos da oração e as orações subordinadas substantivas, que provêm da maioria destes termos. Agora veremos as orações subordinadas adjetivas. Período composto por subordinação adjetiva As orações subordinadas adjetivas têm esse nome porque equivalem a um adjetivo. Em termos sintáticos, essas orações exercem a função que normalmente cabe a um adjetivo (a de um adjunto adnominal ou aposto explicativo). O adjunto adnominal é termo do qual ainda não falamos, mas nos basta entender o seguinte: todo termo da oração possui no mínimo um vocábulo, o qual chamamos de núcleo. Por vezes, esse núcleo vem antecipado ou seguido de outros vocábulos de valor adjetivo, os quais passam à função de adjunto adnominal. Perceba isso no exemplo abaixo. O objeto direto é o termo “gente mentirosa”. O núcleo é o substantivo “gente” e o adjunto adnominal é “mentirosa”, o qual serve para caracterizar o núcleo. Detesto gente mentirosa. VTD núcleo do OD Adj Adn objeto direto período simples Detesto gente que mente. oração principal Or Sub Adjetiva período composto Na primeira construção, o adjetivo “mentirosa” é adjunto adnominal, o qual caracteriza o núcleo do objeto direto “gente”. Ao se inserir um verbo nesta função adjetiva, naturalmente haverá uma oração de mesmo valor. Por isso passa a ser uma oração subordinada adjetiva. A conexão entre a oração subordinada adjetiva e a oração principal é feita pelo pronome relativo que. Esse vocábulo não pode ser confundido com a conjunção integrante “que”, vista anteriormente, a qual inicia uma oração subordinada substantiva. Portanto vamos às formas de se evitar o erro: PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 11 1. Detesto mentiras. 2. Detesto gente mentirosa. 1. Detesto que mintam. 2. Detesto gente que mente. a) O vocábulo “mentiras” é um substantivo. Quando é substituído por verbo, passa a fazer parte de uma oração subordinada substantiva. b) “mentiras” é núcleo do objeto direto do verbo “Detesto”, por isso “que mintam” é oração subordinada substantiva objetiva direta da oração principal “Detesto”. c) O vocábulo “que” é uma conjunção integrante e toda a oração a partir desse vocábulo pode ser substituída pelo vocábulo “isso”, para a confirmação de ser oração substantiva. (Detesto isso.) a) O vocábulo “mentirosa” é um adjetivo. Quando é substituído por um verbo, passa a fazer parte de uma oração adjetiva. b) “mentirosa” é adjunto adnominal e restringe o núcleo do objeto direto. c) Não há coesão em se substituir a oração “que mente” pelo vocábulo “isso”. Veja: Detesto gente isso. Por isso não é oração substantiva. O segundo passo é substituir o “que” por “o qual” e suas variações, para confirmar se é pronome relativo iniciando oração adjetiva. Veja: Detesto gente a qual mente. No período “Detesto gente que mente”, desenvolvem-se duas ideias, relacionadas à palavra “gente”: a primeira é a de que eu a detesto e a segunda a de que ela mente. Assim: Detesto gente. Gente mente. VTD + OD Suj + VI Entendendo-se que o vocábulo “gente” está se repetindo desnecessariamente, pode-se inserir no lugar desse vocábulo repetido o pronome relativo “que” ou “a qual”. “Gente” está na função de sujeito, então o pronome “que” ou “a qual” também ocupa a função de sujeito. Veja: Detesto gente.Gente mente. Detesto gente que mente. Detesto gente a qual mente. sujeito Visando ao que pode ser exigido pela banca CESPE, muitas vezes se vê questão que pede para substituir um vocábulo por outro, permanecendo o sentido e a gramaticalidade. Neste caso, se a banca pedisse para substituirmos “gente” por “pessoas”, permaneceria a semântica, mesmo um estando no singular e o outro no plural. Mas essa substituição implicaria mudança na concordância do verbo “mente”, que deveria flexionar-se no plural, haja vista que o pronome relativo “que” é sujeito e retomaria “pessoas”. Assim: Detesto pessoas que mentem. VTD + objeto direto Suj + V. intransitivo oração principal oração Sub Adjetiva PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 12 Outras vezes a banca CESPE cobra simplesmente a atenção voltada ao contexto para identificar o referente. Por exemplo: 1. Conheci o dono daquela empresa de cosméticos que demitiu duzentos funcionários. 2. Conheci o dono daquela empresa de cosméticos que exportou para a Europa. 3. Conheci o dono daquela empresa de cosméticos que embelezam as mulheres. Na frase 1, o pronome relativo “que” retomou o substantivo “dono”, pois se entende que quem demite é o “dono”; na frase 2, foi retomado o substantivo “empresa”, pois é mais adequado dizerque a exportação é feita pela “empresa” e não pelo “dono”. Na frase 3, a concordância é feita no plural, porque o pronome relativo retomou “cosméticos”, que também está no plural. Isso é muito cobrado na prova. Muita atenção. Uma forma de isso ficar mais claro é substituir o pronome “que” pelo pronome relativo “o qual” e suas variações, típica questão do CESPE. Assim, na frase 1 seria “o qual”, na 2 “a qual” e na 3 “os quais”. Questão 11: Tribunal Regional Eleitoral RS - 2006 - nível médio Fragmento do texto: O primeiro código eleitoral a viger no Brasil chamava- se Ordenações do Reino, as quais foram elaboradas em Portugal no fim da Idade Média e utilizadas até 1828. A substituição da estrutura “as quais foram elaboradas (...) e utilizadas” por o qual foi elaborado (...) e utilizado altera as relações de concordância sem provocar prejuízo para a coerência e a correção gramatical do período. Comentário As expressões “O primeiro código eleitoral a viger no Brasil” e “Ordenações do Reino” são sinônimas contextuais por causa do vocábulo “chamava-se”, o qual mostra que o nome desse primeiro código é Ordenações do Reino. Logo, “as quais foram elaboradas (...) e utilizadas...” concordam com “Ordenações do Reino”, mas poderiam se flexionar no singular e masculino para concordar com “O primeiro código eleitoral a viger no Brasil”. Por isso há a possibilidade da substituição: O primeiro código eleitoral a viger no Brasil chamava-se Ordenações do Reino, as quais foram elaboradas em Portugal no fim da Idade Média e utilizadas até 1828. O primeiro código eleitoral a viger no Brasil chamava-se Ordenações do Reino, o qual foi elaborado em Portugal no fim da Idade Média e utilizado até 1828. Gabarito: C Não veremos nesta aula quais são os pronomes relativos e suas funções sintáticas. Isso será visto na aula 4, quando aprofundarmos na regência verbal e nominal. Vamos trabalhar agora a pontuação nestas orações. A pontuação e a classificação das orações adjetivas Para entendermos a pontuação referente a termos adjetivos, é necessário sabermos a diferença entre dois tipos de adjetivo. Adjetivo explicativo: é aquele que denota qualidade essencial do ser, característica inerente, ou seja, qualidade que não pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, todo homem é mortal, todo fogo é quente, todo PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 13 leite é branco, então mortal, quente e branco são adjetivos explicativos, em relação a homem, fogo e leite. Adjetivo restritivo: é o adjetivo que denota qualidade adicionada ao ser, ou seja, qualidade que pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, nem todo homem é inteligente, nem todo fogo é alto, nem todo leite é enriquecido, então inteligente, alto e enriquecido são adjetivos restritivos, em relação a homem, fogo e leite. mortal quente branco explicativo homem fogo leite inteligente alto enriquecido restritivo Quando o adjetivo estiver imediatamente após o substantivo qualificado por ele, teremos o seguinte: se ele for adjetivo explicativo, deverá estar entre vírgulas e funcionará sintaticamente como aposto explicativo; se for adjetivo restritivo, não poderá estar entre vírgulas e funcionará como adjunto adnominal. Por exemplo: “O homem, mortal, age como um ser imortal.” Nessa frase, mortal é adjetivo explicativo, pois indica uma qualidade essencial do substantivo, por isso está entre vírgulas e sua função sintática é a de aposto explicativo. Já na frase “O homem inteligente lê mais.”, inteligente é adjetivo restritivo, pois se entende que nem todo homem lê muito, por isso não está entre vírgulas e sua função sintática é a de adjunto adnominal. Assim, o adjetivo pode ter o valor restritivo (especifica o sentido do termo antecedente, individualizando-o) e explicativo (realça um detalhe ou amplifica características básicas sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido). Como aprofundamento disso, vejamos o adjetivo “inteligente”. 1. O homem, inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos. 2. O homem inteligente não joga lixo no chão. Na frase 1, esse adjetivo possui valor básico do homem: ser pensante, que raciocina. Essa é a condição básica para que ele possa ter a capacidade cognitiva e então através dos séculos ter a possibilidade de isso ser ampliado. Esse adjetivo está entre vírgulas para marcar o valor explicativo e com isso há a função sintática de aposto explicativo. Na frase 2, esse mesmo adjetivo possui valor semântico diferente, pois se sabe que nem todos os homens deixam de jogar o lixo no chão. Então esse não é um princípio só do poder de raciocínio, mas da virtude, da educação. Assim, inteligente, neste caso, é o homem educado. Como sabemos que nem todos são educados, há certamente um valor restritivo. Por isso esse vocábulo não está separado por vírgulas e cumpre a função sintática de adjunto adnominal. Portanto, se o aposto explicativo recebe um verbo, tornar-se-á uma oração subordinada adjetiva explicativa. Se o adjunto adnominal recebe um verbo, tornar-se-á oração subordinada adjetiva restritiva. O uso de vírgula continua da mesma forma que nos termos da oração ditos anteriormente. Veja: PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 14 O homem, inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos. sujeito aposto explicativo VTD + objeto direto + adjunto adverbial de tempo período simples O homem, que é inteligente, dobra sua capacidade cognitiva através dos séculos. oração subordinada adjetiva explicativa oração principal período composto O homem inteligente não joga lixo no chão. Adj Adn + núcleo adjunto adnominal Adj Adv VTD OD Adj Adv lugar negação sujeito simples período simples O homem que é inteligente não joga lixo no chão. oração subordinada adjetiva restritiva oração principal período composto Portanto, dependendo do uso da vírgula numa oração adjetiva, haverá mudança de sentido. Em determinados momentos, a vírgula poderá ser inserida ou retirada, isso fará com que a oração mude o sentido, mas não quer dizer que haverá incoerência com os argumentos do texto. Exemplo: Angélica, encontrei seu irmão que mora em Paris. Angélica, encontrei seu irmão, que mora em Paris. Uma forma prática de se enxergar melhor a restrição é subentendendo a expressão somente aquele que. Assim, no primeiro período, observa-se que somente o irmão de Angélica o qual mora em Paris foi encontrado por mim, os outros irmãos dela não foram citados no contexto. Portanto, sem vírgulas, entende-se que ela tem mais de um irmão. Já no segundo período, entende-se que a característica básica de irmão de Angélica é ser morador de Paris, pois ele é o único irmão. Veja outros: O curso possui oitocentos alunos que farão a prova da OAB. O curso possui oitocentos alunos, que farão a prova da OAB. No primeiro período, entende-se que somente oitocentos alunos do curso farão a prova da OAB, os outros não. Então o curso possui mais de oitocentos alunos. No segundo período, percebe-se que todo o efetivo discente do curso fará a prova da OAB. E sua totalidade é de oitocentos alunos. Escolha a joia de que goste. Escolha a joia, de que gosta. No primeiro período, alguém foi convidado a escolher uma joia ainda não apreciada, conhecida pela felizarda. A joia da qual gostar poderá ser escolhida. Ao passo que, no segundo período, a pessoa presenteada já conhecia a joia e já gostava dela, por isso passou a haver a característicaexplicativa. PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 15 Outro ponto importante. Se o aposto explicativo pode ser separado por vírgulas, travessões e parênteses; o mesmo vai ocorrer com a oração subordinada adjetiva explicativa. Questão 12: EBC – 2011 – Nível Médio Fragmento de texto: Diversos países sustentam hoje robustas corporações de mídia pública que concentram substancial fatia da audiência e são reconhecidas pela qualidade no conteúdo que produzem e transmitem. O segmento “que produzem e transmitem” tem natureza explicativa. Comentário: As orações “que produzem e transmitem” são subordinadas adjetivas restritivas, e não explicativas, pois não são antecipadas de vírgula. Note que elas estão coordenadas entre si. Por isso, há a conjunção “e”. Gabarito: E Questão 13: ABIN - 2010 - nível Superior Fragmento do texto: No projeto Segurança Pública para o Brasil, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, aponta-se como principal causa do aumento da criminalidade o tráfico de drogas e de armas. A supressão das vírgulas que isolam a expressão “da Secretaria Nacional de Segurança Pública” alteraria o sentido do texto, visto que estaria subentendida a existência de, pelo menos, mais um projeto denominado Segurança Pública para o Brasil. Comentário: A banca quis que o candidato notasse a diferença entre termo explicativo e restritivo. O primeiro é a característica básica do substantivo, por isso é isolado por vírgula(s). Já o segundo especifica, restringe, afunila o sentido do substantivo, por isso não se pode separar por vírgula. O termo restritivo cumpre a função sintática de adjunto adnominal, por isso não se pode separar por vírgula o adjunto adnominal de seu núcleo. No texto, perceba que o termo “da Secretaria Nacional de Segurança Pública” encontra-se isolado por vírgulas para marcar o sentido explicativo (aposto explicativo). Isso nos dá a noção de que só há um projeto denominado “Segurança Pública para o Brasil”, e este projeto é exclusivo da “da Secretaria Nacional de Segurança Pública”. Não há outro. Ao retirarmos as vírgulas, o sentido muda para restrição, isto é, passa- se a subentender a existência de, pelo menos, mais um projeto denominado Segurança Pública para o Brasil. Assim, a afirmativa da questão está correta. Muda-se o sentido com a supressão das vírgulas. Gabarito: C Questão 14: Polícia Federal – 2004 – Agente Administrativo Fragmento do texto: Do final de setembro aos primeiros dias de outubro, ficou muito claro que estamos assistindo a algo absolutamente novo e fantástico: o surgimento de uma entidade governante anglo-saxã. Preservam-se as relações semânticas do texto e sua correção gramatical ao se substituir o sinal de dois-pontos por vírgula seguida do termo que é. Comentário: Os dois-pontos iniciam um aposto explicativo, o qual pode ser também iniciado por vírgula. Ao se inserir a expressão “que é”, a banca PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 16 queria a percepção do candidato quanto à possibilidade de transformação de aposto explicativo em oração subordinada adjetiva explicativa. Por isso a afirmativa está correta. Gabarito: C Questão 15: Tribunal de Justiça BA - 2005 - nível superior Fragmento do texto: Nesse contexto, as previsões, liberais ou marxistas, do fim dos estados ou das economias nacionais, ou mesmo da formação de algum tipo de federação cosmopolita e pacífica, são utopias, com toda a dignidade das utopias que partem de argumentos éticos e expectativas generosas, mas são ideias ou projetos que não têm nenhum apoio objetivo na análise da lógica e da história passada do sistema mundial. A inserção de uma vírgula logo após a expressão “dignidade das utopias” mantém as mesmas relações sintáticas e a informação original do período. Comentário: Primeiro se deve ter certeza de que há oração adjetiva. Para isso, basta substituir o “que” por “as quais” e se verifica que permanece a coerência. Assim, a inserção ou retirada de vírgula obrigatoriamente muda o sentido da oração subordinada adjetiva, então isso mudaria a informação original do período no texto, além de mudar também a relação sintática, pois, com a vírgula, deixaria de ser oração subordinada adjetiva restritiva para ser oração subordinada adjetiva explicativa. Gabarito: E Questão 16: Cia de Saneamento Básico ES - 2006 - nível superior Fragmento do texto: Considerando as recentes técnicas, os meios e os problemas que envolvem os crimes de informática e a ação de perícia criminal sobre evidências de delitos dessa natureza, vimos sugerir a adoção de protocolos para coleta, manipulação, exame e preparação do laudo pericial, visando à integridade da prova e sua aceitação perante a justiça. A oração “que envolvem os crimes de informática (...) natureza” atribui sentido restritivo aos substantivos “técnicas”, “meios” e “problemas”. Comentário: Esta afirmativa engloba pelo menos dois conhecimentos: que palavra(s) é(são) retomada(s) pelo pronome relativo e como diferenciar restrição de explicação. Primeiro, há de se observar a função sintática do pronome relativo “que”. Ele está na função de sujeito e, por retomar nomes no plural, leva o verbo “envolvem” para o plural. Como recurso de coesão, deve-se agora saber se esse vocábulo realmente retoma os substantivos “técnicas”, “meios” e “problemas”, os quais estariam implícitos no sujeito “que”. Assim, poderíamos entender: “as recentes técnicas, os meios e os problemas (...) envolvem os crimes de informática e a ação de perícia criminal sobre evidências de delitos dessa natureza”. Há de se observar, então, que não é apenas o último substantivo que está sendo caracterizado pela oração adjetiva (como muitos candidatos entenderam, à época desta prova, e entraram com recursos, os quais foram indeferidos). Por fim, esta caracterização é restritiva, porque a oração adjetiva não está separada por vírgula. Por tudo isso, a afirmativa está correta. PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 17 Gabarito: C Questão 17: Tribunal Regional Eleitoral MA - 2006 - nível superior Texto: Para que a democracia seja efetiva, é necessário que as pessoas se sintam ligadas aos seus concidadãos e que essa ligação se manifeste por meio de um conjunto de organizações e instituições extramercado. Uma cultura política atuante precisa de grupos comunitários, bibliotecas, escolas públicas, associações de moradores, cooperativas, locais para reuniões públicas, associações voluntárias e sindicatos que propiciem formas de comunicação, encontro e interação entre os concidadãos. A democracia neoliberal, com sua ideia de mercado “über alles”, nunca leva em conta essa atuação. Em vez de cidadãos, ela produz consumidores. Em vez de comunidades, produz shopping centers. O que sobra é uma sociedade atomizada, de pessoas sem compromisso, desmoralizadas e socialmente impotentes. Em suma, o neoliberalismo é o inimigo primeiro e imediato da verdadeira democracia participativa, não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o planeta, e assim continuará no futuro previsível. A forma verbal subjuntiva “propiciem” poderia ser substituída, sem prejuízo da coerência do texto e da correção gramatical, pela forma indicativa propiciam, desde que fosse empregada a vírgula antes do conector “que”. Comentário: A oração adjetiva “que propiciem formas de comunicação” não vem antecipada de vírgula por ser uma característica restritiva do substantivo “sindicatos” (somente aqueles sindicatos que propiciem formas de comunicação). Porém,ao lermos o conjunto do texto, percebemos que o autor tem uma visão categórica contra o neoliberalismo; assim não seria de se estranhar que ele considerasse que todas as organizações citadas no texto propiciam “formas de comunicação”. Portanto, a troca dos tempos verbais faria permanecer a coerência. Mas isso implicaria erro gramatical, se não houvesse a inserção da vírgula; pois no texto original a oração é adjetiva restritiva (deixa-se subentendido que nem todas as organizações citadas no texto propiciam formas de comunicação). Com a substituição do tempo e modo verbais, a característica de propiciar formas de comunicação passa a ser básica destas organizações, isto é, na visão do autor todas elas transmitem formas de comunicação, encontro e interação entre os concidadãos. Isso exige a inserção da vírgula para tornar essa oração adjetiva explicativa. Perceba que o verbo deixa de transmitir uma hipótese (presente do subjuntivo) para transmitir uma certeza (presente do indicativo). Observe, também, que na questão afirma-se que a troca e a inserção da vírgula preservariam a coerência e a correção gramatical. Isso está correto. Ficaria errado se fosse afirmado que preservaria o sentido, pois a semântica mudou (de valor restritivo para explicativo). Gabarito: C As orações reduzidas e desenvolvidas Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo conjugado em modo e tempo verbal, as orações subordinadas adjetivas são PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 18 chamadas de desenvolvidas. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio). Ele foi o primeiro aluno que se apresentou. Ele foi o primeiro aluno a se apresentar. No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração subordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo. Questão 18: Tribunal Regional Eleitoral RS - 2006 - nível médio Fragmento do texto: O primeiro código eleitoral a viger no Brasil chamava- se Ordenações do Reino, as quais foram elaboradas em Portugal no fim da Idade Média e utilizadas até 1828. Para que o período mantenha-se gramaticalmente correto; ao se substituir a forma verbal “viger” por vigorar, é necessário substituir também a preposição que a antecede. Comentário: A oração “a viger no Brasil” é subordinada adjetiva reduzida de infinitivo e por isso recebe a preposição “a”. Note que se poderia substituir essa oração reduzida pela desenvolvida “que vigeu no Brasil”, sem alteração semântica. Tanto o verbo “viger” quanto vigorar admitem a preposição “a” para que possa dar origem a essa estrutura reduzida. Por não ser necessária a substituição da preposição, a questão está errada. Gabarito: E Questão 19: Polícia Civil CE - 2012 - Inspetor Fragmento de texto: E considerar outras formas de soberania que respondam melhor a um mundo caracterizado ao mesmo tempo pela desigualdade e pela diversidade. Na linha 2, caso se insira, antes de “caracterizado”, o segmento que é, será necessário, para a manutenção da correção gramatical e do sentido do período, o emprego de vírgula após “mundo”. Comentário: A oração “caracterizado ao mesmo tempo pela desigualdade e pela diversidade” é subordinada adjetiva restritiva reduzida de particípio. O autor pode optar em desenvolvê-la inserindo o pronome relativo “que” e o verbo “é”: ...um mundo que é caracterizado ao mesmo tempo pela desigualdade e pela diversidade O erro está na exigência do uso da vírgula. Neste caso, a oração passaria a explicativa, perdendo, assim, o sentido original (que era restritivo). Gabarito: E Recapitulando... PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 19 Até agora, vimos os termos básicos da oração e entendemos que não se pode separá-los por vírgula. Vimos também que o sujeito, OD e predicativo não são antecipados por preposição. Além disso, estudamos o vocativo e o aposto tendo em vista a sua pontuação. Em seguida, vimos que o termo adjetivo pode ter dois valores semânticos (restrição e explicação). Quando esses termos recebem verbo, naturalmente viram orações adjetivas. Agora falta falarmos dos termos adverbiais, principalmente no que diz respeito ao sentido e à pontuação. Quando o adjunto adverbial recebe um verbo, transforma-se em oração subordinada adverbial. Período composto por subordinação adverbial O candidato passou no concurso, devido ao seu esforço no estudo. VTI objeto indireto adjunto adverbial de causa sujeito predicado verbal período simples O candidato passou no concurso, porque se esforçou no estudo. sujeito VTI objeto indireto VTI + objeto indireto predicado verbal predicado verbal oração principal oração subordinada adverbial causal período composto Tanto o adjunto adverbial quanto a oração adverbial podem deslocar-se para o início ou para o meio da estrutura principal. E, com isso, a vírgula será empregada conforme foi visto nos adjuntos adverbiais de grande extensão. Assim, via de regra, a oração subordinada adverbial, quando posposta à oração principal, será iniciada por vírgula facultativamente. Mas, se for antecipada ou intercalada, receberá vírgula ou vírgulas obrigatoriamente. Observe: Devido ao seu esforço no estudo, o candidato passou no concurso adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto sujeito predicado verbal período simples Porque se esforçou no estudo, o candidato passou no concurso VTI + objeto indireto sujeito VTI objeto indireto predicado verbal predicado verbal oração subordinada adverbial causal oração principal período composto vírgula facultativa vírgula facultativa vírgula obrigatória vírgula obrigatória PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 20 O candidato, devido ao seu esforço no estudo, passou no concurso. adjunto adverbial de causa VTI objeto indireto sujeito predicado verbal período simples O candidato, porque se esforçou no estudo, passou no concurso VTI + objeto indireto VTI objeto indireto sujeito predicado verbal predicado verbal oração subordinada adverbial causal oração principal período composto Assim como foi visto nas orações substantivas e adjetivas, as orações podem ser reduzidas. Isso ocorre porque a conjunção é excluída e o verbo deixa de ser conjugado em modo e tempo verbal e passa a uma das formas nominais: infinitivo, gerúndio, particípio. Por se esforçar muito nos estudos, o candidato passou no concurso. oração subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo + oração principal Questão 20: INCA - 2010 - nível superior Fragmento do texto: Ao estabelecer a obrigatoriedade na realização dos exames pré-admissional, periódico e demissional do trabalhador, criou recursos médico-periciais voltados à identificação do nexo da causalidade entre os danos sofridos e a ocupação desempenhada. A vírgula logo depois de “trabalhador” é opcional e sua retirada preservaria a correção gramatical do texto, pois os três termos da enumeração que ela tem função de marcar já estão separadospela conjunção “e”: “exames pré- admissional, periódico e demissional do trabalhador”. Comentário: A vírgula após “trabalhador” é obrigatória, por haver a antecipação da oração subordinada adverbial causal (ou temporal) reduzida de infinitivo “Ao estabelecer a obrigatoriedade na realização dos exames pré- admissional, periódico e demissional do trabalhador”. Os três termos enumerados não interferem no motivo desta vírgula. Gabarito: E Questão 21: Médico perito INSS - 2009 - nível superior Julgue a frase quanto à correção gramatical: O povo por estar insatisfeito com o “bota-abaixo” e influenciado pela imprensa se revoltou contra a vacina. Comentário: Há orações subordinadas adverbiais causais reduzidas de infinitivo e estão coordenadas entre si com a conjunção “e”. Como essas orações estão intercaladas à oração principal “O povo se revoltou contra a vacina”, deve haver vírgula após o substantivo “povo” e depois de “imprensa.” Gabarito: E Questão 22: Tribunal Regional Eleitoral MA - 2006 - nível superior Fragmento do texto: Para que a democracia seja efetiva, é necessário que vírgulas obrigatórias vírgulas obrigatórias PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 21 as pessoas se sintam ligadas aos seus concidadãos e que essa ligação se manifeste por meio de um conjunto de organizações e instituições extramercado. Caso a oração adverbial que inicia o texto estivesse imediatamente após a expressão “é necessário”, não haveria necessidade de emprego da vírgula, visto que estaria restabelecida a ordem direta do período. Comentário: Se a oração adverbial final “Para que a democracia seja efetiva” fosse colocada após a oração “é necessário”, precisaria ficar entre vírgulas, pois estaria entre uma oração principal e uma oração subordinada substantiva. Veja: “É necessário, para que a democracia seja efetiva, que as pessoas se sintam ligadas aos concidadãos...” Gabarito: E Vários são os valores circunstanciais das orações subordinadas adverbais. Eles basicamente se dividem em 9. Causais: exprimem causa, motivo, razão. Esta oração faz parte da estrutura causa-consequência, em que a origem ocorre temporalmente antes. E a consequência, por ser o resultado, ocorre depois. As principais conjunções causais são: porque, pois, que, como (quando a oração adverbial estiver antecipada), já que, visto que, desde que, uma vez que, porquanto, na medida em que, que, etc: A mulher gritou porque teve medo. Como fazia frio, fechou as janelas. Já que me pediram, vou continuar. Uma vez que desfruta de bons pensamentos, realiza boas atitudes. Observações: I - A conjunção se também pode transmitir valor de causa a orações que funcionam como base ou ponto de partida de um raciocínio, em construções como: Se o estudo é o princípio do concurseiro, é imprescindível a organização de seu material de estudo. II - Vimos na aula anterior que as conjunções porque, porquanto e pois podem ser coordenativas explicativas. Nesta, percebemos que elas também podem ser causais. A banca CESPE não pergunta qual é a diferença entre elas, apenas pede a troca das conjunções. Questão 23: EBC – 2011 – Nível Médio Fragmento de texto: Por princípio, todo o sistema de comunicação deveria ser público, uma vez que a sua missão é prestar um serviço público. Nesse sentido, poderiam até variar as formas de financiamento, mas o controle deve ser da sociedade. Seria mantida a relação sintático-semântica entre as orações que compõem o terceiro período do texto ao se substituir “uma vez que” (R.9) por qualquer um dos termos a seguir: porque, porquanto, já que, visto que, conquanto. Comentário: A locução conjuntiva “uma vez que” inicia a oração subordinada PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 22 adverbial causal. Os conectivos “porque”, “porquanto”, “já que” e “visto que” preservam o valor causal; mas a conjunção “conquanto” tem valor adverbial concessivo, o qual será visto adiante. Assim, a afirmativa está errada. Gabarito: E Questão 24: Polícia Civil CE - 2012 - Inspetor Fragmento de texto: O cientista político Phillippe Schmitter argumentou que, embora a situação europeia seja singular, seu progresso para além do Estado nacional tem uma pertinência mais genérica, pois “o contexto contemporâneo favorece sistematicamente a transformação dos Estados em confederatii, condominii ou federatii, numa variedade de contextos”. O conector “pois” (linha 3) introduz ideia de consequência no trecho em que ocorre. Comentário: A conjunção “pois” tem valor adverbial causal, e não de consequência. Gabarito: E Questão 25: Tribunal Regional Eleitoral RS - 2005 - nível médio Fragmento do texto: As eleições para a assembleia constituinte realizaram- se após a Proclamação da Independência e, em 25 de março de 1824, D. Pedro I outorgou ao povo brasileiro sua primeira Constituição política. Após a data “25 de março de 1824” subentende-se uma relação sintática representada pela conjunção porque. Comentário: “As eleições para a assembleia constituinte realizaram-se após a Proclamação da Independência e, em 25 de março de 1824, D. Pedro I outorgou ao povo brasileiro sua primeira Constituição política.” A relação entre as orações desse período é de coordenação aditiva (observe a conjunção “e” em destaque). Ao se subentender, ou explicitar a conjunção porque após “25 de março de 1824”, já haveria erro pois a vírgula que se encontra após “1824” ficaria após a conjunção porque. Além disso, ela iniciaria, dentro da oração coordenada sindética aditiva, uma relação subordinativa adverbial causal, mas faltaria a oração principal, vício chamado de truncamento sintático. Veja como ficaria: “As eleições para a assembleia constituinte realizaram-se após a Proclamação da Independência e, em 25 de março de 1824 porque, D. Pedro I outorgou ao povo brasileiro sua primeira Constituição política...” Não há, portanto, possibilidade de se subentender a conjunção porque após 1824. Gabarito: E Questão 26: ABIN - 2008 - nível superior Fragmento do texto: Uma vez pesquisado, determinado assunto agrega novos elementos ao pensamento de seu observador e, portanto, modifica-o. Mudado seu modo de pensar, o pesquisador já não concebe aquele tema da mesma forma e, assim, já não é capaz de estabelecer uma relação exatamente igual à do experimento original. Não se podendo repetir a relação sujeito-objeto, é forçoso afirmar que seria impossível a reprodução exata de qualquer situação de pesquisa, o que ressalta a importância da descrição do PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 23 fenômeno e o caráter vivo dos postulados teóricos. No desenvolvimento da argumentação, a oração “Não se podendo repetir a relação sujeito-objeto” (linhas 5 e 6) expressa a causa que desencadeia as idéias do trecho “é forçoso afirmar (...) pesquisa” (linhas 6 e 7). Comentário: A pergunta é textual, mas depende da compreensão do período composto. Na realidade, pergunta-se qual a circunstância expressa na oração reduzida de gerúndio “Não se podendo repetir a relação sujeito-objeto”. Ela é subordinada adverbial causal e sua estrutura principal vem em seguida, composta da oração principal “é forçoso”, oração subordinada substantiva subjetiva “afirmar”, oração subordinada substantiva objetiva direta “que seria impossível a reprodução exata de qualquer situação de pesquisa”. O contexto permite compreender o desenvolvimento da oração causal da seguinte forma: Já que não se pode repetir a relação sujeito-objeto, é forçoso afirmar que seria impossívela reprodução exata de qualquer situação de pesquisa... Gabarito: C Consecutivas: Na relação causa-consequência, o processo verbal da consequência ocorre após o da causa, e suas conjunções exprimem um efeito, um resultado e aparecem de duas formas: I - conjunção “que” precedida de “tal”, “tão”, “tanto”, “tamanho”: Fazia tanto frio que meus dedos congelavam. Tal foi seu entusiasmo que todos o seguiram. Nesta estrutura, os intensificadores tal, tamanho, tão, tanto podem ficar subentendidos. Bebia que caía pelas ruas. (bebia tanto...) II – locuções conjuntivas “de maneira que”, “de jeito que”, “de ordem que”, “de sorte que”, “de modo que”, etc: Ontem estive doente, de sorte que não pude ir ao trabalho. “As notícias de casa eram boas, de maneira que pude prolongar minha viagem.” (Domingos Paschoal Cegalla) III – locução conjuntiva “sem que”, e a conjunção “que”, seguida de negação. Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine sem que a queira comprar. Lúcia não pode ver uma roupa bonita na vitrine, que não a queira comprar. Perceba que, na primeira estrutura, a preposição sem tem valor de negação; na segunda, sua ausência é substituída pelo advérbio de negação “não”. Questão 27: Tribunal Regional do Trabalho RJ - 2008 - nível superior Fragmento do texto: O ministro do Trabalho classificou a decisão do COPOM de subir os juros de “precipitada”. “É um erro imaginar que há inflação no Brasil. Julgue a interpretação correta em relação ao valor semântico do vocábulo destacado: “É um erro imaginar que há inflação no Brasil” (consequência) PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 24 Comentário: A conjunção “que” não possui valor semântico, é apenas relacional, chamada de conjunção integrante, pois inicia oração subordinada substantiva. O que a banca queria era que o candidato confundisse esse “que” com o da oração subordinada adverbial consecutiva. Para ser consecutiva, deve haver a intensificação na oração principal com os vocábulos “tão”, “tamanho”, “tanto”. Veja os exemplos: É um erro imaginar que há inflação no Brasil. (que = conjunção integrante) oração principal + OSSSRI + oração subordinada substantiva objetiva direta (imaginar isso) OSSSRI = oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo A inflação é tão grande que causou revoluções políticas internas. oração principal + oração subordinada adverbial consecutiva (que = conjunção subordinativa adverbial consecutiva) Gabarito: E Questão 28: Tribunal Regional do Trabalho RJ - 2008 - nível superior Pode-se substituir a palavra sublinhada pela palavra apresentada entre parênteses e isso não provocaria erro gramatical ou alteração no sentido do texto: “Hoje, somos bombardeados por uma quantidade de imagens tal, que não conseguimos mais distinguir a experiência direta daquilo que vimos há poucos segundos na televisão” (porque) Comentário: A conjunção “que” combina com o intensificador “tal” da oração principal para transmitir valor de consequência (e não de causa). Gabarito: E Condicionais: Nesta relação de condição, hipótese, é muito cobrada a correlação de modo e tempo verbal. Veja: verbo no futuro do subjuntivo verbo no futuro do presente do indicativo Se o candidato estudar bastante, passará no concurso. condição no futuro resultado provável no futuro oração subordinada adverbial condicional oração principal verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo verbo no futuro do pretérito do indicativo Se o candidato estudasse bastante, passaria no concurso. condição no passado resultado improvável no futuro oração subordinada adverbial condicional oração principal verbo no presente do subjuntivo verbo no futuro do presente do indicativo Caso o candidato estude bastante, passará no concurso. condição no presente resultado provável no futuro oração subordinada adverbial condicional oração principal Se uma condição é expressa no futuro ou presente, há condições de cumpri-la; por isso o resultado expresso na oração principal é provável. Não há certeza de o candidato ser aprovado, mas há grande possibilidade. Já numa condição expressa no passado, não há condições de cumpri-la; por isso o resultado expresso na oração principal é pouco provável, ou mesmo PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 25 improvável. A banca CESPE normalmente pede para substituir as conjunções ou os verbos. Portanto, deve-se atentar quanto à correlação destes tempos verbais. Algumas vezes, por motivo de ênfase e reforço motivacional, o autor do texto troca o tempo verbal da oração principal de futuro do presente para presente do indicativo e futuro do pretérito para pretérito imperfeito do indicativo. Veja a diferença: Se o candidato estudar, passa no concurso. Se o candidato estudasse, passava no concurso. Não há erro nestas substituições, há apenas ênfase. Além das conjunções condicionais se e caso, há também as locuções conjuntivas contanto que, desde que, salvo se, sem que (=se não), a não ser que, a menos que, dado que. Comprarei o carro desde que não seja caro. Não sairás daqui, sem que termine o estudo. Poderão ganhar o campeonato, salvo se acontecer algum imprevisto. “A carinha podia ser de chinesa, fossem os olhos mais enviesados.” (Raquel de Queirós) Note a última construção. A conjunção condicional fica subentendida, e com isso é imprescindível entender a correlação verbal para que não haja dúvida neste valor semântico. As locuções conjuntivas condicionais desde que, dado que, uma vez que podem ser confundidas com as causais. Para não ficar com dúvida, verifique que os verbos nas orações condicionais ficam no modo subjuntivo, enquanto os das orações causais ficam no modo indicativo. Compare esses exemplos nos respectivos valores adverbiais vistos anteriormente. É encontrada também a forma reduzida: Conhecendo os alunos, o professor não os teria punido. (reduzida de gerúndio) Questão 29: Tribunal Regional do Trabalho RJ - 2008 - nível superior Fragmento do texto: Além disso, dada a diversidade de situações regionais, de prosperidade e de pobreza, o simples translado de um trabalhador, que vá de uma região a outra, pode representar ascensão substancial, se ele consegue incorporar-se a um núcleo mais próspero. A conjunção “se” poderia, sem prejuízo para a correção sintática do período, ser substituída por caso. Comentário: A conjunção “se” inicia oração subordinada adverbial condicional. Perceba que a locução verbal “consegue incorporar-se” encontra- se no presente do indicativo, por combinar em modo e tempo com a locução verbal da oração principal “pode representar” (que também está no presente do indicativo). Porém, se a conjunção “se” for substituída pela conjunção de igual valor caso, a locução verbal deverá ser flexionada no tempo presente do subjuntivo (consiga incorporar-se). Por isso, a afirmativa está errada. Gabarito: E PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 26 Concessivas: exprimem um fato que se concede, que se admite, em oposição ao da oração principal. As conjunções são: embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo quando, posto que, por mais que, por muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que (=embora não). Gostava de Matemática, embora tivesse dificuldades com cálculos. Por incrível que pareça, eles não conheciam ‘pen-drive’. Em que pese à autoridade deste cientista,não podemos aceitar suas afirmações. (Domingos Paschoal Cegalla) Dado que soubesse, não dirigia à noite. Por mais que gritasse, não me ouviram. Nem que a gente quisesse, conseguiria esquecer. (Otto Lara Resende) Assim como ocorreu nas orações substantivas (vistas nesta aula), as adverbiais também podem ser reduzidas. Por isso deve-se tomar muito cuidado quando a banca pedir a substituição de conjunção ou locução conjuntiva por preposição ou locução prepositiva. Veja: Embora chegasse cedo, não conseguiu lugar para sentar-se. Ao se substituir a conjunção embora pela preposição mesmo, o verbo é obrigado a sair da forma conjugada em modo e tempo verbal para a forma nominal gerúndio. Isso fará com que esta oração seja reduzida de gerúndio: Mesmo chegando cedo, não conseguiu lugar para sentar-se. Se fosse substituída pela locução prepositiva “apesar de”, a oração seria reduzida de infinitivo: Apesar de chegar cedo, não conseguiu lugar para sentar-se. Assim, cuidado com as substituições pedidas na prova. Questão 30: Tribunal de Justiça RJ - 2008 - nível superior Fragmento do texto: Há dessas reminiscências que não descansam antes que a pena ou língua as publique. Um antigo dizia arrenegar de conviva que tem memória. A vida é cheia de tais convivas, e eu sou acaso um deles, conquanto a prova de ter a memória fraca seja exatamente não me acudir agora o nome de tal antigo; mas era um antigo, e basta. No texto, o conector “conquanto” estabelece entre as orações que liga uma relação lógica de oposição. Comentário: A conjunção “conquanto” inicia a oração subordinada adverbial concessiva, por isso transmite contraste, oposição. Assim, a afirmativa está correta. Gabarito: C Questão 31: ANS - 2005 - Analista Fragmento de texto: Ainda que os efeitos do estresse oxidativo ocorram a longo prazo, a oxidação é quase imediata, e assim se poderia avaliar se há risco. Aliás, acho que todos os fatores que potencialmente podem provocar doenças deveriam ser controlados, em nome da precaução, mesmo que o malefício não esteja cientificamente comprovado. O modo verbal empregado em “ocorram” e “esteja” exprime uma hipótese, PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 27 uma dúvida, uma concessão, reforçada, respectivamente, pelos conectivos “Ainda que” e “mesmo que”. Comentário: Os verbos “ocorram” e “esteja” estão no tempo presente do subjuntivo, o qual exprime dúvida, incerteza. Note que na oração adverbial concessiva, os verbos devem se flexionar no modo subjuntivo. Por isso, a questão afirmou que as locuções conjuntivas de concessão reforçam esse valor semântico. Gabarito: C Questão 32: ABIN - 2008 - nível superior Fragmento do texto: Há histórias, no plural; o mundo tornou-se intensamente complexo e as respostas não são diretas nem estáveis. Mesmo que não possamos olhar de um curso único para a história, os projetos humanos têm um assentamento inicial que já permite abrir o presente para a construção de futuros possíveis. Preservam-se as relações entre os argumentos do texto caso se empregue, em lugar de “que não possamos” (linha 3), uma oração correspondente com o gerúndio: não podendo. Comentário: As orações subordinadas adverbiais concessivas naturalmente podem ser reduzidas de gerúndio ou infinitivo. Mas o candidato deveria ficar atento quanto ao sujeito elíptico desta oração. Quando a oração é reduzida de gerúndio ou particípio, essas formas nominais não se flexionam em pessoa; por isso, dependendo de quem seja o sujeito, poderá haver ambiguidade e prejuízo da coerência no texto. Veja: Mesmo que não possamos olhar de um curso único para a história, os projetos humanos têm um assentamento inicial que já permite abrir o presente para a construção de futuros possíveis. O sujeito de “possamos olhar” é oculto “nós” e o sujeito de “têm” é “os projetos humanos”. Mesmo não podendo olhar de um curso único para a história, os projetos humanos têm um assentamento inicial que já permite abrir o presente para a construção de futuros possíveis. O sujeito de “podendo olhar” é elíptico, isto é, remete-se, no contexto, a “projetos humanos”, e isso traz prejuízo para o texto. Gabarito: E Comparativas: representam o segundo termo de uma comparação e se expressam de três formas, com as conjunções como, (tal) qual, tal e qual, assim como, (tal) como, (tão ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que, tanto quanto, que nem, feito (=como, do mesmo modo que), o mesmo que (=como): I – com verbo expresso: A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro. Como a flor se abre ao sol, assim minha alma se abriu à luz daquele olhar. A praia é tal qual você descreveu. (tal como) PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 28 II – com o predicado ou verbo subentendido: A luz é mais veloz do que o som. (do que o som é) O leopardo é tão ágil quanto a onça. (quanto a onça é) Ele corre feito uma gazela. Nas estruturas comparativas de superioridade e inferioridade (com verbos expressos ou não), a palavra “do” é opcional. Cantava mais do que trabalhava. Cantava mais que trabalhava. Os mais magros correm mais do que os mais cheinhos. Os mais magros correm mais que os mais cheinhos. III – como comparação hipotética (uso da conjunção se): O homem parou perplexo, como se esperasse um guia. Questão 33: Tribunal de Contas TO - 2009 - nível médio Fragmento do texto: Não consigo escrever. Dinheiro e propriedades, que me dão sempre desejos violentos de mortandade e outras destruições, as duas colunas mal impressas, caixilho, Dr. Gouveia, Moisés, homem da luz, negociantes, políticos, diretor e secretário, tudo se move na minha cabeça, como um bando de vermes em cima de uma coisa amarela, gorda e mole que é, reparando-se bem, a cara balofa de Julião Tavares muito aumentada. No trecho “tudo se move na minha cabeça, como um bando de vermes em cima de uma coisa amarela, gorda e mole”, “como” introduz uma comparação. Comentário: Realmente houve a comparação. Perceba que se subentende a estrutura verbal “se movesse”. Gabarito: C Conformativas: exprimem acordo ou conformidade de um fato com outro. Suas conjunções são: como, conforme, segundo, consoante. Geralmente é usado para reforçar argumento. A oração principal é a declaração feita pelo autor e a oração subordinada adverbial conformativa é a base de sustentação do argumento, muito marcado por leis, regulamentos, fala de especialistas, etc. Esse valor adverbial é vastamente explorado como argumento de autoridade: Como disse o prefeito, o IPTU vai subir 5% este ano. “Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi contar.” (Machado de Assis) Conforme prevê o artigo 37 da CF, o serviço público é impessoal. Consoante opinam alguns, a história se repete. Questão 34: Tribunal Regional do Trabalho RJ - 2008 - nível superior Fragmento do texto: “Esse primeiro trimestre, como dizem meus filhos, bombou”, afirmou o ministro do Trabalho a jornalistas. Julgue a interpretação correta em relação ao valor semântico do vocábulo destacado: “como dizem meus filhos” (comparação) Comentário: a conjunção “como” transmite valor de conformidade, podendo- se trocar por segundo, conforme, consoante; o que não ocorre com a comparação. Com verbo expresso. Verbo subentendido PORTUGUÊS P/ POLÍCIA FEDERAL - (TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS) PROFESSOR TERROR Prof. Décio Terror www.pontodosconcursos.com.br 29 Gabarito: E Proporcionais: iniciam ideia de proporção, com as locuções conjuntivas à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais ... tanto mais, quanto mais
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