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23/10 - O Cenário Político do Governo Juscelino (1956-1961) 1 - Governo Café Filho (1954-1955) Com a morte de Vargas (24/08/1954), assumiu a presidência o advogado potiguar Café Filho, pertence ao Partido Social Progressita, liderado por Ademar de Barros Café Filho era mais conservador que Vargas Ministério com diversos membros da União Democrática Nacional (UDN) Eugênio Gudin (Ministério da Fazenda); Eduardo Gomes (Ministro da Aeronáutica); Na área econômica, o ortodoxo Gudin (agosto 1954 - abril 1955) propôs um plano de estabilização interna que visava conter o aumento da inflação e uma mudança no regime cambial que melhorasse o saldo da balança de pagamentos 1954: inflação em torno de 30% e preços de café em queda nos Estados Unidos Novo regime cambial (27/01/1955): com poucas divisas e sem muito apoio dos empréstimos norte-americanos, foi instituída a Instrução 113 da SUMOC (Superintendência da Moeda e Crédito) A Cacex do BB podia emitir licenças de importação sem cobertura cambial (sem ter necessidade de compra de moeda estrangeira) para a importação de máquinas e equipamentos Benefício que se voltava às firmas com unidades no Brasil. Inflação: Gudin conforme visão ortodoxa, identificava o problema da inflação com duas causas: aumento do déficit público e do crédito na economia brasileira, ambos financiados via emissão primária de moeda Medidas monetárias contracionistas: aumentou o nível dos depósitos compulsórios dos bancos comerciais; aumentou a taxa de redesconto; colocou limites aos empréstimos das carteiras do Banco do Brasil Resultado: crise de liquidez que afetou os bancos (falências) e a indústria (queda nos investimentos) e queda de Gudin em 04/04/1955, assumindo o banqueiro paulista José Maria Whitaker Whitaker: reviu os pontos da política monetária, retomando a concessão de crédito às atividades produtivas, diminuindo o nível dos compulsórios Resultados econômicos do Governo Café Filho (1954-1955) foram bons, indicando que o processo de ISI continuou Crescimento do PIB em 1954: 7,8% com a indústria crescendo 9,3% (enquanto a agricultura aumentou sua produção em 7,9%) Crescimento do PIB em 1955: 8,8% com a indústria crescendo 11,7% (enquanto a agricultura aumentou sua produção em 7,7%) Indústria: cresceu apesar das medidas contracionistas de Gudin Inflação: caiu de 30% em 1954 para 13,1% em 1955, queda devido não só à política contracionista de gudin, pois fatores estruturais colaboraram com esta queda (queda dos preços agrícolas) 2 - A Eleição de JK (outubro de 1955) Partido Social Democrático (PSD) lançou o médico mineiro Juscelino Kubitschek, então governador de Minas Gerais 03/10/1955: JK ganha O vice-presidente, eleito com 500 mil votos a mais que Juscelino, foi João Goulart (PTB) UDN: não aceitava o resultado eleitoral indicando que o JK não obteve maioria absoluta (50% +1) e planejava um golpe para impedir a posse de JK e Jango 11/11/1955: o general Lott - ex-ministro da Guerra de Café Filho - iniciou um movimento que reuniu os militares para garantir a manutenção da legalidade Militares ocuparam prédios públicos, estações de rádios e jornais Depôs o presidente interino Carlos Luz, assumindo Nereu Ramos (Presidente do Senado), que saiu do Rio de Janeiro junto com Carlos Lacerda e outras lideranças golpistas Decretado Estado de sítio até a posse de JK e Goulart em 31/01/1955. 3 - O Governo Nacional-Desenvolvimentista de JK (1956-1960) Segundo JK, um líder ambicioso e entusiasta da nação, o destino do Brasil era o caminho do desenvolvimento entendido como industrialização Síntese deste projeto: Plano de Metas (investimentos em energia, transporte) JK tinha o apoio dos industrias, trabalhadores, agricultores e intelectuais A oposição vinha da UDN e da classe média urbana, espantada com os males do desenvolvimentismo de JK: corrupção, gastos excessivos para construção de Brasília. Mérito de JK para conter a oposição e os militares: não misturou populismo esquerdista com nacionalismo desenvolvimentista. Além disso a aliança PSD-PTB tinha maioria no Congresso.
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