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Governo Dilma

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Governo Dilma
Primeiro Mandato
2011 a 2014
cenário
2010: crescimento 7,5%
A gestão de Dilma iniciou-se dando seguimento a boa parte da politica econômica do Governo Lula.
2011: ponto de virada na economia global
Desafio ao novo governo era construir a base de um crescimento sustentável.
os primeiros meses do governo Dilma coincidiram com um ideário mais nacionalista, com a pressão decorrente da crise internacional, sendo que esse ideário se manifestou pelo aumento do protecionismo e o atendimento às demandas dos produtores domésticos por proteção. A prioridade da política comercial passou a ser essa proteção dos setores que competiam com importações, deixando como segundo plano o aumento de competitividade, lento em comparação com a urgência da crise internacional. 
2
País rico é país sem pobreza
Manutenção das políticas do governo antecessor
As medidas de politica econômica adotadas do primeiro semestre de 2011
Elevação da Selic de 10,75% a.a. em jan/2011 até atingir 12,25% a.a. em julho;
Fortalecimento das medidas macroprudenciais, para controle da expansão do crédito; e
Meta de superávit de 3% do PIB para 2011, que depois foi ampliada ao longo do ano
Fonte: BC
Taxa Selic
em % ao ano, considerando as datas de reunião do Copom
As medidas macroprudenciais afetam o canal do crédito, impactando a inflação sem ser diretamente via juros. Isso porque com a elevação dos compulsórios e o aumento das exigências de capital próprio dos bancos para empréstimos de longo prazo, estes ficam mais caros e exigem entradas maiores, de modo que a procura por esse tipo de financiamento cai. Foi exatamente o que o Banco Central fez
Assim, no primeiro mandato, o governo Dilma – ainda surfando nos seus altos índices de popularidade – adotou um conjunto de ações buscando fortalecer o projeto desenvolvimentista. Para tanto, um dos principais eixos de atuação foi a redução da taxa Selic – que passou, em termos nominais, de 12,5% em agosto de 2011 para 7,25%a.a. no ano seguinte em abril de 2013, quando volta a se elevar
3
40562	40604	40653	40702	40744	40786	40835	40877	40926	40975	41017	41059	41101	41150	41192	41241	41290	41339	41381	41423	41465	41514	41556	41605	41654	41696	11.25	11.75	12	12.25	12.5	12	11.5	11	10.5	9.75	9	8.5	8	7.5	7.2499999999999991	7.2499999999999991	7.2499999999999991	7.2499999999999991	7.5	8	8.5	9	9.5	10	10.5	10.75	
País rico é país sem pobreza
A combinação das políticas internas mais restritivas e a deterioração das condições externas iniciou a perda de ritmo da atividade econômica brasileira.
Verificou-se a primeira reversão da política do governo no inicio do segundo semestre.
Fonte: IBGE
PIB – Trimestral de 2011 a 2014
4
Fonte: IBGE,
Ipeadata.
Taxa de Inflação – IPCA 
Brasil – 2011 a 2014
5
Taxa acumulada 12 meses	
1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	2011	2012	2013	2014	5.99	6.51	6.87	7.22	6.21	5.0999999999999996	5.19	5.45	6.15	6.49	6.27	5.83	5.58	6.27	6.5	Inflação efetiva (Variação do IPCA, %)	
1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	2011	2012	2013	2014	6.5	6.5	6.5	6.5	5.8	4	5.84	5.84	5.84	5.91	5.91	5.91	5.91	6.41	6.41	6.41	
Fonte: IBGE,
Ipeadata.
Taxa de Inflação – IPCA 
Brasil – 2011 a 2014
6
Taxa acumulada 12 meses	
1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	2011	2012	2013	2014	5.99	6.51	6.87	7.22	6.21	5.0999999999999996	5.19	5.45	6.15	6.49	6.27	5.83	5.58	6.27	6.5	Inflação efetiva 	(Variação do IPCA, %)	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	2011	2012	2013	2014	6.5	6.5	6.5	6.5	5.84	5.84	5.84	5.84	5.91	5.91	5.91	5.91	6.41	6.41	6.41	
Formação de juros
Depois deste período, para evitar as pressões inflacionárias que ameaçavam o cumprimento da meta estipulada pelo CMN, o Copom iniciou um processo de aperto monetário, com altas seguidas dos juros que trouxeram em fevereiro de 2014, a Selic para 10,75%, mesmo nível que a presidente Dilma Rousseff encontrou no inicio de seu mandato.
Fonte: BC
Taxa Selic
em % ao ano, considerando as datas de reunião do Copom
7
40562	40604	40653	40702	40744	40786	40835	40877	40926	40975	41017	41059	41101	41150	41192	41241	41290	41339	41381	41423	41465	41514	41556	41605	41654	41696	11.25	11.75	12	12.25	12.5	12	11.5	11	10.5	9.75	9	8.5	8	7.5	7.2499999999999991	7.2499999999999991	7.2499999999999991	7.2499999999999991	7.5	8	8.5	9	9.5	10	10.5	10.75	
Tudo pela indústria 
Nova Matriz Econômica (?) 
Lançamento PAC 2 - incentivo à indústria
Plano Brasil Maior
a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, linhas branca, móveis etc.;
a manutenção do Programa de Sustentação do Investimento (PSI); e 
uma política comercial que proporcionava benefícios aos fornecedores nacionais nas compras públicas e aumentava o valor médio das alíquotas de importação dentro das regras da OMC.
8
Tudo pela indústria 
Redução das tarifas de energia
Medida Provisória MP nº 579
As desonerações não surtiram o efeito esperado uma vez que anos de juros elevados culminaram em uma mescla entre setor produtivo e bancário; 
“ Eu acreditava que, se diminuísse impostos, teria um aumento de investimentos. Eu diminuí, me arrependo disso. No lugar de investir, eles (os empresários dos setores desonerados) aumentaram a margem de lucro” Dilma Rousseff ex-presidente da República
Outro importante eixo de atuação foi a modificação na gestão da política cambial, que passou a adotar bandas não explicitas.
Taxa de câmbio nominal - em % ao mês, considerando R$/US$ comercial (valor de venda) média do período
Fonte: Banco Central do Brasil, Boletim, Seção Balanço de Pagamentos (Bacen / Boletim / BP)
Além disso, o governo realizou reformas no setor elétrico que proporcionaram reduções nas tarifas das contas de energia elétrica em 20%, e na concessão pública de serviços de transporte (portos, rodovias, ferrovias, aeroportos etc.), buscando aumentar os investimentos privados em infraestrutura. Tentando aproveitar a queda da taxa de juros básica e seus efeitos sobre as decisões de investimento, as reformas propunham reduções nas taxas de rentabilidade do setor elétrico e das novas concessões. A mudança no parâmetro de rentabilidade provocou tensão entre o Estado e o setor privado e dificultou avanços dos investimentos em infraestrutura
9
1	4	7	10	1	4	7	10	2011	2012	1.67	1.59	1.56	1.77	1.79	1.85	2.0299999999999998	2.0299999999999998	
Desemprego
Os resultados mais favoráveis para o governo se concentraram no mercado de trabalho. A taxa de desemprego se reduziu de forma contínua desde 2010 até 2014, o que pode ser considerado uma situação de pelo emprego.
Paralelamente à queda da taxa de desemprego, ocorreu o aumento contínuo do rendimento real médio das pessoas ocupadas, que cresceu acima dos 3% a.a., da renda, ao longo do governo. Com esse comportamento da renda, a demanda se manteve aquecida, mantendo as pressões inflacionárias.
Fonte: IBGE, IPEADATA
Rendimento médio real – média últimos 12 meses –
Pessoas ocupadas regiões metropolitanas - IBGE
Fonte: CIA World Factbook
Taxa de desemprego (%)
No período de 2011 a 2014, mais de 5 milhões de empregos foram gerados nas faixas de remuneração abaixo de dois salários mínimos. Estes empregos foram criados especialmente nos serviços e no comércio, em parte como regularização de vínculos antes informais. 
Na outra ponta do mercado de trabalho, no entanto, na faixa de remuneração acima de dois salários houve forte queima de postos de trabalho. Entre 2011 e 2014, o país perdeu mais que 2 milhões de empregos com remuneração superior a dois salários mínimos.
10
2010	2011	2012	2013	201	4	2015	2016	2017	2018	6.74	5.98	5.5	5.39	4.8	6.8	11.5	12.7	12.3	
janeiro/2008	fevereiro/2008	março/2008	abril/2008	maio/2008	junho/2008	julho/2008	agosto/2008	setembro/2008	outubro/2008	novembro/2008	dezembro/2008	janeiro/2009	fevereiro/2009	março/2009	abril/2009	maio/2009	junho/2009	julho/2009	agosto/2009	setembro/2009	outubro/2009	novembro/2009	dezembro/2009	janeiro/2010	fevereiro/2010	março/2010	abril/2010	maio/2010	junho/2010	julho/2010	agosto/2010	setembro/2010	outubro/2010	novembro/2010	dezembro/2010	janeiro/2011	fevereiro/2011	março/2011abril/2011	maio/2011	junho/2011	julho/2011	agosto/2011	setembro/2011	outubro/2011	novembro/2011	dezembro/2011	janeiro/2012	fevereiro/2012	março/2012	abril/2012	maio/2012	junho/2012	julho/2012	agosto/2012	setembro/2012	outubro/2012	novembro/2012	dezembro/2012	janeiro/2013	fevereiro/2013	março/20	13	abril/2013	maio/2013	junho/2013	julho/2013	agosto/2013	setembro/2013	outubro/2013	novembro/2013	dezembro/2013	janeiro/2014	fevereiro/2014	março/2014	abril/2014	maio/2014	junho/2014	julho/2014	agosto/2014	setembro/2014	outubro/2014	novembro/2014	dezembro/2014	1775.9755029358867	1802.9632499072184	1791.7998939123752	1808.3674688537119	1790.3839158729052	1779.8298283468932	1787.8752676900501	1818.0940811185465	1846.4091373116698	1834.3018570017632	1838.8454261304369	1857.2891679490567	1862.2245008480731	1865.8670658134849	1860.7200034907301	1859.34367978555	1844.9432053302701	1843.0552006897867	1870.6963436478982	1878.7932468609333	1895.0103817498118	1889.4636458661951	1876.7073723503834	1853.5710562404302	1889.0033210	624936	1906.660532163035	1915.3791420405053	1925.7616116021447	1926.9395812368966	1945.1491146412966	1981.4022724074332	2016.4537195876217	2047.5354600675266	2057.5625691933419	2037.6093216171314	2006.612054252975	2033.4036820063984	1997.790723619285	2008.45572151182	1985.3809079753801	2003.6030916235948	2025.0565688430852	2077.707181167872	2084.1531027538836	2040.1751845230531	2051.8381056752069	2062.9232700621938	2073.5379091804803	2115.7657336322818	2102.2312819666654	2135.8699321924469	2119.0815471675801	2106.6090923159218	2131.8310901224199	2092.1744033666	2124.41947143893	2135.9979570317701	2135.2281506651452	2153.0182872343703	2141.1882031040486	2133.6	307437803202	2155.9559671389729	2141.7768413279332	2137.4611757972434	2124.9108363370738	2132.4549757242899	2123.8661565434863	2158.9769482668967	2171.3048482221852	2157.9547925900301	2195.8308323057449	2177.1515686979506	2196.4098674702268	2225.5653958981852	2216.4634964015299	2199.9165457553418	2200.6752202233451	2167.9288295862684	2160.1346172007852	2200.9849139584985	2214.1710573332052	2265.2237651231985	2257.410106663865	2238.1074918987997	
pressão inflacionária
Fonte: IBGE, IPEADATA.
IPCA – Acumulado 12 meses – 2011 a 2014
O impacto pode ser visto no comportamento do IPCA, ficou ao longo de todo o período do governo acima do centro da meta, bastante próximo ao limite superior.
Taxa acumulada 12 	meses	
1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	2011	2012	2013	2014	5.99	6.51	6.87	7.22	6.21	5.0999999999999996	5.19	5.45	6.15	6.49	6.27	5.83	5.58	6.27	6.5	6.58	Inflação efetiva (Variação do IPCA, %)	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	2011	2012	2013	2014	6.5	6.5	6.5	6.5	5.84	5.84	5.84	5.84	5.91	5.91	5.91	5.91	6.41	6.41	6.41	6.41	Meta (%)	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	2011	2012	2013	2014	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	Superior	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	2011	2012	2013	2014	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	Inferior	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	2011	2012	2013	2014	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	
Finanças públicas 
A dívida pública líquida
A dívida bruta
	Dívida Pública: % PIB		
	Ano	Dívida Líquida Setor Público	Dívida Bruta Setor Público
	2010	39,1	53,4
	2011	36,4	54,2
	2012	35,3	58,8
	2013	33,4	56,7
	2014	36,9	63,5
Fonte: Banco Central do Brasil
Comportamento do produto
A taxa média de crescimento do produto no primeiro mandato do governo retraiu para faixa de 2% a.a..
O fraco desempenho do produto revelou, os limites ou o esgotamento do modelo ancorado no forte crescimento do consumo, seja das famílias, seja do governo.
	 	 	2011	2012	2013	2014	Acumulado
	PIB	 					
	Demanda	 					
	Consumo das famílias						
	Consumo do governo						
	FBCF						
	Exportações						
	Importações						
	Oferta	 					
	Agropecuaria						
	Industria			-0,7			
	 Extrativista mineral						
	 Transformação						
	 Produção/distrib. de eletricidade, gás, água etc.						
	 Construção civil						
	Serviços	 					
13
As medidas econômicas adotadas não surtiram os efeitos esperados no que tange ao dinamismo do PIB – que cresceu 3,9% em 2011 e 1,9% em 2012 – e do investimento, que expandiu 6,7% em 2011 e apenas de 0,8% em 2012, mas, mesmo assim, garantiram a manutenção do emprego e da renda da população. 
Taxa de crescimento do PIB – 
2010 a 2014 
Fonte: IBGE
As medidas econômicas adotadas não surtiram os efeitos esperados no que tange ao dinamismo do PIB – que cresceu 3,9% em 2011 e 1,9% em 2012 – e do investimento, que expandiu 6,7% em 2011 e apenas de 0,8% em 2012, mas, mesmo assim, garantiram a manutenção do emprego e da renda da população. 
Esse baixo dinamismo pode ser explicado, em parte, pela nova fase da conjuntura internacional, agora mais desfavorável, que gerou uma reversão dos termos de troca para o Brasil (de 11% entre 2011 e 2013), implicando num ônus macroeconômico no que diz respeito ao balanço de pagamento e ao efeito renda. Mas que também pode ser explicado pela dificuldade em alavancar os investimentos privados e públicos, que vão se deteriorando ao longo da segunda metade do primeiro governo Dilma. Tal circunstância é ilustrada pelo baixo crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo, de 0,7% em média entre 2013 e 2014, em virtude da contínua elevação da taxa de juros Selic a partir de 2013 (que saltou de 7,25% em abril de 2013 para 11% em agosto de 2014), da própria desaceleração econômica (que gerou queda do nível de utilização e da taxa de rentabilidade sobre o capital), das reformas do setor elétrico e das concessões (que inibiram o investimento em energia e em infraestrutura, dois dos maiores segmentos em termos de investimento), e da desaceleração dos investimentos da Petrobras desde 2011 (em decorrência de seus problemas financeiros, da operação lava jato e da queda do preço do petróleo no mercado internacional).
A desaceleração econômica, associada ao novo contexto internacional desfavorável, implicou na redução das taxas de rentabilidade dos segmentos dominantes, com a exceção do setor bancário-financeiro, gerando expressivo impactos negativos na acumulação de capital no Brasil. 
14
2010	2011	2012	2013	2014	2015	2016	2017	2018	7.53	3.97	1.92	3	0.5	-3.55	-3.28	1.32	1.78	
Governo Dilma/temer
Segundo Mandato
2015 a 2018
De dilma para dilma
Situação ao final do primeiro mandato:
Desaceleração da economia
Inflação em alta
Grande redução dos investimentos
Elevado nível de endividamento das famílias e empresas
Taxa de juros elevada: Selic (dez/2014): 11,75%
Taxa de desemprego baixa
“Inimaginável alcance da Operação Lava Jato”
Em 2014, a gente já tinha a indústria caindo, mas os serviços continuavam crescendo. Em 2015, caíram a indústria e os serviços. Já em 2016, a agropecuária. Desde 1996, isso nunca ocorreu. A situação peculiar desta vez é justamente essa queda generalizada
No ano de 2014 vieram à tona casos de desvio e de lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobrás. Esses casos foram investigados pela Polícia Federal, surgindo a operação “Lava Jato”. Descobriu-se que grandes empreiteiras pagavam propinas para receberem vantagens nos pleitos para escolha de empresas que executariam obras para a Petrobrás.
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	 	 	2014	2015	2016	2017	Acumulado
	PIB	 	0,5%	-3,5%	-3,2%	1,0%	-5,5%
	Demanda	 	 	 	 	 	 
	Consumo das famílias		2,2%	-3,9%	-4,2%	1,0%	-4,4%
	Consumo do governo		0,8%	-1,4%	-0,6%	-0,6%	-1,2%
	FBCF		-4,2%	-13,9%	-10,3%	-2,6%	-27,4%
	Exportações		-1,1%	6,8%	1,9%	5,2%	13,2%
	Importações		-1,9%	-14,2%	-10,2%	5,0%	-20,6%
	Oferta	 	 	 	 	 	 
	Agropecuaria		2,8%	3,6%	-6,6%	13,0%	14,8%
	Industria		-1,5%	-6,3%	-3,8%	0,0%	-10,8%
	 Extrativista mineral		9,1%	5,7%	-2,7%	4,3%	17,0%
	 Transformação		-4,7%	-8,5%	-5,6%	1,7%	-16,3%
	 Produção/distrib. de eletricidade, gás, água etc.		-1,9%	-0,4%	7,1%	0,9%	5,6%
	 Construção civil		-2,1%	-9,0%	-5,6%	-5,0%	-20,1%
	Serviços	 	1,0%	-2,7%	-2,7%	0,3%	-4,1%
Fonte: IBGEEvolução do PIB e seus componentes – 2014 a 2017
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu pelo segundo ano seguido em 2016 e confirmou a pior recessão da história do país.
A retração foi de 3,6% em relação ao ano anterior. Em 2015, a economia já havia recuado 3,5%. Assim olhando o biênio, a retração foi de 7,2%.
A crise foi generalizada e os três setores que entram no cálculo do PIB recuaram no ano - agropecuária (-6,6%%), indústria (-3,8%) e serviços (-2,6%). Em 2014, a gente já tinha a indústria caindo, mas os serviços continuavam crescendo. Em 2015, caíram a indústria e os serviços. Já em 2016, a agropecuária.
produção agrícola sofreu por conta das condições climáticas, que afetaram a produção dos principais produtos agrícolas do país. “Milho cana e soja pesam quase 60% no valor da produção da agricultura brasileira.” No caso do resultado da indústria, a atividade extrativa, que reúne as mineradoras, teve queda de 2,7%, ainda foi influenciada pela tragédia de Mariana. o governo tem segurado os gastos, isso tem uma influência grande na construção. A parte pública é muito importante na infraestrutura.”
Os investimentos também pesaram contra o PIB. A chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), como o indicador de investimentos é conhecido, teve uma retração pelo terceiro ano seguido e caiu 10,3% em 2016. De acordo com o IBGE, esse resultado negativo pode ser explicado, principalmente, pela queda da produção interna e da importação de bens de capital.
O consumo das famílias, que por muitos anos sustentou o crescimento do PIB do Brasil, também seguiu ladeira abaixo em 2016. Em 2016, as famílias consumiram 4,2% a menos do que em 2015, acima da queda registrada entre 2014 e 2015, de 3,9%. segundo o IBGE, a alta dos juros, a restrição ao crédito, o aumento do desempenho e a queda da renda explicam esse resultado. Também recuou, mas de forma menos intensa, a despesa do consumo do governo: 0,6% sobre 2015. De 2014 para 2015, a retração havia sido de 1,1%.
Seguindo o que já havia sido visto em 2015, com a valorização do dólar, as exportações de bens e serviços cresceram 1,9%, e as importações de bens e serviços caíram, 10,3%. "A gente teve uma contribuição positiva do setor externo na economia, com o aumento das exportações de bens e serviço.”
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Recessão de 2015-2016
Deterioração dos cenários político e econômico
Destaque negativo: 2º trimestre de 2015
Queda liderada pelo investimento: máquinas e equipamentos e construção civil
Final de 2016/final de 2013: Queda de 30%
Taxa de desemprego: 11,5% +- 10 milhões de desempregados
2015/2016: Destruição de 3 milhões empregos formais
Evolução da taxa de desemprego no Brasil - 2014 a 2016
Taxa de crescimento do PIB – 2010 a 2016
Fonte: IBGE
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2014 - T1	2014 - T2	2014 - T3	2014 - T4	2015 - T1	2015 - T2	2015 - T3	2015 - T4	2016 - T1	2016 - T2	2016 - T3	2016 - T4	2017 - T1	2017 - T2	2017 - T3	2017 - T4	2018 - T1	2018 - T2	2018 - T3	2018 - T4	2019 - T1	7.2	6.9	6.9	6.6	8	8.4	9	9.1	11.1	11.4	11.9	12.2	13.9	13.1	12.5	11.9	13.2	12.6	12	11.7	12.8	
2010	2011	2012	2013	2014	2015	2016	2017	2018	2019	7.53	3.97	1.92	3	0.5	-3.55	-3.28	1.32	1.78	1.41	
Recessão de 2015-2016
Recessão
Enorme queda dos investimentos
Forte aceleração da inflação: 10,67%
Desvalorização cambial: + 48%
Fuga de capitais dos países emergentes: Brasil como líder
Taxa de Inflação – IPCA 
Brasil – 2014 a 2018
Taxa de câmbio nominal - em % ao mês, considerando R$/US$ comercial (valor de venda) média do período
Os investimentos também pesaram contra o PIB. A chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), como o indicador de investimentos é conhecido, teve uma retração pelo terceiro ano seguido e caiu 10,2% em 2016. De acordo com o IBGE, esse resultado negativo pode ser explicado, principalmente, pela queda da produção interna e da importação de bens de capital.
Nesse cenário, a taxa de investimento no ano de 2016 caiu para 16,4% do PIB, abaixo do observado no ano anterior (18,1%). 
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2014	2015	2016	2017	2018	6.41	10.67	6.29	2.95	3.75	
1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	2014	2015	2016	2.38	2.23	2.2200000000000002	2.4500000000000002	2.63	3.04	3.22	3.88	4.05	3.57	3.28	3.19	
Impeachment
Alegações:
Operação Lava-jato;
Criação de créditos suplementares, sem a necessária autorização do Poder Legislativo, o que caracterizaria crime de responsabilidade fiscal; e 
Pedalas fiscais.
02/12/2015: Abertura do Processo (Eduardo Cunha)
17/04/2016: Aprovação na Câmara dos Deputados (367-137)
12/05/2016: Aceitação do Processo pelo Senado
31/08/2016: Aprovação no Senado (61-20)
Impacto negativo sobre as expectativas dos agentes econômicos
Incertezas políticas e recessão econômica
Dilma Rousseff: Cronologia de uma queda
A herança
Período 2003-2018 – Três períodos distintos:
2003-2008: Crescimento médio: 4,2% ao ano
2009-2014: Desaceleração do crescimento: 2,8% ao ano
2015-2018: Forte recessão e modesta recuperação
Fonte: BC, IBGE, Caged.
Cenário gov temer
Taxa de crescimento do PIB – 2010 a 2018
Taxa Selic - em % ao ano
considerando as datas de reunião do Copom
IPCA – Acumulado 12 meses – 2015 a 2018
Evolução da taxa de desemprego no Brasil - 2014 a 2018
2010	2011	2012	2013	2014	2015	2016	2017	2018	2019	7.53	3.97	1.92	3	0.5	-3.55	-3.28	1.32	1.78	1.41	
42389	42487	42571	42662	42746	42837	42942	43033	43138	43236	43313	43404	14.249999999999998	14.249999999999998	14.249999999999998	14.000000000000002	13	11.25	9.25	7.5	6.75	6.5	6.5	6.5	
Taxa acumulada 12 meses	
1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	2015	2016	2017	2018	7.13	8.17	9.52	9.92	10.7	9.27	8.73	7.87	5.44	4.08	2.71	2.7	2.85	2.76	4.4800000000000004	4.55	Inflação efetiva (Variação do IPCA, %)	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	2015	2016	2017	2018	6.5	6.5	6.5	6.5	5.84	5.84	5.84	5.84	5.91	5.91	5.91	5.91	6.41	6.41	6.41	6.	41	Meta (%)	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	2015	2016	2017	2018	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	4.5	Superior	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	2015	2016	2017	2018	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	6.5	Inferior	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	1	4	7	10	2015	2016	2017	2018	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	2.5	
2014 - T1	2014 - T2	2014 - T3	2014 - T4	2015 - T1	2015 - T2	2015 - T3	2015 - T4	2016 - T1	2016 - T2	2016 - T3	2016 - T4	2017 - T1	2017 - T2	2017 - T3	2017 - T4	2018 - T1	2018 - T2	2018 - T3	2018 - T4	2019 - T1	7.2	6.9	6.9	6.6	8	8.4	9	9.1	11.1	11.4	11.9	12.2	13.9	13.1	12.5	11.9	13.2	12.6	12	11.7	12.8	
As reformas de 2016/2018
Documento do Ministério da Fazenda (nov/2018)
24 Reformas aprovadas
27 Propostas em andamento
Aprovação do Teto Constitucional (EC 95/2016)
Reforma trabalhista – Tercerização 
Reforma do Ensino Médio
Aprovação do Teto Constitucional
PEC 241 (jun/16) e EC 95/2016 (dez/16)
Diagnóstico: Quadro fiscal deteriorado
 Origem do problema: crescimento acelerado da despesa
Congelamento do valor real das despesas por 20 anos
Possibilidade de revisão em 10 anos
Desde que entrou na presidência, Temer sangrou direitos trabalhistas e sociais, limitou os investimentos públicos pelos próximos 20 anos, aproximou o Brasil de volta ao mapa da fome. 
Sob a justificativa de modernização das leis trabalhistas e criação de novos postos de trabalho, Temer sancionou, em 2017, a terceirização para todas as atividades e a Reforma Trabalhista, alterando a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em pontos como jornada, plano de carreira, remuneração e férias. O então ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, dizia que a Reforma Trabalhista geraria seis milhões de empregos no Brasil. No entanto, foram gerados, de fato, pouco mais de 700 mil postos formais de trabalho. 
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), nesses dois anos de governo Temer, o desemprego passou de 11,2% (em maio de 2016) para 13,1% (em abril de 2018), chegando a 11,7% (no trimestre fechado em outubro). Atualmente, 12,8 milhões de brasileiros estão desempregados.
A navalha de Temer feriu também a realidade da juventude brasileira,com a Reforma do Ensino Médio, que, entre outras alterações, propõe a diminuição de conteúdos obrigatórios de ensino e extingue a necessidade de diploma técnico ou superior em área pedagógica para contratação de professores. No novo Ensino Médio, apenas Português e Matemática serão ministrados obrigatoriamente nos três anos de formação. As demais disciplinas - como filosofia, sociologia, artes, história, geografia - poderão ser distribuídas ao longo dos anos, de acordo com a definição curricular de cada estado brasileiro.  
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2011201220132014
Média
11/14
PIB Brasil2,731,032,490,101,59
 PIB Indústria1,58-0,761,69-0,900,40
 PIB Agropecuária3,90-2,147,302,102,79
 PIB Serviços2,731,882,150,401,79
Construção Civil3,621,381,65-0,901,44
Consumo das famílias4,093,222,551,302,79
Consumo da Administração 
Pública
1,933,331,891,202,09
Formação bruta de capital fixo4,72-4,015,18-4,500,35
Exportações4,490,482,53-1,101,60
Importações9,750,208,34-1,004,32
Taxa de Investimento (FBCF/PIB)20,6020,2020,5019,7020,13
Taxa de Poupança (Poupança 
Doméstica/PIB)
17,2314,6413,9015,25
Transações Correntes/PIB-2,95-3,07-3,04-4,30-3,34
Crescimento econômico: taxas de crescimento (% a.a.).

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