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Vício de Linguagem Ambiguidade ou Anfibologia "Não se convence, enfim, o pai, o filho, amado." "O chefe discutiu com o empregado e estragou seu dia." nos dois casos, não se sabe qual dos dois é autor, ou paciente. Barbarismo Gráficos (escrita):"hontem", "proesa", "conssessiva", "aza", (em vez de: ontem, proeza, concessiva e asa.). Ortoépicos (pronúncia):"interese", "carramanchão", "subcistir", (em vez de: interesse, caramanchão, subsistir.). Prosódicos (acentuação):"rúbrica", "filântropo", (em vez de: rubrica, filantropo.). Semânticos (significação):"tráfico" (em vez de: tráfego), "indígena" (como sinônimo de índio, em vez de autóctone). Morfológicos (formação):"casas", "uma telefonema", "proporam", "reavi", "deteu", (em vez de: cidadãos, um telefonema, propuseram, reouve, deteve.). Mórficos (forma):"antidiluviano", "filmeteca", "monolinear", (em vez de: antediluviano, filmoteca, unilinear.). Vulgarismo morfológico e sintático. Fonético: * A queda dos erres finais. "anda, comê." * A vocalização do "L" final nas sílabas. "meu" (= mel), "sáu" (= sal). * A monotongação dos ditongos. "estóra" (= estoura), "robar" (= roubar), ''afróxo'' (= afrouxo). * A intercalação de uma vogal para desfazer um grupo consonantal. "adevogado" (= advogado), "rítimo" (= ritmo), "pissicologia" (= psicologia), ''impuguinar'' (= impugnar). Morfológico e sintático: * nominais e verbais. "Os homê brigo." * caso reto em lugar do oblíquo. "Vi ela, olha eu, ó gente, etc." Solecismo Solecismo de regência: - "Ontem assistimos o filme." (Correto: Ontem assistimos ao filme.). - "Cheguei no Brasil em 1923." (Correto: Cheguei ao Brasil em 1923.). - "Pedro visava o posto de chefe." (Correto: Pedro visava ao posto de chefe.). Solecismo de concordância: - "Haviam muitas pessoas na festa." (Correto: Havia muitas pessoas na festa.). - "O pessoal já saíram?" (Correto: O pessoal já saiu?). Solecismo de colocação: - "Foi João quem avisou-me." (Correto: Foi João quem me avisou). - "Me empresta o lápis." (Correto: Empresta-me o lápis). Sínquise “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas/De um povo heroico o brado retumbante.” (Hino Nacional Brasileiro). * Adequação: “As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico.” Queísmo * Consiste na repetição exaustiva da partícula "que". - Exemplo: "Quando chegaram, pediram-me que devolvesse o livro que me fora emprestado por ocasião dos exames que se realizaram no fim do ano que passou." Correção: "Quando chegaram, pediram-me a devolução do livro que me fora emprestado por ocasião dos exames no fim do ano passado." Neologismo Extrínsecos: ESTRANGEIRISMOS MORFOLÓGICOS BRASILEIRO - Francesismos: abajur, chefe, carnê, matinê etc. - Italianismos: ravioli, pizza, cicerone, minestra, madona etc. - Espanholismos: camarilha, guitarra, quadrilha etc. - Anglicanismos: futebol, telex, bofe, ringue, sanduíche, breque. - Germanismos: chope, cerveja, gás, touca etc. - Eslavismos: gravata, estepe etc. - Arabismos: alface, tarimba, açougue, bazar etc. - Hebraísmos: amém, sábado etc. - Grecismos: batismo, farmácia, o limpo, bispo etc. - Latinismos: index, bis, memorandum, quo vadis etc. - Tupinismos: mirim, pipoca, peteca, caipira etc. - Americanismos: canoa, chocolate, mate, mandioca etc... - Orientalismos: chá, xícara, pagode, kamikaze etc... - Africanismos: macumba, fuxicar, cochilar, samba etc ESTRANGEIRISMOS SINTÁTICOS BRASILEIRO - Saltar aos olhos (francesismo); - Pedro é mais velho de mim. (Italianismo); - O jogo resultou admirável. (Espanholismo); - Porcentagem (anglicanismo), guerra fria (anglicanismo) etc. Intrínsecos:(ou vernáculos) Origem culta subdividem-se em: * Científicos ou técnicos: aeromoça, penicilina, telespectador, taxímetro (redução: táxi), fonemática, televisão (redução: TV), comunista, etc... * Literários ou artísticos: olhicerúleo, sesquiorelhal, paredro (= pessoa importante, prócer), vesperal, festival, recital, concretismo, modernismo etc. Origem popular: populares são constituídos pelos termos de gíria. manjar (entender, saber do assunto), a pampa, legal (excelente), zico, biruta, transar, psicodélico, etc. Plebeísmo Palavras de baixo calão, gírias e termos considerados informais. - “Ele era um tremendo mané!" - "Esse bagulho é 'radicaaaal'!!! Tá ligado mano?" Cacofonia Colisão:consiste na sequência de sons vocálicos consonantais idênticos ou semelhantes. - Exemplo: "Pede o Papa paz ao povo." Parequema:constrói-se a partir do encontro de sílabas idênticas ou semelhantes entre o final de uma palavra e o início da subsequente. “vaca cara”, “cone negro”, “teto torto”, “pouco caso”, “uma mala”, ''grife feminina'', ''31 de dezembro''. Eco:sucessão de palavras com terminação igual. “Vicentemente constantemente.” “É possível a aprovação da transação sem concisão e sem associação.” Hiato:aproximação de vogais idênticas "Ela iria à aula hoje, se não chovesse." Cacófato:formação de uma nova palavra a partir de silabas de palavras diferentes e sucessivas. "Tem uma mão machucada." Cacoépia:pronúncia viciosa de fonemas "Estou com poblema para resolver." (= problema) Cacografia:erro na grafia ou na flexão de uma palavra. "Eu advinhei quem ganharia o concurso." (= adivinhei) Arcaísmo Palavras, expressões, construções ou maneira de dizer que deixaram de ser usadas ou passaram a ter emprego diverso. Na língua viva contemporânea: asinha (por depressa), assi (por assim) entonces (por então), vosmecê (por você), geolho (por joelho), arreio (o qual perdeu a significação antiga de enfeite), catar (perdeu a significação antiga de olhar), faria-te um favor (não se coloca mais o pronome pessoal átono depois de forma verbal do futuro do indicativo), etc. Paradoxo vicioso Consiste numa antítese extremamente inútil e desnecessária de significado em uma sentença. “Ele vai ser o protagonista terminal da peça." (Ser protagonista implica obrigatoriamente em ser principal). "Meninos,entrem já para fora!" (Não há como entrar para fora). Prolixidade Refere-se a exposição fastidiosa e inútil de palavras ou argumentos e à sua superabundância. É o excesso de palavras para exprimir poucas ideias. Ao texto prolixo falta objetividade, o qual quase sempre compromete a clareza e cansa o leitor. A prevenção à prolixidade requer que se tenha atenção à concisão e precisão da mensagem. Concisão é a qualidade de dizer o máximo possível com o mínimo de palavras. Precisão é a qualidade de utilizar a palavra certa para dizer exatamente o que se quer. Chavões (clichê, lugares-comuns ou frases-feitas) Caracterizado pelo emprego de frases ou expressões muito usadas, repetidas e desgastadas por obra do tempo, da capacidade crítica do interlocutor e das transformações sociais. Aparenta ser a expressão da verdade, produto do consenso, entretanto é sustentado em ideias preconceituosas, óbvias ou insustentáveis. Demonstra dificuldade do produtor do texto para abandonar o senso comum e pensar de forma autônoma e crítica. “As crianças são o futuro da nação.” “É importante que cada um faça a sua parte.” "Lugar de mulher é na cozinha"' "Ele é um preto de alma branca" "Todo político é ladrão" "Mulher no volante - perigo constante" "O Mundo é dos espertos" “As drogas são um caminho sem volta.” “A bebida é um poço sem fundo.” “A união faz a força.” "A Nação não fugirá a seu destino histórico." Pleonasmo vicioso ou redundância Consiste numa redundância inútil e desnecessária de significado em uma sentença. - "Ele vai ser o protagonista principal da peça". (Um protagonista é, necessariamente, a personagem principal) - "Meninos, entrem já para dentro!" (O verbo "entrar" já exprime ideia de ir para dentro) Obscuridade Trata-se da construção de frases de tal modo que o sentido se torne obscuro, embaraçado, ininteligível. Em um texto, as principais causas da obscuridade são: o abuso do arcaísmo e o neologismo, o provincianismo, o estrangeirismo, a elipse, a sínquise, parêntese extenso, o acúmulo de orações intercaladas(ou incidentes) as circunlocuções, a extensão exagerada da frase, as palavras rebuscadas, as construções intrincadas e a má pontuação. - Ex.: "No porto de Santos, o navio grego entrava o navio inglês". Análise: Obscuridade causada pela flexão homonímia "entrava". Desta maneira, se "entrava" for considerado pretérito imperfeito do verbo "entrar", a frase tornar-se-á obscura. Todavia, a forma verbal assinalada deve ser considerada flexão do presente do indicativo do verbo "entravar". Preciosismo Refere-se ao exagero na linguagem, em prejuízo da naturalidade e clareza da frase. É chamado de ''falar difícil''. - Exemplo: - "O equóreo elemento erguia bem alto as altas ondas." - "Na pretérita centúria, meu progenitor presenciou o acasalamento do astro rei com a rainha da noite." - "Baixar a inflação? Isso é colóquio flácido para acalentar bovino."
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