Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CAIO CÉSAR VIEIRA GUIMARÃES CARLOS WYLLIAN DE MEDEIROS CONCEIÇÃO LETICIA BEZERRA CUZZUOL ORLANDO DE SOUZA MORAIS RÔMULO ALVES CUNHA Parasitose de peixes: principais parasitos e importância na piscicultura PARAGOMINAS 2016 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CURSO ENGENHARIA AGRONÔMICA CAIO CÉSAR VIEIRA GUIMARÃES CARLOS WYLLIAN DE MEDEIROS CONCEIÇÃO LETICIA BEZERRA CUZZUOL ORLANDO DE SOUZA MORAIS RÔMULO ALVES CUNHA Parasitose de peixes: principais parasitos e importância na piscicultura PARAGOMINAS 2016 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CURSO ENGENHARIA AGRONÔMICA Trabalho apresentado a Universidade Federal Rural da Amazônia, curso de Engenharia Agronômica como parte das exigências das disciplinas de Zootecnia de Não Ruminantes e Aquicultura para obtenção de Nota de Avaliação parcial. Professora: Dra. Lilian de Nazaré Santos Dias À DEUS, pela vida. Aos nossos PAIS pelo apoio. Aos colegas da turma pelos momentos de convívio e trocas de experiência à todos do GRUPO que colaboraram para a realização desse trabalho. DEDICAMOS AGRADECIMENTOS Á DEUS pela vida e por nos capacitar e conceder esta oportunidade de crescimento para futura vida profissional. À UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA, especificadamente a professora Lilian dias pela oportunidade de realizar esta disciplina e aperfeiçoar nossos conhecimentos. Agradecimentos especiais aos nossos PAIS pelo total incentivo e apoio durante o preparo deste trabalho. E por fim, a todos que direta ou indiretamente auxiliaram na elaboração desta pesquisa. “A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio.” (Martin Luther King Jr.) RESUMO A piscicultura é um tipo de exploração animal que vem se tornando cada vez mais importante como fonte de proteínas para o consumo humano. O Brasil se insere no contexto internacional como um dos países com grande potencial piscícola, pois além de possuir um vasto território, suas condições climáticas favorecem o implemento de cultivos de peixe de água doce. Observa-se cada vez mais o aumento no número de espécies a serem cultivadas, além da realização de pesquisas intensivas sobre novas espécies passíveis a serem criadas em cativeiro. Além disso, a preocupação com doenças tem mostrando grande importância para os piscicultores e profissionais, com isso o conhecimento das doenças, o controle do uso de drogas, da alimentação, da qualidade de água e da presença de agentes patogênicos em todas as etapas do processo de produção aquícola é fundamental para a obtenção de produtos de boa qualidade e proteção da saúde pública. Porque doenças de peixes representam impactos negativos incluindo perdas econômicas substanciais, a sanidade em piscicultura jamais deveria ser negligenciada. Assim como a avicultura e a suinocultura industriais, a piscicultura é uma atividade zootécnica e, como tal, deve ser conduzida de modo a gerar alimento de qualidade e renda ao produtor. Assim, conhecendo todas as medidas profiláticas, tem-se uma grande produção com qualidade, excluindo qual quer dano que possa vir a causar problemas na piscicultura. Palavras-chave: Parasita. Profilaxia produção. Potencial piscícola ABSTRACT Fish farming is a type of farm animal that has become increasingly important as a source of protein for human consumption. The Brazil in the international context as one of the countries with big fishing potential, as well as possess a vast territory, their climatic conditions favour the implementation of cultivation of freshwater fish. Observe the increase in the number of species to be cultivated, in addition to the intensive research on new species likely to be reared in captivity. In addition, the concern with diseases have showing great importance for fish farmers and professionals, the knowledge of diseases, control of the use of drugs, food, quality of water and the presence of pathogenic agents in all stages of the process of aquaculture production is critical for obtaining good quality products and protection of public health. Because fish diseases represent negative impacts including substantial economic losses for fish health should never be neglected. As well as poultry and pig farming industry, fish farming is a zootechnical activity and, as such, must be conducted in order to generate quality food and income to the producer. So, knowing all the prophylactic measures, has a big production with quality, excluding which wants damage which may cause problems in fish farming. Keywords: Parasite. Prophylaxis production. Potential fish farm. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 – Peixes parasitado por Ichthyophthirius multifilis, conhecido por Ictiofitiriase ou doença dos pontos brancos........................................................................................................12 Figura 2 – ciclo de vida do protozoário Ichthyophthirius multifilis.........................................12 Figura 3 - Trichodina sp. ........................................................................................................14 Figura 4 – Formato do parasita (A) e lesões na pele causadas pelo parasita Chilodonella (B).............................................................................................................................................15 Figura 5 – Formato do parasita (A) e deformidade causadas nos peixes (B)..........................17 Figura 6 - Peixe infestado por Henneguya (A) e formato do parasita (B)..............................17 Figura 7 - Ciclo de vida de espécies da família Dactylogyridae.............................................19 Figura 8 - Formato do parasita Dactylogyrus(A) e as brânquias infestada pelo mesmo (B).............................................................................................................................................20 Figura 9 – Ciclo de vida da Lerniae sp....................................................................................21 Figura 10 – Retirada de um verme de Lernaea sp com uma pinça..........................................22 Figura 11 – Exemplo de Argulus sp. aderido a superfície corporal (A); foto mostrando o formato do parasita; Nasbrânquias, infestação de Ergasilus sp. e foto mostrando as estruturas de fixação desse parasita (D)...................................................................................................23 Figura 12 - Larvas do nematoide Eustrongylides sp. parasitando órgãos internos..................26 Figura 13– Exemplar de D. latum (A) e seus ovos (B) e larvas no estomago do hospedeiro (C).............................................................................................................................................27 SUMÁRIO p. 1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................9 2 PARASITAS..................................................................................................................10 3 PROTOZOA..................................................................................................................11 2.1. Ichthyophthirius multifilis...............................................................................................12 2.1.1 Sinais Clínicos e Diagnósticos......................................................................................13 2.1.2 Controle.........................................................................................................................13 2.2 Trichodina sp. ................................................................................................................13 2.2.1 Sinais Clínicos e Diagnóstico......................................................................................14 2.2.2 Controle..........................................................................................................................14 2.3 Chilodonella sp. .............................................................................................................15 2.3.1 Sinais Clínicos e Diagnóstico.......................................................................................15 2.3.2 Controle.........................................................................................................................16 4 MYXOZOA..................................................................................................................16 4.1 Myxobolus cerebralis....................................................................................................16 4.2 Henneguya spp. .............................................................................................................17 4.3 SINAIS CLÍNICOS.......................................................................................................18 4.4 DIAGNÓSTICO E CONTROLE...................................................................................18 5 MONOGENEO...........................................................................................................19 5.1 Gyrodactylus sp. ............................................................................................................19 5.2 Dactylogyrus sp..............................................................................................................20 5.2.1 Sinais Clínicos e Diagnóstico......................................................................................20 5.2.2 Controle........................................................................................................................21 6 CRUSTACEOS..........................................................................................................21 6.1 Lernaea sp.....................................................................................................................22 6.2 Argulus sp. e Ergasilus sp..............................................................................................22 6.3 DIAGNOSTICO E CONTROLE..................................................................................23 7 DIGENEO....................................................................................................................24 7.1 MATACERCARIOSE..................................................................................................25 8 NEMATODA...............................................................................................................25 8.1 Eustrongylides sp...........................................................................................................26 9 CESTODA....................................................................................................................27 9.1 Diphyllobothrium sp.....................................................................................................27 10 ACANTHOCEPHALA ..............................................................................................28 10.1 Acanthocephalus jacksoni..............................................................................................28 11 PROBLEMA SANITÁRIO NA PSCICULTURA....................................................28 12 PERSPECTIVAS FUTURAS ...................................................................................29 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................30 REFERENCIAS CONSULTADAS............................................................................31 9 1 INTRODUÇÃO A piscicultura passou a ser mais evidenciada a partir de 1904, no ramo da comercialização, quando se deu os primeiro passos para essa atividade no país que, com o passar dos anos, a atividade intensificou-se juntamente com os problemas que também foram surgindo, dificultando a vida dos piscicultores brasileiros. Apesar dos problemas enfrentados no setor, essa atividade tem apresentado um crescimento maior que a pesca extrativa e sobressai-se, ainda, em relação à produção de aves, conforme estudos apresentados em 2008 pela Secretária Especial de Aquicultura e Pesca do Brasil (FRANÇA e PIMENTA, 2012). O Brasil apresenta vantagens excepcionais para o desenvolvimento da aquicultura com uma área de 5,5 milhões de hectares de reservatórios de água doce, clima favorável, terras disponíveis, mão de obra relativamente barata e crescente mercado interno, a produção brasileira de pescados já atingia em 2011 quase 1,4 milhão de toneladas, conforme os números do mais recente Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura do Ministério da Pesca (MPA). Sendo que desse total, a produção de peixes advindos aquicultura em 2013 foi de 476.512 (MPA/IBGE, 2013). Em 2014 chegou a 628.704,3 toneladas (ANUÁRIO BRASILEIRO DA PESCA E AQUICULTURA, 2014). Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) o emprego nos setores da produção primária de pesca e aquicultura foi estimado na ordem 2,6% dos 1.300 milhões de pessoas economicamente ativas neste trabalho, sendo 65% na pesca marítima, 15% na pesca continental e 20% na aquicultura. Aquicultura é a ciência que estuda e aplica os meios de promover o povoamento dos animais aquáticos, é a criação de animais aquícolas orientada por meios científicos (FAO, 2006). Nos últimos anos a expansão da atividade piscícola no Brasil foi impulsionada principalmente pela busca por alimentos mais saudades e outros fatores, com isso tem demostrado um rápido crescimento do setor consolidando-se como importante setor de importância econômica (PIZAIAet al., 2008). Além disso, como o passar do tempo, e a falta de estudos para algumas espécies, falta de estudos e incentivos, junto a essa expansão, tem aumentado a incidência e severidade de algumas enfermidades, assim como a introdução e disseminação de novas doenças como parasitarias ou parasitoses (FRANÇA e PIMENTA, 2012). Os peixes podem ser infectados por milhares de parasitos que atacam a superfície externa ou interna do hospedeiro. A patologia associada ao parasitismo é bastante variável e depende da natureza do parasito, da intensidade da infecção, das condições ambientais e 10 principalmente dos aspectos da biologia dos peixes-hospedeiros como dieta, migração, desagregação de população e filogenia, bem como podem ser indicadores de contaminantes ambientais, estrutura de cadeia alimentar, estresse ambiental e biodiversidade (TAVECHIO et al., 2009). Frequentemente há um equilíbrio na relação parasito-hospedeiro - nesse caso o hospedeiro não é severamente prejudicado pelos parasitos. Entretanto, em condições particulares, a morte do hospedeiro como consequência da infecção não é incomum, principalmente em peixes cultivados (PAVANELLI, et al, 2013). Nas últimas décadas tem aumentado consideravelmente a relevância dos estudos relacionados com parasitos e outros patógenos de organismos aquáticos, principalmente daqueles hospedeiros com potencial para o cultivo e para a comercialização, face ao aumento significativo destas atividades no Brasil e no mundo (SCHALCH, s/a). Parte-se do principio de que ao igual que outros tipos de hospedeiros vertebrados, os peixes apresentam fauna parasitária própria que inclui numerosas espécies organizadas nos principais grupos. Além disto, o estudo dos parasitos de peixes ou Ictioparasitologia tem sido em certa forma, recentemente incluído nos estudos de pesquisadores de diversas áreas das ciências agrarias (LUQUE, 2004). Considerando essas premissas, o objetivo do presente trabalho é fazer uma abordagem dos aspectos gerais que norteiam a parasitose de peixes levando em consideração a biologia, epidemiologia, sinais clínicos, diagnostico e controle de parasitos na piscicultura. 2 PARASITAS As doenças em criações de peixes podem ser divididas em duas categorias: não infecciosas e infecciosas. As doenças não infecciosas incluem todas aquelas relacionadas com fatores ambientais, nutrição e neoplasias (câncer) e que não são transmissíveis. As doenças infecciosas são transmissíveis de peixe para peixe e causadas por organismos patogênicos como parasitas, bactérias, fungos e vírus que podem ocorrer naturalmente no ambiente de cultivo ou ser trazidos para o meio por fontes externas de contaminação (GROSSKOPF e SILVA, 2014). Várias espécies animais são capazes de parasitismo em peixes, desde protozoários microscópicos até crustáceos e vermes facilmente visíveis. Na natureza há uma grande variedade de parasitas presentes, mas que normalmente ocorrem em pequena quantidade e raramente causam doenças devidas haver uma relação estável entre o parasita e o peixe hospedeiro (PARAGUASSÚ e LUQUE, 2007). No cultivo de peixes há um maior limite na variedade de parasitas que estão presentes normalmente em maior número do que na natureza. 11 Existe sempre o risco de epizootias parasitárias em cultivos e isto aumenta com a intensificação dos mesmos (FONSECA et al., s/a). Muitos fatores podem contribuir para isto, como: altas taxas de densidade, traumas e danos físicos nos peixes, acúmulo de água de baixa qualidade devido a trocas mais lentas de água, seleção genética de peixes mais direcionada para reprodução que para resistência às doenças, introdução de espécies exóticas de peixes podem trazer novos parasitas para os estoques já presentes, cultivo de peixes atrai predadores como aves, as quais podem atuar como hospedeiros intermediários para alguns parasitas, estado de saúde dos peixes pode estar debilitado devido a presença de outra doença, nutrição deficiente, baixa qualidade de água, estresse, etc., deixando os animais suscetíveis à infestações parasitárias, mudanças ambientais bruscas como queda da temperatura podem estressar os peixes e favorecer à propagação de parasitas, sistema de cultivo pode favorecer ao ciclo de vida de alguns parasitas como esporozoários, parasitas aos quais os peixes são expostos pode variar com a fonte de água e rios e lagos carrearão maior número de parasitas que a água de poços artesianos (ZICA, 2008; CYRINO et al., s/a). Esses parasitas são divididos em nove grupos principais, sendo eles: Protozoa, Myxozoa, Monogeneo, Digeneo, Cestoda, Crustaceos, Nematoda, Acanthocephala. Os parasitas de peixes podem ser divididos basicamente em ectoparasitas (aqueles que infestam tecidos superficiais como pele, nadadeiras e brânquias) e endoparasitas (que infestam órgãos internos, inclusive o trato gastrointestinal)(LUQUE, 2004). 3 PROTOZOA São organismos microscópicos e unicelulares, a maioria se multiplica sem a presença do hospedeiro e se beneficiam do aumento na carga orgânica da água. As alterações bruscas na qualidade do ambiente favorecem grandes infestações (KUBITZA; KUBITZA, s/a). São os flagelados, ciliados e amebas que causam irritação na pele dos peixes aumentando a produção de muco e danificam as brânquias quando em número excessivo. O peixe começa a dar saltos ou a esfregar-se contra objetos. Isto pode ferir a pele, favorecendo a formação de ulcerações e estas áreas podem ser invadidas por bactérias e fungos secundários. Os peixes tornam-se letárgicos e inapetentes (LUQUE, 2004). 12 2.1. Ichthyophthirius multifilis Figura 1 – Peixes parasitado por Ichthyophthirius multifilis, conhecido por Ictiofitiriase ou doença dos pontos brancos. Fonte: google imagens. Agente causador da “Ictiofitiríase” ou “Doença dos Pontos Brancos” (figura 1), responsável por perdas significativas em regiões com inverno bem marcado, se apresentam por células ovóide recoberta por cílios, diâmetro entre 0,5 a 1,5 mm e núcleo na forma de “ferradura” ou “C” e maior incidência durante em meses de temperaturas amenas. Os peixes jovens são mais susceptíveis que peixes adultos e quando se recuperam de infestações moderadas desenvolvem resistência e possuem ciclo de vida direto (Figura 2) (TAVARES- DIAS et al., 2013). Figura 2 – ciclo de vida do protozoário Ichthyophthirius multifilis. Fonte: MARTINS apud TAVARES-DIAS et al., 2013 13 2.1.1 Sinais Clínicos e Diagnósticos O diagnostico é feito ao microscópio utilizando esfregaços a fresco de pele e de brânquias, onde se observa o parasito, rodeado de cílios e com núcleo em forma de ferradura. A prevenção desta enfermidade baseia-se essencialmente em manter os peixes em boas condições de saúde para que sua imunidade possa desempenhar seu papel. Os animais devem estar nutridos, em condições sanitárias desejáveis e realizar quarentena nos animais recém- adquiridos (NUNES, 2007). Peixes infectados apresentam pontos brancos visíveis a olho nu na pele, nadadeiras e brânquias auxiliam no diagnóstico; excesso de produção de muco e prurido nos peixes; lesões na pele favorece infecção bacteriana ou fúngica secundária, e a infestação severa nas brânquias dificulta a respiração e causa asfixia (LUQUE, 2004). 2.1.2 Controle O tratamento inicial se dá por administração de formalina por tempo indefinido nas concentrações de 15 a 25ml/m3, em 3 a 4 aplicações com intervalos de 3 dias; sal a 1%, em 3 a 4 tratamentos espaçados a intervalosde 3 dias (viável em sistemas de recirculação e em aquários); elevar a temperatura acima de 30°C prejudica a reprodução do parasito(NUNES, 2007). 2.2 Trichodina sp. Estão presentes em todos os ambientes de cultivo e geralmente ocorrem em pequeno número nos peixe, os maiores problemas acometem pós larvas e alevinos, porém podem causar mortalidade severa em diversos espécies de peixe, principalmente quando são exposto a água de inadequada qualidade e excessiva carga orgânica, com baixas temperaturas favorecem as infestações, após o inverno, a elevação na temperatura leva a uma rápida multiplicação dos parasitos, que se beneficiam do estado debilitado dos peixes que ainda não se recuperaram do estresse causado pelas baixas temperaturas (KUBITZA; KUBITZA, 2013). Esses protozoários são um problema particular em tilápias que protegem as larvas na boca; estes ciliados se alojam na cavidade bucal e infestam as larvas; eles apresentam forma de um disco com um diâmetro da célula geralmente está entre 40 a 60mm (figura 3) e a célula é circundada por cílios que auxiliam na locomoção e alimentação dos parasitos. Possuem uma estrutura de fixação compostas por dentículos, que auxilia na aderência à pele, nadadeiras e brânquias; se alimentam filtrando o material orgânico presente na água; o acúmulo de 14 resíduos orgânicos nos viveiros e tanques favorece o aumento da população destes parasitos e altas densidades de estocagem aumentam o contato entre os peixes e favorece a infestação e a reprodução destes parasitos ocorre por fissão binária (FARIA et al., 2013). Figura 3 - Trichodina sp. Fonte: Google imagens 2.2.1 Sinais Clínicos e Diagnóstico O peixe infectado fica com uma excessiva produção de muco; prurido, corpo de coloração escura; lesões na pele favorecem a infestação secundária por fungos e bactérias; inflamação das brânquias e dificuldade respiratória, podendo culminar com massiva mortalidade dos peixes por asfixia; a mortalidade é maior em peixes mais jovens, principalmente quando ocorre uma infecção bacteriana secundária (KUBITZA; KUBITZA, 1999). O diagnostico é feito a partir da à identificação dos tricodinídios que é relativamente fácil uma vez que possuem aparência peculiar e inconfundível; raspado de pele e brânquias são examinados ao microscópico (SCHALCH, 2013). 2.2.2 Controle O controle é feito a partir da realização da manutenção de adequada qualidade da água, bons níveis de oxigênio e redução da carga orgânica nos tanques e viveiros, tratamento com formalina na concentração de 170 a 250ml/m3 em banhos de 30 minutos a 1 hora; formalina na concentração de 15 a 25ml/m3 por tempo indefinido; sal em banhos de 30minutos a 1 hora 2,5 a 3%; tilápias toleram altas concentrações de sal; permanganato de potássio em banhos de 10 a 15 minutos na concentração de 5g/m3. (PAVANELLI, 2007). 15 2.3 Chilodonella sp. Esse é um ectoparasito muito importante, pois acomete grande variedade de espécies de peixes de água doce e de aquário de valor comercial. Este parasito se alimenta de células epiteliais, e é muito comum sua ocorrência em baixas temperaturas (figura 4A) (SCHALCH, s/a). Infestações mais frequentes quando os peixes são submetidas à condições de estresse, após o manejo inadequado, nutrição desbalanceada e queda na temperatura da água ou estresse por elevada temperatura também pode favorecer a infestação por Chilodonella. É um protozoário ciliado, de formato ovoide à semelhança de um coração; possui 8 a 15 fileiras paralelas de cílios na superfície ventral da célula. Além disso, é um parasito obrigatório e se alimenta das células epiteliais dos peixes pode se alojar em cistos (figura 4B), sobrevivendo por grande período na água ou no substrato dos viveiros e tanques e se reproduz por divisão binária e as formas jovens podem nadar e infestar outros peixes (KUBITZA; KUBITZA, 1999). Figura 4 – Formato do parasita (A) e lesões na pele causadas pelo parasita Chilodonella(B). Fonte: KUBITZA e KUBITZA, 1999. 2.3.1 Sinais Clínicos e Diagnóstico Apresentam coceiras e lesões cutâneas, aumento na secreção de muco, causa inflamação no tecido branquial, fusão das lamelas secundárias, dificuldades respiratórias e morte dos peixes por asfixia e o diagnostico é feito a partir de raspados de muco e brânquias vistos ao microscópio (KUBITZA; KUBITZA, 1999). A B 16 2.3.2 Controle Consiste em corrigir os desequilíbrios ambientais (no caso de baixas temperaturas, pouco pode ser feito em áreas abertas, embora em sistemas de recirculação o controle de temperatura pode ser viável); terapia com formalina, na concentração de 25 a 50ml/m3, aplicada por tempo indefinido e, se houver necessidade, repetir o tratamento após 4 a 5 dias (ISHIKAWA, 2011). 4 MYXOZOA São endoparasitas foram observados cistos cutâneos com microsporídios em alevinos de tilápia de Moçambique (O. mossambicus); infestações severas por Henneguya sp. foram observadas em ciclídeos nativos na América do Sul (FRANÇA e PIMENTA, 2012). Os Mixosporídeos podem ser encontrados em tilápias em ambientes naturais, e em outras espécies mesmo sem que os peixes apresentem qualquer sinal patológico evidente, sob condições de cultivo intensivo, as infestações por mixosporídeos podem ser mais frequentes e a infestação ocorre com a liberação dos esporos dos microsporídios que estão presentes nas cartilagens dos peixes mortos e em decomposição; esporos também podem ser liberados diretamente de peixes vivos; antes de estarem aptos para a infecção, os esporos necessitam passar por um período de potenciação nos sedimentos. Espécies de três gêneros são as mais comuns em peixes marinhos e de água doce: Myxobolus, Henneguya e Kudoa (PARAGUASSÚ e LUQUE, 2007). 4.1 Myxobolus cerebralis Provoca a “doença do rodopio” ou “doença da cauda negra” ou “whirling disease” que afeta a truta-arcoiris e salmões. Apresenta esporos arredondados, providos de duas cápsulas polares alongadas (figura 5A). O ciclo envolve dois hospedeiros: um vertebrado (peixe) e um invertebrado (o anelídeo Tubifex tubifex). Em cada um desses hospedeiros encontram-se esporos com características diferentes. O local de desenvolvimento dos esporos é a cartilagem do hospedeiro, com preferência pelos alevinos, existindo destruição do tecido, e deformando o formato do peixe que é responsável pela característica principal da doença (figura 5B) (SCHALCH, 2013). Quando se localizam na zona posterior da vértebra, exercem pressão sobre os nervos que controlam as células pigmentares da zona da cauda, ficando esta intensamente enegrecida. Se localizados perto da cápsula auditiva provocam distúrbios natatórios característicos (PAVANELLI, 2007). A disseminação tem sido estimulada pela 17 transferência artificial de peixes sem os cuidados necessários. No existe um tratamento eficaz, por consequência são importância os métodos profiláticos, principalmente a quarentena dos alevinos, devido a que muitos peixes são portadores assintomáticos (LUQUE, 2004). Figura 5 – Formato do parasita (A) e deformidade causadas nos peixes (B). Fonte: LUQUE, 2004. 4.2 Henneguya spp. Inúmeras espécies de Henneguya foram encontradas em peixes de água doce; em tilápias há muitas referências de infestações por este parasito (figura 6ª), a Henneguya apresenta um envelope de formato oval e alongado, no interior do qual estão alojados dois esporos ovais ou fusiforme; do envelope são projetadosdois longos processos caudais semelhantes a um chicote, conferindo ao parasito a aparência de um espermatozóide (figura 6B); o tamanho dos esporos varia de 8 a 24mm de comprimento e o processo caudal de 20 a 45mm (PAVANELLI, 2007; (ISHIKAWA, 2011). Figura 6 - Peixe infestado por Henneguya (A) e formato do parasita (B). Fonte: ZICA, 2008. A B A B 18 4.3 SINAIS CLÍNICOS Formam seus cistos preferencialmente nos filamentos e arcos branquiais, podendo levar a uma oclusão da circulação branquial, necrose e disfunção respiratória, provocando maior contato entre as lamelas secundárias diminuindo desta forma a superfície de absorção na extremidade dos filamentos, podendo chegar a provocar hiperplasia e hipertrofia dos órgãos infectados (ISHIKAWA, 2011). São encontrados ainda formando cistos no fígado, intestino, músculos, coração, rim, baço e outros tecidos. Dentro destes cistos podem ser encontrados milhares de mixosporídios, quando alojados nos músculos, os parasitos parecem ter pouco efeito sobre o hospedeiro (LUQUE, 2004). O movimento típico de rodopio em infecções por Myxobolus cerebralis resulta da destruição, pelo parasito, dos nervos cerebrais ligados à coordenação motora; lesões na coluna vertebral, com curvatura do tronco e da cauda, estão frequentemente associadas a destruição do tecido cartilaginoso onde se alojam os cistos com os esporos dos parasitos; o escurecimento da parte posterior do tronco dos peixes também parece estar associado a destruição de nervos associados com o controle da pigmentação do corpo (KUBITZA; KUBITZA, 1999) outros sinais indicativos ocorrência de infestações por Myxobolus são as deformidades corporais em peixes que sobreviveram as infecções (má formação e retração do opérculo, a curvatura da coluna vertebral e a mal formação da mandíbula) peixes com aspecto sadio e aparentemente não infectados, podem ser portadores dos esporos de Mixosporídeos infestações por Myxobolus cerebralis ou por Henneguya podem reduzir a imunidade de peixes, tornando-os mais susceptíveis a bactérias, fungos e a infestação por outros parasitos (ISHIKAWA, 2011) 4.4 DIAGNÓSTICO E CONTROLE São feito a partir de raspados das lesões e cistos, observando a presença de esporos sob microscopia; a “doença do rodopio” também pode ser diagnosticada com um relativo grau de convicção com base nos sintomas, antes do desenvolvimento dos esporos; o diagnóstico definitivo é feito através de exame histopatológico da cabeça, cartilagem vertebral ou brânquias dos peixes e posterior identificação dos esporos (FARIA et al., 2013). O controle não há terapia para esta doença; a prevenção pode ser feita evitando a introdução de peixes portadores de esporos na piscicultura; peixes adquiridos devem ser submetidos à quarentena; equipamentos e tanques devem ser desinfetados quando suspeitar da ocorrência de Mixosporídeos; em alguns países como nos Estados Unidos, a ocorrência de 19 Mixosporídeos deve ser obrigatoriamente notificada às autoridades sanitárias para ser constatado um foco da doença, alguns procedimentos são adotados: incineração dos peixes que estão com a doença ou com esporos dos parasitos e desinfecção de incubadoras e equipamentos; drenagem e desinfecção dos tanques para a erradicação dos esporos (KUBITZA E KUBITZA, 1999). 5 MONOGENEO São ectoparasitas do grupo dos platelmintos e são conhecidos por possuírem uma estrutura esclerotizadas na parte superior do corpo para de fixação denominada “haptor”, esta estrutura é formada por ganchos, barras e âncoras, de diferentes números e tamanhos de acordo com a espécie e sua função são auxiliares os parasitas na fixação aos hospedeiros e pelo ciclo biológico direto (figura 7) na qual a maioria das espécies é ovípara, entretanto, os Gyrodactilídeos compõem um grupo integrado por espécies vivíparas (LUQUE, 2004). Nesse caso dos Gyrodactilídeos, o viviparismo é revelado com na presença de outro indivíduo semelhante, e assim sucessivamente até atingir quatro gerações no mesmo animal. O Gyrodactylus sp. e Dactylogyrus sp. são os monogenéticos mais frequentes. Os problemas com estes parasitos aumentam com a intensificação dos sistemas de produção (aumento nas densidades de estocagem e na carga orgânica na água dos tanques e viveiros) (FARIA et al., 2013). Figura 7 - Ciclo de vida de espécies da família Dactylogyridae. Fonte: TAVARES-DIAS et al., 2013. 5.1 Gyrodactylus sp. Esses são facilmente identificados pela ausência de olhos e pela existência de um embrião em desenvolvimento dentro do parasito adulto (vivíparo); possui “haptor” com um 20 par de ganchos longos e rodeados por 16 ganchos menores. São encontrados no corpo e nas nadadeiras, embora possa se instalar nas brânquias dos peixes; infestação pesada pode causar irritação na pele, fazendo com que o peixe fique letárgico e frequentemente se esfregue no fundo e nas laterais dos tanques; o movimento destes vermes sobre a pele pode ser observado mesmo a olho nu. (PAVANELLI, 2007). 5.2 Dactylogyrus sp. Esse gênero é facilmente reconhecido pela presença de 4 manchas oculares (4 olhos) e “haptor” com um par de ganchos pequenos e 14 ganchos menores marginais (figura 8A ); não gera embriões; a sua reprodução é feita através da liberação de ovos, dos quais eclodem larvas ciliadas que se desenvolvem em formas adultas e, posteriormente, invadem outros peixes. O Dactylogyrus é encontrado nas brânquias dos peixes (8B) (LUQUE, 2004). Figura 8 - Formato do parasita Dactylogyrus(A) e as brânquias infestada pelo mesmo (B) Fonte: PAVANELLI, 2007 5.2.1 Sinais Clínicos e Diagnóstico A localização preferencial nos peixes é na superfície do corpo, brânquias, narinas, olhos e na superfície corporal (LUQUE, 2004). Todas estas características acentuam sua patogenicidade, provocando (no caso de infecções intensas) lesões nos tecidos e alterando o comportamento dos peixes. Pode ocorrer anorexia, aumento da produção do muco, hemorragias cutâneas, branquiais, hiperplasia nos filamentos brânquias, emagrecimento do animal e morte. Também em infecções menos intensas as pequenas lesões são portas abertas para infecções secundárias (PAVANELLI, 2007). O diagnóstico é feito através do raspado da superfície do corpo ou das brânquias dos peixes e exame do material coletado sob microscopia. Há a possibilidade de se fazer a A B A 21 identificação do parasita diretamente nas brânquias através do uso de uma lupa de mão (KUBITZA e KUBITZA, 1999). 5.2.2 Controle Sempre manter os peixes bem nutridos e garantir adequada qualidade da água, ajustando corretamente as densidades de estocagem e evitando grandes cargas orgânicas nos viveiros e tanques; banhos com formalina a 170250ml/m3 por 1 hora em tanques e aquários; formalina por tempo indefinido 25ml/m3 em tanques e viveiros; permanganato de potássio, triclorfom em tratamento por tempo indefinido nas doses de 0,5ml/m3, tratamento indefinido com sal nas concentrações de 0,5 a 0,75%, viável em sistemas de recirculação de água (KUBITZA e KUBITZA, 1999). 6 CRUSTACEOS São conhecidas como Argulose, Ergaliose e Laernaeose. Os agentes são os branquiureos (Argulus sp) e os copepoideo (Ergasilus e Laernaea) que são artrópodes e pertencem a classe Crustácea. São parasitos que apresentam apêndices articulados e cobertos de quitina rígida ou semirrígida; muito danosos e disseminados por todo o mundo, se fixam na superfície externa de peixesde água doce ou marinha FONSECA et al., s/a). Os copepodídeos apresentam ciclo evolutivo complexo (figura 9), com vários estádios larvais diferentes. O ultimo estagio nauplius origina o primeiro estagio copepoideo (TAVARES-DIAS et al., 2013). Este grupo contém os mais importantes crustáceos ectoparasitas de peixes, cujo órgão de fixação no hospedeiro tomam a forma de "âncora", a qual penetra na pele do hospedeiro formando um forte e prejudicial anexo. No local de fixação os tecidos do hospedeiro são digeridos e pode haver a formação de granulomas, com inflamação e hemorragia. Ex. Lérnea sp. (LUQUE, 2004). Figura 9 – Ciclo de vida da Lerniae sp. Fonte: TAVARES-DIAS et al., 2013. 22 6.1 Lernaea sp. A Lernaea sp.: várias espécies de Lernaea afetam os peixes; possui ganchos especiais na região cefálica os quais penetram na musculatura dos peixes; apenas a região caudal, com aspecto de verme, é visível externamente (figura 10) (PAVANELLI et al., 2013), vários órgãos podem ser invadidos pelos processos cefálicos quando a infestação do parasito ocorre na região abdominal e mortalidade de tilápias devido a infestações por Lernaea foram registradas em diversos países no Brasil, infestação de Lernaea geralmente são restritas ao período do inverno, quando os peixes se apresentam debilitados com as baixas temperaturas; o ciclo de vida da Lernaea deve ser entendido para que as estratégias de controle do parasito sejam mais eficazes (TAVARES-DIAS et al., 2013). Figura 10 – Retirada de um verme de Lernaea sp com uma pinça. Fonte: Google imagens. 6.2 Argulus sp. e Ergasilus sp. São mais de 100 espécies de Argulus já foram identificadas; é conhecido como “piolho dos peixes”; há vários relatos de infestação em tilápias; parece ser um importante vetor de doenças virais e bacterianas, já que causam perfurações no tecido epitelial dos peixes (figura 11A), além disso apresenta o corpo achatado e oval, podendo medir até 1cm conforma a figura 11B (KUBITZA e KUBITZA, 1999). O Ergasilus sp. ocorre frequentemente nas brânquias dos peixes (figura 11C), sendo denominados de “larvas das brânquias” (figura 11D) e as tilápias parecem apresentar maior resistência à fixação destes parasitos comparados a outros peixes; embora seja um parasito pouco frequente em tilápias, grandes infestações podem ocorrer em cultivos intensivos com alta densidade de estocagem; causa hipertrofia, inflamação e fusão dos filamentos branquiais, 23 dificultando a respiração dos peixes mesmo sob condições de adequado oxigênio dissolvido na água (KUBITZA e KUBITZA, 1999). Figura 11 – Exemplo de Argulus sp. aderido a superfície corporal (A); foto mostrando o formato do parasita; Nas brânquias, infestação de Ergasilus sp. e foto mostrando as estruturas de fixação desse parasita (D). Fonte: Google imagens. 6.3 DIAGNOSTICO E CONTROLE Os parasitos são visíveis ao olho nu e facilmente identificados; fases jovens (copepoditos) podem ser identificados com o uso de estereoscópio (lupa) (FARIA et al., 2013). No caso das espécies do gênero Lernaea a melhor política e evitar a introdução de peixes infestados ou não adquirir peixes de fornecedores suspeitos, o uso da quarentena é recomendável antes de distribuir os novos peixes por toda a piscicultura, infestações por microcrustáceos não têm sido observadas em tanques de larvicultura e alevinagem (DOENÇAS..., 2011), uma explicação para este fato é o hábito alimentar zooplanctófago das pós larvas e dos alevinos, que acabam controlando as fases jovens destes parasitos; isto abre a perspectiva de uso de um controle biológico, particularmente da Lernaea, em tanques e viveiros de cultivo ou pesca recreativa com a estocagem simultânea de peixes plânctófagos ou filtradores; a duração do ciclo de vida da Lernaea depende da temperatura da água, sendo um fator determinante da estratégia de tratamento a ser adotada. A B C D 24 O Argulus sp. não é sensível a elevação da salinidade na água, portanto tratamentos com sal comum são ineficazes contra este parasito. O triclorfom na concentração de 0,5mg de I.A./L, controla as fases de náuplios e os copepoditos, mas sua eficiência no controle das fases adultas é questionável (PAVANELLI, 2007). Durante o verão (28 a 32ºC) devem ser feitas 3 aplicações a intervalos de 7 dias entre as aplicações. Nos meses mais frios (15 a 20ºC) o intervalo entre as aplicações deve ser aumentado para 1214 dias; tilápias são bastante tolerantes a doses elevadas de triclorfom; o controle químico do Argulus também é feito com o uso do triclorfom; outro produto utilizado no controle da Lernaea sp. é o diflubenzuron (dimilin), um inibidor da formação de quitina, aplicado na dose de 0,05 a 0,10 mg/L (0,05 a 0,1g/m3). Antes de proceder ao tratamento com estes produtos, consulte um profissional experiente para melhor esclarecer os risco envolvidos no tratamento e sugerir as melhores estratégias para solucionar o problema (KUBITZA; KUBITZA, 1999) 7 DIGENEO Os trematódeos digenéticos são helmintos endoparasitos de vertebrados. Apresentam órgãos de fixação musculares pouco desenvolvidos e seu ciclo biológico é indireto, podendo incluir até dois hospedeiros intermediários (LUQUE, 2004). Os peixes apresentam uma qualidade singular: podem agir como segundo hospedeiro intermediário (portando as metacercária) e como hospedeiros definitivos destes parasitas. As maiorias de espécies com importância patogênica pertencem às famílias Diplostomidae e Clinostomidae, cujas metacercárias ficam encistadas na superfície corporal e órgãos internos dos peixes, provocando diversas lesões. Em algumas espécies de Clinostomidae, as metacercárias ficam nos olhos, provocando cataratas, ou por baixo do tegumento do peixe provocando proeminências amareladas (Doença dos pontos amarelos). Também são encontradas nas nadadeiras de algumas espécies ornamentais (Alves et al., 2001). Outra espécie de digenético, Ascocotyle longa, cuja metacercária é encontrada em todos os órgãos e na musculatura de tainhas (Mugil spp.) apresenta grande potencial zoonótico revelado devido ao recente costume de usar carne de tainha para a preparação de pratos da culinária japonesa nos quais a carne do peixe é ingerida crua (PAVANELLI, 2007). Todas estas espécies apresentam como hospedeiro definitivo aves piscívoras, pelo qual o seu controle esta fortemente ligado à diminuição da exposição destes peixes como presas das aves, interrompendo desta forma o ciclo biológico. Entretanto, sendo os moluscos os primeiros hospedeiros intermediários, também se recomenda como medida profilática à eliminação destes (LUQUE, 2004). 25 O estágio de vida mais comumente encontrado em peixes é o larval através de cistos ou não, dependendo da espécie. Os danos ocorrem quando a larva invade o peixe através da pele, o que pode causar lesões hemorrágicas, que em peixes menores leva a grandes perdas (KUBITZA e KUBITZA, 1999). 7.1 MATACERCARIOSE Enfermidade causada por metacercária, que são parasitos digenéticos que encistam na pele e nas nadadeiras de peixes de água doce e marinho. Ao redor dos cistos observa-se depósitos de melanina dando um aspecto enegrecido aos cistos. Conhecida como “blackspot”, doença dos pontos negros. Os peixes quando estão altamente infestados apresentam um aspecto desagradável e perdem valor comercial (PAVANELLI et al., 2013). A profilaxia nesse caso se faz através da eliminação de caracóis, pois são hospedeiros intermediáriosque apresentam a metacercária em seu organismo (KUBITZA e KUBITZA, 1999). 8 NEMATODA São parasitas comuns em peixes de água doce. Em grande quantidade podem obstruir o intestino do hospedeiro, levando-o à morte. Apesar de ser o maior grupo de parasitos de peixes, os nematoides são consideradas, de maneira geral, espécies pouco patogênicas (LUQUE, 2004). São fáceis de serem reconhecidos devido ao formato alongado com extremidades afiladas. São dioicos e exibem dimorfismo sexual. Apresentam ciclo indireto, com a participação de copepoideo planctônicos como hospedeiros intermediários. Especial menção é feita para os camallanídeos de peixes de água doce. A espécie Camallanus cotti apresenta a característica de ovipor diretamente pelo ânus do peixe quando as fêmeas estão maduras, retornando, posteriormente para o tubo digestivo do animal, neste processo as fêmeas perfuram a porção distal do reto atingindo as camadas musculares, provocando hiperemia e edema tecidual (PAVANELLI et al., 2013). Os nematoides parasitam os peixes e necessitam de pelo menos um outro hospedeiro, inclusive as ordens : Trichuridae, Ascarídea, Spiruridea, Filarudea e Dioctophymidea. São ovíparos e seus ovos embrionados ou não, são eliminados com as fezes do hospedeiro (LUQUE, 2004). 26 Quando eclodem liberam uma larva nadadora que deve ser ingerida por um hospedeiro intermediário, que geralmente é um artrópode, como é o caso das famílias Camallanoidea e Dracunculoidea. A larva se desenvolve no hospedeiro intermediário e o ciclo pode completar quando um peixe se alimenta desse hospedeiro infestado, onde o nematoide passa a fase adulta. Se o peixe atua como hospedeiro paratênico, a larva penetra através da parede intestinal para invadir as vísceras e a musculatura local, onde conseguem se encistar (CAETANO et al., 2011). 8.1 Eustrongylides sp. Larvas de Eustrongylides sp. são parasitas de peixes carnívoros, como a traíra (Hoplias malabaricus), o pintado (Pseudoplatystoma coruscans), o cachara (Pseudoplatystoma fasciatum) e o tucunaré (Cichla ocellaris), tendo sido encontradas na musculatura esquelética, no mesentério, nas serosas que revestem as vísceras e na cavidade geral desses peixes. O verme adulto é encontrado no esôfago, no pró-ventrículo e no intestino de aves aquáticas piscívoras. O homem é um hospedeiro acidental, sendo infectado ao consumir peixe cru (CAETANO et al., 2011). As larvas de Eustrongylides sp. encontradas em peixes são de coloração vermelho castanho com comprimento variando de 4 a 7,8 cm sendo comuns nos músculos do de peixes (figura 12)(LUQUE, 2004). No Brasil, o parasitismo por larvas de Eustrongylides sp. foi relatado na musculatura esquelética, no mesentério e na serosa que reveste o fígado (BARROS et al., 2009); na musculatura e na cavidade geral (figura ). A ocorrência de larvas de Eustrongylides sp. em H. malabaricus é registrada em várias regiões brasileiras: Sul (Rio Grande do Sul e Paraná), Sudeste (Espírito Santo), Centro-Oeste (Mato Grosso) e Norte (Pará e Rondônia), sendo mais um parasita com probabilidade de infecção em humanos (MENEGUETTI et al., 2013). Figura 12 - Larvas do nematoide Eustrongylides sp. parasitando órgãos internos de peixe. Fonte: Google imagens. 27 9 CESTODA O grupo mais característico de cestóides que usa os peixes teleósteos de água doce como hospedeiros definitivos são os da Ordem Proteocephalidea, conhecidos como “tênias dos peixes”. Seu ciclo é indireto e com dois hospedeiros intermediários. Eles são encontrados no intestino e raramente provocam patogenia, embora algumas espécies podem provocar danos sérios ao epitélio intestinal perfurando o intestino do peixe provocando hemorragias de grande extensão (LUQUE, 2004). Os cestóides são endoparasitos que necessitam ao menos de um hospedeiro, mas podem ainda definitivos, paratênicos ou intermediários, e são encontrados no interior do intestino do hospedeiro. As larvas de cestóides são freqüentes nos peixes e muitas vezes formam cistos nas vísceras e na musculatura (PASETO, 2011). 9.1 Diphyllobothrium sp. É um cestóide conhecido como um dos maiores parasitas intestinais do homem, podendo chegar de 3 a 15 metros de comprimento (figura A). Ovos são liberados pelas proglotes e eliminados nas fezes do hospedeiro (figura 12B). Sob condições apropriadas, geram embriões denominados de coracídios, que eclodem e são ingeridos por crustáceos, transformando-se em larvas procercóides (SCHALCH, 2013). Os peixes ingerem este crustáceo infectado e as larvas procercóides migram para o músculo do peixe, gerando as larvas plerocercóides. A transmissão pode ocorrer, quando um peixe de maior tamanho se alimenta de um peixe de menor tamanho contaminado. A infecção em humanos ocorre quando são ingeridos peixes crus ou mal cozidos contendo a larva infectante plerocercóide, que fixa-se no intestino e atinge o estágio adulto (figura 12C) (PAVANELLI et al., 2013). Figura 13– Exemplar de D. latum (A) e seus ovos (B) e larvas no estomago do hospedeiro (C). Fonte: EMMEL et al. (2006). C 28 O D. latum é a espécie mais importante, sendo conhecido como a tênia do peixe, que causa a difilobotriose sendo a nomenclatura do gênero ainda duvidosa, devido ao escasso conhecimento sobre os limites da variação morfológica intraespecifica e os fatores que incidem em tais variações (KUBITZA e KUBITZA, 1999). A profilaxia consiste em eliminar os microcrustáceos que atuam como hospedeiros intermediários que estejam presentes nas criações (PAVANELLI, 2007). 10 ACANTHOCEPHALA Os acantocéfalos são geralmente vermes cilíndricos, longos e que não tem tubo digestivo. São dotados de trompas de fixação, provida de ganchos, porem não se tem observado como agente patogênico grave de peixes, a não ser lesões locais na mucosa intestinal, sem retardo no crescimento (NUNES, 2007). No seu ciclo encontra-se um hospedeiro intermediário, representado normalmente por um invertebrado ostracoides e copepoideos (TAVARES-DIAS, 2013) 10.1 Acanthocephalus jacksoni Parasita que produz altos prejuízos para o cultivo de alvelinos principalmente em e truta arco-íris, em função de grande numero de ulceras com hemorragias e necrose (NUNES, 2007). 11 PROBLEMA SANITÁRIO NA PSCICULTURA Um dos principais problemas que a piscicultura brasileira nos últimos anos ainda é a sua consolidação como uma atividade rentável, de escala comercial excluindo aquele histórico artesanal e com baixos índices econômicos e zootécnicos, para uma atividade desenvolvida em escala verdadeiramente comercial (OSTRENSKY; BORGHETTI, 2007). Com isso os estudos ainda são bastante precários. Um problema que tem chamado bastante atenção é a exportação de Tilápias (TUNDISI; TUNDISI; ROCHA, 2002, p. 195). Vindo de países que já houveram casos de doenças como no casos do vírus TiLV (Tilapia Lake Virus, em inglês, ou Vírus da Tilápia Lacustre) pode afetar diretamente a produção brasileira, comprometendo o futuro da atividade no país já que podemos tornar um importante produtor mundial de piscicultura (PISCICULTURA..., 2016). 29 12 PERSPECTIVAS FUTURAS O Brasil apresenta vantagens excepcionais para o desenvolvimento da aquicultura 5,5 milhões de hectares de reservatórios de água doce, clima favorável, terras disponíveis, mão de obra relativamente barata, mobiliza 800 mil profissionais e proporciona 3,5 milhões de empregos diretos e indiretos, e crescente mercado interno, a produção brasileira de pescados atingiuem 2011 quase 1,4 milhão de toneladas, conforme os números do mais recente Boletim Estatístico da Pesca e Aquicultura do Ministério da Pesca (MPA). Deste total, 628.704,3 toneladas foram produzidas em cativeiro (ANUÁRIO BRASILEIRO DE PESCA E AQUICULTURA, 2014). Os negócios envolvendo peixe movimentam cerca de US$ 600 bilhões todos os anos. Um volume que torna os negócios com pescado sete vezes maiores que os de carne bovina e nove vezes maiores que os de carne de frango em nível mundial. E, neste cenário, a aquicultura é a que apresenta melhores condições de aumentar a participação brasileira (PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA AQUICULTURA BRASILEIRA, 2015). O Brasil é hoje o 12º maior produtor mundial em aquicultura, além de estarmos na posição privilegiada para avançar muito nesse ranking. A meta é ficar entre os maiores produtores do mundo. A meta do Ministério da Pesca e Aquicultura é incentivar a produção nacional para que, em 2030, o Brasil alcance a expectativa da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e se torne um dos maiores produtores do mundo, com 20 milhões de toneladas de pescado por ano. Hoje o País ocupa a 17ª posição no ranking mundial na produção de pescados em cativeiro e a 19ª na produção total de pescados (PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA AQUICULTURA BRASILEIRA, 2015). 30 CONSIDERAÇÕES FINAIS O desenvolvimento da piscicultura em nível mundial levou ao investimento em pesquisas para que fossem aprimorados e criados medicamentos visando à profilaxia e o tratamento específico para peixes mais ainda precisa haver mais estudos. Doenças se constituem na maior causa de prejuízos econômicos em aquicultura comercial. Peixes são animais altamente sensíveis ao estresse, condição essa praticamente inevitável em pisciculturas. Uma vez doentes peixes têm seu desempenho zootécnico negativamente impactado, tornam-se susceptíveis ao ataque maciço de patógenos, o que se traduz em prejuízos irreparáveis ao produtor. Em piscicultura, para manter enfermidades fora do sistema, a melhor estratégia é acreditar e adotar programas de prevenção e controle. Por outro lado, conhecer as principais doenças passíveis de acometer peixes torna profissionais e piscicultores melhor preparados para tomar decisões adequadas frentes aos surtos. Além disso é de suma importância haver mais estudos e investimentos em toda a cadeia produtiva não so da piscicultura mas também da aquicultura de modo geral, pois assim, poderemos alavancar ainda mais a produção do brasil e alcançar as primeiras colocações como um dos grandes produtores. 31 REFERÊNCIAS CONSULTADAS BARROS, L. A. et al. Análise do parasitismo por Contracaecum sp. e Eustrongylides sp. em cacharas, Pseudoplatystoma fasciatum (Linnaeus, 1766) (Pisces: Pimelodidae) provenientes do rio Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. Revista Brasileira de Ciência Veterinária. v. 16, n. 2, p. 58-61, maio/ago. 2009. CAETANO, M. S. et al. Ocorrência de Eustrongylides sp. Em traíras (Hoplias malabaricus) do córrego do capim, afluente do Rio Norte, Alegre – ES. In: ENCONTRO LATINO AMERICANO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, XV, ENCONTRO LATINO AMERICANO DE PÓS-GRADUAÇÃO, XI, ENCONTRO LATINO AMERICANO DE INICIAÇÃO CIENTIFICA JUNIOR, V. 2011. Alegre- Espirito Santo. Anais... Alegre: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo-IFES, 2011. CYRINO, J. E. P.; SAMPAIO DE OLIVEIRA, A. M. B. M. COSTA, A.B. Principais Doenças em Criações de Peixes. Curso – Introdução à Piscicultura – CPG - Ciência Animal e Pastagens. Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Piracicaba, SP, s/a. FAO. Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação. Disponível em <http://www.fao.org.br/>. FARIA, R. H. S. de et al. Manual de criação de peixes em viveiro. 1 ed. Brasília: Codevasf, 2013. FONSECA, M. G.; ILÁRIO, R. F.; SILVA, R. J. da. Pesquisa de ecto e endoparasitos em peixes de tanques artificiais do município de bebedouro, são paulo. São Paulo: SP. s/a. FRANÇA, I.; PIMENTA, P. P. P. A viabilidade da piscicultura para o pequeno produtor de Dourados. Comunicação & Mercado/UNIGRAN, Dourados - MS, vol. 01, n. 01, p. 36-51, jan-jul 2012. GROSSKOPF, Hyolanda; SILVA, Aleksandro Parasitos que Podem Afetar a Piscicultura do Sul do Brasil. Edição 131, ano 6. Jornal Sul do Brasil: 2014 ISHIKAWA, C. M. Enfermidades de Peixes Nativos Profilaxia ou Tratamento. In: FEIRA INTERNACIONAL DA AMAZÔNIA,VI. 2011. Manaus, Amazonas. Anais... Manaus, amazonas, Out. 2011. KUBITZA, F.; KUBITZA, L. M. M. Principais Parasitoses e Doenças em Tilápias. ACQUA & IMAGEM SERVIÇOS. Jundiaí, SP. s/a. Disponível em: <http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/revistas/60/doencas.asp>. Acesso em: 10 de março de 2016. 32 LUQUE, J. L. Biologia, epidemiologia e controle de parasitos de peixes. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE PARASITOLOGIA VETERINÁRIA, XIII, & Simpósio Latino- Americano de Ricketisioses, I, 2004. Ouro Preto, MG. Anais... Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária. vol.13, suplemento 1, pag. 161-165. 2004. MENEGUETTI, D. U. DE O.; LARAY. M. P. DE O.; CAMARGO, L. M. A. Primeiro relato de larvas de Eustrongylides sp. (Nematoda: Dioctophymatidae) em Hoplias malabaricus (Characiformes: Erythrinidae) no Estado de Rondônia, Amazônia Ocidental, Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saúde. vol. 4. pag. 55-58. 2013 MINISTÉRIO DA PESCA E AQUICULTURA. Anuário Brasileiro da Pesca e Aquicultura, 1º, 2014. NEVES, D. N. Helmintos parasitos de peixes de importância higiênico-sanitária, 2009. 57 f. Monografia (Especialização em Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal) - Pós- Graduação "Lato Sensu" Em Higiene e Inspeção De Produtos De Origem Animal, Universidade Castelo Branco, Belém, fev. 2009. NUNES, B. G. Enfermidades dos peixes, 2007. 39 f. Monografia (Especialista em Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal) - Pós-Graduação "Lato Sensu" Em Higiene e Inspeção De Produtos De Origem Animal, Universidade Castelo Branco, Rio de Janeiro, fev. 2007. PARAGUASSÚ, A. R.; LUQUE, J. L. Metazoários parasitos de seis espécies de peixes do reservatório de lajes, estado do Rio de Janeiro, Brasil. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, Rio de Janeiro. Vol. 16, pag. 121-128. 2007. PASETO, ÁGATA. Identificação de Parasitos de Peixes Cultivados e Selvagens no Mato Grosso do Sul. Relatório de Estágio Supervisionado II/Curso de Engenharia de Aquicultura- Centro de Ciências Agrárias-UFSC. Florianópolis, 2011. PAVANELLI, G.C. Relação Parasito-hospedeiro em peixes de pisciculturas da região de Assis, Estado de São Paulo, Brasil. 1. Oreochomis niloticus (Linnaus, 1757). Acta Sci. Biol. Sci., v.29, p.223-231, 2007. PAVANELLI, G. C, TAKEMOTO, R. M.; EIRAS, J. C. Parasitologia de peixes de água doce do Brasil. Maringá: Eduern, 2013. p. 169-193. PIZAIA, M. G. et al. A piscicultura no brasil: um estudo sobre a produção e comercialização de “Oreochromis niloticus”. In: CONGRESSO SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E SOCIOLOGIA RURAL, XLVI. 2008. Rio Branco. Anais... Rio Branco-Acre, jul., 2008. PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA AQUICULTURA BRASILEIRA - 2015/2020. Brasilia- DF, 2015. 33 PRINCIPAIS doenças na aquicultura. Disponível em: <http://www.grupoaguasclaras.com.br/principaisdoencasnaaquicultura>. Acesso em: 10 de março de 2016. SCHALCH, S. H. C. Impactoscausados por parasitoses em peixes criados na região noroeste paulista do estado de São Paulo. Revista Pesquisa & Tecnologia. 2013. Disponível em: <www.aptaregional.sp.gov.br>. Acesso em: 18 de abril de 2016. SCHALCH, S. H. C. Parasito conhecido como “carrapato de peixe” causa sérios danos à piscicultura. APTA Regional. s/a. TAVECHIO, W. L, G.; GUIDELLI, G.; PORTZ, L. Alternativas para a prevenção e o controle de patógenos em Piscicultura. Boletin do Instituto de Pesca, São Paulo, vol. 35, pag. 335 - 341, 2009. TAVARES-DIAS, M. et al. Sanidade do Tambaqui Colossoma macropomum nas fases de larvicultura e alevinagem. Macapá: Embrapa Amapá. Universidade Nilton Lins, Instituto de Pesquisas da Amazônia Manaus, 2013. ZICA, E. de O. P. Análise parasitológica de peixes em sistemas de Tilapicultura em tanques-redes e suas inter-relações com a ictiofauna residente e agregada. 2008. 73 f. Dissertação (Mestrado Biologia Geral e Aplicada) – Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências, Botucatu : [s.n.], 2008.
Compartilhar