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MINISTÉRIO PÚBLICO DIREITO TRABALHO

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MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
 
1. MINISTÉRIO PÚBLICO 
1.1. Princípios Institucionais 
1.2. Garantias Constitucionais 
1.3. Atribuições Processuais 
2. JUIZ 
2.1. Estrutura Básica do Poder Judiciário 
2.2. Poderes, deveres e Responsabilidades 
2.3. Garantias Constitucionais 
2.4. Impedimentos e Suspeição 
3. ADVOGADOS 
3.1. Direitos e Deveres do Advogado 
3.2. Prerrogativas 
3.3. Atuação e Substituição em juízo 
4. Referências 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. MINISTÉRIO PÚBLICO 
O art. 257 do Código de Processo Penal fala que “O Ministério Público 
promoverá e fiscalizará a execução da lei”, ou seja, será o órgão da lei e fiscalizador 
de sua função, e execução. 
 
1.1. Princípios Institucionais 
Os princípios institucionais têm a finalidade de mostrar quais as linhas do 
sistema normativo que regulamentam a instituição do Ministério Público. Estas 
pautadas no art. 127 da Constituição Federal, e são os seguintes: a unidade, a 
indivisibilidade e a independência funcional. 
1.1.1. Unidade 
O princípio da unidade recomenda a atuação dos membros do Ministério 
Público enquanto um só corpo incide na vontade una, de forma que a manifestação 
de pretensão de cada um de seus membros concebe a manifestação de um todo. 
O Ministério Público compõe um só órgão sob a direção de um só Procurador-
Geral, a unidade somente tem sua existência em cada Ministério Público, inexistindo 
desta maneira, entre o Ministério Público Federal e os dos Estados (MORAES, 
2005). 
Esta divisão funcional da instituição não expressa que os membros do 
Ministério Público possam exercer as distintas funções da entidade, sem atentar 
para as deliberações legais que instituem a divisão interna. Um ato ao ser 
adjudicado deve ter a existência de autoridade a quem compete para produzi-lo. 
 
1.1.2. Indivisibilidade 
A indivisibilidade provém do princípio da unidade, indivisível é porque seus 
membros não se vinculam aos processos nos quais atuam, estes podem ser 
trocados reciprocamente, em consonância com as normas legais. A independência 
funcional possibilita ao membro do Ministério Público o exercício autônomo de suas 
atribuições funcionais, tornando-o isento a pressões de terceiros que de certo modo 
procuram frustrar o implemento de sua missão institucional que é a defesa dos 
interesses da coletividade. A indivisibilidade é uma garantia atribuída à sociedade de 
que seus interesses estarão sendo resguardados por um agente atuante de modo 
independente, e alheio às pressões externas ou internas. 
 
1.1.3. Independência funcional 
A independência funcional junta autonomia funcional, administrativa e 
financeira. A autonomia administrativa incide na capacidade de organização de 
serviços internos, definir sobre a situação funcional, assim como de outros serviços 
relacionados ao âmbito administrativo da instituição. 
 
1.2. Garantias Constitucionais 
De acordo com a Constituição Federal, os membros do Ministério Público 
gozam das seguintes garantias:(parágrafo 5º do artigo 128 da Constituição Federal) 
 
a) Vitaliciedade, contada após dois anos de exercício, não podendo perder o 
cargo, a não ser por sentença judicial transitada em julgado; 
 
b) Inamovibilidade, salvo por causa de interesse público, mediante decisão do 
órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de 
seus membros, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
 
c) Irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o 
disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
 
1.3. Atribuições Processuais 
O Código de Processo Civil, em seu artigo 82, incisos I, II e III, dispõe: 
 
"Compete ao Ministério Público intervir: 
 
I – nas causas em que há interesse de incapazes; 
 
II – nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, 
curatela, interdição, casamento, declaração de ausência de disposições de última 
vontade; 
 
III – nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse de terra rural e nas 
demais causas em que há interesse público evidenciado pela natureza da lide ou 
qualidade da parte.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. JUIZ 
 
O juiz integra o processo na qualidade de sujeito, vinculando-se a ele, na 
mesma qualidade, o autor e o réu. É através dos juízes (e também dos tribunais) 
que a jurisdição é exercida. Ele é o "gerente do processo”. 55 
 
O título de "juiz" é específico dos integrantes de tribunais e da magistratura de 
primeira instância, conforme dispõe o art. 34 da Lei Complementar n° 35/79 
(LOMAN). 
A estrutura do Poder Judiciário no Brasil é um tanto complexa, pelo número 
de órgãos que a integram. Ela fundamenta-se em dois eixos: primeiro, o Poder 
Judiciário divide-se em ramos. Em cada ramo, por sua vez, tem seus órgãos 
estruturados em níveis, versados como graus de jurisdição, ou, mais comumente, 
instâncias. 
No Brasil, há cinco ramos do Poder Judiciário, cuja área de atuação, em 
linhas gerais, é a seguinte: 
Justiça Estadual: é a mais extensa de todas as que julgam as causas mais 
frequentes na vida das pessoas e a que tem órgãos em grande parte das cidades do 
país; cabe-lhe julgar todas as causas que não sejam compreendidas na 
competência de outros ramos da justiça; 
Justiça Federal: aprecia as causas de instância dos órgãos e entes da 
administração pública federal, as causas movidas por país estrangeiro ou 
organização internacional, os crimes cometidos contra a administração pública 
federal (exceto aqueles contra sociedades de economia mista) e outros distinguidos 
no artigo 109 da Constituição e as causas que abranjam interesse de etnias 
indígenas; 
Justiça do Trabalho: aprecia as causas juntadas às relações de trabalho, 
com inclusão às referentes ao direito de greve e à indenização por dano moral ou 
patrimonial decorrente do trabalho, as ações concernentes a sindicatos e as ações 
por punição administrativa do Ministério do Trabalho; nem toda relação de trabalho é 
julgada na Justiça do Trabalho, pois as causas respectivas ao trabalho dos 
servidores públicos são julgadas na Justiça Federal (servidores federais) ou na 
Estadual (servidores estaduais e municipais); 
Justiça Eleitoral: julga especialmente ações coerentes ao processo eleitoral, 
até mesmo as ações por crime eleitoral; também realiza tarefas administrativas 
ligadas ao Direito Eleitoral, como o alistamento de eleitores e a fiscalização de 
partidos políticos; 
Justiça Militar da União: julga apenas ações penais por crimes militares 
federais (os praticados contra as Forças Armadas); permanecem também órgãos da 
Justiça Militar dentro da Justiça Estadual, que julgam crimes militares estaduais e 
ações judiciais contra punições disciplinares militares a policiais militares e 
bombeiros militares. 
2.2. Poderes, deveres e Responsabilidades 
 
O Art. 125. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, 
competindo-lhe: 
I - assegurar às partes igualdade de tratamento; 
II - velar pela rápida solução do litígio; 
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da Justiça; 
IV - tentar, a qualquer tempo, conciliar as partes. (Inciso acrescentado pela 
Lei nº 8.952, de 13.12.1994) 
Art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou 
obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não 
as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito. 
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
Art. 127. O juiz só decidirá poreqüidade nos casos previstos em lei. 
Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe 
defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa 
da parte. 
Art. 129. Convencendo-se, pelas circunstâncias da causa, de que autor e réu 
se serviram do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim proibido por lei, 
o juiz proferirá sentença que obste aos objetivos das partes. 
Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as 
provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou 
meramente protelatórias. 
Art. 131. O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e 
circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes; mas 
deverá indicar, na sentença, os motivos que Ihe formaram o convencimento. 
(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) 
Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a lide, 
salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou 
aposentado, casos em que passará os autos ao seu sucessor. (Redação dada pela 
Lei nº 8.637, de 31.3.1993) 
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o juiz que proferir a sentença, se 
entender necessário, poderá mandar repetir as provas já produzidas. (Parágrafo 
acrescentado pela Lei nº 8.637, de 31.3.1993) 
Art. 133. Responderá por perdas e danos o juiz, quando: 
I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude; 
II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar 
de ofício, ou a requerimento da parte. 
Parágrafo único. Reputar-se-ão verificadas as hipóteses previstas no nº II só 
depois que a parte, por intermédio do escrivão, requerer ao juiz que determine a 
providência e este não Ihe atender o pedido dentro de 10 (dez) dias. 
 
2.3. Garantias Constitucionais 
 
As garantias constitucionais do magistrado. Estão descritas no texto 
constitucional: 
"Art.95. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
I – vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de 
exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a 
que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em 
julgado; 
II – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art.93, 
VIII; 
III – irredutibilidade de vencimentos, observado, quanto à remuneração, o que 
dispõem os art.37, XI, 150, II, 153, III, e 153, §2°, I". 
Sendo desta forma, podemos dizer que: 
A Vitaliciedade, escrita no texto constitucional, informa que o magistrado, 
depois de transcorrido o período de dois anos desde sua ascensão ao cargo com o 
correlativo exercício, apenas o perderá em implicação de sentença judicial transitada 
em julgado, em processo adequado onde lhe seja assegurado o direito de ampla 
defesa e de contraditório. A vitaliciedade não deve ser confundida com a 
estabilidade comum do servidor público. A estabilidade do funcionário público, 
diversamente da do juiz, é no serviço, e não no cargo. 
 
A inamovibilidade incide em não poder o magistrado ser deslocado de sua 
sede de atividade para outra sem o seu prévio consentimento, salvo em 
consequência de incontestável interesse público, mediante voto de dois terços do 
tribunal, e de igual modo afiançada ampla defesa. Esta garantia abrange, inclusive, a 
probabilidade de recusar promoção na carreira, quando citada estiver camuflando a 
manobra do Juiz. 
A irredutibilidade de vencimentos é a terceira garantia que a Constituição dá 
ao magistrado. A mera hipótese de o magistrado sofrer redução em seu salário em 
decorrência de determinado ato judicial implicaria em pretexto de inibição no 
exercício da judicatura. 
 
2.4. Impedimentos e Suspeição 
 
As causas de impedimento e suspeição estão nos artigos 134 a 138, do 
Código de Processo Civil (CPC) e expressam a imparcialidade do juiz no exercício 
de sua função. É dever do juiz declarar-se impedido ou suspeito, poderá também 
alegar causa de foro íntimo. 
 O impedimento tem caráter objetivo, e a suspeição tem a ver com o 
subjetivismo do juiz. A imparcialidade do juiz é um dos pressupostos processuais 
subjetivos do processo. 
 No caso do impedimento há presunção absoluta (juris et de jure) de 
parcialidade do juiz em verificado processo por ele analisado, enquanto que na 
suspeição há apenas presunção relativa (juris tantum). 
Dispositivos do CPC, sobre impedimentos e suspeição: 
Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso 
ou voluntário: 
I - de que for parte; 
II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou 
como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha; 
III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido 
sentença ou decisão; 
IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge 
ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta; ou na linha colateral 
até o segundo grau; 
V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das partes, 
em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau; 
VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, 
parte na causa. 
Parágrafo único. No caso do no IV, o impedimento só se verifica quando o 
advogado já estava exercendo o patrocínio da causa; é, porém, vedado ao 
advogado pleitear no processo, a fim de criar o impedimento do juiz. 
 Art. 135. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando: 
I - amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes; 
II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou de 
parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau; 
III - herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes; 
IV - receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar 
alguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para atender 
às despesas do litígio; 
V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes. 
Parágrafo único. Poderá ainda o juiz declarar-se suspeito por motivo íntimo. 
Art. 136. Quando dois ou mais juízes forem parentes, consangüíneos ou afins, 
em linha reta e no segundo grau na linha colateral, o primeiro, que conhecer da 
causa no tribunal, impede que o outro participe do julgamento; caso em que o 
segundo se escusará, remetendo o processo ao seu substituto legal. 
 Art. 137. Aplicam-se os motivos de impedimento e suspeição aos juízes de 
todos os tribunais. O juiz que violar o dever de abstenção, ou não se declarar 
suspeito, poderá ser recusado por qualquer das partes (art. 304). 
 Art. 138. Aplicam-se também os motivos de impedimento e de suspeição: 
I - ao órgão do Ministério Público, quando não for parte, e, sendo parte, nos 
casos previstos nos ns. I a IV do art. 135; 
II - ao serventuário de justiça; 
III - ao perito; (Redação dada pela Lei nº 8.455, de 24.8.1992) 
IV - ao intérprete. 
§ 1º A parte interessada deverá argüir o impedimento ou a suspeição, em 
petição fundamentada e devidamente instruída, na primeira oportunidade em que 
Ihe couber falar nos autos; o juiz mandará processar o incidente em separado e sem 
suspensão da causa, ouvindo o argüido no prazo de 5 (cinco) dias, facultando a 
prova quando necessária e julgando o pedido. 
§ 2º Nos tribunais caberá ao relator processar e julgar o incidente. 
 Art. 312. A parte oferecerá a exceção de impedimento ou de suspeição, 
especificando o motivo da recusa (arts. 134 e 135). A petição, dirigida ao juiz da 
causa, poderá ser instruída com documentos em que o excipientefundar a alegação 
e conterá o rol de testemunhas. 
Art. 313. Despachando a petição, o juiz, se reconhecer o impedimento ou a 
suspeição, ordenará a remessa dos autos ao seu substituto legal; em caso contrário, 
dentro de 10 (dez) dias, dará as suas razões, acompanhadas de documentos e de 
rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa dos autos ao tribunal. 
 Art. 314. Verificando que a exceção não tem fundamento legal, o tribunal 
determinará o seu arquivamento; no caso contrário condenará o juiz nas custas, 
mandando remeter os autos ao seu substituto legal. 
 
 
3. ADVOGADO 
 
3.1. Direitos e Deveres do Advogado 
 
Direitos: Estão anunciados nos incisos I a XX do art. 7o e, dada a natureza da 
disposição, estes não podem ser analisados de maneira exaustiva, pois poderá 
haver outros, não mencionados, e que devam ser reconhecidos, desde que 
necessários ao cumprimento do mandato. Por conseguinte, estes são direitos 
atinentes ao exercício profissional, sem que sua ilustração possa prejudicar os 
direitos do advogado como cidadão, cujos direitos e garantias se acham escritos na 
Constituição. São estes: 
- Exercício Da Profissão Em Todo O Território Nacional - O advogado, devidamente 
inscrito na OAB, pode agir em qualquer lugar do território nacional. Deve ter sua 
inscrição numa Seccional, seja diretamente na capital do estado, ou no Distrito 
Federal, ou em qualquer Subsecção. 
- Inviolabilidade Do Escritório E Documentos Ali Existentes – para o advogado tenha 
que exercer com liberdade sua profissão, precisa ter garantida a inviolabilidade de 
seu escritório, pois tem ali guardada com ele todas as documentações dos 
processos em que atua, e mais os documentos que lhe são municiados pelas partes. 
 Porém esta inviolabilidade não é absoluta, pois existindo mandado de 
busca e apreensão firmado por magistrado, o escritório e seus arquivos podem ser 
vasculhados. O cumprimento deste mandado, portanto, só pode ser concretizado 
com a supervisão de representante da OAB; No caso das Subsecções, 
provavelmente por membro da diretoria, ou advogado especialmente designado para 
tal, e, nas sedes das Seccionais, por membro da comissão de defesa e assistência. 
Sem este acompanhamento, a diligência se torna ilegal, respondendo os que a 
efetivaram civil e criminalmente. 
 
- Prisão Em Flagrante - A prisão em flagrante de advogado pode ser devida a fato 
ligado ao exercício profissional ou não. No primeiro caso, há necessidade de que 
haja um representante da OAB, assistindo ao auto de flagrante, sob pena de 
nulidade do ato; no segundo caso, deve a autoridade que lavrou o flagrante 
comunicar, imediatamente, o fato ao órgão da OAB a que estiver ligado diretamente 
o advogado, para que se prossiga no processo. 
 
- Comunicação Com O Cliente - O Estatuto tornou quase irrestrito o direito de 
comunicação do advogado com seu cliente, inclusive aquele que ainda não lhe 
outorgou procuração. 
 
- Recolhimento À Prisão - O advogado, preso por força de flagrante ou mediante 
prisão preventiva ou, ainda, em caso especial, prisão cautelar, só poderá ser levado 
a sala de Estado Maior que tenha, a juízo do seu órgão de classe, as condições 
desejáveis para acolhê-lo. No caso de localidade que não tenha estabelecimento 
militar, ou em que inexista sala de Estado Maior (ou equivalente), ou ainda em que 
esta não satisfaça as condições exigidas pelo órgão da OAB, a prisão só poderá 
efetivar-se mediante prisão domiciliar, ficando o advogado à disposição da 
autoridade que determinou a sua prisão, até a soltura, ou até trânsito em julgado de 
sentença condenatória. 
 
- Uso Da Palavra Em Tribunais Ou Outros Órgãos - Os incisos X, XI e XII tratam dos 
direitos que cabem ao advogado de se pronunciar durante os julgamentos, seja em 
sessões do Poder Judiciário, nos juízos singulares, ou nos tribunais, seja em 
qualquer sessão de órgão de deliberação coletiva dos poderes executivo ou 
legislativo, para: a) esclarecimentos de equívoco ou dúvida, em relação a fatos ou 
documentos que influam no julgamento; b) replicar acusação ou censura que lhes 
forem feitas; c) reclamar contra inobservância de preceito de lei, regulamento ou 
regimento; d) falar, sentado ou em pé, perante os órgãos do Poder Judiciário, 
administração pública, ou do Legislativo. 
 
- Exame Dos Autos , Autos De Inquérito E De Flagrante 
 
- Sigilo Profissional - Como em toda a profissão, há segredos de que tem 
conhecimento o advogado que devem permanecer como tais, para não haver 
prejuízo para as partes. O segredo profissional, por este motivo, ou por outros, é 
reconhecido pelo Direito brasileiro, e não poderia estar ausente neste Estatuto. O 
advogado, lidando com interesses patrimoniais e morais da mais alta relevância, não 
poderia estar sujeito às regras existentes para as pessoas que não necessitam, para 
sua atividade, do conhecimento de fatos que seus clientes queiram manter secretos. 
Tem ele, portanto, o direito de se recusar a depor sobre fatos sigilosos que tenham 
chegado a seu conhecimento por força de sua profissão. 
 
- Imunidade Profissional - O advogado tem inviolabilidade física, no exercício de sua 
profissão, por seus atos e manifestações, nos limites desta lei. A disposição, aqui, se 
refere à imunidade criminal, quando, no exercício da profissão, por suas 
manifestações e seus atos, o advogado pratique algum ato que pudesse ser 
caracterizado como injúria, difamação ou desacato. 
 
- Salas Especiais : Controle Da OAB - Deverá haver, nos Fóruns e juizados 
singulares ou coletivos, delegacias de polícia e presídios, salas especiais à 
disposição da OAB, sob seu controle exclusivo, para uso pelos seus inscritos; 
incluem-se aí os fóruns do interior e os tribunais, inclusive superiores, presídios de 
que categoria forem, delegacias de polícia de qualquer natureza, sem distinção 
alguma. Em todas repartições aqui mencionadas deverá o Judiciário ou o Executivo 
manter tais salas, e, não as havendo, quando da publicação da lei, providenciar, em 
tempo breve, sua instalação. 
 
- Ofensa A Inscrito Na OAB, No Exercício Da Profissão, Ou No Cargo Ou Função 
Em Seus Órgãos - A ofensa irrogada contra qualquer advogado no exercício de sua 
profissão deverá ser respondida, "ex oficio" ou a requerimento do interessado, pelo 
órgão dirigente da OAB a que estiver ligado (Seccional onde tem a inscrição 
principal), com a medida de desagravo 
 
- Honorários Profissionais : Ruy de Azevedo Sodré , adverte : "A profissão do 
advogado é uma árdua fadiga posta ao serviço da Justiça. A missão do advogado 
não consiste na venda dos seus conhecimentos, por um preço chamado honorários, 
senão na luta diária pela atuação da justiça nas relações humanas! Esta missão não 
tem equivalente pecuniário e, por ela, a remuneração que se paga não é o preço da 
paz que se procura, senão o das necessidades de quem se consagra a esta nobre 
forma de vida" Os honorários hão de ser fixados com moderação e os critérios para 
seu estabelecimento são previstos no Código de Ética: I. a relevância, o vulto, a 
complexidade e a dificuldade das questões versadas; II. o trabalho e o tampo 
necessários; III. a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros 
casos, ou de se desavir com outros clientes ou terceiros; o valor da causa, a 
condição econômica do cliente e o proveito para de do serviço profissional; V. o 
caráter da intervenção, conforme se de serviço a cliente avulso, habitual ou 
permanente; VI. o lugar da dos serviços, fora ou não do domicilio do advogado; VII. 
a competência e renome do profissional; VIII. a praxe do foro sobre trabalhos 
 
Deveres 
 Nos arts. 31 a 33 da Lei 8906/94encontramos alguns dos deveres dos 
advogados . O Art. 31 preceitua : "O advogado deve proceder de forma que se torne 
merecedor de respeito e que contribua para o prestígio da categoria e da advocacia. 
§ l.° - O advogado, no exercício da profissão, deve manter independência em 
qualquer circunstância. § 2.° - Nenhum receio de desagradar a magistrado ou a 
qualquer autoridade, nem de incorrer em impopularidade, deve deter o advogado no 
exercício da profissão." 
 
Quis o legislador, neste artigo, enfatizar ao inscrito na OAB seu papel na sociedade 
e seu dever para com a categoria a que pertence. Não basta ao advogado ser 
honesto e capaz na vida profissional. Também na vida privada deve zelar pelo seu 
comportamento ético, já que a profissão que abraçou o leva a prestar "serviço 
público" e a exercer "função social" (art. 2.°, § 1.°). 
 
O Art. 32 , preceitua : "O advogado é responsável pelos atos que, no exercício 
profissional, praticar com dolo ou culpa. Parágrafo único - Em caso de lide temerária, 
o advogado será solidariamente responsável com seu cliente, desde que coligado 
com este para lesar a parte contrária, o que será apurado em ação própria." 
Aludindo à responsabilidade do profissional do Direito, no exercício da profissão , o 
art. 32 faz menção ao dolo e à culpa, daí se entendendo que, sem essas 
modalidades de fatos subjetivos da conduta, não se há de ver responsabilidade. 
 
O Art. 33 preceitua que "O advogado obriga-se a cumprir rigorosamente os deveres 
consignados no Código de Ética e Disciplina. Parágrafo único - O Código de Ética e 
Disciplina regula os deveres do advogado para com a comunidade, o cliente, o outro 
profissional e, ainda, a publicidade, a recusa do patrocínio, o dever de assistência 
jurídica, o dever geral de urbanidade e os respectivos procedimentos disciplinares." 
Quanto ao art. 33 o que se buscou salientar, na norma em apreço, foi o caráter 
rigoroso do dever aí descrito, o que, a toda evidência, caso possa ser tido como 
inútil, em nada prejudica o entendimento do texto. O parágrafo único oferece uma 
descrição genérica, talvez não exauriente, dos deveres regulados pelo C6digo de 
Ética e Disciplina, mesmo os que não cheguem a constituir infração disciplinar. No 
seu final, refere-se aos procedimentos disciplinares a serem seguidos. 
 
Os advogados têm facilitada a regulação de sua conduta ética, pois contida, em sua 
essência, no Código de Ética e Disciplina da OAB . Esse instrumento normativo é a 
síntese dos deveres desses profissionais, considerados pelo constituinte como 
essenciais à administração da justiça. Além de regras deontológicas fundamentais, a 
normativa contempla capítulos das relações com o cliente, do sigilo profissional, da 
publicidade, dos honorários profissionais, do dever de urbanidade e do processo 
disciplinar. Dentre as linhas norteadoras do Código incluem-se o aprimoramento no 
culto dos princípios éticos e no domínio da ciência jurídica. 
 
Preceitua o código de Ética serem deveres do advogado: I. preservar, em sua 
conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo seu caráter de 
essencialidade e indispensabilidade; II. atuar com destemor, independência, 
honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé; III. velar por sua 
reputação pessoal e profissional; IV. empenhar-se, permanentemente, em seu 
aperfeiçoamento pessoal e profissional; V. contribuir para o aprimoramento das 
instituições, do Direito e das leis; VI. estimular a conciliação entre os litigantes, 
prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios; VII. aconselhar o cliente 
a não ingressar em aventura judicial; VIII. abster-se de: a) utilizar de influência 
indevida, em seu benefício ou do cliente; b) patrocinar interesses ligados a outras 
atividades estranhas à advocacia, em que também atue; c) vincular o seu nome a 
empreendimentos de cunho manifestamente duvidoso; d) emprestar concurso aos 
que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa 
humana; e) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono 
constituído, sem o assentimento deste; IX. pugnar pela solução dos problemas da 
cidadania e pela efetivação dos seus direitos individuais, coletivos e difusos, no 
âmbito da comunidade. 
 
3.2. Prerrogativas 
As prerrogativas dos advogados estão previstas pela lei n° 8.906/94 em seus 
artigos 6º e 7º. A lei garante a esse profissional o direito de exercer a defesa plena 
de seus clientes, com independência e autonomia, sem temor do magistrado, do 
representante do Ministério Público ou de qualquer autoridade que possa tentar 
constrangê-lo ou diminuir o seu papel enquanto defensor das liberdades. Essas 
regras garantem, por exemplo, que um advogado tenha o direito de consultar um 
processo até mesmo sem uma procuração, ou nos casos de ações penais e 
inquéritos protegidos por sigilo judicial. Ou seja, são garantias fundamentais, 
previstas em lei, criadas para assegurar o amplo direito de defesa. Prerrogativas 
profissionais não devem ser confundidas com privilégios, pois tratam de estabelecer 
garantias para o advogado enquanto representante de legítimos interesses de seus 
clientes. 
Um das principais queixas de advogados é o impedimento de acesso aos autos de 
um processo e da comunicação com seus clientes. A lei n° 8.906/94 garante aos 
advogados as garantias de acesso aos processos mesmo quando houver sigilo de 
justiça, e lhe dá direito de falar com seus clientes mesmo que esteja na prisão e 
incomunicável por decisão judicial. Confira abaixo, uma lista das mais importantes 
prerrogativas. 
Receber tratamento à altura da dignidade da advocacia. Não há hierarquia 
nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, 
devendo todos tratarem-se com consideração e respeito recíprocos. 
Exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional. 
Ter respeitada, em nome da liberdade de defesa e do sigilo profissional, a 
inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, de seus arquivos e dados, de 
sua correspondência e de suas comunicações, inclusive telefônicas ou afins, salvo 
caso de busca ou apreensão determinada por magistrado e acompanhada de 
representante da OAB. 
Estar frente a frente com o seu cliente, até mesmo quando se tratar de preso 
incomunicável. A comunicação não se limita ao contato físico, mas abrange também 
a troca de correspondências, telefonemas ou qualquer outro meio de contato, aos 
quais deve igualmente resguardado o sigilo profissional. 
Ter a presença de representante da OAB, sob pena de nulidade do ato 
praticado, quando preso em flagrante no efetivo exercício profissional. 
Não ser preso cautelarmente, antes de sentença condenatória transitada em 
julgado, senão em sala de Estado-Maior, com instalações e comodidades 
condignas, e, na ausência desta, em prisão domiciliar. 
Ter acesso livre às salas de sessões dos tribunais, inclusive ao espaço 
reservado aos magistrados. 
Ter acesso livre nas salas e dependências de audiências, secretarias, 
cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias 
e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de 
seus titulares. 
Ingressar livremente em qualquer edifício ou recinto em que funcione 
repartição pública ou outro serviço público em que o advogado deva praticar ato, 
obter prova ou informação de que necessite para o exercício de sua profissão. 
Ingressar livremente em qualquer assembléia ou reunião de que participe ou 
possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deve comparecer, desde que 
munido de poderes especiais. 
Permanecer sentado ou em pé e retirar-sede quaisquer locais indicados nos 
4 itens anteriores, independentemente de licença. 
Dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, 
independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, 
observando-se a ordem de chegada. 
Sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de 
julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo 
de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido. 
Usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante 
intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, 
documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar 
acusação ou censura que lhe forem feitas. 
Reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou 
autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento. 
Permanecer, sentado ou em pé, bem como de se retirar, sem necessidade de 
pedir autorização a quem quer que seja. 
Ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em 
cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais. 
Retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias. 
 
3.3. Atuação e substituição em juízo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Referências Bibliográficas 
 
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 17 ed. São Paulo: Atlas, 
2005.

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