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DIREITO PROCESSUAL PENAl
COLETA DE MATERIAL GENÉTICO E A INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
 
LEI Nº 12.654, DE 28 DE MAIO DE 2012.
 
Lei nº 28 de maio de 2012. 12.654, que dispõe sobre a coleta de material biológico para obtenção do perfil genético de determinados indivíduos. A lei promulgada altera as disposições de duas leis, a Lei n. 7.210/1984, Lei de Execuções Penais e Lei nº. 12.037/2009, que regulamenta a identificação criminal de pessoas com identificação civil.
“Art. 9º-A. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave contra pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA - ácido desoxirribonucleico, por técnica adequada e indolor.
As modificações trazidas pela Lei nº. 12.654/2012 alteraram substancialmente a situação jurídica do réu frente ao processo penal, acabando com o direito de não produzir prova contra si mesmo.
O sujeito terá que se submeter à intervenção corporal em duas situações distintas, sendo obrigado a fornecer material biológico para obtenção de seu perfil genético. Não o fazendo de maneira voluntária, o fará mediante coerção.
Apesar de a lei só mencionar em uma das hipóteses a obrigatoriedade da medida (Lei nº. 7.210/1984), entende-se que a negativa em fornecer o material biológico quando solicitado com fulcro na Lei nº. 12.037/2009 também autoriza a coercibilidade da coleta.
Foi inserido o parágrafo único ao artigo 5º, dispondo que a coleta de material ocorrerá quando “a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa”.
O pedido da autoridade policial deverá ser fundamentado, a fim de demonstrar a imprescindibilidade da coleta.[42] Ainda, cumpre à autoridade judiciária evidenciar a impossibilidade de obtenção da prova da autoria por método não invasivo, sendo a coleta dos dados genéticos ultima ratio, a fim de evitar a banalização do procedimento.
Ainda, a Lei nº. 12.654/2012 incluiu o artigo 5º-A na Lei nº. 12.037/2009, dispondo que os dados coletados e relacionados com a identificação criminal serão armazenados em um banco de dados de perfis genéticos, que será gerenciado por unidade oficial de perícia criminal.
Ademais, se verificada uma coincidência no curso de uma investigação criminal, deverá um perito criminal oficialmente habilitado consignar o laudo pericial para torná-lo válido. 
Por fim, a última alteração ocasionada pela Lei nº. 12.654/2012 à Lei nº. 12.037/2009 relaciona-se com o prazo para a exclusão dos perfis genéticos colhidos. O artigo 7º-A prevê que “a exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá no término do prazo estabelecido em lei para a prescrição do delito”.

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