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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – UPE – CAMPUS ARCOVERDE CURSO DE BACHARELADO EM ODONTOLOGIA Áurea Olívia Rodrigues Lopes Silva Havilla Kele de Almeida Silva Joany Alaíde Alencar Carvalho Músculos da Mastigação ARCOVERDE 2016 MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO São considerados quatro músculos pertencentes ao grupo da mastigação: três elevadores da mandíbula, que são o MASSÉTER, o TEMPORAL e o PTERIGÓIDEO MEDIAL, e um protrusor da mandíbula, o PTERIGÓIDEO LATERAL. Dois superficiais e de fácil palpação (masseter e temporal) e os outros dois são profundos (pterigóideos medial e lateral). Características: Promovem o movimento da mandíbula. Origem e inserção em ossos. Todos recebem inervação do nervo trigêmeo, através de sua raiz motora, o nervo mandibular. Sendo músculos esqueléticos. Revestidos por fáscia. Exercem forças (Contrações vigorosas). Nesse e-book você terá acesso a um resumo contendo as principais características, origem, inserção, ação, inervação e vascularização dos quatro pares de músculos da mastigação, além de uma tabela contendo um resumo sobre os músculos suprahióideos. 1 MÚSCULO MASSETER 1.1 Características: Músculo retangular, forte, espesso, recoberto pela fáscia massetérica, que contém e protege o músculo. O músculo masseter se estende do arco zigomático ao ramo da mandíbula, cobrindo quase todo o ramo, menos a parte do processo condilar. É dividido em dois feixes: Feixe Superficial: É a parte maior, localizado mais anteriormente e tem fibras oblíquas. Origem: Margem inferior do arco zigomático. Feixe Profundo: É a menor, localizado mais posteriormente e tem fibras verticais. Origem: Margem inferior e na face medial do arco zigomático. 1.2 Inserção: Ambas as partes se inserem nas Tuberosidades Massetéricas, no ângulo da Mandíbula. 1.3 Ação: Elevação da Mandíbula e pouca retrusão. 1.4 Inervação e vascularização: Nervo Massetérico, ramo do Nervo Trigêmeo. Vascularização da Artéria Massetérica. Imagem do Masséter: Representação de seus 2 feixes: 2 MÚSCULO TEMPORAL 2.1 Características: Tem forma de leque, coberto por uma fáscia muito densa, chamada fáscia temporal. Ocupa a fossa temporal. Apresentam três feixes: Anterior: Com fibras verticais. Médio: Contendo fibras oblíquas. Posterior: Com fibras transversais. 2.2 Origem: Na linha curva temporal inferior. 2.3 Inserção: No processo coronóide, presente no ramo da mandíbula. 2.4 Ação: O feixe anterior tem age elevando a mandíbula, o médio eleva e traciona a mandíbula para trás e o posterior retrui a mandíbula. 2.5 Inervação e vascularização: Nervos temporais, provenientes do ramo mandibular do V par de nervos cranianos. Vascularização das artérias temporais profundas, posterior e anterior. Imagem do Temporal: Representação dos seus 3 feixes: 3 PTERIGÓIDEO MEDIAL 3.1 Características: Músculo quadrangular, que se estende da fossa pterigóidea ao ramo da mandíbula. 3.2 Origem: Na fossa pterigóidea do processo pterigóideo do osso esfenoide. 3.3 Inserção: Nas tuberosidades pterigóideas, que estão na face interna do ângulo da mandíbula. *A porção final se entrelaça com as fibras do masseter formando a alça cervical. 3.4 Ação: Elevar a mandíbula e ligeira protrusão junto com o masseter. 3.5 Inervação e vascularização: Nervo Pterigoideo medial. Vascularização pelos ramos pterigoideos da artéria maxilar. Imagens do Pterigóideo Medial: 4 PTERIGÓIDEO LATERAL 4.1 Características: Músculo curto, estende-se de forma horizontal, formando um V. Vai do pterigoideo até a asa maior do osso esfenóide. Possui dois feixes: 4.2 Origem e Inserção: Superior: Sua origem na crista infratemporal da grande asa do esfenoide. Inserção na capsula da ATM, indiretamente no disco. Possui a ação de estabilizar o disco da mandíbula. Inferior: Origem na lamina lateral do processo pterigoideo. E sua inserção na fóvea pterigoidea do colo da mandíbula. Ação de rotação do côndilo e protrusão. 4.3 Ação: Os dois feixes levam a mandíbula para frente (propulsão) e ação de um só músculo, desloca para o lado oposto. E a ação alternada produz a lateralização, movimento de didução. 4.4 Inervação e vascularização: Nervo pterigoideo lateral. Vascularização pelos nervos pterigoideos da artéria maxilar. Imagens do Pterigóideo Lateral: Representação das inserções: Músculos Suprahióideos Esse grupo de músculos é composto por músculos pares (digástrico, milo-hóideo, gênio-hióideo e estilo hóideo) e unem o osso hióide ao crânio. Com exceção do estilo-hióideo, todos se ligam à mandíbula. São considerados músculos abaixadores e retrusores da mandíbula, portanto, antagonistas dos músculos da mastigação. Mas, de qualquer forma, colaboram na mastigação. Tabela com resumo dos Músculos Suprahióideos: Origem Inserção Ação Digástrico Ventre anterior: Fossa digástrica. Ventre posterior: Incisura mastoidea. Tendão intermediário que prende-se pela alça digástrica ao osso hioide. Elevação do osso hióide e abaixamento da mandíbula (abertura da boca). Retrair a mandíbula, junto com os pterigoideos laterais. Estilo-hióideo Processo estilóide. Corpo do osso hióide Elevação e retração do osso hióide Gênio-hióideo Espinha geniana inferior. Corpo do osso hioide. -mandíbula: eleva o hióide e soalho da boca durante a deglutição. -hióide: abaixador da mandíbula, tracionando- a para baixo e para trás-auxilia o ventre anterior do digástrico na abertura bucal inicial. Milo-hióideo Linha milo- hióidea Rafe milo-hióidea e corpo do osso hióide. -Sustenta e eleva o soalho da boca -Eleva a língua -Eleva o osso hióide e a laringe durante a deglutição -Move o osso hióide em direção anterior. Imagem dos Suprahióideos: Caso clínico Hipertrofia do músculo masseter: A hipertrofia do músculo masseter, também definida como hipertrofia benigna do músculo masseter ou hipertrofia idiopática do músculo masseter, é uma alteração relativamente rara, que consiste no desenvolvimento excessivo dessa musculatura, de etiopatogenia ainda não definida e que, na maioria dos casos, leva a um desconforto estético. Ao exame clínico, observa-se um aumento de volume em região de ângulo mandibular assintomático e de fácil delimitação, acometendo geralmente adultos jovens na 2ª e 3ª décadas de vida sem, no entanto, predileção por gênero. Pode ser ainda uni ou bilateral, onde a queixa de dor raramente ocorre. Em alguns casos, sensibilidade à palpação, incapacidade funcional devido à dor e queixa de desarmonia oclusal podem estar presentes, embora na maioria das vezes a queixa principal seja estética. O tratamento da hipertrofia do masseter pode ser realizado através de métodos cirúrgicos e não cirúrgicos. O tratamento cirúrgico envolve intervenções que são realizadas apenas na musculatura comprometida e/ou na estrutura óssea do ângulo mandibular. Saiba mais:http://revodonto.bvsalud.org/pdf/rctbmf/v13n4/a03v13n4.pdf Imagem de um indivíduo com Hipertrofia do Músculo Masséter: REFERÊNCIAS: MADEIRA, M. C. Anatomia da face: bases anatomofuncionais para a prática odontológica. 8. ed. São Paulo: Sarvier, 2012. RODRIGUES, D. C.; LAURIA, A.; MEDIROS, R. C. et al. Hipertrofia Unilateral do Músculo Masséter: Relato de Caso. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo- Fac., Camaragibe, v.13, n.4, p. 21-6, out./dez. 2013. SAMPAIO, G. Anatomia aplicada a Odontologia. Edupe, 2001. p 370.
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