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O Vale do Anhangabaú São Paulo está passando por grandes mudanças. A cidade é o motor econômico do Brasil e demonstra a urgente necessidade de promoção de ações coletivas, na construção das estratégias que irão qualificar seus espaços públicos. Um desses espaços é o Centro, região que se caracteriza pela grande oferta de empregos, comércio, serviço de transporte público, patrimônio histórico e equipamentos culturais. O projeto de reurbanização do Vale do Anhangabaú busca a construção de um conceito, que permita transformar a região em uma área animada, segura e atraente, redefinindo os significados de uso e qualificando os espaços urbanos. Um importante passo em direção ao direito à cidade, princípio que norteia o desenvolvimento das políticas urbanas municipais em busca da renovação das formas de uso destes importantes espaços. Principais Desafios Aspectos físicos como sinalização deficiente, dificuldade de orientação, ausência de bancos e barreiras criadas por escadarias, são alguns dos principais motivos pelos quais o Anhangabaú, apesar de sua localização estratégica, não consegue atrair mais pessoas. Consensos para o Anhangabaú Workshop II Como parte do processo do “Centro Diálogo Aberto”, a Prefeitura convocou arquitetos, planejadores, técnicos de diversas secretarias municipais e representantes da sociedade civil, para um segundo Workshop, com o objetivo de incluir o conhecimento disponível sobre o Vale e garantir a ampliação da participação popular no processo de construção da proposta. No último dia de trabalho, as contribuições desse encontro foram compiladas na forma de pontos consensuais, que guiaram o desenvolvimento da proposta. Os principais pontos de consenso foram: a inclusão de wi-fi grátis, mais árvores, bancas com diversas funções, cadeiras dobráveis, boa iluminação e recuperação da água na paisagem do vale. Melhorar os acessos Estratégia para a vida urbana 1 Para se tornar o coração da cidade, o Novo Anhangabaú precisa ser um lugar convidativo para todos: – Ter um piso contínuo, em superfície única, para garantir acessibilidade universal para todos os grupos de usuários – Estar integrado à toda a rede de ruas de pedestres do Centro – Permitir que os pedestres caminhem respeitando seu desejo de deslocamento – Evitar barreiras. – Garantir boas condições para o pedestre também nas ruas que dão acesso ao Vale. – Conduzir e fomentar o deslocamento de pedestres entre os terminais e estações de transporte público Respeito à escala humana Estratégia para a vida urbana 2 Um ambiente que respeite a escala humana, acrescentando à escala monumental do Vale unidades menores, convidativas para a vida urbana cotidiana, concentrando as pessoas junto ao térreo dos edifícios. – Boas e variadas oportunidades para sentar. – Um ambiente confortável do ponto de vista sensorial (visual, auditivo, olfativo, temperatura) – Mais verde e água para garantir um bom ambiente para o lazer – Campo visual desobstruído, atividades durante todas as horas do dia e todos os dias do ano, boa iluminação e atividades para todos os grupos de usuários garantindo um ambiente seguro Flexível e robusto Estratégia para a vida urbana 3 Atualmente o Vale do Anhangabaú recebe eventos quase diariamente. Apesar disso, não é possível identificar vida urbana cotidiana no local que, além dos eventos, não abriga muitas atividades. Para garantir que o Vale seja flexível e robusto o bastante, para facilitar tanto as atividades do dia-a-dia quanto os eventos, ele deverá ser: – Atrativo para a vida cotidiana convidando todos os grupos de usuários para o Vale oferecendo lazer, atividades físicas, compras, encontros, etc. – atrativo para a realização de eventos de todos os tamanhos, oferecendo uma superfície flexível que se ajuste às dimensões e necessidades de cada evento ou atividade. – Robusto para seu uso e fácil manutenção. – Adaptável ao clima e aos diferentes grupos de usuários ao longo do dia, semana e ano. Fachadas ativas e programação Estratégia para vida urbana 4 Para tornar o Vale do Anhangabaú um espaço público diverso e programado é importante: – Reativar as fachadas no térreo dos edifícios que contornam o Anhangabaú, dando apoio e criando vida ao longo das bordas do Vale. Lojas e restaurantes/cafés devem se apropriar e ocupar a zona próxima aos edifícios com mobiliário e atividades. – Acrescentar atividades por meio de uma ‘fachada secundária’ de bancas, quiosques e pavilhões com funções e serviços que interagem diretamente com as pessoas – Ativar o espaço como um todo, ao propor um desenho de mobiliário urbano e elementos que convidam as pessoas a passarem o tempo, fazer atividades físicas e jogar, tornando o Vale um local que atrai diversos tipos de usuários Programa para a vida urbana Planta do Programa Nesta Planta do Programa a abordagem foi definir em primeiro lugar que formas de vida urbana são desejáveis e então programar o espaço em função disso. As estratégias para conferir urbanidade ao Vale são fundamentais para o sucesso do programa proposto e foram incorporadas às propostas apresentadas. Proposta conceitual Camadas A proposta conceitual para o Vale pode ser dividida em seis camadas. Cada uma delas acrescenta elementos que dão suporte à implementação das estratégias para a vida urbana e da planta do programa. Seção transversal do programa Flexibilidade criada pela da água Um elemento flexível e atrativo A flexibilidade em ter uma superfície única e acessível é apoiada pelo elemento água. A água é organizada em diversas zonas, que podem ser controladas, ligadas e desligadas, de acordo com a necessidade, demanda e situação de uso do espaço. Tanto para as atividades cotidianas, quanto para dias de evento. Esse elemento é usado para facilitar a organização do espaço.
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