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RESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA, FAMÍLIA E TRABALHO

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA, A FAMÍLIA E O TRABALHO 4
3 conclusão 8
REFERÊNCIAS 9
1-INTRODUÇÃO
Produção textual individual desenvolvida como atividade avaliativa interdisciplinar abrangendo as disciplinas de Fundamentos, Sociologia, Ciência Política e Filosofia, que tem como tema gerador “A família e o trabalho na reestruturação produtiva”, com ênfase nas políticas públicas de emprego e deterioração das condições de vida da população.
Este trabalho se configura como uma pesquisa bibliográfica, que traz uma reflexão crítica fundamentada no texto de Lilia Montali,“Relação família-trabalho: reestruturação produtiva e desemprego”, e no texto de SIMÕES, & HASHIMOTO, “Mulher, mercado de trabalho e as configurações familiares no século XX”.
No escopo do trabalho, tratamos, inicialmente sobre a revolução industrial no Brasil, as mudanças na divisão do trabalho, nas políticas geradoras de emprego e outros embates sociais. Á partir dessa perspectiva, o estudo traz uma reflexão sobre a deterioração dos valores morais da sociedade, transgredindo a vida em família e a sobrevivência na Terra. 
Esta pesquisa e produção textual individual,visa oportunizar aos acadêmicos de Serviço Social uma discussão reflexiva a respeito da família e a sua nova configuração na sociedade contemporânea. 
2– REESTRUTURAÇÃOPRODUTIVA, A FAMÍLIA E O TRABALHO
A reestruturação produtiva se baseia na transformação dos meios de produção, ou seja, analisa as
transformações do mundo do trabalho. Aqui entendido como um conjunto de atividades realizadas por um indivíduo, ou grupo de indivíduos que visa o cumprimento de metas. 
As relações produtivas no Brasil mudaram muito desde a década de 1930, após o período da industrialização. O sistema de produção capital deixou de ser manufatureiro, quase artesanal, passando a ser industrializado, realizado com a ajuda de máquinas, gerando novos postos de trabalho e mudando as relações familiares, de consumo, enfim, de sobrevivência. É correto dizer que nesse período intensificou-seo processo de inovação produtiva, mas, mister evidenciar que essas mudanças não foram planejadas, sendo que o governo não construiu em paralelo com essas transformações estratégias para minimizar os problemas sociais gerados, como a deterioração dos postos de trabalho, inversão de papéis nos seios das famílias e deteriorização dos valores morais da sociedade contemporânea.
A reestruturação dos meios de produção transformou diversos setores da sociedade, incluindo as famílias.As mulheres passaram a ser utilizadas como mão-de-obra nas fábricas, passando a se fazer mais atuante no mercado de trabalho, com o objetivo de ajudar a sustentar a família.
Segundo Montali (2003) a reestruturação produtiva no país gerou um crescente aumento nas taxas de desemprego, levou à deteriorização dos postos de trabalho, interferindo na qualidade de vida das famílias.
Conceituar família, na sociedade contemporânea é algo complexo, não se limitando na relação entre homem, mulher e seus descendentes.
Nessa sociedade as famílias são constituídas por diversos grupos de pessoas consaguíneas e, muitas vezes, sem nenhuma consanguinidade. Segundo Simões & Hashimoto (2011, p. 5):
Se o conceito de família passou por transformações, os papéis do homem e da mulher também sofreram mudanças. O homem dos anos sessenta ainda estava distante da educação cotidiana de seus filhos e somente por volta dos anos oitenta se envolve espontaneamente.
Sobre essa questão familiar, Roudinesco (2003) apud. Simões & Hashimoto (2011, p.5) afirmam que:
A família não se dissolveu , mas somente passou por um processo de reformulação, possibilitando que as gerações e as famílias se reorganizassem de forma diferente, uma vez que, apesar de todas as alterações na forma de conceber e ver a família, esta instituição continua a ser até os dias de hoje objeto de desejo e reinvindicação das mulheres, homens e filhos independentemente da idade, orientação sexual ou condição social.
Novas relações familiares surgiram, os arranjos familiares para a manutenção do lar foram alterados, sendo que os papéis dentro do núcleo familiar sofreram mudanças, possíveis de serem identificadas por exemplo, quando se analisa um aumento significaivo no papel da muher como mantenedora do lar. Isso porque, a reestruturação produtiva e a divisão social do trabalho, levou ao aumentoda participação feminina no setor produtivo, lavando as famílias a repensar sua organização doméstica e econômica.
Segundo Montali (2003), observa-se que na década de 90, aconteceu a continuidade progressiva
desse padrão de arranjos familiares, de inserção da mulher no mercado de trabalho e, de mudanças nas relações familiares.Sendo assim é correto afirmar que a reestruturação do cenário econômico produtivo do país, contribuiu para uma significativa transformação na estrutura familiar e na organização social do trabalho. 
Aponta Montali (2003) que omovimento pela participação da mulher na linha produtiva do país foi crescente, na década de 90, com a reestruturação do trabalho, que resultou, também em situações de desemprego, na divisão e fragmentação dos postos de trabalho, em uma nova postura da mulher diante das relações sociais que estabelece com sua família e a sociedade em geral.Na visão de Montali (2003, p. 7), “enquanto a taxa de participação feminina cresce progressivamente, a dos homens, mais elevada, apresenta tendência de queda”. E, por isso, afirmaSimões & Hashimoto (2011, p. 7), “é cada vez mais expressiva a participação feminina no mercado de trabalho remunerado e em algumas situações chega a ser o principal suporte financeiro no orçamento familiar.
Destaca Fleck & Wagner (2003), Vanalli & Barham (2008), apud. Simões & Hashimoto (2011, p. 10):
A maior participação em atividades remuneradas implicou em mudanças no modo de vida de mulheres, especialmente no funcionamento da família brasileira, já que as mulheres passaram a compartilhar as responsabilidades pela manutenção financeira da casa, desencadeando uma redefinição dos padrões da hierarquia familiar.
Na visão de Simões& Hashimoto (2011, p. 7) a
reestruturação produtiva trouxe como consequência:
Redução na oferta de empregos e aumento da concorrência no mecado de trabalho. Com isso, os empregadores tiveram de diversificar seus empreendimentos para garantir sua permanência no mercado e a mulher pôde ingressar no âmbito profissional.
Essa reestruturação produtiva do trabalho elevou a taxa de desemprego do país e, também, promoveu a precarização das relações de trabalho. Tal situação complicou ainda mais devido a falta de planejamento do governo para diminuir o impacto desse novo modelo econômico na vida dos brasileiros, criando políticas de criação de emprego, ofertando cursos de capacitação e profissionalização, investindo na saúde, educação da população menos favorecida.
Nesse contexto, podemos apontar como um grane desafio da sociedade moderna, reconstruir os valores morais da sociedade, com base nos ditames do meio de produção capitalista, construindo relações sociais e familiares mais saudáveis. Pois se vivenciamos na atualidade uma nova ordem social que já se diferencia de tudo o que foi visto anteriormente na história, é de extrema importância o estudo e ainvestigação científica dessas novas relações sociaispara que sejam criadas as políticas sociais adequadas à solução dos problemas enfrentados pela sociedade brasileira. 
3- conclusão
Por reestruturação produtiva entendemos as mudanças ocorridas no sistema de produção vigente no país. Sendo que essas mudanças interferiram diretamente na organização social da população e das famílias, devido, principalmente,
a inserção das mulheres no mercado de trabalho, que deixou seus lares para atuar nas indústrias. 
A construção deste estudocontribuiu para aquisição de novos conhecimentos sobre o processo de industrialização, a divisão social do trabalhoe as mudanças sociais nas estruturas familiares. Através deuma reflexão crítica sobre o processo de industrialização,as lutas femininas para atuar no mercado de trabalho e sobre mudanças na organização familiar, com embasamento teórico das disciplinas ministradas no semestre. 
Concluímos que a reestruturação produtiva contribuiu para que mudanças significativas acontecessem na sociedade brasileira, e que a falta de planejamento do Estado, levou a situações de desemprego, desestruturação familiar e desconstrução de valores morais.Mas, também, colocou a mulher em condição de competir igualmente com os homens por melhores postos de trabalho e melhor remuneração.
REFERÊNCIAS
MONTALI, Lilia. Família e trabalho na reestruturação produtiva: ausência de políticas de emprego e deteriorização das condições de vida”. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-88392003000200013&script=sci_arttext>.Acesso em: 25 de setembro de 2014.
SIMÕES, Fátima Itsue Watanabe Simões. HASHIMOTO, Francisco. Mulher, mercado de trabalho e as configurações familiares no século XX. Disponível em:<http://www.ufvjm.edu.br/site/revistamultidisciplinar/files/2011/09/Mulher-mercado-de-trabalho-e-as-configura%C3%A7%C3%B5es-familiares-do-s%C3%A9culo-XX_fatima.pdf>. Acesso em: 25 de setembro de 2014.

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