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Universidade Federal da Paraíba – UFPB Centro de Ciências Sociais Aplicadas - CCSA Departamento de Finanças e Contabilidade - DFC Professora: Carla Janaina Ferreira Nobre Disciplina: Contabilidade Internacional DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO (RECENTE) DA CONTABILIDADE NO BRASIL 1500 1530 1549 1808 1809 1850 1867 1869 1902 1950 ... ... Década 1970 História RECENTE da contabilidade Criadas as primeiras alfândegas. Nomeado o primeiro contador geral. Abertura do comércio para as nações amigas e criação do Banco do Brasil. Começam as aulas de comércio. Criação do Código Comercial Brasileiro, que estabeleceu normas para procedimentos contábeis. Criado o IR. É estabelecida a profissão de guarda- livros, gerando a primeira profissão liberal no Brasil. Fundada a primeira escola de comércio. Por causa do desenvolvimento do mercado de capitais e a reforma bancária. A partir da década de 70: a) Obrigatoriedade de as companhias abertas terem suas demonstrações contábeis auditadas por auditores independentes; b) Publicação da Circular nº 179/72 pelo Banco Central do Brasil, padronizando a estrutura e forma de apresentação das demonstrações contábeis das companhias abertas; e c) Influência da escola norte-americana de contabilidade com o início do estudo sobre princípios contábeis e a promulgação da Lei nº 6.404/76 sob esta influência. 1976 1979 1987 1990 1993 Pesquisar como são atualmente chamados os princípios fundamentais de contabilidade e a explicação de cada um. EX. 1 AMBIENTE LEGAL E REGULAMENTAR DA CONTABILIDADE NO BRASIL A que tradicionalmente a contabilidade brasileira era vinculada? ◦ Legislação; ◦ Regulamentação por organismos governamentais. A contabilidade tinha forte vinculação com a ESCRITURAÇÃO. E os princípios? Quando surgiram? 1972 1981 1993 2010 Pesquisar qual (quais) CPC („s) traz (em) os conceitos de custo histórico, custo corrente, valor realizável, valor presente e valor justo. Trazer as definições escritas. EX. 2 EDUCAÇÃO E CONTABILIDADE NO BRASIL INFORMAÇÃO QUALIDADE DA EDUCAÇÃO Para você o curso de ciências contábeis é de qualidade? Qual o seu papel nisso? Qual a primeira escola a ministrar curso de contabilidade no Brasil? Influência da escola italiana até meados da década de 70 ou até a vigência da Lei 6.404/76. Esta Lei estabeleceu critérios e procedimentos contábeis predominantemente influenciados pela escola norte-americana de contabilidade. Atualmente, estão autorizados a funcionar no país 27 programas de Pós-Graduação em contabilidade. MESTRADO ACADÊMICO E PROFISSIONAL (26) FECAP (SP) A FUCAPE (RJ) P UFPE (PE) A UNB (DF) A FUCAPE (ES) A UFBA (BA) A UFPR (PR) A UFU (MG) A FURB (SC) A UNICHAPECÓ (SC) A UFRJ (RJ) A USP (SP) A MACKENZIE (SP) P UFES (ES) A UFRN (RN) – MULTI A USP-RP (SP) A PUC-SP (SP) A UFMG (MG) A UFSC (SC) A FUCAPE (ES) P UEM (PR) A UFPB (PB) - MULTI A UFRPE (PE) A UFRN (RN) A FIPECAFI (SP) P UFPB (PB) A DOUTORADO ACADÊMICO (13) FUCAPE – Ciências Contábeis UnB – Contabilidade – UNB/UFPB/UFRN UFU – Ciências Contábeis USP – Contabilidade e Controladoria FURB – Ciências Contábeis UFRJ – Ciências Contábeis UFSC – Contabilidade UFPE– Ciências Contábeis UFPB – Ciências Contábeis UFPR – Controladoria e Contabilidade UFPB - Contabilidade – UNB/UFPB/UFRN UFRN - Contabilidade – UNB/UFPB/UFRN USP/RP – Controladoria e Contabilidade Pesquisar uma notícia recente sobre a contabilidade, de preferência algum padrão internacional. OBS.: Sugestão de pesquisa: http://ifrsbrasil.com/ http://portalcfc.org.br/ EX. 3 DESENVOLVIMENTO DO MERCADO DE CAPITAIS E DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E SEUS REFLEXOS NA CONTABILIDADE O desenvolvimento histórico do mercado financeiro e o de capitais do Brasil tiveram início nos meados da década de 60, quando foram instituídas duas legislações básicas: a) Lei da Reforma Bancária (Lei nº 4.595, de 31.12.64) b) Lei do Mercado de Capitais (Lei nº 4.728, de 14.7.65). Lei da Reforma Bancária (Lei nº 4.595, de 31.12.64): • Antes dessa lei, os órgãos responsáveis pela gestão da política monetária, de crédito e de finanças públicas concentravam-se no Ministério da Fazenda, na Superintendência da Moeda e do Crédito e no Banco de Brasil. Lei do Mercado de Capitais (Lei nº 4.728, de 14.7.65). • Decreto-lei nº 157/1967: previa a redução do Imposto de Renda a pagar de pessoas físicas e jurídicas desde que comprovada sua aplicação em fundos de investimento administrados por bancos e instituições financeiras autorizadas. • E as pessoas investiram logo no mercado de ações? • Entre 1966 e 1971: o mercado primário cresceu a uma taxa média anual de aproximadamente 53% em termos reais, mas esse crescimento trouxe também para as bolsas empresas de todos os tipos e milhares de investidores despreparados, com intenção de fazer fortuna rapidamente. Lei do Mercado de Capitais (Lei nº 4.728, de 14.7.65). • Entre 1966 e 1971: marcado também pelo início do elevado endividamento externo com captação de recursos do exterior por meio da Lei nº 4.131/62 e repasses via Resolução nº 63/69. Tais recursos foram aplicados parcialmente em obras de retorno duvidoso, como a Transamazônica, entre outras. • Entre 1964 e 1973: aparentemente a inflação se encontrava sob controle, e esse período foi caracterizado, principalmente no início da década de 70, como a era do “milagre econômico”, sob comando do Governo Militar, sendo que as taxas de crescimento anuais beiravam 8% em termos reais, atraindo interesse de investidores externos. Lei do Mercado de Capitais (Lei nº 4.728, de 14.7.65). • A Lei nº 6.385/76 e a criação da CVM visavam fortalecer o funcionamento regular e eficiente do mercado de valores mobiliários a fim de dotar o investidor brasileiro de suficiente confiança para aplicar seus recursos com perspectivas de investimento compatíveis com o nível de risco a assumir. • Os anos 80 foram os piores para a economia: elevada inflação e diversas tentativas de combate a ela, resultando na primeira moratória (1985) e, como consequência, na repercussão internacional negativa desta medida. Lei do Mercado de Capitais (Lei nº 4.728, de 14.7.65). • Fatos marcantes da década de 80: a. Queda do regime militar e restabelecimento da democracia com eleição de novo presidente civil; b. Nova Constituição Federal, em 1988; e c. Criação dos bancos múltiplos. Lei do Mercado de Capitais (Lei nº 4.728, de 14.7.65). • Década de 90: crescimento da importância do mercado de capitais no Brasil. • 1991 US$ 386 milhões 1993 e 1996 US$ 3,3 bilhões • 1996: a Bolsa Mercantil e de Futuros (desde 2008, com a integração entre BM&F e Bovespa passou a denominar-se BM&F Bovespa S.A.) chegou a ocupar o 3º lugar no ranking mundial em termos de volume negociado, caindo para o 4º lugar no ano seguinte. As 14 maiores bolsas de valores do mundo NYSE (Nova Iorque - EUA) TORONTO STOCK EXCHANGE (Toronto - Canadá) NASDAQ (Nova Iorque - EUA) BM&F BOVESPA (Brasil) TOKYO STOCK EXCHANGE (Tóquio - Japão) AUSTRALIAN SECURITIES EXCHANGE(Sidney - Austrália) LONDON STOCK EXCHANGE (Londres - EUA) DEUTSCHE BORSE (Alemanha) SHANGHAI STOCK EXCHANGE (Shanghai - China) SIX SWISS EXCHANGE (Zurique - Suíça) HONG KONG STOCK EXCHANGE (China) SHENZHEN STOCK EXCHANGE (China) EURONEXT (Amsterdã – Holanda) FRANKFURT STOCK EXCHANGE (Alemanha) Lei do Mercado de Capitais (Lei nº 4.728, de 14.7.65). • A retração do mercado, verificada a partir de 1996, é explicada por dois fatores: a) A instituição e posterior aumento da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira); e b) As altas taxas de juros, que tornaram os investimentos de risco em renda variável. • E os impactos do plano real? Pesquisar o que são sociedades anônimas e sociedades por quotas de responsabilidade limitada. EX. 4 ESTRUTURA EMPRESARIAL NO BRASIL Empresas brasileiras dividem-se em 2 grandes grupos, de modo geral: a) Sociedades anônimas: podem ser de capital aberto (sujeitas ao controle e fiscalização da CVM) e de capital fechado (normalmente pertencentes a grupos familiares ou econômicos); b) Sociedades por quotas de responsabilidade limitada. Sociedades anônimas: a) Têm responsabilidade legal de publicar demonstrações financeiras na forma da lei societária; b) Ter conselho fiscal; c) Atender aos requisitos quanto à transparência de seus atos (aumento de capital, alteração dos membros da diretoria, entre outros). Sociedades anônimas de capital aberto: obrigadas a publicar anualmente, e remeter trimestralmente para as Bolsas de Valores e a Comissão de Valores Mobiliários as seguintes demonstrações financeiras: 1. Balanço Patrimonial; 2. Demonstração do Resultado do Exercício; 3. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; 4. Demonstração dos Fluxos de Caixa; 5. Demonstração do Valor Adicionado; 6. Demonstração dos Resultados Abrangentes; 7. Notas Explicativas. Sociedades anônimas de capital fechado: obrigadas a publicar as seguintes demonstrações financeiras: 1. Balanço Patrimonial; 2. Demonstração do Resultado do Exercício; 3. Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados; 4. Demonstração dos Fluxos de Caixa (Obrigatório somente para as companhias de capital fechado que tiverem PL>2 milhões); 5. Notas Explicativas. OBS.: Tais companhias NÃO estão sujeitas a auditoria independente. Sociedades por quotas de responsabilidade limitada: NÃO são obrigadas a publicar demonstrações financeiras de qualquer espécie, ou seja, não prestam qualquer tipo de informação quanto ao seu desempenho operacional ou econômico-financeiro. OBS.: As companhias de grande porte estão sujeitas à auditoria independente. DESENVOLVIMENTO DA AUDITORIA NO BRASIL A auditoria passou a ter importância a partir da década de 70, quando as companhias abertas passaram a ter suas demonstrações financeiras obrigatoriamente auditadas por auditores independentes. Antes disso, a auditoria era feita pelas seguintes razões: a) Atendimento de exigências estatutárias; b) Exigências de consolidação de balanço para subsidiária brasileira de empresas multinacionais no exterior; e c) Obtenção de crédito junto a instituições financeiras oficiais ou privadas. Atualmente, além das companhias abertas, outras atividades regulamentadas pelo Governo Federal, usualmente aquelas que captam ou administram recursos de terceiros, ou que prestam serviços de utilidade pública, também estão sujeitas à obrigatoriedade de ter auditoria independente: a) Bancos e instituições financeiras equiparadas, segundo normas do Banco Central do Brasil; b) Seguradoras, segundo normas da Superintendência de Seguros Privados do Brasil; c) Empresas de previdência privada, segundo normas da Secretaria de Previdência Complementar; d) Empresas de telefonia, segundo normas da Agência Nacional de Telecomunicações; e e) Empresas de energia elétrica, segundo normas da Agência Nacional de Energia Elétrica. Qual empresa responsável pelos profissionais de auditoria? IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. Para atuar como auditor independente, o profissional precisa: a) Ser bacharel em Ciências Contábeis; b) Ser registrado no CRC do seu Estado na categoria contador; OBS 1: Existem alguns setores, como: companhias abertas, instituições financeiras, seguradoras, planos de saúde ou sociedades sem fins lucrativos, (a partir de determinado valor de receita bruta anual) que só podem ser auditados por profissionais com cadastro na CVM. OBS 2: A auditoria independente é uma profissão que exige muita qualificação prática e teórica, através do cumprimento da educação continuada, para que possa ser corretamente exercida. As 04 maiores empresas de auditoria independente do mundo Ernst & Young Deloitte Price KPMG De forma geral, os padrões de auditoria adotados pelas empresas de auditoria independente brasileiras são substancialmente semelhantes aos adotados pelo American Institute of Certified Public Accountants (AICPA) e pelo International Federation of Accountants (IFAC). Pesquisar sobre os organismos: 1. IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil; 2. AICPA – American Institute of Certified Public Accountants; 3. IFAC – International Accounting Standards Board. OBS.: Sugestão de pesquisa: http://www.ibracon.com.br http://www.aicpa.org http://www.ifac.org EX. 6 PROFISSÃO CONTÁBIL NO BRASIL Destacam-se dois organismos responsáveis pela regulamentação e fiscalização da profissão (contabilidade e auditoria) no Brasil: a) Conselho Federal de Contabilidade (CFC); b) Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON). Conselho Federal de Contabilidade (CFC): • É um órgão representativo da classe contábil brasileira, criado pelo Decreto-lei nº 9.295/46 com o objetivo de orientar, normatizar e, principalmente, fiscalizar o exercício da profissão contábil. • Exame de suficiência: a) Antes de 1999: obtenção do título de contador sem o exame. b) Entre 1999 até 2004: realização de exame 2 vezes ao ano. c) Entre 2005 até 2010: obtenção do título de contador sem o exame. d) A partir de 2011: realização de exame 2 vezes ao ano. Conselho Federal de Contabilidade (CFC): • Estabeleceu norma para educação continuada aplicável aos auditores independentes, que devem comprovar participação em eventos ou atividades: a) Cursos, seminários, conferências, simpósios, cursos de pós-graduação (especialização/mestrado/doutorado); b) Docência em graduação ou pós-graduação; c) Participação em comissões técnicas relacionadas com a profissão contábil; e d) Produção intelectual por meio de publicação de artigos, em revistas nacionais e internacionais. Conselho Federal de Contabilidade (CFC): • Por volta de 1996, o CFC, de forma mais atuante, recriou seu Grupo de Trabalho voltado para desenvolver Normas Brasileiras de Contabilidade (o primeiro Grupo foi criado em 1981), constituído por representantes de diversos órgãos reguladores do país, como Banco Centraldo Brasil, Comissão de Valores Mobiliários, Superintendência de Seguros Privados, Secretaria da Receita Federal, Secretaria do Tesouro Nacional, Secretaria Federal de Controle, além do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. Conselho Federal de Contabilidade (CFC): • O objetivo principal deste Grupo de Trabalho era o de harmonizar normas contábeis no âmbito nacional, editadas por órgãos com competência legal e regulamentar para tanto, mediante a edição das normas brasileiras de contabilidade, em conformidade com as normas internacionais de contabilidade editadas pelo IASB.
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