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HIGIENE, SEGURANÇA E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
RESUmo
A competitividade que adveio da globalização, principalmente após os anos 1990 do século passado, fizeram com que as organizações buscassem, cada vez mais, obter a satisfação de seus clientes com o propósito de, se não conquistar maiores fatias de mercado, pelo menos, garantir sua perenidade. Neste sentido as empresas passaram a investir em novas tecnologias e a aprimorar seus sistemas de gestão. Contudo ao mesmo tempo em que as organizações passavam a enfrentar um quadro novo em um mundo incerto, as pessoas e os governos, praticamente de todos os países, começaram a se conscientizar que esta busca por novos produtos e novos mercados necessitava ser guiada por aspectos éticos, pelo respeito ao meio-ambiente e pelo bem-estar de seus colaboradores. Com base em uma visão mais centrada no Ser Humano as empresas, nas duas últimas décadas, desenvolveram Sistemas de Gestão quer sejam de qualidade, meio-ambiente, saúde e segurança no trabalho e responsabilidade social que priorizaram a empresa como agente social de mudanças profundas nas sociedades em que atuam e como resultado desta integração houve um incremento de qualidade e produtividade no meio empresarial brasileiro e mundial, uma maior conscientização do planeta perante o meio-ambiente e a necessidade de que todos os atores sociais tenham uma posição focada na Responsabilidade Civil com todas as partes interessadas, inclusive, aspectos ambientais e sociais. Neste trabalho de conclusão de curso, temos como principal proposta, demonstrar a importância do atendimento aos requisitos legais e regulatórios da legislação de saúde e segurança no trabalho sob o contexto da Norma OHSAS 18001:2007 em uma empresa qualquer que seja seu porte e seu campo de atuação. 
Palavras-Chaves: sistema de gestão de saúde e segurança no trabalho. atendimento aos requisitos legais e regulatórios da legislação de saúde e segurança no trabalho. OHSAS 18001:2007. 
INTRODUÇÃO
 A globalização e a abertura do mercado brasileiro ocorrido no inicio da década de 90, provocaram nas organizações a sua exposição à concorrência internacional. Em função deste fato as empresas têm buscado, cada vez mais, obter a satisfação de seus clientes com o propósito de, se não conquistar maiores fatias de mercado, pelo menos garantir sua perenidade. Nesta contextualização obter a satisfação dos clientes passa, inexoravelmente, pela satisfação dos clientes internos e, neste sentido, as empresas vêm investindo em Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança no trabalho como uma ferramenta para a melhoria do desempenho social e operacional da empresa obtendo, por conseguinte, a melhoria do resultado financeiro da organização. 
 O investimento em Sistemas de Gestão da Saúde e Segurança no trabalho possibilita, no mínimo, dois tipos de resultado, ambos, amplamente positivos. Como primeiro bom resultado, podemos afirmar que, o investimento em Saúde e Segurança no trabalho é decisivo para a rentabilidade da empresa, uma vez que, reduz os riscos de acidentes, promove a saúde e satisfação dos trabalhadores, melhora os resultados operacionais e a imagem da organização perante a sociedade, além de criar novas oportunidades de crescimento no mercado. Como segundo bom resultado, podemos afirmar que, o crescente nível de conscientização e organização da sociedade tem imputado a estas organizações requisitos legais cada vez mais rigorosos. 
 De acordo com Brown (1995), “estudos mostram que a preocupação das empresas com a saúde e segurança no trabalho vem crescendo nos últimos anos e muitas delas citam a redução do número de acidentes e doenças ocupacionais como um de seus maiores desafios”. Segundo Quelhas, Alves e Filardo (2003), “a melhoria na saúde e segurança no trabalho, além de aumentar a produtividade, reduz o custo do produto final, pois diminui as interrupções do processo, o absenteísmo e os acidentes e doenças ocupacionais”. Além do custo humano, o maior e mais violento custo, acidentes e doenças do trabalho impõem prejuízos financeiros aos indivíduos, aos empregadores e a sociedade em geral.
 No Brasil, a Portaria 3214 de 08 de Junho de 1978 aprova as normas regulamentadoras, NR do capítulo V, título II, da Consolidação das leis do Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho. 
 Este artigo tem como principal objetivo avaliar o impacto da legislação de saúde e segurança no trabalho sob o contexto da Norma OHSAS 18001:2007 desenvolvida a partir de uma abordagem teórica.
 As empresas, no Brasil, tem recorrido ao modelo de Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho baseado na norma OHSAS 18001, sendo que, isso tem sido um requisito de fornecimento em vários segmentos do mercado brasileiro. Em determinados segmentos, ter um sistema de gestão certificado e reconhecido internacionalmente é condição inicial para participar no processo de fornecimento. 
O presente trabalho define que a partir da aplicabilidade da legislação de SST em uma organização de qualquer porte e qualquer ramo de atividade é possível desenvolver um sistema de gestão de saúde e segurança no trabalho com base nos princípios da Norma OHSAS 18001:2007 objetivando a redução de riscos e perigos pertinentes ao trabalhador e a prevenção de lesões e doenças ocupacionais. 
DESENVOLVIMENTO
Aspectos gerais da segurança no trabalho
Segurança no trabalho, segundo o professor Luíz H. Sassaki, “pode ser entendida como o conjunto de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador”.
A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil toda a legislação para Saúde e Segurança do Trabalho é oriunda das Convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Em 1943, o Governo Brasileiro decidiu inserir todas as Convenções da OIT, por ele sancionadas, na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e àquelas Convenções OIT que tratavam de saúde e segurança no trabalho foram direcionadas ao Capítulo V (CLT). Em 1978, todo o Capítulo V da CLT (SSO) foi regulamentado a partir de uma Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego, a de número 3.214, de 08/06/1978. Essa Portaria tornou regulamentar as Normas Regulamentadoras, NRs, sobre Saúde e Segurança no Trabalho. 
Há ainda outras leis complementares, como portarias e decretos e também as Convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil (que ainda não viraram Leis), estabelecidas por outros Órgãos do Governo Brasileiro, além do Ministério do Trabalho e Emprego, tais como, Ministério da Saúde, Ministério da Previdência e Assistência Social, Ministério dos Transportes, ANVISA e outros. No site do MTE, portal.mte.gov.br/legislacao/, constam todas as legislações prevencionistas de SSO no Brasil.
O principal objetivo da legislação de SSO é prevenir os acidentes e esta é uma das melhores maneiras de diminuição de custos nas empresas evitando perdas com acidentes, produtividade, motivação pessoal e ainda, provável futuras complicações legais. Investir em Segurança do Trabalho também vai aumentar o grau de conscientização dos trabalhadores. Fazer treinamento de Segurança do Trabalho vai melhorar o relacionamento entre eles. Se nunca ocorreu um acidente não quer dizer que nunca irá ocorrer, portanto, melhorias em Segurança do Trabalho é investimento. 
Em países desenvolvidos as medidas preventivas e de segurança ultrapassam os muros das empresas e ganham caráter social e coletivo sendo aplicadas e praticadas pela maioria de seus cidadãos, ao passo em que, nos países em desenvolvimento ainda são largamente inexistentes ou ignoradas nas empresas e, principalmente pelos cidadãos na sociedade. Um exemplo notável foi ao dado ao mundo, por exemplo, pelo Japão que em apenas 24horas colocou os serviços públicos em atividade após o catastrófico “tsunami” ocorrido em março de 2011. Em países em desenvolvimento a legislação apresenta, ainda, certos absurdos como compensação monetária pela exposição ao risco (periculosidade, insalubridade), fazendo com que empregados e empregadores concentrem suas atenções no “custo” da exposição e não na eliminação da mesma.
O Eng. Marcos Bohac Vedovello em seu artigo “Investir na Segurança: Despesa ou Receita” definiu alguns fatores que limitam a conscientização em Segurança do Trabalho, ou seja,
“1.) Baixa Valorização da Vida – a morte por acidente é tão freqüente, que consiste em fato natural”;
“2.) A nossa Legislação ainda é deficiente, omissa e burocratizante e a fiscalização, inexistente e corrupta em muitas situações”;
“3.) Baixo nível cultural e alto nível de crença no inevitável e na comunicação com o “mundo divino”;
“4.) Alto grau de confiança – nada vai dar errado e no final tudo vai dar certo”;
“5.) Visão obtusa – Usar cinto de segurança apenas para evitar ser multado”;
“6.) Baixo grau de expectativa – se um indivíduo mora em uma favela e sobrevive diariamente a balas perdidas, porque haverá de usar um dispositivo de segurança para reparar uma janela a 10 metros de altura?”;
“7.) Baixo grau de planejamento – só sobra tempo para fazer o que dá dinheiro”;
“8.) Falta de recursos monetários – os recursos são suficientes só para a gasolina e não sobram para a manutenção do carro”;
“9.) Mentalidade empresarial obtusa – os recursos devem ser canalizados para atividades diretamente produtivas”;
“10.) Mentalidade empresarial ainda irresponsável – fica mais barato não fazer nada e gastar somente quando algo acontecer”.
Histórico da saúde e segurança no trabalho
Desde a Antiguidade o homem teve sua integridade comprometida pelos acidentes originados da caça aos animais, da pesca e das guerras, que se constituíam nas principais atividades de sua época. Á medida que o homem progredia saindo da obscuridade das cavernas e indo viver como artesão, descobrindo minérios e os metais, continuava a ter suas atividades produtivas comprometidas pelos diversos acidentes de trabalho e doenças que o acometiam provocadas pelas atividades laborais que desempenhava e pelos próprios materiais que utilizava. Ao longo da história da civilização humana percebe-se claramente que, em todas as atividades desenvolvidas pelo gênero humano rumo ao progresso da sociedade, uma série de riscos em potencial, frequentemente concretizados em lesões afetaram a integridade física do homem comprometendo sua saúde e diminuindo sua produtividade. 
Conforme bem afirmaram Ansell e Wharton (apud ALBERTON, 1996), “o risco é uma característica inevitável da existência humana. Nem o homem, nem as organizações e sociedade aos quais pertencem podem sobreviver por um longo período sem a existência de tarefas perigosas.”
Alberton (1996) comenta:
O início da Revolução Industrial em 1780, a invenção da máquina a vapor por James Watts em 1776 e do regulador automático de velocidade em 1785, marcaram profundas alterações tecnológicas em todo o mundo. Permitindo a organização das primeiras fábricas modernas e Indústrias, o que significava uma revolução econômica e social também acarretou os primeiros acidentes de trabalho e as doenças profissionais, que se alastravam e tomavam proporções alarmantes.
A Revolução industrial marca uma um “rito de passagem” de um mundo rural para um mundo que começa a nascer para uma sociedade industrial e mecanizada. É claro que, no inicio, este rito de passagem é caracterizado pelo grande número de acidentes de trabalho e pela pouca ou quase nenhuma preocupação com a saúde e a segurança do trabalhador. 
Entretanto pela dimensão alarmante que os acidentes de trabalho se intensificam e se propagam pelo mundo todo se começa a ter a preocupação de buscar alternativas para refreá-los. Identifica-se que os acidentes, em sua grande maioria, são provocados por substâncias e ambientes inadequados, em função das condições subumanas que as atividades se desenvolviam gerando um exército de mutilados e doentes. Esta situação vai perdurar até a Primeira Guerra Mundial, ainda que, surgem algumas melhorias através do aparecimento de trabalhadores mais capacitados para manusear equipamentos que necessitam de maior proteção e melhor qualidade. 
 Esta situação se perdura ao longo dos anos até a Segunda Grande Guerra Mundial quando se percebe que o diferencial para determinar o país e/ou países que irão vencer a contenda é a quantidade de trabalhadores em produção ativa. Para que estes trabalhadores estejam em produção ativa é fundamental que os mesmos não estejam sujeitos a lesões e/ou doenças que os deixe incapacitados e desta maneira começa a ganhar corpo o movimento prevencionista. 
 Desta maneira a Higiene e Segurança no Trabalho transformam-se, definitivamente, em uma função importante nos processos produtivos. Conforme afirma Alberton (1996), “um dos primeiros e significativos avanços no controle e prevenção de acidentes foi a Teoria de Controle de Danos concretizada nos estudos do Bird e complementada pela Teoria Total de Perdas de Fletcher”. 
 Através da Engenharia de Segurança de Sistemas, desenvolvida por Hammer, surgem às técnicas de análise de riscos com o que há de melhor em prevenção. O homem passa a ser o ponto central de todos os elementos que rodeiam o sistema produtivo e, em uma visão mais holística, o homem é visto como beneficiário de uma melhor qualidade de vida, do respeito ao meio-ambiente e da preservação à natureza. 
 Um bom exemplo de que nada disso foi levado em consideração foi a construção da estrada de ferro Madeira Mamoré onde por cinco décadas, desde seu início até a sua finalização em 1912 milhares de pessoas enfrentaram muitas adversidades (doenças, medo e até a morte). Estima-se que mais de 5.000 pessoas morreram por ataques de índios, doenças, moléstias desconhecidas, ataques de animais selvagens, etc, ou seja, o ser humano não foi levado em consideração nessa construção, o que, nos dias de hoje é inadmissível.
A OHSAS – Ocuppation Health and Safety Assessment Series – “Serviços de Avaliação de Saúde e Segurança No trabalho” foi criada em 1998 quando um grupo de Organismos Certificadores (BSI, BVQI, Lloyd’s Register) e um grupo de entidades nacionais de normalização da Irlanda, Austrália, África do Sul, Espanha e Malásia se reuniram na Inglaterra com a finalidade de desenvolver aquela que seria a primeira Norma para certificação de Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança No trabalho. 
 Em 1996 foi criada uma norma para os Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança No trabalho e denominada OHSAS 18001:1996 que foi desenvolvida a partir de estudos sobre a BS 8800 (Bristish Standard) para ser entendida como sendo uma especificação. No mesmo momento foi apresentada a OHSAS 18002:1996 que se tratava de um guia de diretrizes que orienta em detalhes os princípios da especificação de sua co-irmã auxiliando na compreensão e na sua implementação. 
 Rapidamente a norma OHSAS 18001 se expandiu pelo mundo em função de alguns motivos, tais como,
 a representatividade dos organismos certificadores que atingem 80% do mercado mundial de certificação que a tornaram conhecida.
 o objetivo da norma em fornecer às organizações elementos de um sistema de gestão eficaz que pode ser integrado a outros modelos de gestão.
 o modelo de redação do texto normativo compatível com qualquer empresa, de qualquer porte, de qualquer segmento e de qualquer tipo sem se prender a condições geográficas, culturais e sociais.
Entretanto em função da dinâmica da economia mundial e também com a crescente adesão a este padrão de referência tornou-se necessária a sua revisão que se iniciou em novembro de 2005 através de um grupo de trabalho que se instalou, primeiramente, em Madrid, capital da Espanha. A revisão inicial teve seu “draft” publicado para consulta pública em janeiro de 2006. Após a análisecrítica dos 500 comentários recebidos do “draft 1”, este grupo de trabalho publicou o “draft 2” que foi validado na China em março de 2007 passando a valer, a nível mundial, a partir de 1˚ de julho de 2007. Uma das principais alterações desta norma, nesta revisão, foi o fato de que ela passou a se referir a si mesma como padrão e não como especificação. Isto demonstra a crescente adoção deste padrão de referência como sendo uma base para um padrão nacional de sistemas de gestão da saúde e segurança no trabalho. Além disso, a norma OHSAS 18001:2007 é compatível com as normas ISO 14001:2004 e 9001:2008, incluindo modernos e comprovados conceitos de saúde e segurança no trabalho e traz uma melhor definição de seus termos e conceitos. 
 Desta maneira, implementar a OHSAS 18001:2007 não é uma garantia de que não ocorrerão acidentes que possam colocar em risco a saúde dos trabalhadores, no entanto, é uma postura aceita mundialmente, além de uma maneira prática de entregar um ambiente de trabalho melhor e melhorar continuamente esse ambiente através de um sistema de gestão completo. A adoção da norma OHSAS 18001:2007 pode ser entendida com um padrão formal visando à redução de riscos associados com a saúde e a segurança no trabalho no ambiente de trabalho para colaboradores, clientes e o público em geral.
CONCLUSÃO
Nos últimos trinta anos as empresas mundiais e as brasileiras, em particular, têm-se transformado muito em função de novos métodos de gerenciamento e em função de novos cenários que trazem consigo globalização, competitividade e uma busca contínua pelo conceito de cidadania. Este conceito de cidadania passou a ser solicitado por todos os agentes sociais em todas as esferas da sociedade. A comunicação, uma verdadeira aldeia global, vem reduzindo as diferenças sociais, de maneira que, os segmentos ditos sociais sejam diferenciados pelo poder aquisitivo e não mais tanto pelas diferenças culturais. Cidadania é um conceito que ultrapassa todas as diferenças sociais e é cultivado pelos atores sociais em todos os níveis e em todos os segmentos.
As organizações como atores sociais em um contexto empresarial, obrigatoriamente, devem estar em paralelo com esta que vem sendo tratada pela ciência como a “quarta-onda”, a sustentabilidade empresarial, e em relação a este trabalho de conclusão de curso, que visa demonstrar a aplicabilidade da legislação de saúde e segurança no trabalho no contexto da OHSAS 18001:2007, sustentabilidade empresarial enquanto sustentabilidade cidadã requer que as organizações busquem cumprir na sua integridade a legislação aplicável a seu negócio em seu contexto de saúde e segurança no trabalho. 
As organizações de alta performance tem hoje uma visão mais humanista tendo o Ser Humano no centro do contexto da visão de Saúde e Segurança No trabalho e, parodiando o que foi dito na introdução, “o investimento em SSO é decisivo para a rentabilidade das empresas, uma vez que, reduz os riscos de acidentes, promove a saúde e satisfação dos trabalhadores, melhora os resultados operacionais e a imagem da organização perante a sociedade, além de criar novas oportunidades de crescimento de mercado. Como segundo bom resultado, podemos afirmar que, o crescente nível de conscientização e organização da sociedade tem imputado a estas organizações requisitos legais cada vez mais rigorosos”. 
A busca pela excelência na aplicabilidade da legislação de SSO é condição básica para uma organização atender aos postulados da Norma OHSAS 18001:2007 pelas empresas. Esta norma tem como objetivo não apenas oferecer uma certificação em sistemas de gestão de saúde e segurança no trabalho, mas, assegurar as empresas que a aplicam uma condição diferenciada em relação ao mercado. Uma condição básica, mas, que hoje é fundamental para assentar uma diferenciação que pode ser percebida pelo mercado como prática de uma empresa cidadã. Infelizmente os gestores atuais (donos de empresas, diretores, presidentes, etc) não possuem conhecimento suficiente para entender a importância de um sistema de gestão voltado para a saúde e segurança no trabalho e que investir nisso é a melhor forma de se prevenir situações indesejáveis futuramente. Muitos desses gestores até “discursam” a respeito da importância de um sistema de gestão, porém, na prática, a história muda de figura. Não assumem suas responsabilidades diante do sistema de gestão e como consequência, os recursos não são alocados e liberados de forma adequada. No passado a preocupação dos gestores era somente com a produção, sem levar em conta o trabalhador, o que importava eram os números no final do mês. Hoje em dia esses números continuam sendo importantes, porém, o trabalhador e seu ambiente de trabalho também é levado em consideração e é sabido que se essa combinação for positiva, os resultados são ainda melhores e para isso é fundamental estarmos alinhados com as melhores práticas, as melhores ferramentas e somente através do estudo podemos conseguir isso. 
Por fim, em conclusão, esperamos ter demonstrado não, apenas, a efetiva contribuição da aplicabilidade da legislação de saúde e segurança no trabalho para o enriquecimento da sociedade em termos de cidadania e preservação do ativo humano das organizações em condições saudáveis, mas, também a contribuição da aplicação da legislação para a obtenção da certificação na Norma OHSAS 18001:2007, premissa básica para a diferenciação das organizações em uma sociedade que busca, agora e daqui para frente, a busca da cidadania como fonte de diferenciação em sua gestão de negócios. 
REFERÊNCIAS
ALBERTON, A. Uma metodologia para auxiliar no gerenciamento de riscos e na seleção de alternativas de investimento em segurança. Florianópolis, 1996. 276 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina. 
BRASIL. Consolidação Das Leis Do Trabalho. Rio de Janeiro, DF: 1943.
OHSAS 18001. Sistemas de gestão em segurança e saúde no trabalho – Requisitos, Rio de Janeiro: OHSAS, Jul. 2007.
QUELHAS, O. L. G; ALVES, M. S.; FILARDO, P. S. As práticas da gestão da segurança em obras de pequeno porte: integração com os conceitos de sustentabilidade. Revista Produção On-Line. v. 4, n. 2, 2007.
SASAKI, L. H. Educação para segurança do trabalho. São Paulo: Corpus, 2007.
VERGARA, Sylvia C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
curso DE ADMNISTRAÇÃO
RICARDO RIBEIRO SANTOS
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO
Montes Claros - MG
2014
RICARDO RIBEIRO SANTOS
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO
Trabalho Interdisciplinar em Grupo apresentado ao Curso de Administração Bacharelado à Universidade Norte do Paraná – UNOPAR VIRTUAL, para as disciplinas do semestre: Direito Empresarial e Trabalhista, Gestão de Pessoas, Responsabilidade Social e Ambiental.
 
Montes Claros
2014

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