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UNIVERSIDADE PAULISTA ANA CAROLINA BARBOSA DA COSTA – RA 1896920 CRISTYANE DE CASTRO GONZAGA – RA 0501348 FABIANO BUGONE – RA 1898201 MARCIA MARCOS MARQUES – RA 0502007 MARIANA OLIVEIRA CAMPOS FERREIRA – RA 1897600 SABRINA APARECIDA TEIXEIRA DOS SANTOS – RA 0501027 SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL – SENAC MINAS CNPJ: 03.447.242/0001-16 Projeto Integrado Multidisciplinar - VI UNIVERSIDADE PAULISTA ANA CAROLINA BARBOSA DA COSTA – RA 1896920 CRISTYANE DE CASTRO GONZAGA – RA 0501348 FABIANO BUGONE – RA 1898201 MARCIA MARCOS MARQUES – RA 0502007 MARIANA OLIVEIRA CAMPOS FERREIRA – RA 1897600 SABRINA APARECIDA TEIXEIRA DOS SANTOS – RA 0501027 SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL – SENAC MINAS CNPJ: 03.447.242/0001-16 Projeto Integrado Multidisciplinar - VI DIVINÓPOLIS 2019 Projeto Integrado Multidisciplinar IV para obtenção do título de Gestor de Recursos Humanos apresentado à Universidade Paulista – UNIP Orientador: Prof. Mauro Trubbianelli RESUMO Este Projeto Integrado Multidisciplinar tem por objetivo demonstrar como o conhecimento adquiridos nas disciplinas são aplicados na prática diária do Senac MG. Com base em estudos das disciplinas Saúde e Segurança no trabalho: benefícios e a assistência social apresenta o conceito e os objetivos da ciência que cuida da prevenção de possíveis acidentes ocorridos no trabalho e as ações realizadas para melhoria de vida do trabalhador do Senac MG e sua CIPA. Em Treinamento e Desenvolvimento veremos como a organização utiliza técnicas e habilidades para desenvolver o potencial de seus colaboradores e por fim na disciplina abordando temas a atuais de controle a destruição do meio ambiente, leis e normas a serem cumpridas para que o crescimento e o desenvolvimento geral se dê de uma maneira mais saudável. O projeto foi elaborado por meio d e pesquisa d e campo e pesquisa bibliográfica e demonstra de maneira prática, os conceitos teóricos adquiridos, colaborando no processo de ensino- aprendizagem. Palavras Chave: Senac, Saúde e Segurança no trabalho, Desenvolvimento Sustentável, Treinamento e Desenvolvimento. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 6 2. SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO: BENEFÍCIOS E ASSISTÊNCIA SOCIAL ..................................................................................................................... 7 2.1 O que consistem a saúde e a segurança no trabalho ..................................... 7 2.2 Condições de trabalho deficientes ................................................................... 8 2.3 O Que é a CIPA e Quais Seus Objetivos......................................................... 10 2.4 Como é constituída a CIPA.............................................................................. 12 2.5 Como é feito o treinamento dos eleitos para a CIPA? ................................... 13 2.6 Afinal, como funciona a CIPA? ....................................................................... 14 2.7 Direitos trabalhistas do colaborador que participa da CIPA ......................... 14 2.8 Benefícios da CIPA para os empregados ....................................................... 15 2.9 Benefícios da CIPA para a empresa? ............................................................. 15 2.10 Participação dos colaboradores na CIPA ..................................................... 16 2.11 Ergonomia ...................................................................................................... 16 2.12 Ergonomia no trabalho .................................................................................. 17 2.13 NR 17 e a Análise Ergonômica do Trabalho ................................................. 18 2.14 Importância da ergonomia no ambiente de trabalho ................................... 19 2.15 Ergonomia no Ambiente de Trabalho do Senac .......................................... 20 2.16 Equipamento de Proteção Individual (EPI) no Senac .................................. 22 2.17 Acidente no Trabalho e sua Prevenção ........................................................ 23 2.18 Qualidade de Vida no trabalho ...................................................................... 26 3. TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO ........................................................... 29 3.1 Por que Treinamento e Desenvolvimento? .................................................... 32 3.2 Treinamento ..................................................................................................... 33 3.3 Desenvolvimento ............................................................................................. 34 3.4 Identificando as Necessidades ....................................................................... 34 3.5 Planejamento e Aplicação ............................................................................... 35 3.6 Programação e Execução ................................................................................ 35 3.7 Avaliação de Treinamento/Avaliação de Desempenho ................................. 37 3.8 Programas de Educação Corporativa ............................................................. 37 4. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL .............................................................. 38 4.1 Aspectos Históricos .................................................................................... 38 4.2 Encontros mundiais .................................................................................... 39 4.3 Negligência Ou Acidentes?....................................................................... 39 4.4 O Que é Meio Ambiente? ............................................................................ 39 4.5 Direito Ambiental ......................................................................................... 41 4.6 Legislação Ambiental ................................................................................. 42 4.7 Lei de Crimes Ambientais ......................................................................... 44 4.8 Política Nacional de Resíduos Sólidos ........................................................... 45 4.9 Gestão de Florestas Públicas ................................................................... 46 4.10 Novo Código Florestal Brasileiro .......................................................... 46 4.11 Responsabilidade Social Empresarial .................................................. 47 4.12 Compras Públicas Sustentáveis ............................................................. 48 4.13 Licenciamento Ambiental .............................................................................. 49 4.14 A importância do Licenciamento .................................................................. 50 4.15 Conceito de Sustentabilidade ....................................................................... 51 4.16 O Programa de Conscientização Ambiental 4Rs ......................................... 51 4.17 Ações Sociais ................................................................................................. 51 4.18 Calendário Socioambiental ........................................................................... 53 4.19 Coleta Seletiva de Lixo .................................................................................. 53 5. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 55 6. REFERENCIAS ................................................................................................... 56 1. INTRODUÇÃO A qualidadede vida no trabalho influencia diretamente com a produtividade e a qualidade do trabalho que o colaborador produz dentro de uma organização, isso porque funcionários descontentes e insatisfeitos estão mais propensos a não entregar seu trabalho com qualidade e agilidade. O Senac em Minas, com seus mais de 70 anos de atuação, vem se reinventando todos os dias para acompanhar as mudanças, cada vez mais velozes, sem perder sua essência: o desenvolvimento de pessoas por meio da educação, da disseminação e do conhecimento em diferentes segmentos e níveis de formação, sempre se preocupando com saúde, bem estar de seus colaboradores. Os acidentes do trabalho e as doenças decorrentes da atividade laboral oferecem condições negativas para a empresa, para o trabalhador envolvido no acidente e para a sociedade. A sustentabilidade se tornou uma situação de urgência do planeta e chegou a tal ponto que não podemos mais ignorar os impactos ambientais causados por nós mesmos. Por isso a tendência do Desenvolvimento Sustentável está tão presente no dia a dia do Senac MG, que adota vários hábitos pata contribuir com a preservação ambiental. 2. SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO: BENEFÍCIOS E ASSISTÊNCIA SOCIAL A Segurança do Trabalho corresponde ao conjunto de ciências e tecnologias que tem por objetivo proteger o trabalhador em seu ambiente de trabalho, buscando minimizar e/ou evitar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Assim, dentre as principais atividades da segurança do trabalho, podemos citar: prevenção de acidentes, promoção da saúde e prevenção de incêndios. No Brasil, a segurança e saúde ocupacionais estão regulamentadas e descritas como Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), que está regulamentado em uma portaria do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Norma Regulamentadora nº 4 (NR-4) e, portanto, na legislação trabalhista brasileira. Na NR-4, está descrito como devem ser organizados os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, buscando diminuir os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais. Para alcançar esses objetivos e cumprir com suas funções, o SESMT deve ser constituído por: médico do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, enfermeiro do trabalho, técnico de segurança do trabalho, auxiliar de enfermagem, sendo o número de profissionais necessários determinado pelo número de trabalhadores e grau de risco. O SESMT tem como finalidade a prevenção, e é desempenhado pelos profissionais que o compõe, abrangendo conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina ocupacional no ambiente de trabalho, de forma a reduzir ou eliminar os riscos à saúde dos trabalhadores. Dentre as atribuições dos SESMTs, podemos citar a análise de riscos, a orientação dos trabalhadores quanto ao uso dos equipamentos de proteção individual e o registro dos acidentes de trabalho (CLT – Artigo 162, inciso 4.1|4.2|4.8.9|4.10). 2.1 O que consistem a saúde e a segurança no trabalho A saúde e a segurança no trabalho consistem numa disciplina de âmbito alargado, que envolve muitas áreas de especialização. Num sentido mais abrangente, deverá ter os seguintes objetivos: A promoção e a manutenção dos mais elevados níveis de bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores de todos os sectores de atividade; A prevenção para os trabalhadores de efeitos adversos para a saúde decorrentes das suas condições de trabalho; A proteção dos trabalhadores no seu emprego perante os riscos resultantes de condições prejudiciais à saúde; A colocação e a manutenção de trabalhadores num ambiente de trabalho ajustado às suas necessidades físicas e mentais; A adaptação do trabalho ao homem. Por outras palavras, a saúde e a segurança no trabalho englobam o bem-estar social, mental e físico dos trabalhadores, ou seja, da “pessoa no seu todo”. Para serem bem sucedidas, as medidas de saúde e de segurança no trabalho, exigem a colaboração e a participação tanto de empregadores como dos trabalhadores nos programas de saúde e segurança, obrigando a equacionar questões relacionadas com a medicina do trabalho, a higiene no trabalho, a toxicologia, a educação, a formação, a engenharia de segurança, a ergonomia, a psicologia, etc. As questões relacionadas com a saúde no trabalho têm sido objeto de menor atenção do que as questões relacionadas com a segurança no trabalho, porque as primeiras são geralmente mais difíceis quer na sua identificação, na dificuldade da elaboração do seu diagnóstico, e no estabelecimento da relação de causa a efeito. No entanto, quando abordamos o tema da saúde, abordamos igualmente o da segurança, pois um ambiente saudável é, por definição, também um local de trabalho seguro. No entanto, o inverso pode não ser verdade – um local de trabalho considerado seguro não é necessariamente um local de trabalho saudável. O importante é frisar que as questões da saúde e da segurança devem ser identificadas em todos os locais de trabalho. De modo geral, a definição de saúde e de segurança no trabalho engloba quer a saúde, quer a segurança, nos seus contextos mais alargados. 2.2 Condições de trabalho deficientes Qualquer tipo de condição de trabalho deficiente tem como consequência o poder afetar a saúde e a segurança de um trabalhador. As condições de trabalho perigosas ou prejudiciais à saúde não se limitam às fábricas – podem ser encontradas em qualquer local, quer o local de trabalho se situe no interior ou no exterior. Para muitos trabalhadores, como os trabalhadores agrícolas ou mineiros, o local de trabalho situa-se no “exterior”, podendo representar diversos perigos para a saúde e segurança. Os locais de trabalho, pela própria natureza da atividade desenvolvida e pelas características de organização, relações interpessoais, manipulação ou exposição a agentes físicos, químicos, biológicos, situações de deficiência ergonômica ou riscos de acidentes, podem comprometer a saúde e a segurança do trabalhador em curto, médio e longo prazo, provocando lesões imediatas, doenças ou a morte. Os riscos podem ser classificados como: ambientais, ergonômicos e de acidentes. Riscos ambientais: Físicos: são representados por fatores ou agentes existentes no ambiente de trabalho que podem afetar a saúde dos trabalhadores, como: ruídos, vibrações, radiações, frio, calor, pressões anormais e umidade; Químicos: são identificados pelo grande número de substâncias que podem contaminar o ambiente de trabalho e provocar danos à integridade física e mental dos trabalhadores, a exemplo de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores, substâncias, compostos ou outros produtos químicos; Biológicos: estão associados ao contato do homem com vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas, bacilos e outras espécies de microrganismos. Riscos ergonômicos: estão ligados à execução de tarefas, à organização e às relações de trabalho, ao esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, mobiliário inadequado, posturas incorretas, controle rígido de tempo para produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia, repetitividade e situações causadoras de estresse. Riscos de acidentes: são muito diversificados e estão presentes no arranjo físico inadequado, pisos pouco resistentes ou irregulares, material ou matéria-prima fora de especificação, utilização de máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas impróprias ou defeituosas, iluminação excessiva ou insuficiente, instalações elétricas defeituosas, probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos e outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.No Brasil, a Legislação de Segurança do Trabalho compõe-se de normas regulamentadoras, leis complementares, como portarias e decretos e também as convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil. O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Estes profissionais formam o que chamamos de SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. Também os empregados da empresa constituem a CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. 2.3 O Que é a CIPA e Quais Seus Objetivos A CIPA é uma exigência do governo federal. De acordo com a Lei Federal nº 6.514, de 1977, que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e que trata da segurança e da medicina do trabalho, as empresas devem constituir uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) em conformidade com as normas estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Conforme determina a Norma Regulamentadora nº 5 (NR-5) do MTE, que estabelece as diretrizes para a CIPA, esta comissão tem como objetivo “a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador”. Em resumo, a CIPA é um comitê composto por representantes dos funcionários e da empresa que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. Dessa maneira, ela promove uma harmonia entre trabalho, saúde e vida do profissional. Em conjunto com o Serviço Especializado de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) da companhia em que a comissão é criada, cabe à CIPA atuar junto aos funcionários e à própria empresa a fim de prevenir situações de risco à segurança e à saúde do trabalhador no exercício de suas funções. Nesse sentido, a comissão assume várias atribuições e promove ações que contribuem para a prevenção de acidentes e de danos à saúde no local de trabalho. Entre as principais, estão: Identificar riscos existentes nos processos desenvolvidos na empresa, com elaboração do mapa de riscos; Elaborar planos preventivos; Criar ações de promoção da saúde, como palestras e eventos de conscientização; Participar da implementação e do controle das medidas de prevenção; Participar da análise das prioridades de prevenção e de correção; Verificar periodicamente as condições do ambiente de trabalho, observando os riscos para a segurança e para a saúde dos trabalhadores; Divulgar junto aos trabalhadores as medidas de segurança e de saúde do trabalho e as normas que regulamentam essas medidas; Estabelecer o relacionamento com o SESMT da empresa, quando houver, a fim de avaliar os riscos e requerer as medidas de prevenção e de correção, entre outras que contribuam para a minimização dos acidentes e das doenças do trabalho; Juntamente do SESMT, promover anualmente a Semana de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT). Além dessas funções que se relacionam diretamente com a atividade do trabalhador na empresa, a CIPA também tem como atribuição estabelecida pela NR- 5 a participação na campanha anual de prevenção da Aids, que é obrigação da empresa promover. É de responsabilidade do empregador oferecer aos membros da CIPA as condições e os meios necessários para desempenhar as atribuições de forma efetiva, como garantir o tempo suficiente para a realização das tarefas da comissão. Em relação a Gestão de Riscos relacionados ao pessoal no Senac, o levantamento dos perigos e riscos é feito através do Plano de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) de todas as unidades, levando em consideração o local de trabalho, equipamentos utilizados e atividades desempenhadas pelos colaboradores. Em cada PPRA é estabelecido um cronograma de ações que objetivam minimizar, eliminar ou neutralizar os possíveis riscos nocivos à saúde dos colaboradores. Conjuntamente ao PPRA é elaborado o PCMSO (Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional), que visa o acompanhamento médico de todos os colaboradores em relação aos riscos expostos a ele, através de exames clínicos e complementares. 2.4 Como é constituída a CIPA No Senac, as unidades com mais de 50 colaboradores possuem CIPA’s (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) que promovem ações de prevenção e tratamento dos riscos ocupacionais ou de acidente. Nas unidades onde não há CIPA instalada, são designados e capacitados colaboradores para o desempenho destas atribuições A norma determina que empresas com até 19 funcionários não são obrigadas a constituir a comissão. Porém, devem designar um responsável para cumprir os objetivos dela. A partir de 20 funcionários, a CIPA deve ser constituída com um determinado número de membros efetivos e suplentes que variará de acordo com o número total de empregados e com o segmento de atuação. Essa variação se dá em decorrência dos riscos à saúde e à segurança do trabalhador que os processos envolvem. Por exemplo, bastam um membro efetivo e um suplente para a formação da CIPA de uma escola com 100 funcionários. Em uma mineradora com o mesmo número de empregados, em que as atividades envolvem riscos mais intensos do que os existentes em uma escola, a comissão deve reunir três membros efetivos e três suplentes. Os membros da CIPA são eleitos pelos próprios funcionários a partir de um processo que é supervisionado pelos membros da comissão (presidente e vice- presidente) nos 55 dias que antecedem o término do mandato atual. No processo eleitoral, há uma série de normas a serem seguidas, para que ele seja feito da maneira mais transparente e justa possível. Entre elas, estão: Todos os funcionários da empresa podem se candidatar, sem considerar os setores; Realização das eleições em dia comum de trabalho, sendo em horário em que haja a participação de todos ou da maioria dos funcionários; Apuração dos votos em horário de trabalho e fiscalizada por representantes dos funcionários e da empresa; Voto secreto. Vale dizer que o mandato de um eleito para a CIPA é de um ano, podendo ser reeleito uma vez. Além disso, é o empregador quem convoca novas eleições, em uma antecedência de 60 dias em relação ao fim do mandato atual. 2.5 Como é feito o treinamento dos eleitos para a CIPA? Os colaboradores do Senac eleitos para a CIPA, titulares e suplentes, passam por um treinamento sob responsabilidade da empresa, que ocorre antes da posse. Este treinamento com carga horária de 20 horas e ministrado pelo SESMT da empresa, tem como objetivo orienta-los a identificarem os riscos de acidentes nos ambientes de trabalho, assim como as medidas para reduzir ou elimina-los, de acordo com a legislação vigente ‘NR 5’. Os membros designados da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA exercem um importante papel nas unidades do Senac, no que diz respeito à saúde e segurança no trabalho, buscando tornar o ambiente mais seguro e saudável, resultando à empresa uma maior produtividade, diminuindo custos, aumentando a motivação e reduzindo o índice de acidentes e doenças ocupacionais. As empresas que não precisam constituir CIPA devem promover o treinamento de maneira anual para os representantes responsáveis por cumprir a NR-5, como dissemos. Nesse treinamento, os eleitos para a CIPA receberão instruções sobre: O ambiente, as condições de trabalho e os riscos envolvidos nos processos; Os métodos de investigação e análise de acidentes e de doenças do trabalho; Noções sobre doenças e acidentes de trabalho causados pela exposição aos riscos que existem na empresa; Noções sobre a Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) e prevenção; Legislação trabalhista e previdenciária relacionada à segurança e à saúde do trabalhador; Princípios de higiene do trabalho e controle de riscos; Organização e exercício das atribuições da CIPA. 2.6 Afinal, como funciona a CIPA? Muita gente tem dúvidas sobre como acontece o trabalho dessa comissão. A CIPA promove reuniões mensais ordinárias, durante o expediente de trabalho, em local apropriado cedido pela empresa, de acordo com calendário preestabelecido. Nessas reuniões, são tratados os temas relativos ao próprio funcionamento da comissão, além da análise dos resultados obtidos ao longo do último período no que diz respeito ao cumprimento ou não das metas estabelecidas. As atas são assinadas pelos membros presentes, e as cópias são encaminhadas para todos, inclusive aos que não puderem participar. Além disso, elas ficam no estabelecimento à disposição dos Agentes de Inspeção do Trabalho. Extraordinariamente, a comissão também deverá se reunir, caso ocorra algum acidente grave ou fatal ou se for apresentada denúncia sobre risco grave ou iminente à saúde ou à segurança do trabalhador que exija a adoção de medidas corretivas emergenciais. A reunião extraordinária também pode ocorrer mediante a solicitação de algum dos representantes. Nessas reuniões, preferencialmente, as decisões devem ser consensuais. Porém, se não houver essa possibilidade, será estabelecida uma votação, que decidirá a medida a ser adotada. Naturalmente, todos os procedimentos e decisões das reuniões ordinárias e extraordinárias devem ser registrados em ata. Outro ponto importante a se dizer sobre o funcionamento da CIPA é que o membro titular perde o mandato caso falte a mais de 4 reuniões ordinárias sem justificativa. Então, ele é substituído pelo suplente. 2.7 Direitos trabalhistas do colaborador que participa da CIPA Os membros da CIPA têm o seu emprego assegurado durante o mandato, garantindo que possam exercer suas funções sem ser punidos ou perseguidos pelo empregador. Isso, porque, muitas vezes, esse colaborador exigirá a solução de problemas que possam prejudicar a saúde dos trabalhadores. Sendo assim, eles têm estabilidade garantida por lei, sejam titulares ou suplentes. Esse direito é válido apenas para os representantes dos empregados e não vale para os secretários, já que esses são escolhidos pelos membros da CIPA, mas não fazem parte da comissão, efetivamente. A partir de quando começa a valer a estabilidade? Provisoriamente, desde a candidatura do empregado. Caso seja eleito, ela perdura até um ano após o fim do mandato. Em reeleição, o prazo é contado do zero, nas mesmas condições. Mas, se o colaborador não for eleito, a estabilidade é cortada. Fora isso, a estabilidade do membro da CIPA é perdida se for comprovada justa causa ou se a empresa for extinta. 2.8 Benefícios da CIPA para os empregados Com a implantação da CIPA, os empregados ficam mais amparados por uma organização interna que, além da SESMT, também se encarrega de protegê-los de riscos à saúde e à segurança — perigos esses que são originados dos próprios processos ou da negligência no exercício das tarefas e no uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Essa é uma condição que torna o ambiente de trabalho mais seguro e adequado ao exercício da profissão. Além do mais, por meio da CIPA, os funcionários também podem atuar junto à empresa no sentido de melhorar as próprias condições de trabalho no que se refere à segurança e à saúde. Sendo assim, a CIPA é uma maneira de manter a integridade física e mental do trabalhador 2.9 Benefícios da CIPA para a empresa? Mais do que cumprir uma obrigação legal, é importante que o empregador veja a CIPA com bons olhos, uma vez que ela é um expediente que promove a qualidade de vida do trabalhador e que pode trazer, inclusive, benefícios para a produtividade do negócio. Afinal, em um ambiente seguro e saudável, a equipe se torna mais disposta para exercer as funções com a motivação que é esperada. Ou seja, o trabalho da CIPA é capaz de promover o engajamento dos colaboradores. Além do que, afastados os riscos de acidentes e de danos à saúde do trabalhador, é de se esperar o aumento na produtividade e a diminuição dos custos, uma vez que as tarefas serão exercidas de forma mais eficiente. Ao mesmo tempo, o afastamento do trabalho ocasionado por doenças ou ferimentos também é diminuído, o que é favorável à empresa, não é verdade? Os custos disso são absolutamente mais altos do que a prevenção. 2.10 Participação dos colaboradores na CIPA Para que a CIPA dê bons frutos, é necessário o engajamento da organização e dos colaboradores. Assim, é possível ter um sistema que realmente previna acidentes e doenças do trabalho, além de estimular a saúde e a qualidade de vida do trabalhador. Para conscientizar os funcionários a participarem da CIPA, é interessante explicar os motivos pelos quais ela existe, quais são suas atribuições, quais direitos os membros têm e, principalmente, qual é a importância dela para a vida deles. Deixar os colaboradores mais próximos da CIPA é uma forma eficiente de fazê- los enxergar o quanto essa comissão é importante para toda a organização, seja empregador ou empregado. A CIPA é uma comissão que resguarda a vida e a integridade da saúde do trabalhador, além de trazer uma série benefícios para a empresa. Por isso, é fundamental a participação e o envolvimento de todos, tanto na formação dela quanto na execução das atividades. 2.11 Ergonomia A Norma Regulamentadora nº 17 foi desenvolvida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) junto de entidades trabalhistas (sindicatos e associações), fazendo com o que a ergonomia seja reconhecida e exigida por lei como fator determinante para a saúde, segurança e qualidade de vida no trabalho. O aumento de casos de doenças ocupacionais por falta de condições adequadas de trabalho motivaram sua criação. A regulamentação vem apoiar trabalhadores e empresários, ao buscar minimizar o impacto que os riscos ergonômicos trazem ao ambiente corporativo. Podemos destacar a alta incidência de doenças ocupacionais, acidentes de trabalho, afastamentos e queda de produtividade. A NR 17 tem como objetivo estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar o máximo de conforto e segurança e um desempenho eficiente. Ela é mais que uma exigência legal — é uma verdadeira ferramenta de apoio à gestão de pessoas. 2.12 Ergonomia no trabalho Ergonomia é o estudo que gira em torno da interação entre o homem e a máquina e tem como principal função evitar problemas de saúde nos trabalhadores e aumentar a segurança do local. É um conhecimento de extrema importância já que influencia diretamente na produtividade da equipe e, consequentemente, nos lucros da empresa. Ela está tão atrelada ao homem, que a ergonomia também é chamada de Engenharia dos Fatores Humanos. A ideia principal da ergonomia no trabalho é adaptar o ambiente ao indivíduo, melhorando a funcionalidade e ajudando na função. Há um aumento na eficiência dos processos e ainda oferece diversos benefícios ao trabalhador: Reduz o índice de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais; Aumenta o uso de técnicas mais seguras; Oferece maior conforto; Reduz o cansaço. Há também um ganho em sentido psicológico. Doenças costumam causar estresse e ansiedade que, por sua vez, causam outras doenças. Sendo assim, saber o que é ergonomia no trabalho e ir mais a fundo no assunto é muito importante para o seu negócio. O Senac a cadanova unidade ou na reforma de unidades em operação, c preza pelos princípios de ergonomia, acessibilidade e preservação. E não se fala apenas de meio ambiente, mas também em conservação histórica. O Senac sabe a importância do uso de tecnologias, equipamentos e mobiliários adequados para garantia de processos. Através de um relatório de conformidade, o Senac, contendo as recomendações de melhorias feito após realização de análise técnica em todos os setores da empresa, avalia a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente, aplica uma lista de verificação dos itens de ergonomia exigidos na NR17, para identificar o índice de atendimento. Uma empresa é contratada através de licitação para prestação de serviços na área de Segurança e Medicina do Trabalho, onde estas realizam a Análise Ergonômica do Trabalho (AET), em conformidade com a Norma Regulamentadora - NR17 (Ergonomia) e Tabela de Fatores de Riscos Ambientais-23 E-Social, atendendo às necessidades das Unidades do Senac. 2.13 NR 17 e a Análise Ergonômica do Trabalho Sabendo do que trata a ergonomia e todas as questões relacionadas a ela, é necessário contar com uma ferramenta para colocá-la em vigor dentro da organização. Assim, a própria norma exige que os empregadores realizem a Análise Ergonômica do Trabalho, também conhecida pela sigla AET. Para levantar as informações necessárias, é preciso levar em conta os seguintes aspectos: As normas de produção; O modo operatório; A exigência de tempo; A determinação do conteúdo de tempo; O ritmo de trabalho; O conteúdo das tarefas. Após observar e avaliar, é possível documentar, por meio da AET, as relações existentes entre as doenças, acidentes ocupacionais e a produtividade com as condições laborais, os sistemas e a organização do trabalho. Dessa forma, a documentação deve contemplar, no mínimo, as seguintes informações: Levantamento de materiais; Transporte de cargas; Descarga de materiais; Adequação ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho; Organização do trabalho. 2.14 Importância da ergonomia no ambiente de trabalho Há diversas vantagens e benefícios que a ergonomia traz ao local de trabalho. Aqui, é possível mostrar a importância dessa ciência para a empresa. a) Reduz o número de afastamentos: Quando um funcionário fica doente e falta ao trabalho, a empresa acaba arcando com os custos do empregado por, pelo menos, 15 dias de afastamento. Assim, doenças ocupacionais podem causar diversos prejuízos não só para o trabalhador, como também para a empresa. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), cerca de 180 mil trabalhadores se afastam do trabalho por doenças ocupacionais. O Senac investe em ergonomia e evita todos esses prejuízos para a empresa, inclusive a troca de funcionários, ainda que temporária. Muitas doenças ocupacionais e afastamentos podem ser evitados com uma simples mudança de atitude e também com investimento em móveis e dispositivos que ajudem a saúde do trabalhador. b) Aumenta a sensação de valorização: O Senac oferece boas condições de trabalho aos seus funcionários, fazendo com que se sintam mais dispostos a exercer as suas funções naquele determinado espaço. A princípio, esse detalhe pode parecer um tanto simples demais, mas acredite: esse tipo de preocupação faz com que, de forma indireta, os trabalhadores se sintam reconhecidos e valorizados por uma corporação. Toda a equipe fica mais motivada para bater as metas e fazer com que a empresa cresça como um todo. Inclusive, muitos gestores encaram essa prática como uma estratégia incrível para reter os talentos e, com isso, conquistar uma vantagem competitiva dentro do mercado de trabalho. c) Aumenta a produtividade: Um funcionário que está com a saúde em dia consegue ser mais produtivo. Afinal de contas, quem consegue trabalhar bem sentindo dor? Então, pesando em um empregado satisfeito e produtivo, o Senac oferece um maior conforto e segurança para que ele exerça sua função. Não apenas pela questão da dor, mas também pela motivação da qual acabamos de falar. Uma pessoa motivada trabalha melhor. Assim, apenas o fato de saber o que é ergonomia no trabalho e como ela pode ajudar os seus funcionários, consegue trazer inúmeros benefícios para a empresa. 2.15 Ergonomia no Ambiente de Trabalho do Senac Há várias de aplicar a ergonomia, assim, o Senac oferece através de cartilhas, orientações necessárias para que todos tenham ciência e façam bom uso do que é oferecido, além de um ambiente adequado conforme as normas. Abaixo uma listagem do que os funcionários recebem logo após admissão e/ou treinamento. a) Use uma cadeira que tenha suporte para a costa e evite sentar de forma a colocar todo o peso corporal mais para um lado do que para o outro. Certifique-se que o peso dos seus braços sejam suportados em todos os momentos; b) Coloque a sua cadeira o mais próximo possível da sua estação de trabalho para não fazer esforço; c) Observe a posição da sua cabeça e tente manter o peso dela acima do pescoço. Não leve a cabeça e o pescoço para a frente, mantenha eles eretos; d) Evite girar ou inclinar o tronco ou pescoço quando estiver trabalhando. Os objetos que você usa com frequência, devem estar ao seu alcance para pegá-los quando for necessário; e) Os pés não podem ficar pendurados enquanto você estiver sentado. Mantenha- os apoiados no chão. Se eles não chegam confortavelmente até o chão, você fará pressão nas costas e pernas. Nesse caso, o ideal é usar um apoio para colocar os pés ou abaixar o teclado e a cadeira; f) Mantenha boa postura quando usar o teclado, portanto, seus ombros precisam ficar relaxados com os cotovelos junto ao corpo. Evite apoiar os seus cotovelos na mesa. Se necessário, use pequenas almofadas; g) Movimente os braços sobre o teclado e deixe os pulsos retos, pois eles servirão de apoio enquanto você estiver digitando; h) Não deixe os cotovelos como apoio sobre a mesa, evitando forçar os pulsos para cima, para baixo e para os lados. Com esse movimento, você previne a LER; i) Relaxe os dedos e as articulações enquanto digita; j) Trabalhe em ritmo normal, sem fazer mais do que você pode; k) Faça intervalos frequentes durante o dia. Levante e faça alongamentos para ajudar o corpo a relaxar. Essas pausas podem ser a cada 25 minutos de trabalho durando em torno de cinco minutos e a cada duas horas, estique para 30 minutos de intervalo; l) Tente diminuir os movimentos repetitivos utilizando atalhos em seu teclado ou alguns programas especiais. O importante é reduzir o uso do mouse; m) Procure equilibrar as suas tarefas diárias para não permanecer em apenas uma posição. Pela manhã, faça o uso do computador. Pela tarde, se concentre em outras atividades diferentes, se a sua função permitir; n) Ao digitar, concentre-se no que você está fazendo. Evite pegar lápis ou caneta ao mesmo tempo; o) As suas mãos devem estar relaxadas enquanto digita. Não faça força nos teclados, deslize os dedos suavemente; p) Desvie os olhos, de vez em quando, para objetos diferentes enquanto digita; q) Use um apoio para colocar o teclado e outro para o mouse. Dessa forma, você fará uso deles corretamente; r) Nunca fale ao telefone com o aparelho preso entre o pescoço e a orelha. Você pode sofrer alguma distorção. Portanto, se você tem esse hábito, trate de eliminá- lo; s) O monitor do computador deve ficar diretamente à sua frente. Regule o brilho dele para não ofuscar a sua vista, assim como o reflexo das janelas e a luminosidade excessiva de outras fontes de iluminação; t) Mantenhauma distância considerável do monitor para evitar uma tensão ocular; u) Pratique atividades físicas regularmente. Com os exercícios, além de manter a forma física, você aumentará a resistência cardiovascular e diminuirá a tensão dos músculos; v) Somente faça uso de medicamentos e outros equipamentos ortopédicos com recomendação médica; w) Ao apresentar sintomas relacionados a sua atividade de trabalho, procure imediatamente um médico para receber melhores orientações. Ao ser logo diagnosticado, você previne as complicações futuras. 2.16 Equipamento de Proteção Individual (EPI) no Senac O uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) é indispensável para evitar acidentes e garantir a saúde e segurança no ambiente de trabalho. É importante que exista uma orientação sobre como usá-los corretamente para garantir a proteção e a integridade dos colaboradores. Para orientar os profissionais das áreas de recursos humanos, promovem encontros e orientações de como evitar acidentes e doenças ocupacionais por meio da gestão adequada dos EPIs. Na ocasião, há uma atividade prática para demonstrar a melhor forma de usá-los, acompanhada de discussões sobre legislação trabalhista, responsabilidades da empresa, conscientização dos empregados e outros temas relacionados aos equipamentos de proteção. Os gestores de Recursos Humanos abordam frequentemente, através de informativos e canais internos sobre o conceito da NR-10, os principais desvios na sua interpretação, o programa de fiscalização do Ministério do Trabalho, assim como a interpretação e aplicação do Anexo IV NR 16. Há também programas desenvolvidos para estabelecer diretrizes no sistema de limpeza nas áreas internas e externas em todas as unidades, desde a maneira correta de organizar e gerir os produtos, o uso consciente e quantidades pré- estabelecidas para a eficácia na limpeza. Um trabalho visando a segurança alimentar, tanto no cuidado como no manejo dos alimentos. As profissionais da equipe de apoio recebem na teoria, em sala de aula e na prática, utilizando a estrutura das unidades, o aprendizado elaborado a partir de uma cartilha específica, que começa a ser implementado com novos colaboradores e periodicamente. Com aulas aplicadas em salas com toda a infraestrutura necessária para a apresentação de slides, vídeos e demais informações, as equipes, divididas em grupos, os colaboradores passam por uma intensificação que tem como objetivo padronizar o serviço de limpeza e cozinha. As colaboradoras que trabalham diretamente nas cozinhas pedagógicas, aprendem técnicas de corte e lavagem, armazenamento e produção de pratos. Normas de higiene, como a limpeza de materiais utilizados em cursos também foram apresentadas, assim como a realização de dinâmicas objetivando a melhora na relação interpessoal, atividade ministrada na área de relaxamento da unidade. “As nutricionistas do Senac montam o POP de acordo com a rotina de destas colaboradoras dentro da cozinha (das escolas). Ao final de cada atividade, quando voltam ao ambiente de trabalho, são disponibilizados livros para consultar e desenvolver o que aprenderam. Nos laboratórios dos curso técnicos de Enfermagem e Estética, recebem demonstração de limpeza em materiais distribuídos nas unidades e manuseio em mobiliários como macas e colchonetes através de metodologias participativas, estruturadas na prática e baseadas em situações reais de trabalho, solução de problemas e outras estratégias. As unidades tem um único sistema de limpeza em salas, corredores, refeitórios, utensílios de cozinha, banheiros, carteiras, bancadas, janelas, cortinas, tapetes, almofadas, mobiliários, equipamentos utilizados pelos alunos e toda a estrutura dos imóveis. Essas são algumas recomendações em relação à saúde e segurança no trabalho, riscos das reações químicas entre os produtos de limpeza, seja o sabão, o detergente, o álcool e a água sanitária e o acondicionamento adequado dos resíduos. 2.17 Acidente no Trabalho e sua Prevenção Acidente pode ser descrito como toda ocorrência não desejada que possa modificar ou pôr fim ao andamento normal de uma atividade. Em um sentido mais genérico, o conceito de acidente pode ser aplicado a acontecimentos que provocam perdas materiais, quando alguém sofre algum tipo de lesão, ou qualquer outro acontecimento que venha a provocar danos ao indivíduo que foi vitimado. A ocorrência de um acidente de trabalho pode ocasionar lesões, danos e perdas, principalmente ao trabalhador, levando à sua incapacidade parcial ou permanente. As empresas também podem ser prejudicadas e sofrer prejuízos significativos, deixando-as muitas vezes em sérias dificuldades. Além disto, a ocorrência de acidentes implica a responsabilização por conta fato ocorrido, que pode ser responsabilidade civil, criminal ou administrativa. Para essa finalidade, é necessário considerar-se os conceitos de dolo e de culpa. O dolo é quando existe a intenção de produzir o resultado. E a culpa, ao contrário, ocorre quando não há a intenção de que aquele resultado seja produzido. Segundo a legislação brasileira do Ministério do Trabalho e Emprego, Lei nº. 6.367, de 19 de outubro de 1976, artigo 2º, acidente do trabalho é definido da seguinte forma: “é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que causa a morte ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”. Ainda, segundo a NR-3, de Segurança e Medicina do Trabalho: “considera-se grave e iminente risco toda condição de trabalho que possa causar acidentes do trabalho ou doença profissional com lesão grave à integridade física do trabalhador”. Os acidentes do trabalho e as doenças decorrentes da atividade laboral oferecem condições negativas para a empresa, para o trabalhador envolvido no acidente e para a sociedade. O Brasil está avançando em programas de gestão de segurança do trabalho com ótimos exemplos na área privada e pública, mas ainda é pouco diante da realidade do país. As estatísticas de acidentes do trabalho registrados no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) demonstram enormes prejuízos econômicos ao país devido aos elevados custos e prejuízos humanos, econômicos e sociais, herdados pelas consequências dos acidentes, sejam eles fatais ou temporários. Ao trabalhador fica o estigma da dor, da ausência, a marginalização social, a depressão e os traumas. No que tange aos aspectos de Saúde e Segurança do Trabalhador (SST), o Senac atua preventivamente, garantindo o cumprimento da legislação vigente e proporcionando a melhoria contínua neste tema. Através do SESMT (Serviço Especializado de Saúde e Medicina do Trabalho) são realizadas diversas ações de programas que visam a prevenção, monitoramento da segurança e saúde dos trabalhadores e atendimento de requisitos legais de todas as escolas e áreas do Senac-RS. O SESMT do Senac é constituído de Engenheiro do Trabalho, Médico do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e Técnicos de Segurança do Trabalho. Compõe a equipe de segurança da empresa os cerca de 52 componentes da CIPA, 34 designados CIPA e os 244 brigadistas de incêndio treinados e atuantes nas escolas. Além disto, a instituição conta com uma equipe multidisciplinar de 10 (dez) colaboradores de unidades/áreas, responsáveis pelo programa de qualidade de vida, denominado Programa Equilíbrio. Entre as ações realizadas pelo sistema de gestão de saúde e segurança em, destacam-se: Análise, investigação e prevenção de acidentes Monitoramento da saúde do trabalhador Campanhas de conscientização e prevenção (Outubro rosa, novembro azul, direção defensiva, alimentação saudável, gestão financeira doméstica, ergonomia, etc.) Programas em atendimento de requisitos legais Monitoramento de indicadores da área Campanha de vacinação Programas em atendimento de requisitos legais Monitoramento de indicadores da área Campanha de vacinação Em 2018, ocorreram 35 acidentes de trabalho, destes apenas 13 foram típicos e 10 tiveram algum tipo de afastamento. O número total de dias perdidos em 2017 foi de 41. No último ano não houve doenças ou mortes relacionadas ao trabalho, haja vista, o baixo risco nas atividades e as diversas ações preventivas adotadas. Em relação a Gestão de Riscos relacionados aos colaboradores, o levantamento dos perigos e riscos é feito através do Plano de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) de todas as unidades, levando em consideração o local de trabalho, equipamentos utilizados e atividades desempenhadas pelos colaboradores. Em cada PPRA é estabelecido um cronograma de ações que objetivam minimizar, eliminar ou neutralizar os possíveis riscos nocivos à saúde dos colaboradores. Conjuntamente ao PPRA é elaborado o PCMSO (Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional), que visa o acompanhamento médico de todos os colaboradores em relação aos riscos expostos a ele, através de exames clínicos e complementares. Além disso, as unidades com mais de 50 colaboradores possuem CIPA’s (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) que promovem ações de prevenção e tratamento dos riscos ocupacionais ou de acidente. Nas unidades onde não há CIPA instalada, foram designados e capacitados colaboradores para o desempenho destas atribuições. As contratações de estagiários seguem as orientações e prerrogativas previstas na Lei 11.788/2008. O Senac- utilizada de maneira modesta esta modalidade de contratação, finalizando o ano com 34 estagiários atuando exclusivamente em atividades administrativas. No quadro a seguir, são demonstradas as despesas Gestão de Risco de Pessoal, sendo a prevenção alocada nas demais despesas: Quadro custos Gestão de Risco Exercícios Vencimentos e vantagens fixas (R$) Benefícios assistenciais e previdenciário Gestão de Riscos de Pessoal (treinamentos, prevenções, entre outros) 2017 R$ 83.196.917,74 R$ 28.615.991,54 R$ 218.302,01 2018 R$ 77.722.997,20 R$ 26.632.819,61 R$ 259.427,28 Fonte: Recursos Humanos DN 2.18 Qualidade de Vida no trabalho A qualidade de vida no trabalho não pode ser confundida com políticas de benefícios, nem com atividades festivas de congraçamento, embora essas sejam importantes como estratégias. A qualidade de vida no trabalho tem a ver com a cultura organizacional, podendo ser traduzida como: os valores, a filosofia da empresa, sua missão, o clima participativo, o gosto por pertencer a elas e as perspectivas concretas de desenvolvimento pessoal que criam a identificação empresa-trabalhador. Nesse sentido, ocorre no momento em que as empresas tomam consciência que os seus trabalhadores são partes fundamentais de sua organização. Assim, eles devem ser vistos como um todo. Segundo Campos (1992), um dos mais importantes conceitos dos programas de qualidade de vida está na premissa de que, somente se melhora o que se pode medir e, portanto, é preciso medir para melhorar, sendo, assim, torna-se necessário avaliar de forma sistemática a satisfação dos trabalhadores e, nesse sentido, o processo que permeia a subjetividade são de grande importância para detectar a percepção dos trabalhadores sobre os fatores intervenientes na qualidade de vida do trabalho. Segundo a psicóloga americana Maslach e o psicólogo canadense Leiter (1999), atualmente, os trabalhadores passam muito mais horas convivendo em um ambiente laboral do que convivem com seus familiares, com isso, os desgastes físicos e emocionais alastram-se nos locais de trabalho. Isso ocorre, na maioria das vezes, pelo desencontro da natureza do trabalho e a natureza da pessoa que realiza esse trabalho. O desgaste emocional nos trabalhadores diz mais sobre as condições de trabalho dos colaboradores do que sobre eles mesmos. Acredita-se que uma das soluções para este problema seria que a própria empresa criasse ações preventivas, além de programas de Qualidade de Vida no Trabalho, pois à medida que o trabalhador ganha, a empresa também através do ganho secundário. Um planejamento estratégico é fundamental para implementação das ações e programas de qualidade de vida no trabalho a serem implantados. Estes envolvem diagnósticos e implantação de melhorias, inovações gerenciais, inovações tecnológicas e estruturais dentro e fora do ambiente de trabalho, visando propiciar condições plenas de desenvolvimento humano para e durante a realização do trabalho. O diagnóstico pode ser realizado para um levantamento das condições relacionadas à empresa e/ou seus recursos humanos. Moretti diz: Existem várias medidas a serem aplicadas, como remuneração justa, manutenção de um ambiente físico, psicológico e social mais saudável, e implantação de uma política de benefícios sociais, criando assim, condições para que o sistema racional funcione (MORETTI, online, 2005; TIMOSSI et al., 2007). No Brasil, algumas empresas de grande e médio porte vêm adaptando modelos de programas de qualidade de vida de empresas nos Estados Unidos com o objetivo de reduzir custos com assistência médica, absenteísmo, acidentes, melhorar a segurança e o bem estar dos trabalhadores, através de uma visão holística (SILVA; LIMA, 2007). A qualidade de vida no trabalho não pode ser confundida com políticas de benefícios, nem com atividades festivas de congraçamento, embora essas sejam importantes como estratégias. A Qualidade De Vida no Trabalho tem a ver com a cultura organizacional, que pode ser traduzida como: os valores, a filosofia da empresa, sua missão, o clima participativo, o gosto por pertencer a elas e as perspectivas concretas de desenvolvimento pessoal que criam a identificação empresa-trabalhador. O Senac desenvolve uma política de gestão voltada para a valorização de pessoas e equipes. Esta é uma tendência comum às organizações modernas e competitivas que preservam o seu o maior bem, o capital intelectual e humano. Os reflexos dessa gestão humanizada, ao longo dos anos, asseguram-nos que o investimento nas pessoas é o principal fator para o sucesso. A motivação dos empregados é resultado de um ambiente aprazível no trabalho, tanto do ponto de vista estrutural como das relações interpessoais. Preza-se pela excelência do clima organizacional, para que todos se sintam valorizados como profissionais e pessoas, independentemente de nível hierárquico ou função que ocupe nas Regionais. As inúmeras ações empreendidas buscam o aperfeiçoamento técnico contínuo dos empregados, como também a promoção de mais saúde e qualidade de vida. Um exemplo é Programa Qualidade de Vida, considerado um sucesso entre os participantes. Ao longo de um ano, colaboradores participam do projeto Controle ao Excesso de Peso, sendo acompanhados por nutricionistas e psicólogos. Motivados, muitos empregados mudaram o estilo de vida e passaram a incluir atividades físicas e uma nova alimentação em suas rotinas. Os gestores são incentivados a desenvolver o espírito de liderança, por meio de cursos como o Intensivo para Gestores de Centros de Educação Profissional, em parceria com o Departamento Nacional do Senac. Anualmente, acontece o Fórum de Educação Profissional, que reuni técnicos e docentes das unidades físicas e móveis. É um momento de integração e reciclagem de conhecimentos, envolto em atividades lúdicas, que nos fazem refletir sobre o papel do educador profissional no mundo atual. A cada ano, o desafio é promover um fórum sempre melhor. O trabalho de sensibilização do público interno relativo à preservação ambiental é mais um desafio que é colocado em prática. Por meio do Programa Senac Mais Verde, reduzindo sensivelmente o consumode copos descartáveis, energia elétrica e papel. Os empregados se tornaram mais conscientes e o maior exemplo disso é a busca de uma certificação – o Selo Verde – onde todos se empenham em conquistar por meio do desenvolvimento de ações sustentáveis. Nessa caminhada de grandes desafios e conquistas, o Senac reforça o seu pilar maior: a importância da Educação Profissional com a percepção voltada para os cenários externos e internos no mundo do trabalho. 3. TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO O Treinamento e Desenvolvimento de pessoas é uma atividade de organização nas empresas, com o objetivo de criar ou melhorar as competências dos colaboradores. Neste contexto é muito importante que as organizações realizem um programa constante de desenvolvimento de seus colaboradores visando aprimorar as habilidades profissionais bem como seu comportamento para que representem bem os valores da organização. Treinamento é um processo educacional aplicado nas organizações a fim de aperfeiçoar profissionalmente as habilidades dos seus colaboradores, e assim torna-los mais produtivos, criativos e inovadores, esse é um conceito moderno de treinamento. E o Desenvolvimento são as experiências não necessariamente relacionadas com o cargo atual, mas que proporcionam oportunidades para o desenvolvimento e crescimento profissional. Chiavenato (2009, p. 302). Treinamento é um processo educacional aplicado nas organizações a fim de aperfeiçoar profissionalmente as habilidades dos seus colaboradores, e assim torna- los mais produtivos, criativos e inovadores, esse é um conceito moderno de treinamento. E o Desenvolvimento são as experiências não necessariamente relacionadas com o cargo atual, mas que proporcionam oportunidades para o desenvolvimento e crescimento profissional As pessoas, que vão desde o mais simples operário ao seu principal executivo – passou a ser uma questão vital para o sucesso do negócio, o principal diferencial competitivo das organizações bem-sucedidas. Em um mundo mutável e competitivo, em uma economia sem fronteiras, as organizações precisam preparar-se continuamente para os desafios da inovação e da concorrência. Para seres bem- sucedidos, as organizações precisam de pessoas espertas, ágeis, empreendedoras e dispostas a assumir riscos. É as pessoas que fazem as coisas acontecer. Que conduzem os negócios produzem os produtos e prestam os serviços de maneira excepcional. Para conseguir isso, é imprescindível o treinamento e o desenvolvimento das pessoas. E as organizações mais bem-sucedidas investem pesadamente em treinamento para obterem um retorno garantido. Para elas, treinamento não é despesa, mas um precioso investimento seja na organização como nas pessoas que nela trabalham. E isso traz benefícios diretos para a clientela (Chiavenato, 2010, p 366). O Termo treinamento e Desenvolvimento tem-se tornado cada vez mais presentes na vida daqueles que exercem atividade remunerada, pelo fato do mercado estar muito acirrado em disputa, é mais que necessário se desenvolver e o caminho para isso é o treinamento. Torna-se essencial que este seja aderido à cultura e modelo da empresa, para que assim se torne também pratica e essência de seus colaboradores. Segundo Chiavenato (2010, p 367), “há uma diferença entre treinamento e desenvolvimento de pessoas, pelo fato de treinamento estar voltado a situação presente e cargo atual, enquanto desenvolvimento se aplica a cargos a serem ocupados”. Ou seja, apesar de definições diferentes, devem caminhar para o mesmo sentido, buscando sempre caminhos e processos para aprendizagem. A autora França (2008, p 88) defende que “o treinamento não pode ser visto como uma série de cursos”. É verídica a afirmação da autora ao defender a ideia expondo que neste caso, voltado à empresa, o treinamento deve combater a defasagem de conhecimento, para que o colaborador possa desempenhar melhor sua função. Gil (1994), diz que um treinamento, para ser planejado, é necessário analisar a necessidade real de se realizar este treinamento, verificar todos os fatores possíveis que caracterizam a organização, isso permite encontrar não apenas a necessidade, mas como, quando e onde aplicar. Vale enfatizar que qualquer mudança de rotina de trabalho, qualquer nova ferramenta de trabalho, enfim, tudo aquilo que é novo, isso gera treinamento, porque todos da empresa que irão passar por essa mudança também precisam aprender e adaptar-se ao novo, sendo ele individual ou coletivo. Lacombe (2005) cita como formas de treinamento: Treinamento no trabalho, ou on-the-job, é aquele que ocorre no dia a dia. Orientação da chefia é cada vez que o chefe orienta um subordinado, dando instrução de trabalho ou técnicas para se chegar ao resultado esperado ele também está treinando. Administração por metas é o estabelecimento de metas periódicas com revisões programadas. Cada uma dessas revisões programadas é alvo de um intenso treinamento e feedback do processo percorrido até então, uma vez que essas metas devem ser desafiadoras. Rotação de funções, ou job rotation, é uma das técnicas mais usadas para treinamento de pessoas para novas posições. Geralmente o setor da empresa que opta pelo job rotation, todas as pessoas que compõe este setor sabem ou conseguem estar em todas as funções que cabe ao setor desempenhar, pela vivencia continua de aprendizado. Substituição temporária é também muito conhecida pelo seu uso não só em treinamento, mas também avaliação. Quando alguém com o cargo alto, ou uma pessoa estratégica sai de férias, por exemplo, alguém cobre a posição deste, e quando se sai bem, essa pessoa é uma das que podem ser preparadas para o cargo futuramente. Incumbências especiais são o treinamento e aprendizado por meio de participação em grupos de trabalhos, acompanhamento de novos projetos, viagens de negócios, entre outros. Orientação por meio de mentores são as pessoas de alto nível e experiência, geralmente os que possuem mais tempo dentro daquela empresa que monitoram e assessoram jovens talentosos em suas práticas, afim destes estarem prontos futuramente para assumirem um cargo estratégico, em longo prazo. Nas empresas, o treinamento e desenvolvimento serve para alinhar os gestores e colaboradores aos procedimentos e objetivos da organização, ao mesmo tempo em que se descobre as habilidades e talentos dos funcionários. Para almejar este sucesso, é necessário seguir as regras e diretrizes da empresa, na qual necessita do conhecimento de um excelente diretor que seja capaz de absorver todos os pontos positivos e negativos dentro da organização para solucionar os problemas e desenvolver melhorias gerando satisfação para todos. O funcionário precisa ser sempre proativo para o sucesso de sua carreira, ou seja, deve estar sempre apto e disposto a aprender novos desafios e ressaltar várias ideias de melhorias e aspectos positivos, porém a própria empresa pode estimular o funcionário a agir de tal forma, como por exemplo oferecendo-lhe diversos bônus e promoções por objetivos alcançados, independentemente de sua experiência dentro da organização. A qualidade de um bom treinamento é essencial para o crescimento positivo da organização a curto, médio e longo prazo, pois este fundamento abrange o conhecimento de novas possibilidades e oportunidades em que a estabilidade e satisfação, é alcançada através de todo esforço, empenho e resultado atingido 3.1 Por que Treinamento e Desenvolvimento? Segundo Jacomelli (2014), treinamento e desenvolvimento é uma das principais ferramentas em gestão de pessoas da organização, com intuito de capacitar o funcionário para exercer suas funções e desenvolvimento conforme a empresa for expandindo seus horizontes. Estamos em constante aprendizagem, não é válido afirmar que estagnamos. Desdepequenos, quando somos matriculados na pré- escola, até depois de formados. A cada dia estamos em constante aprendizagem, ora ensinando, ora aprendendo. Carvalho (2014) afirma que quando se cria um modelo de treinamento, deve-se estabelecer os objetivos traçados pela empresa, principalmente na definição do público-alvo. Cardenas (2014) defende o conhecimento como um ativo importante nas organizações, de extrema importância para o desenvolvimento das atividades empresariais, dependente da maneira que é gerido para assim dizer se é ou não benéfico para a empresa. Isto traz grande benefício para a empresa e para os funcionários, pois se cria um valor significativo para ambos. Atualmente, um novo conceito que as empresas estão adotando para render aos seus colaboradores um nível de maior sucesso é ter a opção de gestão de pessoas com a capacidade de mover seus colaboradores de forma estratégica para o alcance dos objetivos (Pires, 2011). Para Francisco Lacombe (2005, p 312) “a principal razão pela qual as empresas treinam é para proporcionar ao colaborador novas habilitações ou melhorar as que ele já possui”, assim sendo, o colaborador aperfeiçoa seus métodos e conhecimentos de trabalho ou passa a ter novas qualidades e habilidades. Treinamento e Desenvolvimento neste ponto de vista acabam por se desmembrar um pouco do setor de Recursos Humanos, para dar um foco especial nas necessidades que tem impacto maior nos desempenhos lucrativos da empresa. E de acordo com estes gap’s monta um esquema de treinamento para suprir as necessidades que vêm impactando o desempenho dos colaboradores por conta de conhecimento. Para os autores Vergara, Moura (2010), no que diz respeito ao sentido de préstimo à comunidade, estudiosos vêm argumentando que os empregados necessitam de um sentido para o seu trabalho, buscando melhorar o rendimento esperado dentro da organização. Para Abbad (2012) está havendo mais incentivo para programas de treinamento e desenvolvimento nos dias atuais. Para Silva e Abbad (2011), há uma necessidade de formular novos modelos teóricos para uma investigação adequada entre o relacionamento do comportamento e o impacto dos treinamentos no resultado organizacional. Segundo Macarello, Brito, Ribas, Lopes e Almeida (2013), as organizações necessitam de profissionais que apresentem diversas funcionalidades e que se ajustem facilmente ao ambiente de trabalho, para melhor aprendizagem com a obtenção de maiores conhecimentos. Estes colaboradores também podem virar futuros treinadores, de maneira mais rápida, simples e eficaz, no estilo on the job (Lacombe, 2005). Carvalho, Souza e Cruz (2013) cita que o treinamento busca produzir mudanças no conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes de cada colaborador, com o objetivo de capacitá-lo para o trabalho em cargo específico. Isso cria uma cadeia de conhecimento, onde já não é necessário parar e deslocar certa quantia de colaboradores para que aprendam ou se desenvolvam sobre determinado assunto, e também cria nestes, certa satisfação com relação à responsabilidade. 3.2 Treinamento Quando falamos em treinamento de colaboradores, falamos sobre o processo de capacitação em torno de um cargo. Um processo de curto prazo onde o colaborador fica capacitado para exercer uma determinada tarefa. Quando um um novo colaborador é contratado, é preciso que ele seja treinado para as responsabilidades e dificuldades que o envolvem. O treinamento, então, visa diminuir as chances da pessoa cometer erros, ensinar os pontos que demandam mais foco e promover segurança no trabalho. Como o treinamento, basicamente, prepara uma pessoa (ou um grupo de pessoas) para as habilidades necessárias dentro de sua função na empresa, ele acontece de forma pontual. Normalmente, por sua característica pontual os treinamentos nas empresas acontecem em semanas, dias ou até mesmo em poucas horas. 3.3 Desenvolvimento Já o processo de desenvolvimento visa o crescimento do indivíduo dentro de habilidades profissionais futuras, em um cargo de liderança ou diverso do que exerce no momento. A duração de ações de desenvolvimento pode variar mais do que o tempo necessário para um treinamento – aqui, dependendo das ações propostas, ele pode precisar de um período maior para surtir o efeito pretendido. A partir da definição de cada treinamento e desenvolvimento, vejamos as etapas que envolvem cada um. 3.4 Identificando as Necessidades O primeiro passo para criar ações efetivas de treinamento e desenvolvimento dentro das organizações é importante entender quais são as necessidades e o que fazer para que essas necessidades sejam supridas. Chiavenato (2008, p.5) afirma que: verificou-se que, se a organização Quer alcançar os objetivos de melhor maneira possível ela precisa saber canalizar os esforços das pessoas que Também estás atinjam os seus objetivos individuais e que ambas as partes saiam ganhando. Modernamente solução do tipo ganhar/ ganhar no jogo de interesses envolvidos é perfeita trata-se dê uma solução que requer negociação participação e sinergia de esforços. De acordo com os dados obtidos, existem acompanhamentos de todo processo de treinamento. Isto é; é feito um estudo da situação atual, do tipo de treinamento necessário para determinada demanda, e após o treinamento executado, espera-se que haja uma modificação significativa. Antes de iniciar um treinamento, é feito todo o estudo que inclui o antes e o depois do cenário que se espera movimentar (treinar) e seus resultados. Como é feito todo plano de ação, pensando em obtenção dos resultados e no desenvolvimento dos profissionais, é analisado a influência no desempenho individual e no todo, para medir o alcance e resultados dos treinamentos ofertados pala empresa. 3.5 Planejamento e Aplicação Depois de elencadas as necessidades organizacionais, é preciso identificar os meios que serão usados para conseguir elaborar as atividades de modo eficiente garantindo os resultados planejados: -objetivo final daquela ação; -metodologia que será utilizada; -duração do treinamento; 3.6 Programação e Execução O Senac adota como base de treinamento, para implementar, na capacitação de seus colaboradores: palestras, reuniões para se alinharem à cultura da organização e ao seu modelo de gestão, avaliando as necessidades de cada colaborador, visando o melhor para eles, tendo em vista os problemas e carências de competências exigidas pelos colaboradores. Segundo Marras (2000, p. 45), “treinamento é o processo de assimilação cultural em curto prazo, que objetiva repassar ou reciclar conhecimentos, habilidades ou atitudes relacionadas diretamente à execução de tarefas ou à sua otimização no trabalho”. Buscando soluções por meio desse ciclo de treinamento como propósito conhecer e tratar as questões dos indivíduos nos seus ambientes de trabalho, além de proporcionar a busca, o conhecimento, a ordenação, o treinamento e o desenvolvimento de seus colaboradores. Os principais métodos de Treinamento adotados pela organização são: método de aprendizagem prática o qual consiste em o colaborador deverá conhecer sua função no próprio posto de trabalho essa esse método é chamado de aprendizagem prática. O método de Exposição de assessoria o colaborador auxilia nas mais diversas funções da empresa podendo assim conhecer mesmo que superficialmente um pouco no trabalho de cada um, mas esse método limita-se a cargos específicos não sendo abrangentes para os professores que trabalham na empresa pesquisada esse método é mais utilizado na área administrativa como RH, financeiro, comercial e contas a pagar. Na empresa pesquisada o que fica mais evidente é modelo proativo, isso quer dizer que a empresa busca estar sempre atualizada, não espera acontecer algo novo para buscar aprimoramento,claro em muitos momentos o reativo também fica a mostra, pois sem sempre o resultado sai como o esperado, aí o motivo do reagente. Analisamos o contexto e podemos dizer que o treinamento reativo é consequência de falhas na comunicação em alguns momentos, isso fica evidente quando questionado o tipo de treinamento reagente a ser feito, em alguns momentos ficou claro que talvez poderia ter sido evitado ou pelo menos previstos algumas questões. O Senac trabalha com desenvolvimento de pessoas, utilizando utiliza três (03) tipos de treinamento: treinamento interno, externo exclusivo e misto. A organização busca sempre a atualização do seu quadro de talentos, está sempre desenvolvendo seus profissionais/ colaboradores a modo de desenvolvê-los para crescimento do negócio e do próprio colaborador. Desenvolve pessoas em seus programas de crescimento profissional. Todo esse processo, se dá através de programas internos e externos, no processo interno em alguma ação especifica elaborado para suprir a demanda a qual se espera obtenção de melhoria, no processo externo é feito através de consultorias mais específico são ofertados para cargos de chefia e ou de confiança. Em geral, os treinamentos internos e mistos têm sua necessidade percebida pela assessoria de recursos humanos, resultando em trabalhos que atendam às necessidades relativas a projetos que estejam sendo realizados em nível institucional. As questões referentes a quem deve ser treinado, como deve ser treinado, em que, por quem, onde e quando, apresentam um planejamento estruturado e proativo, variando conforme a situação/solicitação. Com relação à execução dos programas de T&D, quando previstos, são realizados conforme planejamento prévio. Esse planejamento apresenta uma estrutura predefinida, baseando-se predominantemente no know-how das pessoas que os coordenam, e no recurso financeiro. Quando os programas são solicitados por outras áreas ou mesmo por funcionários individualmente, a execução fica sob responsabilidade do solicitante, cabendo ao Recursos Humanos, após a análise da solicitação, encaminhar ao setor responsável para reserva de espaço, hospedagem etc., e então custear o evento. O processo de solicitação se dá através do preenchimento de formulários disponíveis na intranet, que devem ser então encaminhados ao Recursos Humanos que emite, se aprovado, uma guia de confirmação de evento. 3.7 Avaliação de Treinamento/Avaliação de Desempenho O processo de avaliação dos treinamentos no Senac é uma prática rotineira na organização, e o que se percebe é que sua ocorrência se dá nos treinamentos internos e mistos. Quando feito, o mesmo acorre através de análise subjetiva. A avaliação do processo de treinamento é utilizada como um feedback dos treinados em relação ao que foi desenvolvido, haja vista que as avaliações feitas são tabuladas e analisadas, com a verificação quanto à efetividade ou alcance dos treinamentos. Em decorrência do exposto, toda avaliação feita serve como base para a elaboração de treinamentos posteriores. 3.8 Programas de Educação Corporativa A educação corporativa parte da identificação de competências para que seja possível atender de forma continuada às necessidades de T&D de seus funcionários. O SENAC, tem claras quais as competências de seu corpo funcional, além de ter definidas quais competências futuras são desejadas. Desse modo é lícito considerar que a organização tem claras quais competências devem ser desenvolvidas, quer sejam no âmbito das competências essenciais, grupais e/ou individuais. Por fim, entende-se que os programas de educação corporativa oferecidos pelo SENAC aos seus colaboradores facilitam o cumprimento de sua missão organizacional, uma vez que são direcionados a ele. Considerando as estratégias como os pilares que visam atender a missão da organização é possível visualizar a educação corporativa como objetivo pretendido na questão referente à gestão de pessoas, onde se conclui que a relação da educação corporativa com a missão da instituição é global. 4. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL “Desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades dos presentes sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras satisfazerem suas próprias necessidades” (NOSSO FUTURO COMUM, 1991). A partir da primeira metade do século XX a conservação do meio ambiente começou a ser discutida e tratada com maior atenção devido à uma pesquisa que ligava o aumento da população com a diminuição dos recursos naturais, podendo causar a sua extinção e consequentemente a extinção da população. Em seguida a ONU, Organizações das Nações Unidas, em 1983 criou a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento buscando um movimento mundial de preservação do meio ambiente. Depois que foi compreendida a importância de preservação ao meio ambiente, foram criadas leis que buscam garantir a manutenção da natureza sem comprometer o desenvolvimento econômico, apesar de ser inevitável que a extração de recursos naturais acabe degradando o meio ambiente. O Senac possui um programa de conscientização socioambiental, com objetivo de ensinar seus alunos e colaboradores a otimizar o uso de recursos e criar uma noção da necessidade em cuidar do meio ambiente, as ações do programa envolvem; adoção de novas práticas em relação ao meio ambiente; ensinamentos sobre a coleta seletiva de lixo; compras sustentáveis com objetivo de equilibrar o financeiro e o meio ambiente e métodos de construção sustentável. 4.1 Aspectos Históricos Antigamente com o surgimento das primeiras cidades e o aumento populacional somado a revolução industrial no século XVIII, houve um crescimento econômico muito grande, porém sem nenhum controle ou preocupação com os recursos naturais, a falta de tecnologia daquela época fazia com que fosse necessário gastar uma enorme quantidade recursos e energia, para realizar os processos industriais, na segunda metade do século XX o crescimento econômico se intensificou ainda mais, tornando visíveis os problemas ambientais. Com isso foi realizado um encontro para criar estratégias de enfrentamento a esses problemas, esse relatório foi produzido em 1972 com o nome de Limites do Crescimento, nesse relatório estava previsto um desastre ecológico nos próximos 100 anos, caso nenhuma atitude fosse tomada. 4.2 Encontros mundiais Em 1968 houveram três reuniões que buscaram formar estratégias para enfrentar os problemas ambientais. O primeiro encontro reuniu 10 países na Itália com objetivo de promover novas iniciativas e planos de ação, nesse encontro foi discutido uma previsão de um desastre ecológico, que se baseava na tendência de crescimento populacional, industrialização, contaminação ambiental, produção de alimentos e esgotamento de recursos. Publicado num relatório chamado Limites do Crescimento em 1972. O segundo encontro foi promovido pela Organização Cultural das Nações Unidas (Unesco), em paris, com a finalidade de trazer conhecimentos naturais e sociais para melhor utilização dos recursos naturais e melhorar a relação entre o homem e a natureza E o terceiro encontro foi na cidade de Estocolmo (Suécia), em 1972, realizado pela Assembleia das Nações Unidas, onde foi discutida a limitação do desenvolvimento econômico dos países subdesenvolvidos e lançamento dos primeiros passos para o conceito de desenvolvimento sustentável. 4.3 Negligência Ou Acidentes? Apesar de todo cuidado com o meio ambiente, algumas catástrofes já marcaram e muito nosso planeta, um exemplo disso é o caso de Chernobyl na Ucrânia em 1986, o pior acidente nuclear da história. No Brasil também já tivemos grandes acidentes nucleares, um dos mais marcantes foi em Goiânia (GO) no ano de 1987, onde dois catadores de lixo abriram um aparelho radiológico que continha
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