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ORIGEM DA ZONA COSTEIRA Superposição/Sombreamento com: • Geologia e Geofísica Marinha • Sedimentologia • Estratigrafia • Geologia Ambiental • Arqueologia (costeira e marinha) • Gerenciamento Costeiro • Engenharia Costeira • Oceanografia O que é a Zona Costeira ? Zona onde ocorre a interação entre o continente, a atmosfera e o oceano Será que esta definição é adequada ??? Plataforma Continental Talude Elevação Continental Durante o Quaternário (últimos 1,8 ma) o nível do mar variou verticalmente dezenas de metros, várias vezes, devido a expansão e contração dos lençóis de gelo em altas latitudes 6 7 MUDANÇAS DO NÍVEL DO MAR DURANTE OS ÚLTIMOS 9 MA MUDANÇAS DO NÍVEL DO MAR DURANTE OS ÚLTIMOS 2 MILHÕES DE ANOS Nível do Mar Atual 0 21 EXCENTRICIDADE: 95 ka, 123 ka, 413 ka CICLOS DE MILANKOVITCH OBLIQUIDADE: 41 ka CICLOS DE MILANKOVITCH PRECESSÃO: 19 ka, 23 ka A natureza cíclica dos três parâmetros orbitais causa variações cíclicas do grau de insolação em altas latitudes provocando o avanço e recuo dos lençóis de gelo ATUAL 20.000 anos atrás: -120 m SUL DA BAHIA 16.000 anos AP Situação AtualSituação 20.000 anos atrás – nível do mar: - 120 m A ZONA COSTEIRA COMO UM SISTEMA: um conjunto de elementos que interagem e formam um todo integrado nível do mar nível do mar ZONA COSTEIRA Área de abrangência do PNGC: Faixa Marítima - é a faixa que se estende mar afora distando 12 milhas marítimas das Linhas de Base estabelecidas de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, compreendendo a totalidade do Mar Territorial. Faixa Terrestre - é a faixa do continente formada pelos municípios que sofrem influência direta dos fenômenos ocorrentes na Zona Costeira, DEFINIÇÕES IMPORTANTES: MAR TERRITORIAL – fixado até um limite que não ultrapassa12 milhas marítimas ( 1m.m. = 1.852 m) medidas a partir das linhas de base do litoral. A soberania do estado costeiro estende-se até o mar territorial. ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA (ZEE) – não se estenderá além das 200 milhas marítimas das linhas de base do litoral. O estado costeiro tem direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais vivos e não vivos. ZEE DEFINIÇÕES IMPORTANTES: PLATAFORMA CONTINENTAL JURÍDICA Compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do seu mar territorial até o bordo exterior da margem continental. O limite mínimo são as 200 milhas da ZEE. O estado costeiro exerce direitos de soberania para efeitos de exploração de recursos minerais do leito do mar e subsolo e organismos vivos sedentários. PLATAFORMA CONTINENTAL JURÍDICA Critérios para a Delimitação: Espessura de sedimentos e distâncias fixas medidas a partir do pé do talude continental PLATAFORMA CONTINENTAL JURÍDICA DO BRASIL Zona Econômica Exclusiva Plataforma Continental Jurídica O território marítimo brasileiro tem cerca de 3,6 milhões de km² (ZEE). O Brasil está pleiteando, junto à ONU, um acréscimo de 900 mil km² a essa área, em pontos onde a Plataforma Continental vai além das 200 milhas náuticas (370 km). Caso aceita a proposta brasileira, as águas jurisdicionais brasileiras somarão quase 4,5 milhões de km². Uma área maior do que a Amazônia verde. Uma Amazônia em pleno mar. AMAZÔNIA AZUL IMPORTÂNCIA DA ZONA COSTEIRA Cada vez mais valorizada para usos recreativos e estéticos IMPORTÂNCIA DA ZONA COSTEIRA 1. Contém alguns dos mais complexos, diversos e produtivos ecossistemas do planeta. 2. Recifes de corais, manguezais, terras úmidas, e planícies de maré são importantes áreas de reprodução, bercário e alimentação para a maioria das espécies marinhas conhecidas. 60 % da população mundial (4 bilhões de pessoas) vive a menos de 50 km da linha de costa. 2/3 das cidades do mundo com população superior a 2,5 milhões de habitantes estão situadas próximo a estuários. IMPORTÂNCIA DA ZONA COSTEIRA “Say but that they are a ruin, and you have in one word explained them all”. Thomas Burnet (Telluris Theoria Sacra) - 1681 ORIGEM DA ZONA COSTEIRA A TERRA É UMA RUÍNA As Zonas Costeiras e sua beleza cênica são também parte deste processo de destruição (e recriação) do planeta. “Say but that they are a ruin, and you have in one word explained them all” Thomas Burnet (Telluris Theoria Sacra) - 1681 A ORIGEM DO RIO AMAZONAS TECTÔNICA DE PLACAS ORIGEM DA ZONA COSTEIRA ORIGEM DA ZONA COSTEIRA Plataforma Continental Talude Elevação Continental ZONA COSTEIRA DO BRASIL ZONA COSTEIRA DO BRASIL ZONA COSTEIRA DO BRASIL ZONA COSTEIRA DO BRASIL Grupo Barreiras – Tabuleiros Costeiros Depósitos Quaternários Bacias Sedimentares Cretácicas Embasamento Cristalino Plataforma Continental ROCHAS CRISTALINAS ROCHAS SEDIMENTARES SEDIMENTOS SEDIMENTOS Plataforma Continental Talude Elevação Continental TECTÔNICA DE PLACAS O s R ift es M es oz ói co s do R ec ôn ca vo - C am am u Baía de Todos os Santos Baía de Camamu Baía da Lagoa Encantada Baía de Todos os Santos Baía de Todos os Santos 49 50 51 52 SUB-BACIA DO RECÔNCAVO Três fases de pré-enchimento: Pré-rifte - antecede a implantação do rifte. Data do final do Jurássico (150-145 ma). Lagos rasos em um clima desértico (rios temporários e campos de dunas). Rifte - marcada pelo aparecimento brusco de sedimentos lacustres por volta de 145 ma. O lago tectônico estava completamente assoreado por volta de 125 ma. Pós-Rifte - soerguimento durante aprox. 10 ma, após o que ocorre deposição de sedimentos continentais. Segue-se um intervalo de aprox. 90-100 milhões de anos dominado por processos erosivos. 1 - B A C IA D O R EC Ô N C AV O H IS TÓ R IA D E PR EE N C H IM EN TO BACIA DO RECÔNCAVO - PRINCIPAIS FALHAS BACIA DO RECÔNCAVO - FASE PRÉ-RIFTE Final do Jurássico (150-145 ma) BACIA DO RECÔNCAVO - FASE RIFTE BACIA DO RECÔNCAVO - FASE RIFTE (145-125 ma) 59 FASE PÓS- RIFTE Após 125 ma atrás, episódio de soerguimento com duração aproximada de 10 ma, seguido pela deposição de sedimentos continentais (Fm. Marizal) A altura máxima alcançada pelo nível do mar ainda não está bem estabelecida, mas se situaria entre 25 e 150 m acima do nível do mar, a depender da metodologia utilizada. Trabalhos recentes, entretanto, posicionam o nível do mar em torno de 45-55 m acima do nível atual. Deposição das Formações Barreiras e Sabiá. A queda do nível do mar no Mioceno médio/superior é significativa porque está associada ao estabelecimento permanente do lençol de gelo do leste da Antártica (EAIS – East Antarctic Ice Sheet) O NÍVEL DE MAR ALTO DO MIOCENO MUDANÇAS CLIMÁTICAS CENOZÓICAS Os trabalhos anteriores desconsideraram o papel fundamental das variações eustáticas do nível do mar, durante o Cenozóico. Este é talvez o principal fator a determinar a origem e o modelado da Baía de Todos-os-Santos, que teria resultado da erosão diferencial associada a um dramático rebaixamento do nível de base. Existe uma perfeita correlação entre a altitude do terreno e a resistência das diferentes unidades geológicas à erosão. Captura de Drenagem Pε K 4 - A BAÍA DE TODOS OS SANTOS - os últimos 120.000 anos A BAÍA DE TODOS OS SANTOS 20.000 ANOS ATRÁS 5 - A BAÍA DE TODOS OS SANTOS - HOJE 5 - A BAÍA DE TODOS OS SANTOS - HOJE A BAÍA DE TODOS OS SANTOS - HOJE 71 LAJES ROCHOSAS 73 CIRCULAÇÃO NA BAÍA DE TODOS OS SANTOS CIRCULAÇÃO NA BAÍA DE TODOS OS SANTOS CIRCULAÇÃO NA ENTRADA DA BTS A BAÍA DE TODOS OS SANTOS HOJE Lyell (1830): “....como a condição atual das nações é o resultado de muitas mudanças antecedentes, algumas extremamente remotas e outras recentes, algumas graduais e outras súbitas e violentas, também o estado do mundo natural é o resultado de uma longa sucessão de eventos, e se nós desejarmos expandir nossa experiência da presente economia da natureza, devemos investigar os efeitos de suas operações em épocas pretéritas”. ORIGEM DOS TABULEIROS COSTEIROS E PLANÍCIES QUATERNÁRIAS CENOZOIC CLIMATE CHANGES Barreiras Deposition ÁREA DE OCORRÊNCIA DA FORMAÇÃO BARREIRAS 0 500 1800 m 1000 Tb Fonte: CPRM – Mapa Geológico do Brasil A Formação Barreiras é uma das mais expressivas unidades estratigráficas da costa brasileira, ocorrendo de modo quase ininterrupto do Rio de Janeiro ao Pará. ORIGEM DA FORMAÇÃO BARREIRAS 0 500 1800 m 1000 Tb Fonte: CPRM – Mapa Geológico do Brasil Considerada classicamente como de origem fluvial-lacustre. Nas últimas décadas, principalmente na região norte do Brasil, vários autores chamaram atenção para uma origem marinha/costeira. Deposição associada a um nível de mar alto durante o Mioceno Inferior-Médio. (p.ex. Araí 2006, Rossetti 2001). ORIGEM: ONLAP DE FACIES COSTEIRAS/FLUVIAIS SOBRE UNIDADES MAIS ANTIGAS (PRINCIPALMENTE EMBASAMENTO) IDADE: MIOCENO MÉDIO/INFERIOR ALCÂNTARA - MA K FM. BARREIRAS (transicional – estuarino) PÓS-BARREIRAS Lateritas ALCÂNTARA - MA FM. BARREIRAS (tidal bundles – estuarino) ALCÂNTARA - MA FM. BARREIRAS (fácies heterolíticas) ALAGOAS FM. BARREIRAS (sandwaves – tidal bundles) BAHIA FM. BARREIRAS (depósitos de tempestades) BAHIA FM. BARREIRAS (traços-fósseis) BAHIA FM. BARREIRAS (traços-fosséis - Ophiomorpha) BAHIA FM. BARREIRAS (traços-fósseis) BAHIA FM. BARREIRAS (traços-fósseis) BAHIA FM. BARREIRAS (Barita) BAHIA FM. BARREIRAS (Barita) ALTITUDES DA FORMAÇÃO BARREIRAS Extraídas do SRTM Miller et al. (2005) Haq et al. (1988) CENOZOIC CLIMATE CHANGES Barreiras Deposition MUDANÇAS DO NÍVEL DO MAR DURANTE OS ÚLTIMOS 9 MA Large NHIS Miller et al. (2005) TABULEIROS COSTEIROS Durante os últimos 2ma o nível do mar raramente esteve tão alto como hoje PRINCIPAL IMPLICAÇÃO: incisão de uma rede de drenagem na Formação Barreiras. Nível do Mar Atual 0 21 Miller et al. (2005) 108 Texto ENERGIA RELATIVA DE ONDAS e MARÉS areia lama terras úmidas ENERGIA DE ONDAENERGIA DAS MARÉS "Strandplain" Planície aluvial Delta Planícies de Maré (modificado de Boyd et al. 1992) ENERGIA RELATIVA DE ONDAS E MARÉS M AR ÉS O ND AS DOMINADO POR MARÉS DOMÍNIO MISTO DOMINADO POR ONDAS ENERGIA RELATIVA DE ONDAS E MARÉS areia lama terras úmidas ENERGIA DE ONDAENERGIA DAS MARÉS "Strandplain" Planície aluvial Delta Planícies de Maré (modificado de Boyd et al. 1992) PARÁ BAHIA PARÁ - Dominado por Marés Planície de Belmonte (BA) - Dominado por Ondas ü No Continente - tipos de solos e conseqüentemente a vegetação e a vida silvestre. üNo Mar – tipos de fundo, circulação, níveis de energia e distribuição de habitats submarinos. HERANÇA GEOLÓGICA (RELEVO) + CLIMA + PROCESSOS Determinam: RECURSOS NATURAIS São Francisco Jequitinhonha Doce Paraiba do Sul Salvador RELEVO Frentes Frias Zona de Convergência Intertropical Ventos Alísios CLIMA - CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA Banco Royal Charlotte Banco de Abrolhos Complexo Recifal de Abrolhos Bacia Sedimentar do Reconcavo Bacia Sedimentar de Almada HERANÇA GEOLÓGICA Bacia Sedimentar de Camamu SEDIMENTOS DE FUNDO Areia (<2 mm, >0.062 mm) SILICICLASTOS SEDIMENTOS DE FUNDO Cascalho (>2 mm) BIOCLASTOS PLATAFORMA CONTINENTAL Fundos Arenosos Fundos Consolidados Fundos de Cascalho üMata Atlântica üRestingas üTerras Úmidas üManguezais üRecifes de Corais üDunas üPraias üPlataforma Continental Manguezal Mata Atlântica Terras Úmidas Restinga Recifes de CoraisDunas Praias Plataforma Continental Principais Ecossistemas da Zona Costeira A Zona Costeira possui uma grande variedade de recursos naturais explorados pelo homem – Usos Múltiplos RECURSOS NATURAIS: Materiais, organismos, localidades e processos úteis ou de valor para a sociedade (ar, água, solos, rochas, minerais, organismos etc)
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