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CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 1 AULA 02 Olá, amigos! Hoje daremos seqüência ao nosso estudo, com mais uma bateria de questões! O ritmo deste Curso, conforme vocês estão percebendo, é rápido! E nem poderia ser de outra forma, tendo em vista a real expectativa por um novo concurso da Receita Federal. É, pois, de fundamental importância, que você faça um esforço de superação, e encontre tempo para resolver nossos simulados! Superação é a palavra de ordem! Seguem, portanto, as nossas quatorze questões de hoje. Novamente, marque a hora e comece o teste! Boa sorte! Q U E S T Õ E S 14. (AFRF-2002) Em um ensaio para o estudo da distribuição de um atributo financeiro (X) foram examinados 200 itens de natureza contábil do balanço de uma empresa. Esse exercício produziu a tabela de freqüências abaixo. A coluna Classes representa intervalos de valores de X em reais e a coluna P representa a freqüência relativa acumulada. Não existem observações coincidentes com os extremos das classes. Classes P (%) 70-90 5 90-110 15 110-130 40 130-150 70 150-170 85 170-190 95 190-210 100 Assinale a opção que corresponde à estimativa da freqüência relativa de observações de X menores ou iguais a 145. a) 62,5% b) 70,0% c) 50,0% d) 45,0% e) 53,4% (AFRF-2000) Freqüências Acumuladas de Salários Anuais, em Milhares de Reais, da Cia. Alfa Classes de Salário Freqüências Acumuladas ( 3 ; 6] 12 ( 6 ; 9] 30 ( 9 ; 12] 50 (12 ; 15] 60 (15 ; 18] 65 (18 ; 21] 68 Quer-se estimar o salário médio anual para os empregados da Cia. Alfa. Assinale a opção que representa a aproximação desta estatística calculada com base na distribuição de freqüências. a) 9,93 b) 15,00 c) 13,50 d) 10 e) 12,50 CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 2 23. (AFC-94) A média e a variância do conjunto dos salários pagos por uma empresa eram de $285.000 e 1,1627x1010, respectivamente. O valor da variância do conjunto dos salários após o corte de três zeros na moeda é: a) 1,1627x107 b) 1,1627x106 c) 1,1627x105 d) 1,1627x104 44. (AFRF-2002) Em um ensaio para o estudo da distribuição de um atributo financeiro (X) foram examinados 200 itens de natureza contábil do balanço de uma empresa. Esse exercício produziu a tabela de freqüências abaixo. A coluna Classes representa intervalos de valores de X em reais e a coluna P representa a freqüência relativa acumulada. Não existem observações coincidentes com os extremos das classes. Classes P (%) 70-90 5 90-110 15 110-130 40 130-150 70 150-170 85 170-190 95 190-210 100 Seja S o desvio padrão do atributo X. Assinale a opção que corresponde à medida de assimetria de X como definida pelo primeiro coeficiente de Pearson. a) 3/S b) 4/S c) 5/S d) 6/S e) 0 50. (FISCAL DO INSS-2002) Uma estatística importante para o cálculo do coeficiente de assimetria de um conjunto de dados é o momento central de ordem três µ3. Assinale a opção correta. a) O valor de µ3 é obtido calculando-se a média dos desvios absolutos em relação à média. b) O valor de µ3 é obtido calculando-se a média dos quadrados dos desvios em relação à média. c) O valor de µ3 é obtido calculando-se a média dos desvios positivos em relação à média. d) O valor de µ3 é obtido subtraindo-se o cubo da média da massa de dados da média dos cubos das observações. e) O valor de µ3 é obtido calculando-se a média dos cubos dos desvios em relação à média. 57. (AFRF-2000) Um índice de preços com a propriedade circular, calculado anualmente, apresenta a seqüência de acréscimos δ1 = 3 %, δ2 = 2% e δ3 = 2 %, medidos relativamente ao ano anterior, a partir do ano to . Assinale a opção que corresponde ao aumento de preço do período to + 2 em relação ao período to – 1. a) 7,00% b) 6,08% c) 7,16% d) 9,00% e) 6,11% 3. (AFRF-2002/2) Uma conta no valor de R$ 2.000,00 deve ser paga em um banco na segunda-feira, dia 8. O não pagamento no dia do vencimento implica uma multa fixa de 2% sobre o valor da conta mais o pagamento de uma taxa de permanência de 0,2% por dia útil de atraso, calculada como juros simples, sobre o valor da conta. Calcule o valor do pagamento devido no dia 22 do mesmo mês, considerando que não há nenhum feriado bancário no período. a)R$2.080,00 b)R$2.084,00 c)R$2.088,00 d)R$2.096,00 e)R$2.100,00 8. (AFRF-2002/2) Os capitais de R$ 7.000,00, R$ 6.000,00, R$ 3.000,00 e R$ 4.000,00 são aplicados respectivamente às taxas de 6%, 3%, 4% e 2% ao mês, no regime de juros simples durante o mesmo prazo. Calcule a taxa média proporcional anual de aplicação destes capitais. a) 4% b) 8% c) 12% d) 24% e) 48% CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 3 16. (AFRF-2002/1) Indique qual o capital hoje equivalente ao capital de R$ 4.620,00 que vence dentro de cinqüenta dias, mais o capital de R$ 3.960,00 que vence dentro de cem dias e mais o capital de R$ 4.000,00 que venceu há vinte dias, à taxa de juros simples de 0,1% ao dia. a)R$10.940,00 b)R$11.080,00 c)R$12.080,00 d)R$12.640,00 e)R$12.820,00 21. (AFRF-2001) Um capital é aplicado a juros compostos durante seis meses e dez dias, a uma taxa de juros de 6% ao mês. Qual o valor que mais se aproxima dos juros obtidos como porcentagem do capital inicial, usando a convenção linear? a) 46,11% b) 48,00% c) 41,85% d) 44,69% e) 50,36% 33. (AFRF-1996) Uma empresa obteve um financiamento de $ 10.000 à taxa de 120% ao ano capitalizados mensalmente (juros compostos). A empresa pagou $ 6.000 ao final do primeiro mês e $ 3.000 ao final do segundo mês. O valor que deverá ser pago ao final do terceiro mês para liquidar o financiamento (juros + principal) é: a) $ 3.250 b) $ 3.100 c) $ 3.050 d) $ 2.975 e) $ 2.750 43. (SEFAZ-PI-2001) Ana contraiu uma dívida, comprometendo-se a saldá-la em dois pagamentos. Em 1o de março de 2001, deveria ser efetuado o primeiro pagamento no valor de R$ 3.500,00. O segundo pagamento, no valor de R$ 4.500,00, deveria ser efetuado 6 meses após o primeiro, ou seja, em 1o de setembro de 2001. Contudo, no vencimento da primeira parcela, não dispondo de recursos, Ana propôs uma repactuação da dívida, com um novo esquema de pagamentos. O esquema apresentado foi o de efetuar um pagamento de R$ 5.000,00 em 1º de junho de 2001, e pagar o restante em 1o de dezembro do mesmo ano. Se a dívida foi contratada a uma taxa de juros compostos igual a 5% ao mês, então o valor a ser pago em 1o de dezembro deveria ser igual a: a) R$ 3.200,00 d) R$ 5.432,00 b) R$ 3.452,20 e) R$ 6.362,00 c) R$ 3.938,48 78. (TTN/94) Paulo colocou $200.000,00 à taxa de juros simples comerciais de 96% ao ano, pelo prazo de 10 meses. Entretanto, antes do término do prazo conseguiu um aumento da taxa de juros para 144% ao ano, para o restante do prazo. Sabendo-se que ao final do período recebeu o montante de $376.000,00, o tempo que o capital ficou aplicado à taxa menor foi de (juros simples comerciais para todo o período): a) 2 meses b) 3 meses c) 6 meses d) 8 meses e) 9 meses 79. (Anal. Orçamento/1997) Um negociante, para efetuar o pagamento de encomendas, deve dispor de R$ 1.000,00 daqui a 4 meses e R$ 2.530,00 daqui a 8 meses. Para tanto, deseja aplicar hoje uma quantia X que lhe permita retirar as quantias necessárias nas datas devidas, ficando sem saldo no final. Se a aplicação for feita a juro simples, à taxa de 2,5% ao mês, o valor de Xdeve ser: (A) R$ 3 000,00 (D) R$ 3 150,00 (B) R$ 3 050,00 (E) R$ 3 200,00 (C) R$ 3 100,00 CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 4 2ª Etapa) Resolução das Questões 14. (AFRF-2002) Em um ensaio para o estudo da distribuição de um atributo financeiro (X) foram examinados 200 itens de natureza contábil do balanço de uma empresa. Esse exercício produziu a tabela de freqüências abaixo. A coluna Classes representa intervalos de valores de X em reais e a coluna P representa a freqüência relativa acumulada. Não existem observações coincidentes com os extremos das classes. Classes P (%) 70-90 5 90-110 15 110-130 40 130-150 70 150-170 85 170-190 95 190-210 100 Assinale a opção que corresponde à estimativa da freqüência relativa de observações de X menores ou iguais a 145. a) 62,5% b) 70,0% c) 50,0% d) 45,0% e) 53,4% Sol.: A questão nos trouxe uma distribuição de freqüências, com duas colunas: a das classes e uma outra, a qual chamou de P, acompanhada de um sinal de percentagem (%). Ora, esse sinal % é o indicativo, é a pista que precisamos para saber que se trata de uma coluna de freqüência relativa – F. E se estamos bem lembrados, existem três tipos de freqüências relativas: a freqüência relativa simples (Fi), a freqüência relativa acumulada crescente (Fac) e a freqüência relativa acumulada decrescente (Fad). As duas freqüências relativas acumuladas irão começar ou terminar com 100%. É esse nosso caso? Sim! Esta coluna terminou com 100%. Daí, sabemos que é uma coluna de freqüência relativa acumulada. Ora, para saber se é crescente ou decrescente, basta acompanhar os valores desta coluna. Eles crescem ou decrescem? Aumentam ou diminuem? Aumentam. Conclusão final: temos uma coluna de freqüência relativa acumulada crescente – Fac. Podemos até reescrever a tabela, da seguinte forma: Classes Fac 70-90 5% 90-110 15% 110-130 40% 130-150 70% 150-170 85% 170-190 95% 190-210 100% O enunciado nos pede, com outras palavras, para indicarmos qual o percentual de elementos do conjunto que apresenta valor (dentro das classes) abaixo de 145. Analisemos a tabela acima. Vejamos a primeira classe. O que podemos dizer sobre ela? Ora, a classe vai até o limite de 90, e a freqüência relativa acumulada crescente é 5%. Então, podemos dizer que até esse limite 90, já acumulamos 5% dos elementos do CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 5 conjunto! Entendemos com isso que 5% dos elementos do conjunto tem valor abaixo de 90. Compreendido? Daí, afirmaremos que 5% é a Fac associada a esse limite 90. Certo? Para a segunda classe, cujo limite superior é 110, temos Fac de 15%. Isso nos leva a concluir que já acumulamos 15% dos elementos do conjunto até esse limite 110. Ou seja, 15% dos elementos do conjunto estão abaixo do limite 110. Podemos, pois, dizer que 15% é a Fac associada a esse limite 110. Certo? E assim por diante! Teremos: Æ 40% é a Fac associada ao limite 130; Æ 70% é a Fac associada ao limite 150; Æ 85% é a Fac associada ao limite 170; Æ 95% é a Fac associada ao limite 190; O que pergunta a questão? Qual o percentual de elementos do conjunto que estão abaixo do limite 145. É isso! Observando as classes da nossa distribuição de freqüências, tentemos localizar esse valor 145. Façamos isso. Ora, vemos que 145 não aparece nem como limite inferior, nem como limite superior de nenhuma das classes. Ao contrário, é um valor inserido na quarta classe. Vejamos: Classes Fac 70-90 5% 90-110 15% 110-130 40% 130-150 70% 150-170 85% 170-190 95% 190-210 100% O que fazer agora? Traremos aqui para o lado de fora da tabela aquela classe dentro da qual se encontra o limite 145 que nos interessa. Faremos o seguinte desenho: 130 150 Agora, na parte de baixo do desenho, colocaremos a Fac associada a cada limite da classe, ou seja, ao limite inferior (130) e ao limite superior (150). Ora, já sabemos quem são essas Fac associadas! Teremos, portanto: 130 150 40% 70% Agora o desenho já está quase pronto! Para completá-lo, retornaremos à pergunta da questão. O que temos na pergunta? Temos o limite 145, que fica dentro da classe. Ora, como os limites da classe ficam na parte de cima do desenho, então 145 também ficará lá. Teremos: 130 145 150 40% 70% Queremos saber o percentual acima ou abaixo de 145? Abaixo. Logo: CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 6 130 145 150 40% 70% Pronto! Agora podemos matar a questão, fazendo uma regra-de-três simples com os seguintes valores: 20 15 130 145 150 40% 70% X 30% Daí, conhecendo esses quatro valores destacados em azul e vermelho, formaremos uma regra-de-três simples para descobrir o valor do X. Teremos: . 20 . = . 15 . Æ Daí: X=22,5% 30% X Agora só nos resta compor o resultado! Até a classe anterior já estavam acumulados 40% dos elementos do conjunto. Avançando na quarta classe, até chegarmos ao limite 145, acumulamos mais 22,5% dos elementos. Daí, concluímos que o percentual de elementos do conjunto abaixo do limite 145 será: Æ 40% + 22,5% = 62,5% Æ Resposta! Freqüências Acumuladas de Salários Anuais, em Milhares de Reais, da Cia. Alfa Classes de Salário Freqüências Acumuladas ( 3 ; 6] 12 ( 6 ; 9] 30 ( 9 ; 12] 50 (12 ; 15] 60 (15 ; 18] 65 (18 ; 21] 68 CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 7 Quer-se estimar o salário médio anual para os empregados da Cia. Alfa. Assinale a opção que representa a aproximação desta estatística calculada com base na distribuição de freqüências. a) 9,93 b) 15,00 c) 13,50 d) 10 e) 12,50 Sol.: A questão pede o cálculo da média (aritmética). Como o conjunto está apresentado na forma de uma distribuição de freqüências, então encontraremos a média pelo método da variável transformada, cujos passos são os seguintes: 1º Passo) verificar se já dispomos da coluna da freqüência absoluta simples (fi). Se já a tivermos, passamos ao passo seguinte. Caso contrário, será preciso construí-la. Ora, a tabela fornecida nos traz a coluna das classes e uma coluna de freqüências absolutas acumuladas crescentes (fac). Descobrimos isso porque não há nenhum sinal indicativo de que fosse uma coluna de freqüência relativa. Ou seja, nenhum sinal de %, nem no cabeçalho da coluna, nem ao longo dela. É acumulada porque isso está dito sobre a tabela. E é crescente porque os valores da coluna estão sempre aumentando (12, 30, 50, ...). Em suma: precisamos construir a coluna da freqüência absoluta simples – fi. Na primeira classe (a mais de cima) estas duas freqüências – fi e fac – são iguais. Logo: Classes de Salário fac fi ( 3 ; 6] 12 12 ( 6 ; 9] 30 ( 9 ; 12] 50 (12 ; 15] 60 (15 ; 18] 65 (18 ; 21] 68 E o restante da coluna do fi? Qual o comando de construção? É uma subtração: próxima fac menos fac anterior. Daí, teremos: Classes de Salário fac fi ( 3 ; 6] 12 12 ( 6 ; 9] 30 18 (=30-12) ( 9 ; 12] 50 20 (=50-30) (12 ; 15] 60 10 (=60-50) (15 ; 18] 65 5 (=65-60) (18 ;21] 68 3 (=68-65) 2º Passo) Construir a coluna dos Pontos Médios (PM). Teremos: Classes de Salário fac fi PM ( 3 ; 6] 12 12 4,5 ( 6 ; 9] 30 18 7,5 ( 9 ; 12] 50 20 10,5 (12 ; 15] 60 10 13,5 (15 ; 18] 65 5 16,5 (18 ; 21] 68 3 19,5 Estamos, obviamente, recordados de que o Ponto Médio de uma classe é aquele ponto que está exatamente no meio daquela classe! O próprio nome sugere isso! Caso não consigamos enxergar facilmente quem é o PM de uma classe, só teríamos que CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 8 somar o limite inferior da classe, mais o limite superior, e dividir esse resultado por dois. Ou seja: PM=(linf + lsup) / 2 Ainda existe um facilitador: se as classe são todas de mesma amplitude (como ocorre nesta tabela, em que h=3), basta encontrarmos o valor do primeiro ponto médio (o PM da primeira classe) e sair somando esse valor com o da amplitude (h). Lembrados disso? Pois bem, adiante! 3º Passo) Construir a coluna de transformação da variável, aceitando a seguinte sugestão: (Ponto Médio menos 1º Ponto Médio) / amplitude da classe. Ou seja, construiremos a seguinte coluna: Classes de Salário fac fi PM ( ) YiPM =− 3 5,4 ( 3 ; 6] 12 12 4,5 0 ( 6 ; 9] 30 18 7,5 1 ( 9 ; 12] 50 20 10,5 2 (12 ; 15] 60 10 13,5 3 (15 ; 18] 65 5 16,5 4 (18 ; 21] 68 3 19,5 5 Analisemos o que foi feito: tomamos os Pontos Médios originais, ou seja, os Pontos Médios relativos à variável original e os transformamos por meio de duas operações: 1ª operação) subtraímos de 4,5 (que é o valor do primeiro ponto médio!); e 2ª operação) dividimos por 3 (que é o valor da amplitude da classe!). Com isso, deixamos de trabalhar com a variável original (os salários da primeira coluna) e passamos a trabalhar com uma chamada variável transformada! Outra curiosidade é que, caso sigamos a sugestão de transformação da variável que foi aqui adotada [(PM menos 1º PM)/amplitude da classe] teremos que essa coluna será sempre formada pelos valores zero, um, dois, três, ... Viram isso? Será sempre assim, desde que as classe tenham mesma amplitude! 4º Passo) Construir a coluna fi.Yi e fazer seu somatório. Teremos: Classes de Salário fac Fi PM ( ) YiPM =− 3 5,4 Yi.fi ( 3 ; 6] 12 12 4,5 0 0 ( 6 ; 9] 30 18 7,5 1 18 ( 9 ; 12] 50 20 10,5 2 40 (12 ; 15] 60 10 13,5 3 30 (15 ; 18] 65 5 16,5 4 20 (18 ; 21] 68 3 19,5 5 15 68 123 5º Passo) Calcular o valor da Média da Variável Transformada Y: Ora, para fazer isso, aplicaremos a fórmula do cálculo da média para uma distribuição de freqüências. É a seguinte: n Yifi Y ∑= . Daí, teremos: CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 9 n Yifi Y ∑= . Æ 81,1 68 123 ==Y 6º Passo) Aplicarmos, à coluna de transformação, as propriedades da Média, para soma, subtração, produto e divisão. Ou seja, se estamos trabalhando com Média Aritmética, só precisamos nos lembrar de uma frase: a média é influenciada pelas quatro operações. Sabendo disso, faremos: ( ) YPM =− 3 5,4 Æ ( ) YX =− 3 5,4 Æ ( ) YX =− 3 5,4 Ou seja, onde há X passa a haver X e onde há Y passa a haver Y . Simplesmente isso! Daí, verificamos que o valor de Y já é nosso conhecido. Foi calculado no passo anterior. Logo, isolaremos o X e o calcularemos. É o próximo passo! Teremos: ( ) YX =− 3 5,4 Æ ( ) 81,1 3 5,4 =−X Æ X -4,5=5,43 Æ X =9,93 Æ Resposta! 23. (AFC-94) A média e a variância do conjunto dos salários pagos por uma empresa eram de $285.000 e 1,1627x1010, respectivamente. O valor da variância do conjunto dos salários após o corte de três zeros na moeda é: b) 1,1627x107 b) 1,1627x106 c) 1,1627x105 d) 1,1627x104 Sol.: Uma questão mais fácil, mas que envolve o conhecimento de propriedades da Variância. O enunciado forneceu a variância original do conjunto: S2=1,1627x1010 Essa variância representa salários, ou seja, dinheiro. Após, disse que os salários, que são os elementos do conjunto, sofreram um corte de três zeros na moeda! Essa é a informação crucial do enunciado. Sofrer um corte de três zeros na moeda representa qual tipo de operação? Soma, subtração, produto ou divisão? Imagine um salário de R$1000 (mil reais). Para sofrer um corte de três zeros, passaria a R$1 (um real). Ora para mil se transformarem em um, houve obviamente uma divisão! Por quanto? Por mil. Conclusão: cortar três zeros de um salário corresponde à operação de dividir por mil. O que precisamos saber agora é qual será o reflexo dessa divisão no tocante à Variância. Aí entra a propriedade: se multiplicarmos (ou dividirmos) todos os elementos de um conjunto original por uma constante, a nova Variância será a variância original multiplicada (ou dividida) pelo quadrado da mesma constante! É isso que reza a propriedade. Se a constante usada na divisão foi 1000 (=103), então a nova variância será a variância original dividida pelo quadrado de mil, ou seja, por (103)2 = 106. Daí: Nova Variância = (1,1627x1010)/106 = 1,1627x104 Æ Resposta! Só para não perder a viagem, relembremos a propriedade da variância para soma e subtração. Ocorre alguma coisa com a variância de um conjunto, caso todos os CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 10 elementos deste sejam somados (ou subtraídos) por uma constante? Não! Absolutamente nada! Uma vez que a Variância é uma medida de dispersão, de modo que não será influenciada por operações de soma e subtração. Próxima! 44. (AFRF-2002) Em um ensaio para o estudo da distribuição de um atributo financeiro (X) foram examinados 200 itens de natureza contábil do balanço de uma empresa. Esse exercício produziu a tabela de freqüências abaixo. A coluna Classes representa intervalos de valores de X em reais e a coluna P representa a freqüência relativa acumulada. Não existem observações coincidentes com os extremos das classes. Classes P (%) 70-90 5 90-110 15 110-130 40 130-150 70 150-170 85 170-190 95 190-210 100 Seja S o desvio padrão do atributo X. Assinale a opção que corresponde à medida de assimetria de X como definida pelo primeiro coeficiente de Pearson. a) 3/S b) 4/S c) 5/S d) 6/S e) 0 Sol.: A questão pede o cálculo da Assimetria do conjunto, determinada pelo primeiro coeficiente de assimetria de Pearson. Se não lembrássemos da fórmula, na hora de resolver essa questão na prova, nem seguiríamos adiante...! Conhecer a fórmula é, pois, fundamental! Teremos que: ( ) S MoXA −= Æ 1º Coeficiente de Pearson! Se verificarmos as opções de resposta desta questão, elas já trazem o S (desvio- padrão) no denominador. Ou seja, não será preciso calcular aqui o valor deste S. Precisaremos, portanto, para chegar à resposta, calcular as medidas que compõem o numerador da fórmula, quais sejam, Média e Moda. Comecemos pelo cálculo da média: 1º Passo) Fazer todo o trabalho preliminar necessário para construção da coluna de freqüência absoluta simples – fi. Esse trabalho já é nosso conhecido! Teremos o seguinte: Classes Fac Fi fi 70-90 5% 5% 10 90-110 15% 10% 20 110-130 40% 25% 50 130-150 70% 30% 60 150-170 85% 15% 30 170-190 95% 10% 20 190-210 100% 5% 10 n=200 CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 11 Observe que constatamos que n (número de elementos do conjunto) é igual a 200 quando lemos,no enunciado, que foram examinados 200 itens... Certo? Pois bem! Agora, passemos aos passos seguintes para cálculo da média. 2º Passo) Construção da coluna dos pontos médios. Teremos: Classes Fac Fi fi PM 70-90 5% 5% 10 80 90-110 15% 10% 20 100 110-130 40% 25% 50 120 130-150 70% 30% 60 140 150-170 85% 15% 30 160 170-190 95% 10% 20 180 190-210 100% 5% 10 200 n=200 3º Passo) Construir a coluna de transformação da variável. Para isso, seguiremos a sugestão explicada na segunda questão que resolvemos hoje: PM menos primeiro PM, dividido pela amplitude da classe. Teremos: Classes Fac Fi fi PM ( ) YiPM =− 20 80 70-90 5% 5% 10 80 0 90-110 15% 10% 20 100 1 110-130 40% 25% 50 120 2 130-150 70% 30% 60 140 3 150-170 85% 15% 30 160 4 170-190 95% 10% 20 180 5 190-210 100% 5% 10 200 6 n=200 4º Passo) Construir a coluna fi.Yi e somar esta coluna. Teremos: Classes Fac Fi Fi PM ( ) YiPM =− 20 80 fi.Yi 70-90 5% 5% 10 80 0 0 90-110 15% 10% 20 100 1 20 110-130 40% 25% 50 120 2 100 130-150 70% 30% 60 140 3 180 150-170 85% 15% 30 160 4 120 170-190 95% 10% 20 180 5 100 190-210 100% 5% 10 200 6 60 n=200 580 5º Passo) Calcular a Média a variável transformada Y. Teremos: n Yifi Y ∑= . Æ 9,2 200 580 ==Y 6º Passo) Aplicar as propriedades da Média à transformação da variável e calcular a Média da variável original. CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 12 Já aprendemos que a média é influenciada pelas quatro operações. Daí, teremos que: ( ) YiPM =− 20 80 Æ ( ) YX =− 20 80 Æ X -80=2,9x20 Æ X =58+80 Æ X =138,00 Agora, passemos ao cálculo da Moda! Para se calcular a Moda de uma distribuição de freqüências, temos antes de mais nada que conhecer a fórmula. É a seguinte: Æ h pa alMo . )( inf ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ∆+∆ ∆+= Esta fórmula corresponde à Moda de Czuber, onde ∆a significa diferença anterior e ∆p significa diferença posterior. Diferença de quem em relação a quem? Æ ∆a = Diferença entre a freqüência absoluta simples da classe modal e a freqüência simples da classe anterior; Æ ∆p = Diferença entre a freqüência absoluta simples da classe modal e a freqüência simples da classe posterior; E este limite inferior que inicia a fórmula? É o limite inferior da classe modal. E essa amplitude (h)? É a amplitude da classe modal. Ou seja, os valores que irão compor a nossa equação referem-se a uma determinada classe da distribuição de freqüências, chamada classe modal. Daí, saber qual das classes da tabela é a classe modal será nosso primeiro trabalho. E é facílimo! A classe modal será sempre aquela que tem maior freqüência absoluta simples (maior fi). Só isso! Teremos, portanto, que a classe modal será a quarta classe. Vejamos: Classes Fac Fi fi 70-90 5% 5% 10 90-110 15% 10% 20 110-130 40% 25% 50 130-150 70% 30% 60 150-170 85% 15% 30 170-190 95% 10% 20 190-210 100% 5% 10 n=200 Sabendo disso, teremos: Æ ∆a=60-50=10 Æ ∆p=60-30=30 Æ linf=130 Æ h=20 Lançando os dados na fórmula, encontraremos que: Æ h pa alMo . )( inf ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ∆+∆ ∆+= Æ 20. )3010( 10130 ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ++=Mo Æ Mo=135,00 CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 13 Agora, retornando ao nosso objetivo, que é o cálculo do primeiro coeficiente de assimetria de Pearson, teremos que: Æ ( ) S MoXA −= Æ ( ) SS A 3135138 =−= Æ A=3/S Æ Resposta! 50. (FISCAL DO INSS-2002) Uma estatística importante para o cálculo do coeficiente de assimetria de um conjunto de dados é o momento central de ordem três µ3. Assinale a opção correta. a) O valor de µ3 é obtido calculando-se a média dos desvios absolutos em relação à média. b) O valor de µ3 é obtido calculando-se a média dos quadrados dos desvios em relação à média. c) O valor de µ3 é obtido calculando-se a média dos desvios positivos em relação à média. d) O valor de µ3 é obtido subtraindo-se o cubo da média da massa de dados da média dos cubos das observações. e) O valor de µ3 é obtido calculando-se a média dos cubos dos desvios em relação à média. Sol.: Essa questão foi mais fácil um pouco. Desde que, é claro, você conhecesse o conceito de momento central de ordem três. Isso porque não foi exigido aqui cálculo de nada! O enunciado só queria mesmo saber se o candidato conhecia aquele conceito. Os momentos estatísticos são utilizados para cálculos de assimetria, e também para cálculos de curtose. No caso da assimetria, faz-se uso deste terceiro momento central, ou ainda, terceiro momento centrado na média aritmética, cuja fórmula é a seguinte: Æ ( ) n XXi∑ −= 33µ Agora restava apenas procurar a opção de resposta que traduzisse a equação acima. A opção “e” faz isso perfeitamente. Olhando para a fórmula, vemos que o numerador corresponde ao cubo dos desvios em relação à média. E o denominador é n, que significa número de elementos do conjunto. Daí, dividir por n seria encontrar uma média. Logo, o terceiro momento central se traduz como a média dos cubos dos desvios em relação à média aritmética. Æ Resposta! 57. (AFRF-2000) Um índice de preços com a propriedade circular, calculado anualmente, apresenta a seqüência de acréscimos δ1 = 3 %, δ2 = 2% e δ3 = 2 %, medidos relativamente ao ano anterior, a partir do ano to . Assinale a opção que corresponde ao aumento de preço do período to + 2 em relação ao período to – 1. a) 7,00% b) 6,08% c) 7,16% d) 9,00% e) 6,11% Sol.: A questão é de Números Índices, e nos fala acerca de preços sujeitos a uma tal de propriedade circular. Esta tal propriedade circular será entendida da seguinte forma: CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 14 P0,1 x P1,2 x P2,3 x ... x Pn-1, n = P0,n Em lugar de P (preço) poderia haver Q ou V, caso estivéssemos trabalhando com quantidades. Se, em uma questão qualquer, dispusermos dos dados relativos a variações de preço (ou de quantidade) de um bem, em diversos anos consecutivos, poderemos trabalhar com o uso desta propriedade! Nesta questão, anotemos as variações apresentadas pelo enunciado: Æ Variações de preço: δ1=3% ; δ2=2% ; δ3=2% Ora, temos que: Po,n = 100 + variação de preço Daí, o segredo agora é ter atenção! O enunciado falou que os acréscimos são medidos em relação ao ano anterior, a partir do ano t0. Logo, o ano anterior a t0 é a ano t0-1! Daí, a primeira variação (o primeiro δ) será exatamente a do ano t0 em relação ao ano t0-1! Teremos, portanto, os seguintes relativos de preço: Æ %103%3%1000,10 =+=− ttp Æ %102%2%10010,0 =+=+ttp Æ %102%2%10020,10 =+=++ ttp Daí, aplicando a propriedade circular, teremos que o relativo de preço em t0+2 com relação a t0-1 será o seguinte: Pt0-1,t0+2=(1,03)x(1,02)x(1,02) = 1,0716 = 107,16% Daí, restaria fazer: Variação de Preço = Pt0-1,t0+2 - 100% Daí: Variação de Preço = 7,16% Æ Resposta! Uma outra forma de resolver esta questão, talvez até mais simples, consistia apenas em adotar o valor 100 para o primeiro preço (o preço em t0-1). Daí, faríamos as variações descritas no enunciado, até chegarmos ao preço do ano desejado, que é o t0+2. Vejamos: Æ Pt0-1=100 A primeira variação será de 3%. Ora, 3% de 100 é 100x0,03=3. Daí, passaríamos a: Æ Pt0=103 O próximo delta é 2%. Daí, calcularemos 2% de 103. Chegaremos a: 103x0,02=2,06. Somando este valor ao último preço, teremos: 103+2,06=105,06. Daí:Æ Pt0+1=105,06 CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 15 Finalmente, a última variação foi de 2%. Calculando 2% de 105,06, teremos: 105,06x0,02=2,1012. Daí, somando este valor ao último preço encontrado, chegaremos a: Æ Pt0+2=107,16 Pronto! Como a questão quer saber a variação do preço de Pt0+2 em relação a Pt0-1, só teremos agora que subtrair! Daí, teremos: 107,16-100=7,16 Æ E poderemos colocar o sinal de %, uma vez que a referência é 100. Teremos, finalmente: 7,16% Æ Resposta! 3. (AFRF-2002/2) Uma conta no valor de R$ 2.000,00 deve ser paga em um banco na segunda-feira, dia 8. O não pagamento no dia do vencimento implica uma multa fixa de 2% sobre o valor da conta mais o pagamento de uma taxa de permanência de 0,2% por dia útil de atraso, calculada como juros simples, sobre o valor da conta. Calcule o valor do pagamento devido no dia 22 do mesmo mês, considerando que não há nenhum feriado bancário no período. a) R$ 2.080,00 d) R$ 2.096,00 b) R$ 2.084,00 e) R$ 2.100,00 c) R$ 2.088,00 Sol.: Esta questão é para calar a boca de quem fala que não vale a pena resolver questões de provas passadas...! Quem acompanhou a nossa aula passada, vai ver que este enunciado é quase uma réplica de uma questão que resolvemos na Aula 01. Existe uma conta, no valor de R$2.000 (dois mil) a ser paga na segunda-feira, dia 08. Caso haja atraso no pagamento, o devedor incorrerá em dois encargos: uma multa fixa de 2% sobre o valor da conta; e juros simples, calculados à taxa de 0,2% ao dia útil de atraso. Daí, o enunciado diz que a conta só foi paga no dia 22 do mesmo mês. Iniciemos com o cálculo da Multa Fixa, que independe do número de dias de atraso: Æ Multa Fixa = (2/100) x 2000 = R$40,00 Agora, para calcularmos os juros simples, precisaremos, obviamente, contar os dias úteis de atraso. Faremos um pequeno calendário: SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 Como só nos interessam os dias úteis, vamos excluir sábados e domingos da contagem dos dias de atraso. Teremos: SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 16 Sabemos ainda que o dia 08 não é dia de atraso! Se a conta fosse paga até o último minuto do horário bancário do dia 08, então não haveria nenhum encargo adicional. O dia 08, portanto, está fora da contagem dos dias de atraso. Teremos: SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 Contamos, portanto, dez dias úteis de atraso! Conforme aprendemos na última aula, para cada dia de atraso, o valor dos juros a ser pago será de: Æ Juros por dia útil de atraso: (0,2/100) x 2000 = R$4,00 Como foram 10 dias úteis de atraso no total, teremos: Æ Juros por todo o atraso: 10 x R$4,00 = R$40,00 Æ Juros! Compondo o resultado final, teremos que somar o valor da conta, mais os valores da multa fixa e dos juros. Teremos, finalmente, que: Æ R$2.000,00 + R$40,00 + R$40,00 = R$2.080,00 Æ Resposta! 8. (AFRF-2002/2) Os capitais de R$ 7.000,00, R$ 6.000,00, R$ 3.000,00 e R$ 4.000,00 são aplicados respectivamente às taxas de 6%, 3%, 4% e 2% ao mês, no regime de juros simples durante o mesmo prazo. Calcule a taxa média proporcional anual de aplicação destes capitais. a) 4% b) 8% c) 12% d) 24% e) 48% Sol.: Questão de Taxa Média. Via de regra, questão de aplicação direta da fórmula. Ou seja, que se resolve em pouco tempo! Neste enunciado, surgiu um detalhe importante, mas nada complicado. Vejamos: as taxas originalmente fornecidas estão todas na mesma unidade. São taxas mensais. Daí, aplicando-se a fórmula da Taxa Média, encontraremos como resultado também uma taxa mensal. O perigo é alguém não prestar atenção no que a questão está pedindo! O que a questão quer como resposta é uma taxa anual. Ou seja, a taxa mensal que será encontrada pela aplicação da fórmula terá, em seguida, que ser alterada para a unidade anual. Para se fazer essa alteração, uma vez que estamos trabalhando no regime simples, será feito, obviamente, pelo conceito de Taxas Proporcionais. Até o enunciado foi camarada, ao usar as palavras taxa média proporcional anual. Foi para ninguém errar! A fórmula da Taxa Média é a seguinte: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )3.32.21.1 3.3.32.2.21.1.1 nCnCnC niCniCniCTM ++ ++= Uma vez que as taxas originais estão na mesma unidade, e os prazos das quatro aplicações são iguais, já podemos lançar os dados na equação acima. Teremos: CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 17 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )3.32.21.1 3.3.32.2.21.1.1 nCnCnC niCniCniCTM ++ ++= Æ ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )nnnn nxnxnxnxTM .4000.3000.6000.7000 .24000.43000.36000.67000 +++ +++= Percebamos que as parcelas do numerador têm um fator comum, que é o tempo “n”. O mesmo ocorre com as parcelas do denominador. Daí, colocando “n” em evidência, em cima e em baixo, o “n” será cortado, desaparecendo da fórmula! Vejamos: Æ ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( )nnnn nxnxnxnxTM .4000.3000.6000.7000 .24000.43000.36000.67000 +++ +++= Æ ( ) ( ) ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) n nxxxxTM ]4000300060007000[ ]24000430003600067000[ +++ +++= = 4 20000 80000 = % ao mês! Agora dê uma olhada nas opções de resposta! Olha lá quem é a opção “a”! Coincidência? Absolutamente! A Esaf põe propositadamente os 4% na primeira opção de resposta, para pegar os mais apressados. Por isso, nada de precipitação! Quando acabar as contas, vale a pena voltar e reler o enunciado, para confirmar o que é mesmo o que a questão está pedindo. Aplicando agora o conceito de taxas proporcionais, faremos: Æ 4% ao mês x 12 = 48% ao ano Æ Resposta! 16. (AFRF-2002/1) Indique qual o capital hoje equivalente ao capital de R$ 4.620,00 que vence dentro de cinqüenta dias, mais o capital de R$ 3.960,00 que vence dentro de cem dias e mais o capital de R$ 4.000,00 que venceu há vinte dias, à taxa de juros simples de 0,1% ao dia. a) R$ 10.940,00 c) R$ 12.080,00 d) R$ 12.640,00 b) R$ 11.080,00 e) R$ 12.820,00 Sol.: Questão de Equivalência de Capitais! Questão de receita de bolo, ou seja, basta seguir o passo-a-passo. Passos Preliminares: vamos fazer tudo de uma vez: desenhar a questão; definir quem é primeira e segunda obrigação; colocar taxa e tempos na mesma unidade; definir se o regime é simples ou é composto; definir a data focal. Tudo feito, teremos o seguinte: X 4.620, 4000, 3.960, -20d 0 50d 100d (II) (I) (II) (II) (DF) CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 18 A equivalência é no regime simples, e como foi expresso no enunciado que a taxa da operação é uma taxa de juros, concluímos que as operações de desconto que realizaremos serão operações de desconto racional – desconto por dentro! Taxa e tempos já estão na mesma unidade (dias!). Uma observação importante quanto a escolha dessa data focal. A regra que aprendemos é a seguinte: se a questão é de equivalência simples, então quem manda na data focal é o enunciado! Ou seja, seja qual for a data focal que a questão indicar, estaremos obrigados a adotá-la. E se o enunciado da equivalência simples silenciar quanto à data focal, valerá aconvenção de adotar a data zero! Agora, atenção! Lendo e relendo o enunciado acima, você certamente não encontrará, em momento nenhum, qualquer alusão à data focal. E a questão é de equivalência simples! Só que há uma explicação a ser feita: sempre que o enunciado trouxer um texto, pedindo que se calcule um valor na data tal, que seja equivalente a outras parcelas em datas distintas, então aquela data tal será a data focal. Por exemplo, se a questão diz: indique o capital hoje, que é equivalente ao capital de R$4.620 na data 50 dias, ao capital R$3960 na data cem dias e ao capital R$4000 há vinte dias... então pronto! Já está definido: a data focal é justamente aquele hoje! Entendido? Passemos agora aos passos efetivos de resolução. 1º Passo) Levar para a data focal os valores da primeira obrigação. Ora, este passo já está feito! Claro! Se há somente uma parcela de primeira obrigação, que a parcela X, e que já está sobre a data focal, então esta parcela não precisará ser levada para lugar nenhum! Passemos logo ao passo seguinte: 2º Passo) Levar para a data focal os valores da segunda obrigação. Comecemos pela parcela R$4000, na data -20d. Esse sinal de menos, obviamente, só tem efeitos didáticos! Só quer indicar que a parcela seria devida vinte dias antes do dia de hoje. Só lembrando: faremos, nesta questão, operações de desconto simples por dentro! E 4000, -20d 0 (DF) Teremos: 201,0100100 4000 x E += Æ E=4.080,00 Agora, levaremos para a data focal a parcela que está na data 50 dias. Teremos: CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 19 4.620, F 0 50d (DF) Teremos: 501,0100 4620 100 x F += Æ F=4.400,00 Por fim, resta a parcela de R$3.960 que está na data 100 dias. Teremos: 3.960, G 0 100d (DF) Teremos: 1001,0100 3960 100 x G += Æ G=3.600,00 Finalmente, passemos ao terceiro e último passo da nossa resolução, que consiste na aplicação da equação de equivalência. 3º Passo) ∑(I)DF = ∑(II)DF Teremos: X=4.080+4.400+3.600 Æ Daí: X=12.080, Æ Resposta! 21. (AFRF-2001) Um capital é aplicado a juros compostos durante seis meses e dez dias, a uma taxa de juros de 6% ao mês. Qual o valor que mais se aproxima dos juros obtidos como porcentagem do capital inicial, usando a convenção linear? b) 46,11% b) 48,00% c) 41,85% d) 44,69% e) 50,36% Sol.: Já temos obrigação de resolver essa questão em pouco tempo, sobretudo depois da aula passada, em que aprendemos a utilizar uma equação para trabalhar questões de convenção linear! Lembrados? Aqui, mais uma vez, o enunciado pede que calculemos o valor de um elemento (juros) como porcentagem de um outro elemento (capital). Como artifício, adotaremos para esse último, que é o nosso elemento de referência, o valor cem. Daí, nossos dados são os seguintes: Æ C=100,00 CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 20 Æ i=6% ao mês Æ n=6meses e 10dias Æ J=? Ora, sabemos que temos que trabalhar com taxa e tempo na mesma unidade! E sendo o tempo quebrado em duas unidades (meses e dias, neste caso) temos que ter ambas na mesma unidade da taxa. Logo, diremos que 10 dias é o mesmo que um terço de mês. Daí: Æ n=6 meses + (1/3) mês Ok! Estamos prontos para aplicar a fórmula. Teremos: ( ) ( )kiiCM n .1.1. ++= Onde: n é a parte inteira do tempo da operação, e K é parte quebrada! Daí, teremos: Æ ( ) ( )kiiCM n .1.1. ++= Æ M=100.(1+0,06)6.(1+0,06x 3 1 ) Æ M=144,69 Encontramos o montante da operação, mas não é isso o que está sendo solicitado! A questão quer os Juros. E este se calcula pela diferença entre montante e capital. Daí, teremos: Æ J=M – C Æ J=144,69-100 Æ J=44,69 Como o enunciado pede os juros como porcentagem do capital, e pelo fato de termos adotado o capital como valendo 100, basta acrescer o símbolo de porcentagem aos juros. Teremos: Æ J=44,69% do Capital Æ Resposta! 33. (AFRF-1996) Uma empresa obteve um financiamento de $ 10.000 à taxa de 120% ao ano capitalizados mensalmente (juros compostos). A empresa pagou $ 6.000 ao final do primeiro mês e $ 3.000 ao final do segundo mês. O valor que deverá ser pago ao final do terceiro mês para liquidar o financiamento (juros + principal) é: a) $ 3.250 b) $ 3.100 c) $ 3.050 d) $ 2.975 e) $ 2.750 Sol.: Esta questão expressa uma das formas de apresentação da questão de equivalência de capitais. O entendimento é muito fácil: se eu pego uma quantia de dinheiro emprestada de alguém no dia de hoje, obviamente que terei que devolver no futuro. Logicamente que o valor a ser devolvido no futuro terá de ser maior que aquele que foi tomado emprestado! Daí, o raciocínio é o seguinte: as parcelas que servirão de devolução do empréstimo têm que ser equivalentes ao valor que foi pegue emprestado! Aqui, neste enunciado, empréstimo fica como sinônimo de financiamento. Em suma: se eu chamar o que peguei hoje de primeira obrigação, a segunda obrigação recairá para a parcela (ou as parcelas) de devolução. Resta fazermos o desenho da questão, e deixar prontos, de uma feita, todos os passos preliminares. Teremos: CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 21 10.000, 6000, X 3000, 0 1m 2m 3m (I) (II) (II) (II) Ora, é bastante claro que se eu peguei dez mil emprestados hoje, e depois paguei seis mil um mês depois e mais três mil no segundo mês, é evidente que ainda não liquidei a minha dívida! Resta aquela parcela X, na data três meses. Ainda nos passos preliminares, precisamos saber se estamos trabalhando no regime simples ou no composto. Daí, ficou fácil, uma vez que o enunciado apresentou uma taxa nominal, qual seja, 120% ao ano capitalizados mensalmente. A questão ainda foi camarada e colocou entre parênteses que essa taxa significa regime composto. Não precisava fazer isso! Já era nossa obrigação saber disso. Ora, se o regime é o composto, então a equivalência é a composta. E assim sendo, as operações de desconto que realizaremos para resolver a questão serão todas de desconto composto por dentro (desconto racional)! Antes de mais nada, transformemos nossa taxa nominal em taxa efetiva, por meio do conceito de taxas proporcionais. Teremos: Æ 120% ao ano, c/ capitalização mensal = (120/12) = 10% ao mês Agora temos taxa e tempos na mesma unidade! Resta escolher uma data focal. Vale o lembrete: se a equivalência é no regime composto, a escolha da data focal é livre! Qualquer uma serve, e a resposta é sempre a mesma. A título de sugestão, é bom escolher por data focal aquela que fica mais à direita do desenho! Por quê? Porque fazendo assim, estaremos evitando divisões! Estaremos trocando contas de dividir por contas de multiplicar. Particularmente, prefiro multiplicar a dividir. E vocês? Nesta questão temos ainda outro motivo para escolher a data três meses como sendo a nossa data focal. Além de ser a data mais à direita do desenho, é tambémaquela em que está o valor X, que é por quem estamos procurando! Decidido: a data focal será a data três meses. Passemos ao primeiro passo efetivo de resolução, que consiste em levar para a data focal, uma a uma, as parcelas da primeira obrigação! 1º Passo) Só temos uma parcela de primeira obrigação. É o valor do financiamento. Do empréstimo! Teremos: E 10.000, 0 3m DF CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 22 O desconto é composto e é por dentro. Daí, teremos: Æ E=10000.(1+0,10)3 Æ E=10000x1,331 Æ E=13.310,00 Acabou o primeiro passo. Não há mais ninguém que seja primeira obrigação. Passemos ao segundo passo, que consiste em levar para a data focal as parcelas da segunda obrigação. 2º Passo) Começando com a parcela de seis mil, na data um mês. Teremos: F 6000, 1m 3m DF Estou certo que todos já perceberam, desde a operação anterior, que o desconto composto por dentro é a mesmíssima operação do juros compostos, aqui que estamos projetando uma parcela para uma data futura. Prosseguindo, novamente usando o desconto composto racional, teremos: Æ F=6000.(1+0,10)2 Æ F=6000x1,21 Æ F=7.260,00 Ainda no segundo passo, trabalharemos agora com a parcela de R$3000, que está na data dois meses. Teremos: G 3000, 2m 3m DF Æ G=3000.(1+0,10)1 Æ G=3000x1,1 Æ G=3.300,00 A pergunta agora é a seguinte: terminou o segundo passo? Para responder isso, basta dar uma olhada no desenho completo da questão. Ainda há alguma parcela que seja segunda obrigação? Sim! Há ainda a parcela X que servirá para liquidar o pagamento do empréstimo (financiamento). Pois bem! Mas ocorre que o segundo passo nos manda levar essa parcela X para a data focal. Daí, concluímos que não precisaremos fazer isso: já está feito! A parcela X, que é parcela de segunda obrigação, já está onde queremos que esteja: sobre a data focal. Não precisará ser transportada para lugar nenhum! E quanto vale o X na data focal? Ora, vale ele próprio! Daí, dizemos que nosso segundo passo está concluído. Passemos ao terceiro e último, que consiste em aplicar a equação de equivalência de capitais. CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 23 3º Passo) Teremos: ∑(I)DF = ∑(II)DF Já sabemos o que representam a primeira e a segunda partes da equação acima. Passemos aos valores: E = F + G + X Æ 13.310 = 7.260 + 3.300 + X Æ X=2.750,00 Æ Resposta! 43. (SEFAZ-PI-2001) Ana contraiu uma dívida, comprometendo-se a saldá-la em dois pagamentos. Em 1o de março de 2001, deveria ser efetuado o primeiro pagamento no valor de R$ 3.500,00. O segundo pagamento, no valor de R$ 4.500,00, deveria ser efetuado 6 meses após o primeiro, ou seja, em 1o de setembro de 2001. Contudo, no vencimento da primeira parcela, não dispondo de recursos, Ana propôs uma repactuação da dívida, com um novo esquema de pagamentos. O esquema apresentado foi o de efetuar um pagamento de R$ 5.000,00 em 1º de junho de 2001, e pagar o restante em 1o de dezembro do mesmo ano. Se a dívida foi contratada a uma taxa de juros compostos igual a 5% ao mês, então o valor a ser pago em 1o de dezembro deveria ser igual a: a) R$ 3.200,00 d) R$ 5.432,00 b) R$ 3.452,20 e) R$ 6.362,00 c) R$ 3.938,48 Sol.: Mais uma questão de equivalência. Havia uma forma original de pagamento de uma dívida. Por um motivo qualquer, pretende-se agora alterar essa forma originalmente contratada por uma outra maneira de se pagar a mesma dívida. É preciso que a segunda forma de pagamento seja equivalente à primeira. O desenho da questão, acompanhado dos passos preliminares, será o seguinte: 5.000, 4500, 3500, X 0 3m 6m 9m (I) (II) (I) (II) Percebamos que, se chamarmos o dia 01/março de data zero; daí, 01/junho virou três meses; 01/setembro virou seis meses; e 01/dezembro virou nove meses. Foi exatamente isso o que fizemos. O enunciado falou que a taxa é de juros compostos! Daí, estamos na equivalência composta de capitais. Operações, portanto, de desconto composto por dentro. Falta escolher a data focal. A escolha é nossa, já que o regime é o composto. Se seguirmos a sugestão aprendida na questão anterior, adotaremos a data focal nove meses. Pode ser? Claro! Pelos mesmos dois motivos: é a data mais à direita do desenho (trocamos divisões por multiplicações!) e é a data em que está o X da questão! Passemos aos três passos efetivos de resolução. CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 24 1º Passo) Levar para a data focal os valores da primeira forma de pagamento (primeira obrigação). Começando pela parcela $3.500 que está na data zero. Teremos: E 3500, 0 9m DF Daí: Æ E=3500.(1+0,05)9 Æ E=3500x1,551328 Æ E=5.429,65 O valor do parênteses famoso acima (1+0,05)9 será encontrado com auxílio da Tabela Financeira! Ainda não acabou o primeiro passo. Trabalharemos agora com a parcela de R$4.500, que está na data seis meses. Teremos: F 4500, 6m 9m DF Daí: Æ F=4500.(1+0,05)3 Æ F=4500x1,157625 Æ F=5.209,31 Nova consulta à Tabela Financeira do parênteses famoso, para chegarmos ao valor F. Fim do primeiro passo. Passemos ao segundo, e levemos para a data focal os valores da segunda forma de pagamento (segunda obrigação). 2º Passo) Começando com a parcela R$5000, na data 3 meses. Teremos: G 5.000,3m 9m DF CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 25 Daí: Æ G=5000.(1+0,05)6 Æ G=5000x1,340096 Æ G=6.700,47 Terminou o segundo passo? Sim, uma vez que a outra parcela de segunda obrigação, que é a parcela X, já está sobre a data focal. E quanto vale esse X na data focal? Ele próprio! Passemos ao terceiro passo efetivo de nossa resolução. 3º Passo) Teremos: ∑(I)DF = ∑(II)DF Æ E + F = G + X Æ 5.429,65 + 5.209,31 = 6.700,47 + X Æ X=3.938,49 Æ Resposta! 78. (TTN/94) Paulo colocou $200.000,00 à taxa de juros simples comerciais de 96% ao ano, pelo prazo de 10 meses. Entretanto, antes do término do prazo conseguiu um aumento da taxa de juros para 144% ao ano, para o restante do prazo. Sabendo-se que ao final do período recebeu o montante de $376.000,00, o tempo que o capital ficou aplicado à taxa menor foi de (juros simples comerciais para todo o período): a) 2 meses b) 3 meses c) 6 meses d) 8 meses e) 9 meses Sol.: Os dados fornecidos pelo enunciado foram os seguintes: Æ C=200.000,00 Æ M=376.000,00 Com esses dois acima, já podemos concluir que: Æ J = M – C = 376000 - 200000 Æ J=176.000,00 Æ Na parte inicial da aplicação (tempo n1): i1 = 96% a.a.=8% a.m. Æ Na parte final da aplicação (tempo n2): i2 =144% a.a.=12% a.m. Æ Tempo total da aplicação = 10 meses , logo: n1+n2=10 meses Queremos encontrar o tempo relativo à taxa menor, ou seja, o valor de n1. Daí, torna-se conveniente definirmos n2 como função de n1. Da seguinte forma: Æ n2 = 10 – n1 Nosso próximo passo será montar a equação de Juros Simples. Como a taxa de juros varia ao longo da aplicação, devemos calcular o produto taxa vezes tempo (i.n), para cada uma das taxas. Teremos: 1) Para a taxa de 8% a.m. ⇒ 1111 88 nnni =⋅=⋅ 2) Para a taxa de 12% a.m. ⇒ )10(1212 1222 nnni −⋅=⋅=⋅ Atenção: Sempre que ocorrerem taxas diferentes ao longo da aplicação, devemos calcular o valor de (i.n) a ser utilizado na fórmula de juros simples, considerando a soma desses produtos (i.n) de cada taxa, ou seja: 2211. ninini ⋅+⋅= CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 26 Substituindo os produtos (i.n) obtidos para cada taxa, teremos: )10(128. 11 nnni −+= → 11 121208. nnni −+= → 1204. 1 +−= nni Montando a fórmula: Daí, 1204 000.176 100 000.200 1 +− = n → 1204 176 1 2 1 +− = n 1762408 1 =+− n → 648 1 =n → n1 = 8 meses Æ Resposta! 79. (Anal. Orçamento/1997) Um negociante, para efetuar o pagamento de encomendas, deve dispor de R$ 1.000,00 daqui a 4 meses e R$ 2.530,00 daqui a 8 meses. Para tanto, deseja aplicar hoje uma quantia X que lhe permita retirar as quantias necessárias nas datas devidas, ficando sem saldo no final. Se a aplicação for feita a juro simples, à taxa de 2,5% ao mês, o valor de X deve ser: (A) R$ 3 000,00 (D) R$ 3 150,00 (B) R$ 3 050,00 (E) R$ 3 200,00 (C) R$ 3 100,00 Sol.: Vamos por partes! É preciso uma leitura muito atenta deste enunciado! O indivíduo irá aplicar uma certa quantia X. Esse X terá que ser suficiente para ao fim de 4 meses termos condições de retirar R$1000 e ainda sobrar um outro valor que continuará aplicado! Claro! Não queremos que o montante da primeira aplicação seja mil. Queremos que seja maior que mil! Caso contrário, não haveria como dar seguimento à aplicação, e não teríamos como resgatar R$2.530, daqui a 8 meses. Daí, o mais conveniente, neste caso, será fazer a questão de trás para frente! Ou seja, buscaremos saber quanto terá que ser aplicado, a uma taxa de juros simples de 2,5% ao mês, para que ao fim de 4 meses possamos alcançar um montante de R$2.530,00. Vejamos o desenho da questão: 2.530, Y X 0 4m 8m Trabalharemos agora a segunda operação, considerando Y como sendo nosso Capital e R$2.530, como nosso montante. Teremos: 200000 -4n1+120 100 100+(-4n1+120) 176000 376000 CURSO ONLINE DE EXERCÍCIOS – ESTATÍSTICA & MATEMÁTICA FINANCEIRA www.pontodosconcursos.com.br – PROF. SÉRGIO CARVALHO 27 2.530, Y 100 100+i.n 4m 8m Daí, teremos: Æ 45,2100 2530 100 x Y += Æ Y=253.000/110 Æ Y=2.300,00 Pois bem! Agora resta trabalharmos a primeira operação de juros simples! O que não podemos esquecer, de jeito algum, é que o sujeito vai fazer, nessa data 4 meses, uma retirada de R$1000. Ou seja, aquele valor R$2.300 que encontramos no passo anterior – necessário para chegarmos ao montante final de R$2.300 – foi o que sobrou, após termos retirado mil reais! Assim, o montante que esperamos alcançar na primeira aplicação, partindo de um Capital X, será na verdade igual a R$3.300,00 (=2.300+1.000). Certo? Teremos: 3.300, X 100 100+i.n 0 4m Æ 45,2100 3300 100 x X += Æ X=330.000/110 Æ X=3.000,00 Æ Resposta! Essa questão merece destaque nessa lista! Embora simples, requer muita atenção de quem a resolve! É isso! Encerramos nossa aula, e eu espero que todos estejam se saindo bem com as questões e que esse curso esteja se prestando bem a seu propósito! Um abraço a todos e fiquem com Deus!
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