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RESUMO IDPP para prova AP1

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AULA 1
jurisprudência - se refere à regra que surge depois que juízes decidem de forma idêntica sobre diversos casos semelhantes.
Jurisprudência - Decisão reiterada de juízes, baseada em precedentes.
Jurista - Aquele que estuda o Direito.
O direito como “justo”- As férias são um direito do trabalhador.
Jurisconsulto - Aquele que emite opiniões ou pareceres jurídicos.
O direito como ciência - Cabe ao Direito estudar a criminalidade.
Direito Positivo - Norma explícita no texto constitucional. Caracterisiticas: temporalidade, formalidade e mutabilidade.
Direito Subjetivo - É denominado, desde a época dos romanos, facultas agendi, isto é, a faculdade que cada pessoa tem de agir de acordo com o disposto na norma jurídica.
Direito Objetivo - É denominado, desde a época dos romanos, norma agendi, isto é, a norma de ação, aquela em que se alicerça o nosso pedido quando nos julgamos prejudicados.
Direito em vigor = direito vigente
Direito fora de vigor = direito histórico
Direito escrito = direito legislado, codifi cado
Direito não-escrito ou oral = direito costumeiro ou consuetudinário
Direito do Trabalho - Carteira de Trabalho e Previdência Social.
Direito Penal - indivíduo falsifica a assinatura de alguém em um documento.
Direito Constitucional - direitos e garantias fundamentais dos cidadãos.
Direito Internacional Público - adesão do Brasil a um acordo comercial.
Direito Tributário - pagamento do Imposto de Renda pelo cidadão.
Direito Civil - aquisição de uma casa por uma pessoa.
Exemplos de como um processo revolucionário pode alterar cada um dos seguintes aspectos jurídicos de uma sociedade:
1. Direito Positivo – uma revolução, quando vitoriosa, destitui o Estado vigente, desconsidera a
Constituição que estiver em vigor e cria seu próprio ordenamento, normalmente desvantajoso
para os formuladores do ordenamento anterior.
2. Direito Objetivo – com a ascensão de um novo Estado e o estabelecimento de um novo
ordenamento, alteram-se também as obrigações dos indivíduos, que passam a responder
a uma nova autoridade.
3. Direito Subjetivo – na esteira do Direito Objetivo, a faculdade de ação dos indivíduos
pode ser também alterada. Algumas revoluções podem impor regras mais flexíveis para
o trato do indivíduo com o Estado (como ocorreu na Europa, nas chamadas Revoluções
Burguesas de 1830 e de 1848), enquanto outras podem cobrar um alinhamento
político maior, como ocorreu na adesão de países ao redor do mundo ao sistema
socialista, após 1917.
4. Direito Natural – assim como ocorre com o Direito Subjetivo, uma revolução pode trazer
em si, por exemplo, um caráter religioso e supra-estatal, o que valorizaria as garantias
naturais do indivíduo. Pode também significar o estabelecimento de um novo Estado, mais
repressor, que se imponha sobre as vontades individuais através de forte legislação positiva,
alegando uma noção de “bem comum”.
5. Direito Histórico – este é o Direito que não se altera. Um código de leis, ainda que fora
de vigor, caracteriza o Direito Histórico, que poderá servir sempre de referência para aquela
sociedade.
AULA 2
Segundo o princípio do entrelaçamento, todas as leis, seja qual for o âmbito em que tenham sido criadas, agem em conjunto. Segundo esse princípio, uma lei municipal não pode contrariar algo definido no âmbito estadual e assim por diante, até a constituição. Pelo princípio da derivação, todas as leis partem da mesma origem: a constituição, ou a “carta magna” de
um país. Sendo assim, as bases sobre as quais os legisladores podem sofisticar
a previsão sobre atos da sociedade é sempre a mesma.
Os três poderes
O Poder Legislativo é um dos três poderes do Estado. Os outros dois são o Poder Executivo e o Poder Judiciário. Cada um deles tem uma função principal. O Legislativo elabora a lei; o Executivo executa, isto é, exige o cumprimento da lei; o Judiciário decide as situações de violação da lei, de acordo com as disposições contidas nela. Desta forma, o Legislativo tem a função legislativa; o Executivo, a função Administrativa; o Judiciário, a função jurisdicional.
Doutrina x jurisprudência
Integrantes do Poder Judiciário formam jurisprudência.
Professores de Direito, advogados e outros estudiosos do Direito formam doutrina.
 Analogia- . Um juiz decide sobre um caso de plágio na internet com base em sentenças anteriores, aplicadas a obras impressas.
Jurisprudência - O Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro decide sobre um caso de danos morais com base na interpretação de um costume. No caso seguinte, o ofendido é beneficiado pela sentença anterior.
 Doutrina - . Ao longo dos anos, diversos conflitos no campo foram resolvidos da mesma forma. Um novo conflito surge e o advogado se baseia nas alegações dos advogados anteriores.
Costumes - Dr. Wagner, advogado experiente, sabe que não é uma boa idéia ir ao fórum de sua cidade sem paletó.
Hierarquia das leis
1. Constituição Federal e suas emendas;
2. Leis complementares;
3. Leis federais (todas,exceto as complementares);
4. Constituições estaduais e suas emendas;
5. Leis complementares às constituições estaduais;
6. Leis estaduais;
7. LEIS ORGÂNICAS dos municípios;
8. Leis municipais.
Medida provisória - Tipo de lei que é editada pelo presidente da República, em momentos de relevância e urgência.
Lei complementar- Tipo de lei cuja aprovação exige o voto da maioria absoluta dos parlamentares do Poder Legislativo.
Lei ordinária- Tipo de lei que corresponde à maior parte das leis elaboradas pelo Poder Legislativo.
Constituição - Tipo de lei que estrutura o Estado.
O conjunto de normas ou regras jurídicas que compõem os ordenamentos é normalmente condensado na forma das constituições. Estas expressam os usos, os costumes, que, alimentados pela convicção, transformam-se em leis. A Constituição é a mais alta fonte jurídica na linha hierárquica das leis. Abaixo dela, no caso brasileiro, encontram-se as leis complementares, ordinárias etc. Nenhuma determinação judicial ou proposta de lei pode
ir de encontro ao que diz a Constituição. Isso nos remete ao princípio da fundamentação (ou derivação), segundo o qual todas as normas originam-se de uma fonte comum.
AULA 3
O artigo é o que começa com o numeral (artigo 5º), mas você também pode identificar outros elementos, como o I ou o XLVI, que representam os incisos; ou ainda as alíneas identifi cadas pelas letras a, b, c, d e e.
Principais características do Estado antigo:
1. religiosidade;
2. natureza unitária.
Principais características do Estado grego:
1. cidades organizadas em cidades-Estado, autosuficientes, com características comuns e mesmas instituições sociais e religiosas;
2. religião politeísta;
3. pouca ou nenhuma mobilidade social.
Características principais do Estado romano:
1. manteve sua organização em cidades-Estado;
2. aristocracia no poder;
3. politeísmo.
Características principais do Estado medieval:
1. um poder maior, exercido pelo monarca, com uma infinidade de poderes menores, sem hierarquia definida (ducados, condados, baronatos etc.);
2. incontável multiplicidade de ordens jurídicas(imperial, monárquica, eclesiástica etc.);
3. permanente instabilidade política, econômica esocial;
4. intensa necessidade de ordem e de autoridade.
Principais características do Estado moderno:
1. nacional;
2. monárquico;
3. absolutista;
4. apresentava transformações sociais, econômicas e políticas decorrentes da participação da burguesia e das idéias políticas da época.
A partir dessa defi nição, a existência de um Estado hoje em dia pressupõe três elementos constitutivos:
• um elemento humano, denominado povo, embora alguns estudiosos denominem-no população ou nação;
• um elemento físico ou geográfico, denominado território;
• um elemento político, denominadosoberania.
No Estado antigo não havia qualquer divisão interior. Ele era marcado também pela religiosidade, em que qualquer atitude do governo era justifi cada por um “poder divino”.
Já o Estado grego foi marcado pelas cidades-Estados, que eram auto-suficientes,ainda que fi zessem ligações temporárias entre as cidades. Somente os aristocratas podiam ser cidadãos pois tinham tempo livre para os negócios públicos. O restante da população era escrava. A religião era politeísta, ou seja, tinha vários deuses; no entanto, esses deuses já não mais serviam como justificativa para as ordens dos soberanos.
O Estado romano passou por uma monarquia, uma república e um império. Foram os romanos que estabeleceram os primeiros códigos jurídicos.No Estado medieval havia vários centros de poder e várias ordens jurídicas (imperial,monárquica, eclesiástica etc.); não havia qualquer mobilidade social.
O Estado surgiu com a intenção de garantir a satisfação das necessidades da coletividade.
Com o passar dos anos, ele evoluiu em sua forma: Estado antigo, caracterizado principalmente pela religiosidade e natureza unitária; Estado grego e suas cidades-Estado, auto-sufi cientes e fi xadas em centro urbanos;Estado romano, e suas contribuições culturais e políticas para a posteridade; Estado medieval, marcado pelo advento do cristianismo e pelo feudalismo, em que a posse da terra era valorizada; e, finalmente, o Estado moderno, que selou o fi m da fragmentação política da Idade Média.
AULA 4
O Estado é definido como um grupo de pessoas fixadas num determinado território, organizadas sob um governo soberano. A nação é uma comunidade de base cultural, ou seja, pertencem à mesma nação todos aqueles que nascem num certo ambiente cultural com as mesmas tradições e costumes, mas que não estão necessariamente subordinados a qualquer tipo de poder soberano.
População - José nasceu na Paraíba mas mora há doze anos no Rio de Janeiro. No último censo demográfi co, baseado nesse termo que tem objetivos estatísticos, ele figurou como
habitante do Rio de Janeiro. A população é um dado quantitativo e pode ainda ser classificada como permanente ou flutuante, sendo que esta última se refere à população que está de
passagem (pelo território). Nesse caso, José, ainda que nascido em outro estado, vai ser somado à população que mora no Rio de Janeiro.
 Nação - Os muçulmanos estão ligados por um mesmo ideal – a religião. Ainda que estejam
ligados pelos mesmos costumes e cultura, estão espalhados em vários territórios do mundo. A nação compreende a população que nasceu e habita um mesmo território e se identifica através da sua origem e cultura. Por isso, os muçulmanos, ainda que espalhados por todo o mundo, formam uma nação.
Povo - Mário e sua família, todos brasileiros, votaram no mesmo candidato a presidente
na última eleição – eles sempre participam da eleição dos representantes de seu país. O conceito de povo é jurídico e pode ser defi nido como o conjunto de cidadãos de mesma nacionalidade que possuem direitos políticos iguais. Mário e seus familiares estão reunidos no conceito povo, uma vez que participam efetivamente da escolha de seus governantes.
• soberania - corresponde ao exercício efetivo de todos os poderes ligados à personalidade jurídica do Estado e ao exercício da autoridade, impondo seu ordenamento jurídico sobre todo o território. Seu representante máximo é a República Federativa do Brasil;
• autonomia – pode ser absoluta ou relativa. Quando é absoluta, não há nada que possa limitar a ação de quem a tem; quando é relativa, está diretamente subordinada às limitações da vontade ou das determinações da entidade que mantém a autonomia absoluta ou soberana. Seus
titulares são a União, os estados membros (ou federados), o Distrito Federal e os municípios.
As confederações foram criadas inicialmente como forma de proteger as fronteiras dos países membros, mas não se pode negar que também tiveram grande interesse econômico (ao instituir o livre trânsito dos habitantes, estavam assim também favorecendo o comércio entre os países).Já os blocos de comércio têm como principal objetivo o fortalecimento do comércio
entre os países membros e, nesse caso, acabam por buscar soluções em comum para os problemas. Uma das principais ações dos blocos é diminuir os impostos de importação para facilitar a economia de quem importa e de quem exporta.A União Européia, entretanto, mostra-se evoluída com relação aos blocos, no momento em que, além de diminuir os impostos, cria uma única moeda, o euro, e um sistema financeiro e bancário comum. Além disso, os cidadãos de cada país são também cidadãos da União Européia e podem, portanto, circular ou estabelecer residência em qualquer país membro.
Depois da formação do Estado, foi necessário que este delimitasse seus elementos e fronteiras, e assim fi cou defi nido: elemento humano é a população, nação ou povo; elementos físicos são os territórios entre as fronteiras em terra, no ar e no mar; e o elemento político é a soberania exercida por ele. De acordo com as formas de organização, os Estados podem apresentar duas formas: unitário e composto.
O Estado unitário pode ser simples, quando a administração não é independente
do poder central; desconcentrado, em que existem órgãos locais que nada decidem sem a autorização do poder central; e descentralizado, que são independentes juridicamente.
O Estado composto divide-se em federações e confederações. As federações são uniões de Estados dotados de autonomia; as confederações são também uniões de Estados, mas, nessa forma, os Estados membros são representados por um órgão central.
AULA 5
FORMAS DE GOVERNO:
PURAS
Monarquia - governo de um só, de caráter hereditário, que visa ao bem comum, com obediência às leias e às tradições.
Aristocracia - governo da minoria ou dos melhores (os mais ricos).
República ou Democracia - governo do povo, da maioria que exerce o respeito às leis
e que beneficia a todos os cidadãos.
IMPURAS
Tirania - forma distorcida da monarquia, em que um só governa e chega ao poder por atos ilegais.
Oligarquia - governo de um grupo economicamente poderoso.
Demagogia - governo nas mãos de uma multidão revoltada que indiretamente domina os
representantes.
MONARQUIA 
Vitaliciedade (monarca governa enquanto viver ou tiver condições de fazê-lo).
Hereditariedade (a escolha do monarca se faz pela linha sucessória, mas também pode ser eletiva, quando o monarca escolhe quem vai ser seu sucessor).
Irresponsabilidade (o monarca não tem responsabilidade política, ou seja, não deve explicações a quem quer que seja).
REPÚBLICA 
Temporariedade (os governantes exercem o poder durante um tempo predeterminado por meio de um mandato). 
Eletividade (os governantes são escolhidos por eleição).
Responsabilidade (os principais governantes são responsáveis politicamente, perante
o povo ou outro órgão estabelecido constitucionalmente).
As monarquias podem ser diferenciadas entre alguns tipos principais.
Quanto à sucessão:
• hereditária – quando a sucessão se faz dentro de uma dinastia, segundo regras preestabelecidas;
• eletiva – aquela em que o monarca tem o direito de designar em vida o seu sucessor.
Quanto aos poderes conferidos ao monarca:
• absoluta – também denominada ilimitada. Aquela em que todos os poderes se concentram nas mãos do monarca;
• limitada – aquela em que os poderes se repartem. Este tipo se subdivide em:
a. monarquia constitucional – quando o monarca exerce o governo através do Poder Executivo e ao lado do Legislativo e do Judiciário. Pode ocorrer que ele também o faça através do Poder Moderador, com ascendência sobre todos os outros, como ocorria no Brasil Império. Em qualquer situação, a atuação do monarca estará regulada por uma constituição. Exemplos de monarquia constitucional: Bélgica, Dinamarca, Espanha, Noruega etc.
b. monarquia parlamentar – aquelaem que o monarca não exerce função de governo, que fica nas mãos do primeiro-ministro. O monarca é o chefe do Estado reina, mas não governa. Exemplo de monarquia parlamentar: Inglaterra.
As repúblicas são classifi cadas em:
• oligárquicas – quando a direção do Estado é confiada a um pequeno número de pessoas, que se encontram em situação de dominação. O povo não tem nenhuma autoridade, nem tem o poder de escolher os governantes;
• aristocráticas – quando o direito de eleger os órgãos supremos do poder está nas mãos de uma classe privilegiada;
• democráticas – quando o direito de eleger pertence aos cidadãos, que podem também ser eleitos, sem distinção de classe, respeitadas apenas as exigências legais quanto à capacidade para praticar atos jurídicos.
Na monarquia constitucional, o poder do rei está vinculado a uma constituição. Ele governa
através do Poder Executivo e ao lado do Legislativo e do Judiciário. Na monarquia parlamentar, o rei é o chefe de Estado. Ele reina, mas não governa.
O governo surgiu da necessidade de materialização do Estado: eram necessárias pessoas que tomassem decisões em nome dele para que assim fi casse garantido o bem-estar da coletividade - essa foi a necessidade maior que orientou o Estado nesse sentido.
No que diz respeito às relações, temos:
• com a sociedade – formas de governo;
• entre seus principais poderes – sistemas de governo;
• do povo na sua escolha - sistemas políticos.
Forma de governo proposta por Maquiavel. Principado
Quando o monarca concentra todos os poderes em suas mãos temos a monarquia -Absoluta
No Canadá, temos uma rainha, Isabel III, que exerce o governo através do Poder Executivo,
ao lado do Legislativo e do Judiciário. Esse tipo de monarquia é chamada de A monarquia constitucional
Encontramos esse exemplo de monarquia no Vaticano. Nesse país, o rei reina mas não
governa. A monarquia parlamentar
Maquiavel propunha uma forma de governo chamada Principado, em que qualquer atitude do monarca, desde que buscando o bem da coletividade, era justificada. Na monarquia absoluta, o rei é quem controla tudo – é ele quem toma todas as decisões, sejam políticas ou econômicas.
Na monaquia constitucional, o monarca governa apoiado nos três outros poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário.
Na monarquia parlamentar o monarca não exerce função de governo – ele está no poder
mas quem governa é o primeiro ministro.
As formas de governo são o modo pelo qual os governantes se relacionam com os governados. Duas são as mais importantes: a monarquia, governada por um rei ou monarca que fi ca no poder enquanto viver ou tiver condições para fazê-lo; e a república, onde os governantes são escolhidos por eleição e ficam no poder durante um período predeterminado (mandato).
AULA 6
Legislativo – é o responsável pela elaboração das leis. É a função legislativa ou legiferante.
• Executivo – é o poder que executa, isto é, coloca em prática e fiscaliza o cumprimento das leis elaboradas pelo Legislativo. É a função administrativa.
• Judiciário – é o que, transgredida a lei, aplica-a àquele que a tenha violado. É a função jurisdicional ou, simplesmente, a jurisdição.
A Justiça Federal divide-se em Comum e Especial, ou Especializada. A Comum tem os seguintes órgãos (por ordem hierárquica decrescente):
• Superior Tribunal de Justiça;
• Tribunais Regionais Federais;
• Varas Federais.
A Especial possui três vertentes, com os seguintes órgãos máximos:
a) Militar – Superior Tribunal Militar (STM);
b) do Trabalho – Tribunal Superior do Trabalho (TST);
Sistemas x Regime
Sistema diz respeito à teoria sobre um assunto; já o regime é a prática, o que efetivamente está adotado. Por exemplo, os dois sistemas de governo mais comuns são o presidencialismo e o parlamentarismo, mas o regime de governo do Brasil é o presidencialismo. Em síntese, se vamos estudar o presidencialismo no Brasil, estamos estudando o regime de governo. Mas se vamos conhecer genericamente esse assunto, estaremos abordando o sistema de governo.
• no parlamentarismo há cooperação de poderes;
• no presidencialismo há separação de poderes.
Parlamentarismo - Sistema de governo surgido nos Estados Unidos; Cooperação entre os poderes; Possui um único chefe de Estado e governo; É utilizado na França mas, nesse país, apresenta-se numa modalidade diferente, uma vez que conta com institutos parlamentaristas. Nesse sistema, a força do parlamento é tão grande que, se uma lei for considerada
inconstitucional, o parlamento pode simplesmente alterar a constituição. O Reino Unido é o exemplo maior desse sistema, onde não há sequer uma constituição escrita!
Presidencialismo- Sistema de governo surgido na Inglaterra; Separação entre os poderes; Equilíbrio de forças entre o Poder Legislativo e o Executivo; Nesse sistema, o presidente e os parlamentares são eleitos por um tempo fixo ou determinado, geralmente quatro ou cinco
anos.
Regime político é o conjunto de princípios e regras que dizem respeito à participação do povo na seleção de governantes.
recall ou rechamada - é denominado o instrumento da democracia semidireta que prevê o retorno do eleitor às urnas para responsabilizar e decidir pela continuidade do mandato todos
os maus governantes.
No caso do desarmamento, tivemos um referendo. O plebiscito é a consulta popular prévia, anterior à constituição de uma lei; o referendo é posterior, quando a lei já está aprovada. E a forma de democracia é a semidireta ou participativa, em que o povo participa das decisões através de referendos, plebiscitos etc.
Autoritarismo é uma organização política na qual uma entidade única de poder (ditador, assembléia, junta, comitê ou partido) monopoliza o poder político sem permitir aos destinatários do poder uma participação efi caz na formação da vontade estatal. No regime autoritário, os dirigentes se contentam com o poder concentrado e o seu desempenho. Embora possa existir uma ideologia política, sua atividade se limita a defender e justifi car a estrutura política existente.
Totalitarismo abrange toda a ordem política, moral e social do Estado. É uma estrutura vital e não somente um dispositivo de governo. Aspira a muito mais do que apenas a legítima exclusão dos legítimos destinatários do poder, sua participação na
formação da vontade do Estado. Pretende modelar a vida privada, a alma, os costumes do povo segundo uma ideologia dominante, que é imposta à força aos que não querem espontaneamente se adaptar a ela. A ideologia estatal penetra no último rincão, ou recanto, da sociedade. Sua pretensão é o controle total.
REGIMES DE GOVERNO
O democrático é aquele em que o povo participa do governo direta, indireta ou semidiretamente.
Já o autocrático é aquele em que os dirigentes são impostos e o poder fica concentrado nas mãos dos governantes.
AULA 7
O termo constituição tem dupla acepção: lato sensu (de forma geral, em sentido amplo), é o conjunto de elementos estruturais do Estado, sua composição geográfica, política, social, econômica, jurídica e administrativa; stricto sensu (especifi camente, pontualmente), é a lei fundamental do Estado, ou seja, o corpo de leis que regem o Estado, limitando o poder de governo e determinando sua realização.
A economia no absolutismo
Na economia, o absolutismo correspondeu ao período de transição do Feudalismo ao capitalismo. Durante esse período, a nobreza – cuja posição social era ainda garantida por suas propriedades e títulos, mas que não raro atravessava períodos de dificuldade fi nanceira – passou a buscar ansiosamente meios para se impor aos novos padrões econômicos, até mesmo abdicando de sua autonomia e submetendo-se ao poder real.
Os Estados nacionais implementaram um modelo econômico – o mercantilismo – voltado à acumulação de ouro e prata (o metalismo) e buscavam freneticamente o aumento de exportações, imprimindo uma política bastante agressiva, tendocomo finalidade alcançar uma balança comercial favorável. Era o início do capitalismo.
A Constituição é o conjunto de princípios e normas organizadores do Estado e determinantes dos direitos fundamentais do homem.
A constituição - é um documento solene, produzido por um poder constituinte (assembléia, convenção, congresso ou mesmo um órgão unipessoal), que encerra um conjunto de normas jurídicas fundamentais e supremas de um Estado, e que necessitam de um procedimento especial para serem modificadas. De forma geral, você deve atentar para as características das cartas analíticas, sintéticas, flexíveis, semi-rígidas e rígidas, em virtude da possibilidade de serem alteradas, isto é, sua mutabilidade. As constituições servem de parâmetro (fundamento) de validade para
as demais normas do ordenamento jurídico (leis de trânsito, por exemplo), seja no modo como devem ser feitas (aspecto formal), seja em seus conteúdos (aspecto material). A constituição brasileira possui a peculiaridade de ser suscetível a mudanças, em virtude da extensão territorial (diversidade cultural) e da grande quantidade de representantes do povo no Congresso Nacional, posto que defendem
diferentes interesses regionais que podem contrapor-se a interesses comuns
à nação.
A Constituição de 1988, no Art. 5o, LXVIII, preceitua que: “conceder-se-á habeas corpus
sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência, ou coação em
sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”.
HABEAS DATA- Dispositivo que tem por objeto o acesso do sujeito ativo (postulante – autor) aos registros
de informações e dados sobre si e suas atividades, possibilitando desde a simples visualização até a
retificação de tais dados ou informações.
Alternativa “c”. No Art. 12, letra “c”, diz a Constituição que serão natos “os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira”.
Vale uma ressalva importante: nem todos os países adotam essa postura de naturalizar
automaticamente quem não nasce em seus solos. Tome cuidado para não generalizar
a norma!
Diversos movimentos históricos – e documentos produzidos em virtude desses movimentos – ajudaram a estabelecer os princípios que regem a formulação de uma constituição. As Cartas antigas buscavam trazer as primeiras noções de garantias e direitos fundamentais. No absolutismo, as leis oriundas desse período buscavam adequar a nova realidade (queda do Feudalismo) à vontade do rei. As idéias iluministas propiciaram uma mudança no pensamento, servindo de base para diferentes posicionamentos
contra o poder absoluto. As constituições podem ser classificadas de acordo com critérios específicos, que determinam seu conteúdo, sua forma, seu modo de elaboração, sua
origem, sua estabilidade e a extensão de seu texto.
AULA 8
A capacidade de argumentar – ou de criar argumentos que possam persuadir um interlocutor – é essencial para a convivência social, pois possibilita expor razões que podem mudar o ponto de vista acerca de um determinado assunto. A argumentação propicia a apresentação de diversos posicionamentos e costuma representar a forma de pensar de determinados indivíduos ou grupos. Em oposição,o conceito de contra-argumento também é fundamental: é a partir da contra-argumentação que se pode refutar um pensamento que parece inabalável.
Nessa atividade, há vários caminhos possíveis de contra-argumentação. 
Principais diferenças entre o poder de emenda e o revisional:
REFORMA 
Aprovação exige 3/5 dos votos dos respectivos membros da Câmara dos Deputados e Senado
Aprovação em dois turnos, em cada casa legislativa Federal (art. 60, §2º).
Permanente. 
Sofre restrições do art. 60
REVISÃO
Aprovação por maioria absoluta dos membros do Congresso (Ato das Disposições constitucionais Transitórias, ADCT).
Aprovação em um só turno, em sessão unilateral.
Exercido uma única vez
Para uns, ele é irrestrito; para outros, só pode referir-se aos assuntos que foram objeto do ADCT.
O poder constituinte pode exercer-se por:
a. assembléia constituinte: reunião dos representantes do povo;
b. aclamação: manifestação unânime através da qual os membros componentes de um determinado órgão aprovam uma proposição (bastante incomum em nosso país);
c. referendum constituinte: instrumento de consulta popular, que no Brasil se dá por votação semelhante à escolha de representantes em época de eleição;
d. aprovação dos estados-membros, nos Estados federais. Esse aspecto tem a ver com o sistema de governo. Os senadores, indiretamente, representam os seus estados respectivos; logo, há uma participação indireta dos interesses dos estados federados;
e. revolução: revolta generalizada que derruba o poder instituído, como nas revoluções Francesa, Americana, Cubana etc., e que normalmente gera uma nova constituição.
Poder constituinte - participação popular nas decisões políticas que regem uma nação, com o
intuito de mostrar o poder popular e sua relação com o Estado. Ele é de fundamental importância para a elaboração, reforma e revisão de uma constituição, atuando como
expressão máxima de uma democracia.
o poder constituinte originário tem como características fundamentais é caracterizado como inicial (nenhum poder está acima dele), incondicionado (não se subordina a regras anteriores) e autônomo (decide a idéia de direito que prevalece no momento).
poder derivado (também denominado instituído, reformador,secundário, constituído, ou de segundo grau) - É estabelecido na constituição pelo poder constituinte originário.
Está inserido na própria carta, pois decorre de uma regra jurídica constitucional, e está sujeito a limitações expressas e implícitas; logo, passível de CONTROLE DA CONSTITUCIONALIDADE.
Esse poder não pode criar uma nova constituição, apenas modificar dispositivos legais no texto constitucional (competência reformadora). É, portanto, derivado (deriva do poder originário), subordinado (está abaixo do poder originário) e condicionado (deve seguir regras já
estabelecidas).
As constituições promulgadas são aquelas que se formaram à partir da "vontade do povo", dando seu voto para parlamentares que os representam na Assembléia Constituinte e levam com eles as demandas, as vontades da sociedade como um todo para que elas se transformem em leis constitucionais (são proprias dos regimes democráticos). 
As Constituições outorgadas são o conjunto de leis maiores (que norteiam as demais leis infraconstitucionais) que são elaboradas segundo a vontade de um ou de alguns detentores do poder, não havendo a participação do povo nem de forma indireta e muito menos direta (próprias de governos autoritários). São impostas, exemplos bons são as constituições comunistas da formação da Rússia , em 1918, a da China comunista de Mao Tsé Tung, da Cuba de Fidel e etc.
O poder constituinte originário é um poder expresso pela vontade dos participantes de um Estado. Inicialmente, era entendido como pertencente à nação; atualmente, como no Brasil, ele pertence ao povo (detentor de sua titularidade). Pela votação democrática, o povo escolhe os representantes que irão exercer o poder constituinte originário. Seus representantes detêm parcela da titularidade e o poder de representá-la. O poder constituinte derivado é aquele estabelecido pelo poder originário, e busca adaptar a vontade do povo às mudanças sócio-político-culturais, podendo modificar e revisar as normas estabelecidas pelo poder originário. Por isso, divide-se em reformador e decorrente.
AULA 9
O conjunto institucionalizado de direitos e garantias do ser humano apresenta algumas características: a imprescritibilidade (não prescrevem); a inalienabilidade (impossibilidade de transferência dos direitos a outra pessoa) ; a irrenunciabilidade(não se pode renunciar a nenhum desses direitos) e a universalidade(englobandotodos os indivíduos, independentemente de seu sexo, cor, credo ou nacionalidade) .
No caso da eutanásia, encontramos uma forte contradição. Isso porque um dos direitos fundamentais mais importantes é o direito à vida; no entanto, uma das caracaterísticas principais desse direito, como você acabou de aprender, é a irrenunciabilidade. Isso significa que ninguém pode renunciar à vida, e no caso da eutanásia, a escolha pela morte é vista como renúncia à própria vida. Há ainda uma outra contradição, quando pensamos no direito à liberdade, uma vez que essa característica garante a todo e qualquer cidadão liberdade de escolha – nesse caso a escolha pela “não-vida” seria aceitável.
Os direitos de primeira geração correspondem aos direitos e garantias individuais e políticos clássicos (também conhecidos como liberdades públicas), surgidos institucionalmente a partir da Magna
Charta (o direito à vida, o direito à liberdade, o direito à honra, o direito à dignidade). Eles foram gestados no século XVII, com a formulação de uma doutrina moderna que embasou ideologicamente uma luta e que culminou na criação do Estado Moderno e na transição do sistema feudal para o capitalismo.
Os direitos de 2ª geração, também chamados de metaindividuais, coletivos ou DIFUSOS, compreendem os direitos sociais, os direitos relativos à saúde, educação, previdência e assistência social, lazer, trabalho,
segurança e transporte Já os direitos de 3ª geração são os chamados direitos de solidariedade
ou fraternidade; também são frutos das lutas sociais e das transformações sócio-político-econômicas ocorridas nestes últimos três séculos de história da humanidade e que resultaram em conquistas sociais
e democráticas. Englobam o direito ao meio ambiente equilibrado, o direito de defesa do consumidor, o direito à paz, o direito ao progresso e o direito à autodeterminação dos povos.
Os direitos fundamentais são a base do Estado de direito – cabe a esse mesmo Estado empregá-los na preservação da dignidade da pessoa. Os direitos chamados difusos são aqueles que, uma vez violados, afetam toda a comunidade, e não um cidadão em particular. O desafio do Estado é garantir a
legitimidade desses direitos (garantias fundamentais) a todos, sem distinção; esse esforço do Estado em garantir a todos o “bem” coletivo é o que legitima seu domínio sobre a coletividade.
Os direitos humanos são aqueles surgidos em decorrência da própria condição humana e que estão garantidos constitucionalmente a todos os cidadãos. Alguns exemplos: direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança etc. (também chamados de direitos de primeira geração ou liberdades públicas). Já as garantias fundamentais são os meios utilizados para que esses direitos sejam de fato garantidos a todos. Os direitos de segunda geração são sociais: Educação, trabalho, lazer etc. São também chamados difusos porque não se destinam a um único indivíduo particular, mas a uma comunidade ou Estado. Os direitos de terceira geração são aqueles que foram conquistados através
de lutas sociais e dizem respeito aos direitos do consumidor, à paz, ao progresso, ao meio ambiente etc.
AULA 10
O objeto do Direito Administrativo - Dentro dos estudos jurídicos, o Direito Administrativo é uma especialização que trata da estrutura e das competências do Estado, além das relações sociais decorrentes das normas jurídicas que regulam tais competências.
Quando se analisa a dinâmica do Estado, isto é, o Estado em movimento, exercitando a sua função administrativa, o interesse se volta para a atuação da administração pública, que é objeto do Direito Administrativo.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (...).
O princípio da eficiência tem os seguintes pressupostos:
• plena satisfação dos administrados;
• menor custo para a sociedade.
 O princípio da legalidade - é o da submissão da administração pública à lei.
 Devido ao princípio da impessoalidade- a administração tem que tratar a todos os administrados sem discriminações ou privilégios.
O princípio da publicidade - torna obrigatória a divulgação oficial dos atos praticados pela administração pública, para conhecimento, controle e início dos seus
efeitos.
Estado e administração pública - possuem caráter normativo, sendo de observância obrigatória, dando vida ao texto legal e facilitando sua correta interpretação. Os princípios da administração pública não são meros auxiliares ou gestos de boa-vontade do administrador; eles caminham lado a lado com o Direito
Positivo e asseguram a aplicação correta e justa da legislação escrita.
Princípios da administração - Os princípios que constam da Constituição da República são aplicáveis aos três níveis de governo da Federação. O desvio de finalidade exprime, muito freqüentemente, o desrespeito ao princípio da moralidade. O princípio da publicidade comporta exceções.
o princípio da moralidade administrativa impõe ao gestor público o dever: da boa administração. O princípio da moralidade administrativa se relaciona à boa administração, ou seja: à administração que preza pelo respeito a todos os demais princípios.Veja que não há um princípio relacionado à obediência a ordens superiores.Pode-se afirmar que isso descende da aceitação implícita da estrutura à qual
o administrador se vincula.
	ESTADO GOVERNO ADMINISTRAÇÃO
	ESTADO
	GOVERNO
	ADMINISTRAÇÃO
	Sentido formal
	pessoa jurídica
territorial
soberana.
	conjunto de
poderes e órgãos
constitucionais.
	conjunto de órgãos
instituídos para
a consecução dos
objetivos do governo.
	Sentido Material
	o povo assentado
num território,
sujeito a um único
governo soberano.
	complexo
de funções
estatais básicas,
correspondentes
aos poderes.
	conjunto de funções
necessárias aos serviços
públicos em geral.
	Sentido Operacional
	
	condução política
dos negócios
públicos.
	Desempenho permanente e
sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado
ou por ele assumidos
em benefício da coletividade.
Existe distinção entre administração pública e governo?
Sim, ao Governo, na qualidade de elemento político do Estado e responsável pela condução política e transitória dos negócios do Estado, cabe a função de planejar ações políticas, com vistas à concretização dos objetivos do Estado explicitados em sua Constituição. À administração pública, por outro lado, cabe executar essas decisões políticas tomadas pelo governo. Ademais, vale ressaltar a atuação da administração pública é permanente,sistemática e técnica; enquanto a atuação do governo é transitória e política.
Assim como o Direito Constitucional estuda a estrutura do Estado, disposta na Constituição, o Direito Administrativo estuda o Estado em ação, vale dizer,a execução das políticas públicas promovida pela Administração Pública, com vistas a implementar os objetivos estatais consignados na Constituição. Há vários princípios que devem alicerçar a atuação da administração pública:
o princípio da legalidade, o da moralidade, o da impessoalidade, o daigualdade, o da publicidade e o da eficiência.
AULA 11
Desde já, guarde que os elementos que compõem a administração direta são chamados órgãos públicos. Já a administração indireta compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade
jurídica própria:
• autarquias;
• empresas públicas;
• sociedades de economia mista.
Administração direta =Presidência da República + ministérios
Administração indireta = autarquias + empresas públicas + sociedades de economia mista +
fundações públicas.
Administraçao Indireta.
As sociedades de economia mista e as empresas públicas, como integrantes da administração federal Indireta, equiparam-seentre si pelo fato de que ambas são pessoas jurídicas de direito privado.
O Governo do Estado da Paraíba pretende criar a Poupança Novo Lar, uma empresa destinada a administrar os recursos obtidos com a privatização de outras empresas e destinados ao financiamento de casas populares nos municípios do estado. Ela será criada por lei, terá patrimônio próprio e capital exclusivo do estado, revestindo-se de forma de sociedade anônima, com personalidade de direito privado. Qual será sua natureza jurídica?
Empresa pública - Embora apresente elementos comuns a outros tipos de entidades, o capital exclusivamente público caracterizaria a Poupança Novo Lar como uma empresa pública.
Acerca das empresas públicas e das sociedades de economia mista - Possuem personalidade jurídica de Direito Privado., Seu pessoal é empregado público, regido pela CLT. Suas causas trabalhistas são julgadas pela Justiça do Trabalho.
A administração pública brasileira assenta-se sobre a divisão dos poderes do Estado, cujas atribuições estão divididas em três níveis: federal, estadual ou distrital e municipal. Em cada um desses níveis, a estrutura desdobra-se em direta (Presidência da República e ministérios) e indireta (autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas). A partir dessa divisão, a execução de serviços públicos pode ser feita diretamente pela administração pública, por meio de órgãos públicos, ou indiretamente, através das entidades públicas. Os órgãos públicos não detêm personalidade jurídica própria e integram a estrutura de um ente federativo. Suas classificações variam conforme sua posição estatal(podem ser independentes, autônomos, superiores e subalternos), quanto à sua estrutura (podem ser simples ou compostos) e quanto à sua atuação funcional (podem ser singulares ou colegiados). A execução indireta de serviços públicos parte de entidades públicas dotadas de personalidade jurídica própria. As diferentes classificações dessas entidades atendem a critérios bastante específicos, expressos em lei, e elas podem ser
diferenciadas quando se analisam seu processo de criação, a natureza de sua personalidade jurídica (que pode ser pública ou privada, conforme o caso), seu patrimônio e a origem de seu capital (público, privado ou misto), o tipo de atividades que executa e sua forma (autarquias, sociedades anônimas etc.).
Autarquia – criada por Lei específica e decreto instituidor; De direito público; Patrimônio Próprio, já que pode ser utilizado sem autorização legislativa especial, transferido do patrimônio público pela legislação que determinou a sua criação; Capital Próprio, com autonomia de gestão administrativa e financeira; Atividades: Executa atividades típicas da administração pública (atividades administrativas e não
lucrativas), que requeiram ser descentralizadas para o seu melhor funcionamento; Forma: Entidade estatal. A autarquia é, em si mesma, uma forma de constituição de uma pessoa jurídica.
Empresa pública – Autorização legislativa e levada ao registro civil público competente, qual seja o
registro civil das pessoas jurídicas (quando se tratar de sociedade civil) ou a junta comercial (quando se tratar de sociedade comercial); De direito privado; Patrimônio Próprio, constituído por bens do patrimônio
público transferidos pela lei ou pelo decreto instituidores, bem como por ato bilateral (escritura pública
ou termo administrativo); Capital - Próprio e exclusivo do poder público ou conjugado com o de qualquer
outro órgão da administração pública, direta ou indireta; Atividades: Explora atividade econômica e, portanto, lucrativa, que o poder público seja levado a exercer por contingência administrativa; Forma: Qualquer tipo de sociedade, civil ou comercial.
Sociedade de economia mista - Criação - Autorização legislativa. O registro é feito na junta comercial
porque a forma obrigatória adotada é a de sociedade anônima, que é uma sociedade comercial; De direito
privado; Patrimônio - Próprio, constituído por bens públicos e particulares; Capital - Próprio, conjugando
capital público e privado, com prevalência acionária do poder público; Atividades: Explora atividade
econômica; Forma – Somente sociedade anônima.
Fundação - Criação - Autorização legislativa. O registro é feito no registro civil de pessoas jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do código civil que digam respeito às fundações; De direito
privado ou dedireito público; Patrimônio - Próprio, transferido do patrimônio público; Capital - Conjuga recursos do poder público e de outras fontes, particulares (doações) ou públicas (subvenções), sendo próprios, tendo em vista a autonomia de gestão administrativa e financeira; Atividades - Executa
atividades não lucrativas e que não exijam a execução por órgãos ou entidades de direito público, mas que sejam do interesse coletivo e, portanto, mereçam o amparo estatal. são atividades de caráter social,
de pesquisa, técnicas, científicas etc; Forma - Somente a de fundação instituída de acordo com o modelo
estabelecido pelo dl 200/67.
AULA 12
Existe, contudo, diferença entre crime e contravenção. Mas não se trata de uma diferença essencial. Os dois referem-se a situações que trazem prejuízo para a sociedade. É, portanto, uma questão de maior ou
menor gravidade ou prejuízo. A contravenção, por significar situações de menor gravidade para a sociedade, pode ser considerada um “crime pequeno”. Por outro lado, seguindo a mesma linha de raciocínio, o crime seria uma “contravenção grande”.
LCP – art. 34: Direção perigosa de veículo na via pública. - Um carro fazendo manobras arriscadas na rua
CP – art. 148: Seqüestro e cárcere privado. Uma pessoa trancada em cômodo fechado, com colchonete e prato de comida no chão.
CP – art. 121: Homicídio simples. Uma pessoa atirando em outra, que cai.
CP – art. 157: Roubo. Uma pessoa com uma arma na mão e outra com os braços levantados, sugerindo
um assalto.
 LCP – art. 58: Jogo do bicho. Um apontador do jogo do bicho, anotando uma aposta no bloco
Repare como as condutas correspondentes aos crimes são mais prejudiciais à vida social
do que as contravenções. Isto se reflete nas penas. Verifique no CP e na LCP.
o crime é doloso “quando o agente quis o resultado” (dolo direto) “ou assumiu o risco de produzilo”
(dolo eventual) (Art. 18). A culpa ocorre quando o agente pratica o fato por negligência,
imprudência ou imperícia. Portanto, o agente não tem a intenção de cometer o crime. Não passa pela sua cabeça que isso possa acontecer.
Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas (Art. 112, do ECA), dentre outras:
I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semiliberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional.
A diferença entre esses três tipos de penas privativas de liberdade reside, principalmente no regime de cumprimento de cada uma. Esses regimes são três: 
• fechado – aquele em que a execução da pena se dá Em penitenciária;
• semi-aberto – aquele em que a execução da pena se dá em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar; e
• aberto – aquele em que a execução da pena se dá em casa de albergado ou estabelecimento similar, cujo
prédio deve situar-se em centro urbano, separado de outros estabelecimentos prisionais, caracterizando-se
pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga.
Reincidência é a prática de um novo crime, após ter sido defi nitivamente condenado por crime anterior. É, portanto, um comportamento que tira da pessoa a condição de primariedade. Assim, primário e reincidente são as duas únicas espécies de criminosos reconhecidos por
nossa legislação.
A prescrição é uma forma de extinção da punibilidade, ou seja, de extinguir a responsabilidadedo criminoso. É, portanto, um acontecimento que impede a punição do criminoso.
Assim, de acordo com o Art. 109 do Código Penal, a prescrição penal ocorrerá nas seguintes circunstâncias:
a) em 20 anos, se o máximo da pena é superior a 12 anos;
b) em 16 anos, se o máximo da pena é superior a 8 e não excede a 12 anos;
c) em 12 anos, se o máximo da pena é superior a 4 e não excede a 8 anos;
d) em 8 anos, se o máximo da pena é superior a 2 e não excede a 4 anos;
e) em 4 anos, se o máximo da pena é igual ou superior a 1 e não excede a 2 anos; e
f) em 2 anos, se o máximo da pena é inferior a 1 ano.
a) Peculato (Art. 312) 16 anos
b) Concussão (Art. 316) 12 anos
c) Corrupção Passiva (Art. 317) 12 anos
d) Corrupção Ativa (Art. 333) 12 anos
e) Prevaricação (Art. 319) 4 anos
f) Desobediência (Art. 330) 2 anos
Crimes contra a Administração Pública – crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral; crimes praticados por particular contra a administração em geral; crimes contra a administração da Justiça.
PECULATO ART. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro,valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
CONCUSSÃO ART. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa. A concussão é um dos crimes mais graves contra a Administração Pública.
CORRUPÇÃO PASSIVA ART. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena - reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa.
CORRUPÇÃO ATIVA ART. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena - reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa.
Ao contrário da corrupção passiva, que é crime que só pode ser praticado por funcionário público, a corrupção ativa pode ser praticada por qualquer pessoa. Esse crime se consuma quando o oferecimento ou promessa chega ao conhecimento do funcionário, ainda que ele o recuse, rechaçando o suborno.
PREVARICAÇÃO ART. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA ART. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa.
A condescendência criminosa é semelhante à prevaricação, pois a conduta necessária para a confi guração do crime é a prática de ato para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Assim, a condescendência criminosa implica relações funcionais como as descritas em sua tipifi cação: “deixar, por indulgência, de
responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente”.
VIOLÊNCIA ARBITRÁRIA ART. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da pena correspondente à violência.
a violência arbitrária só pode ser praticada por funcionário público, mas não há necessidade de que ele seja policial, embora isso seja bastante comum. A violência do agente que é punida é a violência física, que abrange qualquer tipo de ofensa física contra uma pessoa: vias de fato – isto é, ofensa física sem lesão corporal, como uma bofetada ou um empurrão; lesão corporal ou homicídio.
RESISTÊNCIA ART. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: Pena - detenção, de 2 (dois) meses a 2 (dois)
anos.
DESOBEDIÊNCIA ART. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público: Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 6 (seis) meses, e multa.
Como o crime de resistência, a desobediência pode ter como agente qualquer pessoa. Para que se confi gure esse crime, é indispensável a existência de ordem legal, expedida por autoridade competente, em
forma regular e contra pessoa determinada. Não há como cogitar desse crime, portanto, sequer em tese, se a ordem que se diz desobedecida não foi dirigida ao acusado. Quem pratica o delito de desobediência, por exemplo, é o agressor que, solicitado pela autoridade a lhe entregar a arma usada, nega-se a fazê-lo. Por outro lado, esse delito não se tipifi ca se o destinatário da ordem não tinha o dever legal de obedecê-la, como no caso de um médico que, não sendo funcionário público, não entrega ao juiz o laudo de um
exame realizado por ele. A omissão só se caracteriza quando a pessoa não cumpre obrigação jurídica.
Por este motivo, como ninguém está obrigado a produzir prova contra si mesmo, em razão do direito ao silêncio – previsto no Art. 5º, inciso LXIII.
DESACATO ART. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa.
O crime de desacato pode ser praticado por qualquer pessoa e se confi gura por qualquer palavra que redunde em vexame, humilhação, desprestígio ou irreverência ao funcionário público. É a grosseira falta
de acatamento, podendo consistir em palavras injuriosas, difamatórias ou caluniosas, vias de fato, agressão física, ameaças, gestos obscenos, gritos agudos etc.
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA ART. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Vertical
1. O carteiro que fica com o dinheiro que está em uma correspondência que deveria entregar. PECULATO
6. O chefe do serviço de expediente que deixa de comunicar à chefia imediata ou não toma qualquer outra providência em relação a subordinado seu que deixa de comparecer ao serviço habitualmente. CONDESCENDENCIA CRIMINOSA
8. Pessoa que agride policial que vai cumprir mandado de prisão expedido por autoridade competente contra ela. RESISTENCIA
Horizontal 
2. Policial que exige dinheiro para não prender alguém. CONCUSSAO
3. Oficial de Justiça que recebe dinheiro para não citar alguém (citação é o documento que chama alguém para defender-se de acusação que lhe foi feita em juízo). CORRUPÇÃO PASSIVA
4. Pessoa que oferece à autoridade de trânsito uma importância em dinheiro para que seja emitida sua carteira nacional de habilitação, embora essa pessoa não tenha passado no exame prático de direção. CORRUPCAO ATIVA
5. Delegado que não instaura inquérito policial para apurar crime de furto, por considerá-lo pouco grave. PREVARICAÇAO
7. Policial que desfere bofetada em uma pessoa em quem ele acabou de proceder à revista pessoal, nada tendo encontrado de comprometedor. VIOLENCIA ARBITRARIA
9. Gerente de banco que se recusa a prestar informação bancária requisitada por autoridade judicial. DESOBEDIENCIA
10. Pessoa que xinga a autoridade de trânsito que a está multando. DESACATO
11. Pessoa que cobra uma importância qualquer sob a justificativa de que vai interceder junto à autoridade municipal competente para regularizar uma construção ilegal, feita por quem paga o valor solicitado. TRAFICO DE INFLUENCIA
Crime é a conduta típica, antijurídica e culpável, a partir do estudo dos seus pressupostos. Existem diversos tipos de crime, cada um com suaspenas e as medidas de segurança previstas.
AULA 13
Pessoa- este termo designa o homem, ou mulher, como sujeito de direitos e deveres.
Os curatelados, ou aqueles que são assistidos, têm sua capacidadecivil complementada por seus pais ou curadores. Aqui, o responsável legal, se colocando ao lado do menor, o auxiliará na prática dos atos da vida civil.
Pródigo é quem esbanja fortuna. Gasta semlimites, em prejuízo próprio e de sua família.
Personalidade Civil – ao completar 18 anos de idade o indivíduo tem capacidade civil para responder pelos atos que comete.
Capaz x incapaz - Os menores de 16 anos, os doentes mentais sem discernimento para os atos da vida civil e os que, por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade (uma vítima de amnésia, por exemplo) são denominados absolutamente incapazes. Estes serão sempre representados, por seus pais ou, na ausência deles, pelos TUTORES.
Os menores entre 16 e 18 anos, os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido, os excepcionais sem desenvolvimento mental completo e os
pródigos são denominados relativamente incapazes. Estes serão sempre assistidos por seus pais ou, na sua ausência, pelos curadores.
Um idoso só não poderá praticar plenamente os atos da vida civil se lhe for atestado, clinicamente, prejuízo das faculdades mentais – e então dependerá de curador ou tutor (de acordo com o grau da loucura ou deficiência mental), e isso independe de idade.
há atos que naturalmente emancipam o menor, tornando-o automaticamente apto para a inteireza da vida civil. São eles:
a. o casamento;
b. o exercício de emprego público efetivo;
c. a colação de grau em curso superior;
d. pela atividade comercial, quando gera recursos próprios;
e. pelo emprego, quando dá autonomia econômica ao menor.
A emancipação, uma vez adquirida, torna-se definitiva. É irrevogável. Ninguém volta a ser incapaz, pelo divórcio ou viuvez. Ou ainda pela falência de sua empresa.
São pessoas jurídicas de Direito Público externo: os países e os organismos internacionais (ONU e OEA, por exemplo).São pessoas jurídicas de Direito Público interno: a União Federal, os Estados-membros, os Municípios, as fundações públicas e as AUTARQUIAS.
São pessoas jurídicas de Direito Privado: as sociedades civis (fundações de direito privado sem fi nalidade de lucro), as sociedades empresárias (as LTDA. e as S. A. – por exemplo – que têm fi nalidade
de lucro), as associações (uma associação de moradores, por exemplo), as empresas públicas (a Embratur – Instituto Brasileiro Público e Privado | Noções de Direito Civil de Turismo, por exemplo), as sociedades de economia mista (o Banco do Brasil, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana, por exemplo), as organizações religiosas (uma igreja protestante, por exemplo) e os partidos políticos.
A U T A R Q U I A S
São entidades criadas por lei, com personalidade jurídica, para executar atividades típicas da Administração Pública que requeiram, para seu melhor desempenho, gestão administrativa e fi nanceira descentralizadas. São exemplos de autarquias: Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
As pessoas jurídicas geralmente são representadas pelo seu gestor ou quem este nomear (um procurador ou um preposto). O Art. 12 do Código de Processo Civil estabelece quem representa quem. Veja:
Art. 12 – “Serão representados em juízo, ativa e passivamente:
I – a União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios, por
seus procuradores;
II – o Município, por seu Prefeito ou procurador;
III – a MASSA FALIDA, pelo síndico;
IV – a HERANÇA JACENTE ou vacante, por seu curador;
V – o ESPÓLIO, pelo seu inventariante;
VI – as pessoas jurídicas, por quem os respectivos estatutos designarem, ou, não os designando, por seus diretores;
VII – as sociedades sem personalidade jurídica, pela pessoa a quem couber a administração dos seus bens;
VIII – a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante, ou administrador de sua filial, agência ou sucursal aberta ou instalada no Brasil;
IX – o condomínio, pelo administrador ou pelo síndico. (...)
Esperamos que você, doravante, tenha consciência de quem pode ou não praticar atos na vida civil; vale dizer que a contratação de pessoa incapaz pode gerar a inexistência do próprio ato. Com relação às pessoas
jurídicas, deve-se observar atentamente quem tem legitimidade ou não para representá-la. O feto já pode ser sujeito de direitos e obrigações, dependendo de sua sobrevida (nascituro). Ao nascermos com vida, adquirimos uma personalidade civil, porém somente seremos aptos a exercê-la à medida que nos tornarmos capazes – na maioridade (18 anos). Do contrário, seremos representados ou assistidos. Quando existem mortes simultâneas e, por isso, difculdade em definir qual a ordem delas, há comoriência, para facilitar o processo da sucessão de bens. A morte presumida se dá quando não há certeza da morte mas há indícios fortes dela, como os desaparecidos de guerras, por exemplo. Finalmente, a lei institui as chamadas pessoas jurídicas (empresas, fundações
etc.) que, com vida própria, também são sujeitos de direitos e obrigações e são representadas por quem a lei determina.
AULA 14
À luz do Direito Civil, um bebê recém-nascido já é titular de direitos que o acompanharão até o momento de sua morte. Até que seja declarado capaz, seus pais ou responsáveis têm de zelar por seu bem-estar. Após seu falecimento, são seus filhos que serão amparados pela lei.
o domicílio será a localidade onde tivermos instalado nossa residência com ânimo definitivo, ou seja, a intenção de ali permanecermos. Por este motivo, se escolhemos a cidade do Rio de Janeiro para residirmos, também teremos nosso domicílio no Rio de Janeiro. Este é o raciocínio em se tratando de pessoas físicas ou naturais.
bem móvel; bem indivisível e imóvel - boi, fazenda, resma de papel;
bem público; bem fungível; bem consumível e móvel - sede da prefeitura (imóvel
próprio), frutas do sítio, feijão.
bem móvel e singular; semovente; bem divisível - pintura sobre tela, porco, ações da Bolsa de Valores
bem público; bem não-fungível; bem não-consumível e móvel - grampeador da repartição pública, escultura, bracelete
certos bens encaixam-se em mais de uma categoria; é o caso, por exemplo, dos semoventes, que são bens móveis, porém de um tipo específico. Um boi é móvel e é semovente, já um grampeador é apenas
móvel. Perceba ainda que, mesmo dentre os bens móveis, há os divisíveis e os indivisíveis. Fique atento para essas classificações.
Sujeito ativo é quem temdireito a algo; é quem “recebe”.Sujeito passivo é quem sofre a ação da norma;quem “dá”.
Fato jurídico – qualquer tipo de comportamento que tenha como objetivo tirar a sua propriedade sobre a caneta ou danificar o objeto.
Em sentido amplo, os fatos jurídicos dividem-se em dois tipos:
• Fatos naturais – os que são alheios à vontade direta do ser humano. Ocorrem pela ação da natureza e podem ser exemplificados por uma inundação, pela morte por causas n - aturais, pelo nascimento, pela doença, pelo desabamento de uma casa etc.; e
• Fatos voluntários ou humanos – são os fatos que derivam da vontade direta do ser humano.
Os fatos voluntários, ou humanos, por sua vez, dividem-se em:
• Lícitos – os que produzem efeitos válidos para o Direito, podendo ser subdivididos em “atos jurídicos” e “negócios jurídicos”, distinção que será vista mais adiante, ao longo desta aula; e
• Ilícitos ou atos ilícitos – os que produzem efeitos que, embora previstos, são contrários ao Direito.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE ATO E NEGÓCIO JURÍDICO?
Existe um aspecto principal e muito claro que distingue os dois conceitos: é que os efeitos de um ato jurídico já estão previamente traçados em uma lei editada pelo Poder Público. No negócio jurídico,
por outro lado, esses efeitos resultam davontade dos sujeitos (ativo e passivo), embora tenham limites traçados em lei.
Ato jurídico - Simples declaração de vontade que produz efeitos já estabelecidos na lei; Eficácia decorre da lei (ex lege); Decorre da simples atuação da vontade; Exemplos: Casamento; reconhecimento de filho;
fixação de domicílio; etc.
Negócio jurídico - Declarações da vontade humana destinadas a produzir determinados efeitos, permitidos em lei e desejados pelo agente; Eficácia decorre da própria vontade do agente (ex voluntate); É instrumento da autonomia privada, isto é, do poder que os particulares têm de criar as regras do seu próprio comportamento para a realização dos seus interesses; Exemplos: Contratos; testamento etc.
Nesta segunda parte da aula sobre Direito Civil, você viu as diferenças entre domicílio e residência. Pôde compreender que o lugar onde você está instalado (residência) não é necessariamente seu endereço para efeitos legais (domicílio). Viu que órgãos públicos das mais diversas naturezas têm
seu domicílio definido em estatutos e que cada unidade da Federação tem seu domicílio em sua capital. Em um segundo momento, aprendeu sobre os bens jurídicos, que podem ser materiais (uma casa, um carro, um boi) ou imateriais (o direito à vida, à segurança, à liberdade de expressão). prendeu ainda a distinguir as diversas espécies de bens jurídicos, sejam móveis ou imóveis (carros ou apartamentos), semoventes ou não (animais ou maquinaria), divisíveis ou indivisíveis (cereais ou obras de arte), individuais ou coletivos (já vimos que o direito à propriedade não se limita à esfera privada).
Percebeu também a diferença entre sujeito ativo e sujeito passivo, noções bastante importantes para o convívio respeitoso em sociedade. Viu que sujeito ativo é aquele sobre quem recai um benefício proveniente do Direito. Já o passivo é aquele sobre quem recaem as obrigações previstas na lei. Sabe ainda diferenciar fatos jurídicos de negócios jurídicos, à luz de seus efeitos previstos ou não pela lei. Viu que há fatos jurídicos naturais, como o nascimento ou a morte, que há os voluntários, como o instituto do casamento, e que esses atos podem ser unilaterais (quando dependem da vontade de apenas uma pessoa, como na confissão de um crime) ou bilaterais
(como ocorre na celebração de um contrato). Nesta parte da aula, deve ter ficado claro que todos os tipos de atos, fatos e negócios jurídicos atendem à distinção que se faz entre atos lícitos e ilícitos – aqueles cujos efeitos são contrários ao Direito.
AULA 15
regime de bens. De acordo com o Código, há quatro regimes possíveis:
Comunhão parcial - consiste no regime em que, basicamente, se excluem da comunhão, ou seja, do total
de bens do casal, aqueles que cada cônjuge já possuía antes do casamento.
• Comunhão universal – consiste na fusão de todos os bens que os cônjuges possuíam antes do casamento com os que adquiriram já como casados. Nesse regime, todos os bens do casal se comunicam, passando a integrar um só conjunto, um só patrimônio. Tal patrimônio somente será dividido na hipótese de dissolução da sociedade conjugal.
• Participação final nos AQÜESTOS – neste regime, cada cônjuge mantém ao longo do casamento o seu próprio patrimônio, adquirido com recursos pessoais de cada um antes ou durante o casamento. Somente em caso de dissolução da sociedade conjugal, os bens, adquiridos por cada um durante o casamento, são reunidos em uma totalidade, passando cada cônjuge a fazer jus à metade dessa totalidade.
• Separação de bens - cada um dos cônjuges permanece com a administração exclusiva dos seus bens, quer sejam eles anteriores ao casamento ou adquiridos depois do matrimônio. Esse regime se caracteriza, portanto, pela completa separação de patrimônio entre os cônjuges.
existem três espécies básicas de parentesco:
• Parentesco hereditário: é o vínculo que une pessoas descendentes uma das outras, ou de um tronco ancestral comum. Ex.: pai, avô, tio, irmão.
• Parentesco por afi nidade: é a relação social que une uma pessoa aos parentes hereditários do seu cônjuge. Ex.: sogro, genro, nora, cunhado.
• Parentesco civil: é o criado pelo casamento ou pela adoção, consistindo no vínculo pessoal que se estabelece entre o pai adotante e o fi lho adotado.
• Parentes em linha reta: são as pessoas que descendem umas das outras. Ex.: avô, filho, neto, bisneto etc. O Código Civil, em seu art. 1.591, define os parentes em linha reta como “as pessoas que estão umas para com as outras na relação de ascendentes e descendentes”.
• Parentes em linha colateral: são as pessoas que não descendem umas das outras, mas que possuem um tronco ancestral comum. Ex.: irmãos, tios, sobrinhos, primos etc.
O Código Civil, no art. 1.592, define os parentes colaterais como as pessoas, até o quarto grau, que provêm de um só tronco, sem descender uma da outra.
Visto isso, saiba que, nos parentes de linha reta, o grau de parentesco é contado pelo número de gerações. Desta maneira, podemos dizer que você é parente de 1º grau de seu pai, em 2º grau de seu avô,
em 3º grau de seu bisavô e assim por diante. Observe o esquema: cada geração equivale a um grau.
Representação e assistência
A diferença entre representação e assistência é a seguinte: na representação, o representante legal, normalmente um dos pais do menor, assina “pelo” filho; na assistência, ele assina
“juntamente” com o filho.
A tutela é o instituto jurídico destinado a proteger os filhos menores cujos pais tenham falecido ou perdido o poder familiar.
Já a curatela é um instituto jurídico semelhante à tutela, dado o seu caráter assistencial. Diferencia-se dela, entretanto, porque se destina a proteger o incapaz maior de 18 anos.
Testamento - documento em que a pessoa dispõe sobre seus bens e outros atos de última vontade, para depois de sua morte.
Herdeiro testamentário: é a pessoa nomeada no testamento para receber os bens deixados pelo de cujus. O herdeiro testamentário recebe a herança como um todo. Esse caso ocorre principalmente quando o de cujus não deixa uma linha sucessória.
Legatário: é a pessoa nomeada no testamento para receber parte individualizada da herança, especialmente determinada pelo de cujus. O legatário recebe uma parte específica da herança. Por exemplo: alguém que trabalhe em uma das empresas do de cujus e receba apenas o controle sobre aquela empresa.
herdeiros legítimos - indicados expressamente no art. 1829 do Código Civil, que estabelece a ordem de preferência das pessoas que devem suceder. Tal ordem, que é denominada ordem de vocação
hereditária, é a seguinte:
. descendentes;
. ascendentes;
. cônjuge sobrevivente;
. colaterais; ou
. municípios, Distrito Federal ou num território federal, conforme os bens se localizem, respectivamente, em um Município, no Distrito Federal ou num Território Federal, conforme dispõe o art. 1.844.
Na presente aula, você estudou a família e os critérios que se utilizam para se definir o que é esse instituto, tanto no que se refere a linhas sucessórias naturais (relações de pai e filho) ou civis (como ocorre no caso de uma adoção ou fruto de um casamento que una famílias). Aprendeu ainda sobre
o casamento e seus trâmites legais, desde as declarações necessárias até os proclamas, ato que visa a tornar pública aquela união civil, e sobre as relações de parentesco e suas contagens de grau: descendentes, ascendentes e colaterais. Em um segundo momento, viu listados os diversos regimes de bens: a comunhão parcial, que vê como bens comuns ao casal apenas o que foi
construído após o matrimônio, a comunhão universal, que divide igualmente todos os bens de que cada cônjuge disponha, a participação nos aqüestos, uma solução mista em que cada cônjuge mantém seu patrimônio até a separação, quando os bens são divididos, e a separação de bens, que reserva cada cônjuge seu próprio patrimônio. Aprendeu também a situação que dá origem à partilha desses bens: a dissoluçãoda sociedade conjugal (seja a separação ou o divórcio – a separação definitiva, para todos os efeitos legais). Viu ainda os motivos que se pode alegar para se obter cada uma delas, desde maus-tratos até abandono do lar. Logo após, estudou o poder familiar, que tem por objetivo a proteção dos filhos menores de idade, e a especial atenção que o Código Civil dispensa a esses menores e aos incapazes, que, na ausência dos pais, ficam sob responsabilidade de tutores e curadores, respectivamente. Compondo a segunda parte da aula, conheceu o Direito das Sucessões, que visa a regular a transmissão do patrimônio de alguém que faleceu. Viu que
há sucessões legítimas, aquelas que transcorrem de acordo com as regras previstas na lei, e sucessões testamentárias, aquelas que atendem à vontade do falecido, expressa em testamento.
Estudou ainda que há casos em que herdeiros naturais (filhos, cônjuges e netos) podem ser destituídos de sua parte na herança, como ocorre em casos de tentativa de homicídio ou mesmo sob calúnia ou tentativa de obstruir o processo sucessório.

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