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REVOLUÇÃO DOS BICHOS

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Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina – FACAPE
Lorena Mikaela Cavalcante Souza
Revolução Real x Revolução fictícia
Petrolina
2015
Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais – FACAPE
Revolução Real x Revolução fictícia
Resenha crítica do livro “A Revolução Dos Bichos” como forma de avaliação e atribuição de nota parcial para a matéria de Administrativo I do 3º período do curso de Direito da Faculdade de Ciências aplicadas e sociais- FACAPE. Orientador: Prof. Micheline Musser.
Lorena Mikaela Cavalcante Souza
Petrolina, 2015
ORWELL, G. A Revolução dos bichos. Trad. por: Heitor Aquino Ferreira. 4 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
O livro a revolução dos bichos é uma alusão clara a revolução comunista, a estruturação do socialismo e os motivos de sua futura decadência.
Os bichos representam na obra a classe trabalhadora. O uso abusivo, humilhante e menosprezado da mão de obra animal na fazenda nos faz recordar das condições de trabalho dos proletários. A jornada de trabalho exaustiva, o julgamento de inferioridade, remuneração ou retorno ínfimos todos esses aspectos os fazem ser comparados com os animais e com a relação desses com os humanos.
Os humanos por sua vez, soberbos e preguiçosos, retratam a vida e o caráter dos que estavam no poder, na classe alta. Toda sua riqueza advém do suor do trabalho dos animais (proletários), seus luxos e avarezas são mantidos através do sofrimento desses trabalhadores, mas mesmo assim se consideram superiores e dotados de capacidade de subjugar e escravizar.
O extinto por revolução, a necessidade por mudança, a convicção de que a ordem das coisas está errada e a vontade por liberdade fez com que os animais se voltassem contra os humanos na obra, assim como o proletariado se rebelou nas revoluções comunistas do século passado.
Só que existe um detalhe, mesmo com o sucesso da revolução, como controlar a vida em sociedade? Como estabelecer as regras e manter a liberdade ao mesmo tempo?
O modelo no qual os trabalhadores se inspiraram foi o idealizado e escrito por Karl Marx o autor chave das obras comunistas, sendo seu idealizador e defensor. No qual o comunismo seria alcançado através da tomada do poder pela classe trabalhadora, a extinção das classes sociais e a divisão igualitária das riquezas. Os proletários seguiram as palavras de Marx como ideal, assim como os animais seguiram as palavras do Major, o porco mais sábio e antigo da fazenda. Só que mesmo após a revolução o comunismo ainda era um ideal porque as etapas ditas por Marx não foram todas cumpridas.
A primeira, tomada do poder pela classe trabalhadora, foi de longe a mais fácil de ser cumprida, pois mesmo com certo grau de dificuldade foi a mais rápida a ser cumprida.
A segunda, a divisão igualitária de toda riqueza, passou a ser vista como injusta. Você pode trabalhar muito e outro nem chegar a trabalhar e vocês receberam o mesmo retorno. Assim se iniciava a desvalorização do trabalho, a manutenção de uma parte da sociedade sustentar a outra, só que agora com nova roupagem, e o início da insatisfação dos indivíduos com o sistema socialista.
A terceira, a extinção das classes sociais, é o que diferencia a existência do comunismo p existência do socialismo. Como essa etapa não conseguiu ser cumprida em nenhum dos lugares onde houve a revolução proletária, o que a humanidade presenciou, portanto, foi o socialismo e não o comunismo. O socialismo é uma fase do comunismo que deveria ser de transição onde há ainda uma hierarquia, Estado e povo, para que se organizem as regras antes da extinção de classes onde se alcançaria o comunismo. Não há comunismo sem essa etapa. O erro foi se prolongar a fase socialista que gera ainda mais insatisfações por instaurar uma nova maneira de submissão, de hierarquia, de poder de uns indivíduos sobre os outros.
Assim como no livro a revolução real não obteve sucesso na instauração de uma sociedade livre e igualitária por n conseguir atingir seus verdadeiros ideais, por mesmo após tanta luta não realizar a extinção da hierarquia de poderes.
O ideal era um, a realidade foi outra. Chegando a nos fazer acreditar que esse ideal era apenas uma utopia.
O livro é uma crítica clara as formas de estruturação e administração da sociedade. E por estar inserido num contexto histórico forte de luta contra o comunismo (Guerra fria), a obra em questão é considerada uma crítica anticomunista. Mas aos olhos críticos do leitor, pode ser percebido como uma crítica a qualquer forma de governo tirânica mascarada sobre o lema de igualdade.

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