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EUDES APARECIDO ROLA LABORATÓRIO DE FÍSICA 2 Trocas de Calor Relatório de experimentos realizados, apresentado com o intuito de obtenção de nota parcial na disciplina de Laboratório de Física 2, do curso de Engenharia Elétrica, UNEMAT, campus Sinop. Docente: Kelli Cristina Aparecida Munhoz. SINOP - MT Maio / 2016 SUMÁRIO 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................ 3 1.1. Calor ...................................................................................................... 3 1.2. Calor sensível, calor latente e trocas de calor ....................................... 3 2. OBJETIVOS ............................................................................................. 4 3. MATERIAIS UTILIZADOS ........................................................................ 4 4. METODOLOGIA ....................................................................................... 4 4.1. Trocas de calor ..................................................................................... 4 4.2. Calor de fusão ....................................................................................... 5 4.3. Calor específico .................................................................................... 5 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................ 6 5.1. Trocas de calor ..................................................................................... 6 5.2. Calor de fusão ....................................................................................... 6 5.3. Calor específico .................................................................................... 6 6. CONCLUSÃO ........................................................................................... 6 6.1. Trocas de calor ..................................................................................... 6 6.2. Calor de fusão ....................................................................................... 7 6.3. Calor específico .................................................................................... 7 7. REFERÊNCIAS ........................................................................................ 7 Página 3 de 7 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.1. Calor Calor é o termo associado à transferência de energia térmica de um sistema a outro, ou entre partes de um mesmo sistema, o que possibilita essa transferência de energia térmica é a diferença de temperatura entre eles, em processos naturais a energia térmica tende a viajar do sistema com maior temperatura para o sistema de menor temperatura. Há em essência três formas de calor: calor por radiação, calor por convecção e calor por condução. Das três, a única que pode ocorrer no vácuo é o calor por radiação. No Sistema Internacional (SI) a unidade para medida de calor é o joule ( ܬ ) mas usualmente a caloria (݈ܿܽ) é a mais utilizada, uma caloria corresponde a aproximadamente 4,18 joules, também se faz uso da unidade britânica (ܤܷܶ) que equivale a aproximadamente 252,2 calorias. 1.2. Calor sensível, calor latente e trocas de calor É denominado calor sensível, a quantidade de calor que tem como efeito apenas a alteração da temperatura de um corpo. Este fenômeno é regido pela lei física conhecida como Equação Fundamental da Calorimetria, que diz que a quantidade de calor sensível (ܳ) é igual ao produto de sua massa, da variação da temperatura e de uma constante de proporcionalidade dependente da natureza de cada corpo denominada calor específico, dada pela equação: ܳ = ݉ܥ∆ܶ, onde ܳ é a quantidade de calor sensível (݈ܿܽ ou ܬ), ܥ o calor específico da substância que constitui o corpo (cal/g°C ou J/kg°C), ݉ a massa do corpo (g ou kg) e ߂ܶ = variação de temperatura (°C). Calor latente é a denominação dada para a quantidade de calor necessária para a mudança de estado físico de um corpo, a quantidade de calor latente é dada pela equação ܳ = ݉ܮ, onde ݉ é a quantidade de massa e ܮ a constante de proporcionalidade. Para que o estudo de trocas de calor seja realizado com maior precisão, este é realizado dentro de um aparelho chamado calorímetro, que consiste em um recipiente fechado incapaz de trocar calor com o ambiente e com seu interior. Dentro de um calorímetro, os corpos colocados trocam calor até atingir o equilíbrio térmico. Como os corpos trocam calor somente entre si, toda a energia térmica passa de um corpo ao outro. Como, ao absorver calor ܳ > 0 e ao transmitir calor ܳ < 0, a soma de todos os calores é nula, ou seja ߑܳ = 0. Sendo que as quantidades de calor podem ser tanto do tipo sensível como latente. Página 4 de 7 2. OBJETIVOS Calcular a quantidade de calor trocada entre uma porção de água fria e água quente. Calcular a quantidade de calor absorvido por um bloco de gelo ao se fundir. Encontrar o calor especifico de um sólido. 3. MATERIAIS UTILIZADOS 01 Calorímetro. 01 Termômetro. 01 Bule elétrico. 01 Béquer. 01 Balança de precisão. 01 Porção de água fria. 01 Porção de água em temperatura ambiente. 01 Cubo de gelo. 01 Corpo de provas maciço. 4. METODOLOGIA 4.1. Trocas de calor Nesse experimento tem-se o objetivo calcular quanto calor é trocado ao se misturar uma porção de água fria com uma porção de água quente (aquecida utilizando o bule elétrico). Utilizando o termômetro, descobre-se a temperatura inicial de ambas as porções de água, e utilizando o béquer para medir volume, através da massa específica da água dada como 1݃/݉ܮ, descobre-se também a massa de ambas as porções, com esses dados já em mãos, se faz a mistura das duas porções de água no calorímetro, fechando-o logo em seguida, a fim de evitar que haja troca de calor do sistema com o ambiente, através de um orifício na tampa do calorímetro se introduz o termômetro, logo em seguida agita-se vagarosamente o calorímetro, buscaamdo uma mistura homogênea das porções de água em seu interior, após agitar, aguarda-se cerca de 60 segundos para que o termômetro estabilize sua medida, e então afere-se a temperatura final do sistema. Com a temperatura final do sistema, sabendo-se a temperatura inicial e a massa das porções de água, pode-se calcular quanto calor foi cedido/recebido por ambas as Página 5 de 7 porções de água através da equação ܳ = ݉ܥ൫ ܶ − ܶ൯, e pode-se também encontrar qual deveria ser a temperatura final teórica através da equação ܶ௧ = ்ಲಷಲಷା்ಲೂಲೂಲಷାಲೂ . 4.2. Calor de fusão Nesse experimento tem-se o objetivo de calcular quanto calor é absorvido por um bloco de gelo ao se fundir com uma porção de água à temperatura ambiente, desconhecendo sua massa inicial. Utilizando o têrmometro decobre-se a temperatura inicial da porção de água à temperatura ambiente, utilizando também o béquer para medir volume, através da massa específica 1݃/݉ܮ, descobre-se também sua massa, a porção de água é então colocada no calorímetro, logo em seguida também é adicionado um bloco de gelo, de massa desconhecida, aguarda-se até que o gelo esteja totalmente derretido, agita-se então o calorímetro e afere-se a temperatura final do sistema. Através da relação de trocas de calor, onde ∑ ܳ = 0, então ܳ + ܳீ + ܳீ = 0, como ܳ = ݉ܥ∆ܶ e ܳ = ݉ܮ, tem se que a massa do gelo é dada por ݉ீ = ିಲ൫்ି்ಲ൯ಸା൫்ି்ಸ൯ , logo a quantidade de calor absorvida pelo gelo para se fundir também é dada pela equação ܳ = ݉ீܮீ. 4.3. Calor específico Nesse experimento tem-se o objetivo de calcular o calor específico de um corpo de provas maciço, de metal, com massa conhecida. Primeiramente afere-se a massa do corpo de provas utilizando a balança de precisão, logo em seguida o corpo de provas é mergulhado em um béquer com água à temperatura ambiente,buscando dessa forma encontrar a temperatura do corpo de provas utilizando o princípio do equilibrio térmico, aguarda-se então cerca de 2 minutos para que o sistema atinja o equilibrio térmico, define-se então a temperatura inicial do corpo de provas, pega-se então outro béquer, com água quente, e a coloca no calorímetro, através da massa específica 1݃/݉ܮ, calcula-se a massa de água quente, com o termômetro descobre-se também a temperatura inicial da água quente, logo em seguida o corpo de provas é submerso na água quente e o calorímetro fechado para evitar a troca de calor com o ambiente, aguarda-se então cerca de 5 minutos e afere-se a temperatura final do sistema. O calor especifico do corpo de provas é dado pela equação ܥ = ିಲೂಲ൫்ି்ಲೂ൯൫்ି்൯ . Página 6 de 7 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 5.1. Trocas de calor Os resultados desse experimento estão expressos na tabela abaixo. ݉ (݃) ܶ (°ܥ) ܶ (°ܥ) ܥ (cal/g°C) ܳ (݈ܿܽ) ܶ௧ (°ܥ) Água quente (AQ) 100,0 14,5 36,5 1,00 3300,0 39,5 Água fria (AF) 150,0 77,0 −4050,0 5.2. Calor de fusão Os resultados desse experimento estão expressos na tabela abaixo. ݉ (݃) ܶ (°ܥ) ܶ (°ܥ) ܮ (cal/g) ܥ (cal/g°C) ܳ (݈ܿܽ) Água (A) 150,00 27,5 21,5 * 1,00 −900,0 Gelo (G) 8,87 0,0 80,0 * 709,5 Gelo Derretido (GD) 8,87 0,0 * 1,00 190,5 5.3. Calor específico Os resultados desse experimento estão expressos na tabela abaixo. ݉ (݃) ܶ (°ܥ) ܶ (°ܥ) ܥ (cal/g°C) ܳ (݈ܿܽ) Água quente (AQ) 150,00 81,0 71,5 1,000 1425,00 Corpo de provas (C) 133,06 26,5 0,238 1425,07 6. CONCLUSÃO 6.1. Trocas de calor Assim como descrito inicialmente, pode-se comprovar que, quando se tem uma redução na temperatura, o calor é perdido, de forma análoga, quando se tem um aumento na temperatura, o calor é absorvido, pode-se notar que a temperatura final teórica se aproxima da temperatura final experimental. Com os dados experimentais e a temperatura final teórica em mãos pode-se calcular o erro relativo, encontrado pela equação: ܧ்ܴ = ฬ்ି்் ฬ ∙ 100%. ܶ (°ܥ) ܶ௧ (°ܥ) ܧ்ܴ (%) Temperatura final ( ܶ) 36,5 39,5 7,59% O motivo do erro ser acima dos 5% esperados pode ser devido a vários fatores, o mais provável é que, tenha havido troca de calor entre o sistema e o ambiente, outro fator provável pode ser erros para determinar a massa e a temperatura das porções de água. Página 7 de 7 6.2. Calor de fusão Assim como descrito inicialmente, pode-se comprovar que, para mudar de estado físico, o gelo absorveu grande quantidade de calor, comparando com a quantidade de calor absorvido para aumentar sua temperatura até atingir o ponto de equilíbrio. 6.3. Calor específico Com os resultados desse experimento, nota-se que o calor específico da água ainda é maior que o calor específico do corpo de provas, o que prova parcialmente a teoria de que a água é o elemento com maior calor específico da natureza. 7. REFERÊNCIAS Calor – Só Física. Disponível em: <http://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/Calorimetria/calor.php>. Acesso em 17 de maio de 2016. Calor latente – Só Física. Disponível em: <http://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/Calorimetria/calor2.php>. Acesso em 17 de maio de 2016. Trocas de calor – Só Física. Disponível em: <http://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/Calorimetria/trocas.php>. Acesso em 17 de maio de 2016. Calor – Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/calor>. Acesso em 17 de maio de 2016. CALORIMETRO E AS TROCAS DE CALOR – Brasil ESCOLA. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/fisica/calorimetro-as-trocas-calor.htm/>. Acesso em 17 de maio de 2016. Como Calcular Erro Relativo – wikiHow. Disponível em: <http://pt.wikihow.com/Calcular-Erro-Relativo>. Acesso em 17 de maio de 2016. HALLIDAY, D., RESNICK, R., WALKER, J., Fundamentos de física. 6ª edição, vol. 2, editora LTC, 2006.
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