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Trabalho Psicologia Social

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INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE PSICOLOGIA
DESIGUALDADE RACIAL NO BRASIL
Anderson preto gouveia RA – C53CCE-4
	
Sorocaba/SP
2016 
Anderson preto gouveia RA – C53CCE-4
	
DESIGUALDADE RACIAL NO BRASIL
Trabalho apresentado à Universidade Paulista – Instituto de Ciências Humanas, como parte dos pré-requisitos da matéria Psicologia Social.
Professora: Nancy Capretz Batista
Sorocaba/SP
2016
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................04
2 DESIGUALDADE RACIAL NO BRASIL................................................................05
2.1 BRANQUITUDE E BRAQUAMENTO NO BRASIL.............................................05
2.2 AS MINORIAS PSICOLOGICAS.........................................................................08
3 DESIGUALDADE RACIAL E PRECONCEITO.....................................................06
3.1 O RACISMO E SEUS EFEITOS NA EDUCAÇÃO .............................................08
3.2 DIVERSIDADE CULTURAL...............................................................................10
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................12
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA..............................................................................13
�
INTRODUÇÃO
O presente trabalho pretende produzir uma reflexão sobre alguns dados concretos sobre a desigualdade racial dos negros que vivem no Brasil. Um grupo de população em quem muitos centram as atenções para um ato de descriminação e preconceito. 
 Entendemos que as diversas e complexas dimensões da desigualdade racial não podem ser reduzidas à desigualdade de classe, embora se articulem com ela. Este trabalho de Psicologia Social, relacionado com a disciplina de Relações Étnica Raciais no Brasil também visa empreender uma breve revisão da literatura sobre o tema nas pesquisas e estudos no campo da Psicologia e em outros campos do saber que estão em permanente diálogo com as práticas do psicólogo. Aqui pretendemos destacar alguns aspectos dos efeitos do racismo que consideramos mais relevantes e destacar alguns pontos críticos sobre o racismo no Brasil.
DESIGUALDADE RACIAL NO BRASIL
Branquitude e Branqueamento no Brasil 
A Psicologia Social no Brasil se caracteriza por seu afastamento, quando não ausência, das questões raciais e suas consequências na estrutura psíquica individual ou coletiva da população envolvida no contexto da discriminação, seja no papel de vítima ou agente discriminador. Raimundo Nina Rodrigues iniciou um trabalho pioneiro sobre a população negra no Brasil há mais de 100 anos. Porém, muito pouco tem- se realizado desde então, no tocante a estudos que investigam os fenômenos psicológicos que permeiam as relações sociais e abrangem questões raciais. Diante das lacunas deixadas pelas ciências sociais em relação a tais temas, torna-se importante que a Psicologia Social participe mais ativamente na produção de conhecimento que venha contribuir para o processo de construção da identidade coletiva da sociedade brasileira.
 Vários estudiosos do racismo no Brasil têm demonstrado que existe uma forte relação entre o fracasso social e econômico com a cor negra e entre sucesso e a cor branca (Adorno, 1996; Degler, 1971; Guimarães, 1999). Tanto que o branqueamento parece ser o elemento principal que diferencia o racismo brasileiro de outros racismos (Skidmore, 1989). De fato, o racismo no Brasil manifesta-se, entre outros aspectos, pelo branqueamento dos indivíduos que fazem sucesso e o enegrecimento ou empardecimento dos que fracassam. Adorno (1996), analisando boletins de ocorrências de “crimes violentos” em São Paulo no ano de 1990, observou que a depender do curso do processo, o réu pode mudar de cor. Se for sendo progressivamente inocentado pelas evidências pode se tornar branco ou moreno claro nas descrições feitas. Por outro lado, se as evidências apontarem para a sua culpabilidade pode se tornar moreno escuro ou negro.
As minorias Psicológicas 
 
 Tendo situado Kurt Lewin (1890-1947) na evolução da psicologia social, compreendemos melhor a importância de seus trabalhos e de suas descobertas. Ao expor suas hipóteses e suas teorias, respeitaremos a ordem cronológica de sua elaboração e sua formulação. Assim veremos pouca a pouco precisar-se sua concepção pessoal da gênese e da dinâmica de grupos.
 O primeiro problema social ao qual Lewin dedica 	sua atenção, após emigrar para os Estados Unidos, é a Psicologia de seu próprio grupo étnico. As discriminações, as injustiças, os vexames, o ostracismo aos quais ele e os seus foram submetidos pelos nazistas nos últimos meses vivido na Alemanha traumatizaram-no sob muitos aspectos. Lewin procura compreender e encontrar uma interpretação científica para os que sofreram: seres humanos que, pelo simples fato de pertencerem a um grupo étnico, vivem em uma insegurança permanente e dependem das variações do clima político das comunidades humanas das quais procuram se integrar.
 Kurt Lewin se esforça por elabora uma psicologia dos grupos minoritários. A partir do que se descobre como fundamental para a psicologia das minorias é levado a pensar e a redefinir o que se torna depois o objeto quase exclusivo de sua reflexão e de suas pesquisas: que problemas constituem o centro da exploração e da experimentação da Psicologia Social? A dinâmica dos grupos, tal qual conceberá finalmente, será o resultado desta série cada vez mais convergente de recolocação de questões de proposições sistemáticas.
 A origem das minorias para Kurt Lewin (1890-1947) a própria existência de toda minoria só é possível, graças à tolerância da grande maioria no meio da qual ela se insere. Lewin acrescenta que a maioria tem sempre interesse de privar as minorias de todo direito e todo privilégio.
DESIGUALDADE RACIAL E PRECONCEITO.
Para discutirmos sobre o racismo e o preconceito é necessário, primeiramente, nos atentarmos para as definições dos dois termos. Segundo o dicionário da língua portuguesa "Priberam", racismo é “[...]”. Atitude hostil ou discriminatória em relação a um grupo de pessoas com características diferentes, notadamente etnia, religião, cultura. Enquanto que preconceito é a “[...] ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério ou imparcial”. 
De modo geral, o ponto de partida do preconceito é uma generalização superficial, chamada "estereótipo". Ainda assim, observar características comuns a grupos são consideradas preconceituosas somente quando entrarem para o campo da agressividade ou da discriminação, caso contrário reparar em características sociais, culturais ou mesmo de ordem física por si só não representam preconceito, elas podem estar ou não denotando apenas costumes, modos de determinados grupos ou mesmo a aparência de povos de determinadas regiões, pura e simplesmente como forma ilustrativa ou educativa, por vezes questionada pela Ciência e a Psicologia.
Observa-se então que o preconceito, se associado à discriminação, pode ser considerado um erro. Entretanto, segundo o Psicanalista Freud (1856 -1939), trata-se de um erro que faz parte do domínio da crença e sentimento de medo, e não necessariamente do conhecimento originado da Ciência.  Ou seja, possui uma base irracional, ligada a ideologia de um mundo imaginado e não real.
Embora o racismo ainda não seja um assunto discutido abertamente entre os brasileiros, percebe-se que o preconceito sobre os negros e os seus descendentes encontra-se na história recente do Brasil, principalmente nos três séculos de escravidão, e pelas escassas políticas de inserção desses sujeitos na sociedade, especialmente após a Abolição da Escravatura em 13 demaio de 1888. Desde o século XVI, quando os negros oriundos das várias partes da África começaram a desembarcar na América portuguesa de forma forçada para trabalhar nas lavouras de cana-de-açúcar e nas minas de ouro, começou um longo período de usurpação da sua liberdade, gerando graves consequências para o seu status social.  Vale destacar que alguns negros e mestiços trabalhavam nos centros urbanos, conhecidos como escravos de ganho, e nas ruas desempenhavam diferentes funções, tais como carregadores de água, sangradores, barbeiros e vendedores de doces, frutas e outros quitutes. O negro e o mestiço dificilmente conseguiam igualar-se ao homem branco. O "mundo da senzala" sempre esteve muito distante do "mundo da casa grande". Para alcançar pequenas regalias, fosse como escravo ou como homem livre, os descendentes de negros precisavam ocultar ou disfarçar seus traços de africanidade, já que o homem branco era apresentado como padrão de beleza e de moral. (CARNEIRO, 2003)
Muitos afirmam, embasados no conceito da democracia racial, que o preconceito contra os negros e seus descendentes não existe no Brasil: o que se presencia são apenas brincadeiras, ou seja, não se caracterizam como racismo. Diante disso, percebe-se que as brincadeiras e chacotas direcionadas aos negros resultam em vários tipos de violência, entre elas, física e psicológica. Ao relatar sobre as brincadeiras e as piadas feitas sobre os negros, pela sociedade brasileira, Valente (1987) caracterizou que "elas traduzem que os negros na sociedade brasileira não são respeitados. É considerada ignorante, raça inferior, sujos e perigosos". Diante disto, apreende-se que as brincadeiras, na verdade, estão carregadas de preconceito.
Uma pesquisa, realizada em 2013, destacou:
O negro é duplamente discriminado no Brasil, por sua situação socioeconômica e por sua cor de pele. "Tais discriminações combinadas podem explicar a maior prevalência de homicídios de negros vis-à-vis o resto da população".
O relator da Organização das Nações Unidas (ONU), Doudou Diène, ao ser questionado sobre o racismo no Brasil, fez a seguinte afirmação:
 “[...] O racismo é uma construção que tem uma extensão intelectual muito intensa, que impregnou a mentalidade das pessoas”. Portanto, tiro duas conclusões preliminares sobre a pergunta. Uma é que o racismo certamente existe no Brasil e a outra é que ele tem uma dimensão histórica considerável. 
O racismo e seus efeitos na Educação
Na área da educação há notáveis diferenças no acesso à escola entre brancos e negros. As diferenças raciais, contudo, são muito marcantes: os negros estão menos presentes nas escolas, apresentam médias de anos de estudo inferiores e taxas de analfabetismo bastante superiores. As desigualdades se ampliam quanto maior o nível de ensino. O acesso ao ensino médio, ainda bastante restrito em nosso país, é significativamente mais limitado para a população negra, que, por se encontrar nos estratos de menor renda, é mais cedo pressionada a abandonar os estudos e ingressar no mercado de trabalho. (IPEA, 2008).
Oliveira (2007) relata que muitas vezes os pais dos nossos alunos negros que conseguem entrar para estudar não estão preparados para lidar adequadamente com essa situação ou não estão devidamente munidos para orientar seus filhos perante as situações preconceituosas que lhes vão aparecer constantemente. Diante disso, os professores tem um papel fundamental no sentido de preparar nossas crianças de forma epistemológica tendo em vista que a escola é um espaço social privilegiado de construção do conhecimento e luta contra todo tipo de preconceito, especialmente o racial.
Como nós vemos isso ocorrendo há muito tempo no ambiente escolar; além disso, ocorrem discussões e estudos sobre o preconceito, racismo, pluralidade cultural entre todos os temas relevantes que menosprezam as pessoas. 
 [...] uma imagem de negro (“preto”) como um ser que “vale menos”, que tem “direito” a “menos”, que “é menos” do que aquele que não o é. Uma imagem que permeia a relação entre os alunos e que configura formas de relação entre “não pretos” e “pretos” em que, muitas vezes, os primeiros se colocam incondicionalmente acima dos segundos e fazem de tudo para marcar esta “diferença que desvaloriza” (OLIVEIRA, 2007, p. 61).
E é por causa de alunos assim, infectados por estereótipos negativos que os alunos brancos se sentem superiores aos negros e começam a tratar de maneira jocosa os alunos de cor negra, fazendo piadinhas e chacotas, e dessa maneira a escola ao invés de combater o preconceito se torna reprodutora.
Na abordagem Sociológica de Phillip Zimbardo (1933 - 2016) ele afirma que “[...] É a atitude apreendida em relação a um dado objeto social, envolvendo fatores emocionais negativos (desprezo, ódio, medo) e crenças de sinal negativo (estereótipos negativos) que pretendem justificar essa atitude”. 
Predispõe o indivíduo previamente a percepcionar, pensar, sentir e a atuar desfavoravelmente, sem que para isso haja justificação fundada ou plausível.
A atitude é constituída por três componentes: cognitiva, afetiva e comportamental; que se interligam  com o estereótipo, o preconceito e  com a discriminação.
Componente cognitiva - Estereótipo (crenças generalizadas)
  Exemplos: Toxicodependentes, Judeus, Loiras.
Componente emocional - Preconceito (Sentimentos infundados)
  Exemplos: Racismo, Xenofobia, Sexismo. 
Componente comportamental - Discriminação (ações negativas)
  Exemplos: Genocídio, despedimento de mulheres grávidas, Confronto étnico. 
O preconceito poderá constituir um mecanismo de defesa ou de afirmação de um estatuto que consideramos mais elevado. Porém poderão gerar discriminações, isto é, traduzir-se em comportamentos injustos que prejudicam os membros de certo grupo. A discriminação é considerada a manifestação comportamental do preconceito. A discriminação refere-se ao comportamento que prejudica ou desfavorece indivíduos simplesmente em virtude da pertença a um grupo sobre o qual temos sentimentos negativos.
Diversidade Cultural:
O Brasil é um país de grande diversidade cultural, portanto é necessário haver respeito às diferenças para que a liberdade de desfrutar a cultura com dignidade seja preservado. Apesar de toda riqueza cultural ainda apresenta características preconceituosas e discriminatórias arraigadas em seu cotidiano, demonstrando e fortalecendo a desigualdade que permeia a sociedade. Ações têm sido implementada com o objetivo de resolver essas divergências sociais, mas a singularidade de cada grupo tem sido o principal fator desencadeador destas complexas relações. A Declaração Universal dos Direitos Humanos prevê o direito a cultura como direito fundamental e inalienável do ser humano. Contudo esse direito não vem sendo assegurado no Brasil, onde o reconhecimento da cultura africana e indígena é extremamente superficial, tornando a preservação de tais abalada levando a perda de seu valor e de suas principais características. A diversidade cultural brasileira que torna o país multifacetado, cada vez mais tem influenciado seja direta ou indiretamente para a sustentação desigualdade social. A cultura brasileira tem aderido a um padrão cada vez mais americanizado, acentuando a cada dia a relevância do preconceito e da discriminação na sociedade onde nem todos se interessam em ter acesso ao diverso, gerando uma extensa convergência entre as culturas existentes no país (Brasil, 2000).
Os afrodescendentes que são grande parte da população e sofrem historicamente com esse confronto cultural. Mesmo fazendo parte da chamada diversidade brasileira, convivem com uma injusta limitação de expressão por ser principal alvo de preconceito. A diversidade da cultura brasileira não favorece as vivências em sociedade, pois categoricamente cada grupo apresenta características peculiares o que enfatiza discordância entre os indivíduos promovendo o retrocesso da convivência em sociedade. 
“[...] A desatenção à questão da diferença cultural tem sido instrumentoque reforça e mantém a desigualdade social, levando a escola a atuar frequentemente, como mera transmissora de ideologias”. Por outro lado, a injustiça socioeconômica se apoia em preconceitos e discriminações de caráter étnico-cultural de tal forma que, muitas vezes, não e possível saber se a discriminação vem pelo fato étnico, pelo socioeconômico ou por ambos (BRASIL, 2000, p. 42).
Para promover o respeito às diferenças culturais existentes no país tem sido adotadas leis que determinam o ensino da história e cultura africana e indígena que são obrigatoriamente divulgadas nas escolas como nos diz a Lei nº 9394/1996 em seu artigo 26 “Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena”. Porém, essa conduta não tem sido suficiente para que aconteça claramente o aprendizado destas culturas que são abordadas em aspectos ligeiros e superficiais. Essa conduta do professor se dá por vários fatores seja a falta de conhecimento sobre tais conteúdos em sua formação, por falta de recursos didáticos que favoreça a abordagem do tema ou pela falha do quadro pedagógico da escola e entre outras questões que acabam favorecendo a contínua de credibilidade do ensino cultural afro e indígena nas salas de aula (Brasil, 2000).
Hall (2006) dizia que a escola tem extrema importância nessa formação cultural porquanto exerce o poder de influenciar diretamente em todos os níveis o surgimento do ser subjetivo que não é concreto e está sempre em consonância com os sistemas culturais como diz Hall: “[...] Paradoxalmente, nossas identidades culturais, em qualquer forma acabada, estão a nossa frente”. Estamos sempre em formação cultural. A cultura não é uma questão de ontologia, de ser, mas de se tornas. 
Considerações Finais:
A luta para terminar com grandes iniquidades contra parte do nosso povo, herança da escravidão e do colonialismo, deveria envolver todos. As políticas públicas deveriam ser urgentes e ter como objetivo precípuo a participação da população negra no processo de desenvolvimento coletivo, a partir de sua história e cultura, visando à eliminação das desigualdades. Estas são iniciativas que cabem a toda sociedade, em um processo educativo, em um sentido mais amplo. 
O tema do racismo é considerado por vários autores como sendo tão importante quanto pouco abordado pela psicologia. Porém, é notável que o assunto ganha cada vez mais atenção na psicologia, merecendo um número crescente de estudos.
O racismo constitui nossa história, estrutura as relações em nossa sociedade e precisa ser encarado como o grave problema que realmente é. Ele opera talvez a mais poderosa clivagem na nossa sociedade, pois justifica inclusive o poder de deixar morrer ou de matar do Estado. Ele opera e ajuda a operar uma seletividade entre quem tem ou não tem o direito a uma vida cidadã; entre quem deve ser preservado e protegido e quem é a vida indigna, que não merece ser vivida.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA.
ZAMORA, Maria Helena Rodrigues Navas. Desigualdade racial, racismo e seus efeitos. Fractal, Rev. Psicol., Rio de Janeiro ,v. 24, n. 3, p. 563-578,  Dez.  2012 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-02922012000300009&lng=en&nrm=iso>. acesso em  12  de Maio de  2016.  http://dx.doi.org/10.1590/S1984-02922012000300009.
HALL, Stuart. Da diáspora: Identidade e mediações culturais. Belo Horizonte: EdUFMG, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais da educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC, 2004. Disponível em. Acesso em: 06 de setembro de 2014.
CARNEIRO, L.T. Maria. O racismo na Historia do Brasil. 8. Ed. São Paulo:Ática, 2003. 
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Pesquisa apresenta dados sobre violência contra negros. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=20607
JUNIOR, A. G Jesus. Psicologia social do racismo. Petrópolis: Vozes, 189 p. http://www.scielo.br/pdf/pusf/v8n2/v8n2a14.pdf , 15/05/2016.

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