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Regiao Nordeste do Brasil

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UNIVERSIDADE DE MARÍLIA
BEATRIZ BONI
BRUNO TUANI
CLAUDIA DONEA
FELIPE CESAR MENDONÇA 
IZABELA GABRIELA
JESSICA POLLI
JOÃO VITOR DE JESUS PAIS
LEONARDO FURLANETO
MARIANA SILVA OLIMPIO
THEODORA TOTTI
REGIAO NORDESTE
MARÍLIA
2016
UNIVERSIDADE DE MARÍLIA
 BEATRIZ BONI
BRUNO TUANI
CLAUDIA DONEA
FELIPE CESAR MENDONÇA 
IZABELA GABRIELA
JESSICA POLLI
JOÃO VITOR DE JESUS PAIS
LEONARDO FURLANETO
MARIANA SILVA OLIMPIO
THEODORA TOTTI
REGIÃO NORDESTE
Trabalho sobre a região do nordeste brasileiro, desenvolvido na disciplina de Sociologia e Comunicação aplicada do Curso de Medicina Veterinária da Universidade de Marília, sob supervisão da Prof.ª Myriam Lucia Ruiz Castilho 
MARÍLIA
2016
INTRODUÇÃO
A Região Nordeste é a segunda mais populosa do Brasil, com cerca de 30% população brasileira e a terceira maior região do Brasil com o maior número de estados, possuindo nove, sendo eles Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Sua área total é de 1.561.177km² e possui 3.338km de praias, sendo a Bahia o estado com maior extensão litorânea com 938km e o Piauí com 60km de litoral sendo a menor. Por causa das suas diferentes características físicas a região foi subdividida em quatro sub-regiões: Meio Norte, Caatinga, Agreste e Zona da Mata
A Região Nordeste é conhecida por seus dias sempre ensolarados e clima ameno, porem existem quatro tipos de clima na Região Nordeste: 
Equatorial úmido: presente em uma pequena parte do Maranhão, na divisa com o Piauí
Litorâneo úmido: vai do litoral da Bahia até o Rio Grande do Norte;
Tropical: está presente nos estados da Bahia, Maranhão Ceará e Piauí;
Tropical semi-árido: todo o sertão nordestino;
ALAGOAS
Tendo como capital Maceió, o nome Alagoas é derivado dos numerosos lagos que se comunicam uns com os outros e também com os diversos rios que banham a região. 
O Estado de Alagoas foi invadido por franceses no início do século XVI, sendo retomado pelos portugueses em 1535, sob o comando de Duarte Coelho, que organizou duas expedições e percorreu a área fundando alguns vilarejos, como o de Penedo. Também incentivou a plantação de cana-de-açúcar e a formação de engenhos. Em 1630, os holandeses invadiram Pernambuco e também ocuparam a região de Alagoas até 1645, quando os portugueses voltaram a conquistar o controle da região. 
Alagoas é elevada à condição de comarca, primeiro passo para o alcance de sua autonomia. A comarca possuía cerca de 50 engenhos, 10 freguesias e razoável prosperidade.
Aconteceu em Alagoas por volta de 1630, a maior revolta de escravos ocorrida no País, onde se organizou o famoso Quilombo dos Palmares, uma confederação de quilombos organizada sob a direção de Zumbi, o chefe guerreiro dos escravos revoltosos. Palmares chegou a ter população de 30 mil habitantes, distribuídos em várias aldeias, onde plantavam milho, feijão, mandioca, batata-doce, banana e cana-de-açúcar. 
Também criavam galinhas e suínos, conseguindo extrair um excedente de sua produção, que era negociado nos povoados vizinhos. A fartura de alimentos em Palmares foi um dos fatores fundamentais para a sua resistência aos ataques dos militares e brancos em geral, durante 65 anos. Foi destruído em 1694. Em 1695, Zumbi fugiu e foi morto, acabando assim o sonho de liberdade daqueles ex-escravos, que só viriam a conhecer a sua libertação oficial em 1888. 
PONTOS TURISTICOS
Parque Memorial Zumbi dos Palmares
Catedral Nossa Senhora do Rosário – Igreja das correntes de São Francisco
Praia São Miguel dos Milagres
Lagoa do Mandaú 
Bom Jesus dos Martírios
Teatro Cena Livre
CULINARIA
O estado de Alagoas possui uma gastronomia muito similar à culinária nordestina de modo geral, porém existem alguns pratos e tipos de receitas que são o carro-chefe da culinária local. Por conta das lagoas litorâneas que deram nome ao estado, existem alguns ingredientes que enriqueceram e diversificaram o sabor dos pratos alagoanos. Pelo fato de se localizar no litoral, pratos com peixes e frutos do mar são bem comuns, mas o estado ainda conta com outros ingredientes, como o coco e as frutas do semiárido e do litoral.
Entre alguns pratos típicos estão: Sururu de capote, carne-de-sol, carne de avestruz e búfalo, siri mole ao coco, pituzada, umbuzada sertaneja, e entre as bebidas, o vinho quente, tequila e a caipirinha 
CULTURA
Uma mistura de raças com descendências negra do Zumbi dos palmares e da nação indígena caetés, tem uma característica marcante nas danças festivas e nos artesanatos, como por exemplo a renda, bordado, o labirinto sendo considerado um tipo de renda com linhas coloridas e pontos diferenciados, as peças decorativas feitas de argila e madeira também são muito usada. 
Nas danças festivas temos Caboclinhos, Cavalhada, Toré de índios, Baianas que é constituída de marchas e não possui um enredo determinado, as vestes são convencionais de baianas e os instrumentos que acompanha são os de percussão. O bumba meu boi tem como personagem principal o boi, sua apresentação consiste em desfile de bichos que dançam ao som de cantigas entoadas por cantadores e acompanhadas por conjunto musical de percussão e apito. E o coco alagoano, que é uma dança de origem africana, cantada e acompanhada pelas batidas dos pés, também denominada pagode ou samba, é realizada em época junina ou em outras ocasiões, para festejar acontecimentos importantes da região.
BAHIA
Tendo como capital Salvador, Bahia é a parte mais antiga e um dos primeiros núcleos de riqueza açucareira da América Portuguesa.
Nos anos 1530, o atual território da Bahia estava em três capitanias: Porto Seguro, Ilhéus e Bahia.
Em 1548, a Bahia foi transformada em capitania real. Salvador foi a primeira capital do Brasil, a primeira cidade, fundada em 1549, por Thomé de Sousa, o primeiro governador do Brasil. Foi a sede política, administrativa, jurídica do Brasil até 1763
No fim do século 18 e início do século 19, a Bahia teve um papel fundamental no cenário nacional com relação às lutas pela Independência do Brasil. Na Bahia, os conflitos começaram meses antes de 7 de Setembro e terminaram meses depois.
A engenharia baiana foi pioneira em várias áreas, em especial, no século 19, com o primeiro sistema de água encanada do Brasil, com o audacioso Elevador Lacerda, com o primeiro automóvel a rodar no Brasil e com seus renomados engenheiros a construir pontes e grandes ferrovias.
No século 20, o Estado destacou-se com a exploração e o refino de petróleo no Recôncavo, a inauguração da hidrelétrica de Paulo Afonso e a represa de Sobradinho. Nos anos 70, foi inaugurado o Polo Industrial de Aratu e o Polo Petroquímico de Camaçari. Hoje, a Bahia é o sexto estado mais rico do País.
RELIGIAO
A Bahia contém inúmeras manifestações religiosas, seja aos santos católicos, aos orixás ou aos caboclos. Sendo o catolicismo dominante, a Igreja do Bonfim é conhecida pela fé que os baianos nutrem pelo Senhor do Bonfim. Dentro da Igreja, na Sala dos Milagres, são deixadas fotos e réplicas de partes do corpo humano, pelos devotos, em agradecimento a alguma cura, após as promessas e pedidos. Outra celebração católica é a do Corpus Christi, realizada na Chapada Diamantina, é uma tradição de decoração as avenidas com tapetes naturais que ilustram os símbolos católicos
Já com o sincretismo acontece a Festa da Boa Morte, sendo o auge da mistura entre catolicismo e candomblé, a festa também inclui momentos de luto, reserva missas, confissões, sentinelas e apresentação de grupos de samba de roda e de capoeira. Os rituais de arrependimento pelos pecados, dos Penitentes de Juazeiro, no Vale do São Francisco, e a Procissão do Fogaréu, realizada em Serrinha, na zona turística Caminhos do Sertão, são algumas das manifestações realizadas até a Semana Santa,quando se preparam para as comemorações da Páscoa.
CULINARIA
A culinária do recôncavo baiano e do litoral é a mais famosa, seu sabor é bem forte, principalmente por conta do azeite de dendê. Outros ingredientes muito usados na gastronomia da Bahia são leite de coco, gengibre e pimenta. Grande parte dos pratos é feita com frutos do mar e peixes, principalmente devido à abundância desses ingredientes na região.
Diferenciados pelos temperos, alguns dos pratos são: o abará, acarajé, bobó de camarão, moqueca, vatapá, e entre os doces típicos estão os doces de festa de São João. 
CULTURA
A Bahia é a Terra de todos os ritos e mitos. Rodas de samba, Puxadas de Mastro, Capoeira, Terno de Reis, Bumba-meu-boi, Afoxé e tantas outras animam e exibem a fé do baiano por toda a capital e interior. Uma mistura nos festejos e celebrações às crenças de origem africana, indígena e portuguesa. 
As festas mais populares são as Vaquejadas da Serrinha, a Festa de São João, as Micaretas, Lavagem do Senhor Bonfim, o Festival de verão de Salvador, o Festival de inverno da Bahia e o Carnaval 
 CEARÁ
O Ceará tem como característica ser rodeado de serras e chapadas, algumas das mais importantes e conhecidas são A Serra de Ibiapaba, a Chapada de Apodi e a Chapada de Araripe. No começo as terras não despertavam interesses nos portugueses, então o açoriano Pero Coelho de Sousa liderou a primeira expedição com interesses de colonizar as terras. Pero construiu o Forte de São Tiago, que logo depois foi destruído por piratas franceses, teve também que enfrentar a revolta dos índios da região que obrigaram os europeus a migraram para as margens do Rio Jaguaribe, mas uma seca destruiu essa região, fazendo Pero abandonar a capitania. Então em 1612 o português Martim Soares Moreno, foi enviado e é considerado o fundador do Ceará, ele recuperou o Forte de São Tiago e o batizou de Forte de São Sebastião, foi então que se deu início a colonização dessas terras. 
A colonização foi dificultada pelo oposição das tribos indígenas e por invasões de piratas europeus, foi invadida também pelos holandeses até que os portugueses conseguiram retomar as terras formando a segunda vila, chamada Vila do Forte ou Fortaleza, a primeira vila conhecida foi a Vila de Aquiraz. Teve duas ocupações importantes, a primeira chamada de sertão de fora, que era controlada por pernambucanos que vinham do litoral, e a segunda, chamada sertão de dentro que era controlada por baianos. Ao longo do tempo o Ceará foi se ocupando cada vez mais o que levou ao surgimento de várias cidades.
CULTURA
O Ceará é um estado de muita criatividade onde pode encontrar uma grande variedade no artesanato com suas características regionais, desde rendas, bordados e crochês, à moveis e objetos de decoração trabalhados em madeira, etc.
A forma mais expressiva da população cearense é o elemento indígena e o elemento caboclo, sendo fruto da mistura do europeu com as mulheres que lá viviam, que eram chamadas de “filhas da terra”
Com um cultura muito rica, tem como característica própria as literatura de cordel, sendo uma manifestação folclórica ainda em divulgação em todo o nordeste, publicada em folhetos, onde vários assuntos são abordados por poetas sertanejos. E as xilogravuras que são técnicas de esculpir em alto revelo na madeira, usando-a como capa para as literaturas de cordel
Nas danças típicas tem-se o Torém que é uma dança de origem indígena, Caninha verde que tem origem de Portugal e é uma dança muito comum nas colônias de pescadores, Maneiro-Pau que surgiu no interior do Ceará, provavelmente por influencias de cangaceiros, e o Maracatu que faz parte do folclore pernambucano, no Ceará é uma tradição carnavalesca.
A religião também é muito importante na cultura da maior parte dos cearenses, sendo 84,9% católicos, 8,2% evangélicos, 0,4% espiritas, 0,9% de outras religiões e 3,8% que se denominam sem religião. 
CULINARIA 
No litoral são os frutos do mar, caranguejos, lagostas, peixes etc, já na região do sertão, é consumido mais a carne de sol, o baião de dois, a paçoca, e também as frutas regionais murici, imbu, caju, seriguela, graviola, cajanara, entre outras, como forma de sucos, geleias, doces ou puras. 
Entre outros produtos da gastronomia tem a castanha de caju, a rapadura, o caldo de cana e a cachaça 
CURIOSIDADES DO CEARÁ 
Devido as diferenciações regionais dentro do próprio estado, a população se distribui irregularmente, apresentando um predomínio de baixas densidades, essas desigualdades populacionais são observadas entre litoral, serras e sertão.
Por ser um estado com uma natureza muito rica, é comum vários turistas praticarem esportes radicais, já que no sertão tem melhores condições para voo livre, na serra há a exploração de grutas, cachoeiras e trilhas, nas dunas acontece os passeio de bugre e surf na areia, e no litoral os mergulhos, surf, esqui aquático, pescarias etc.
MARANHÃO
Localizado no extremo oeste da Região Nordeste, limita-se com três estados brasileiros, sendo eles Piauí, Tocantins, e Pará. Maranhão é o maior estado da Região Nordeste, e o oitavo maior estado do Brasil, sendo o quarto estado mais rico da Região Nordeste e o 17 mais rico do Brasil
Com a assinatura do Tratado de Tordesilhas entre os portugueses e espanhóis por volta de 1494, a região onde hoje se encontra o estado do Maranhão ainda não fazia parte do território brasileiro. Mas, em 1534, o rei de Portugal D. João III dividiu o Brasil-colônia em Capitanias Hereditárias a fim de fazer um cerco no país e impedir a invasão de estrangeiros. Nesta divisão, o território do Maranhão foi fragmentado, mas logo seria invadido pelos franceses por ter uma localização estratégica na região Nordeste do país.
Em 1612, Daniel de La Touche comandou uma missão francesa até a ilha de Upaon-Açu e tornou-se um dos fundadores do povoado da França Equinocial, chegando a construir o Fourt de Saint-Louis, nome dado em reverência ao rei de seu país. Neste momento, nascia a futura capital do Maranhão: a cidade de São Luís. Os portugueses decidiram reivindicar o território ocupado e expulsaram os franceses em 1615, sob comando de Jerônimo de Albuquerque Maranhão, que lutou ao lado de algumas tribos indígenas. O nome que deu origem ao estado tem relação com o Rio Marañón do Peru, que em linguagem tupi significa ‘mar’, ‘corrente’.
Ainda no século XVII, as Invasões Holandesas no Nordeste também viriam a influenciar no desenvolvimento econômico do Maranhão. Estes estrangeiros queriam expandir a indústria açucareira com a procura de terrenos férteis para a produção de cana-de-açúcar. Um novo movimento de expulsão por parte dos colonizadores portugueses se iniciou: em 1642, o capitão Antônio Teixeira de Melo organizou uma expedição para enfrentar os holandeses, mas só conseguiu a vitória efetiva dois anos depois.
Com a nomeação do Marquês de Pombal como Primeiro-Ministro português, o estado maranhense foi subdividido em quatro capitanias: Maranhão, Piauí, São José do Rio Negro e Grão-Pará. Pombal fundou a Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão e estimulou a migração de outros povoados nordestinos para a região com o cultivo de arroz e algodão. Estas novas mercadorias aceleraram o desenvolvimento do estado, que chegou a abrigar diversos casarões antigos que fazem parte do Centro Histórico de São Luís. Entretanto, com o fim do sistema escravocrata em 1888, o estado passou por um difícil período econômico e só veio se recuperar no início do século seguinte, por volta de 1910, com a industrialização do material têxtil.
CULTURA
O maranhão contém uma cultura extremamente forte e com elementos de várias culturas diferentes, as festas, danças, teatro, arte, religiosidade, folguedo, e ritmo que é o Bumba-meu-boi é a maior e mais representativa tradição cultural do Maranhão, verdadeira expressão da formação do povo, cuja base se assenta nos índios, negros e portugueses. Existe uma diversidade cultural muito grande das populações indígenas, uma dasmaiores do país, com aproximadamente 30 mil, com a maior parte de suas áreas demarcadas e homologadas e 7 etnias diferentes. 
A religião do Maranhão se divide em Afro-Brasileira; Tambor de Mina; Cura ou Pajelança; Umbanda e Candomblé 
CULINARIA
A culinária do Maranhão tem bastante Influência francesa, portuguesa, africana e indígena; o tempero é diferenciado fazendo uso de ingredientes como cheiro-verde, cominho em pó e pimenta-do-reino. É marcante a presença de peixes e frutos do mar como camarão, sururu, caranguejo, siri, pescada, robalo, tainha, curimbatá, mero, surubim e outros peixes de água doce e salgada. Além de consumir outros pratos como sarrabulho, dobradinha, mocotó, carne-de-sol, galinha ao molho pardo, todos acompanhados de farinha d’água. Destaca-se o arroz-de-cuxá, símbolo da culinária do Maranhão e também o bolo de macaxeira e a tapioca também é muito apreciado pelos maranhenses.
PARAÍBA
Paraíba, ocupa uma área de 56.340,9km², limitando-se ao norte com o Estado do Rio Grande do Norte, ao sul com o Estado de Pernambuco, a oeste com o Estado do Ceará e a leste com o oceano Atlântico. Possui 223 municípios e tem por capital, a cidade de João Pessoa. A Paraíba possui, entre seus extremos, a Ponta do Seixas, importante ponto turístico da capital do Estado, localizado na praia do Cabo Branco, a Ponta do Seixas é o local que marca o ponto mais oriental das Américas. Inicialmente essa capitania foi doada a Pero Lopes de Souza, que não pode assumir, vindo em seu lugar o administrador Francisco Braga, que devido a uma rivalidade com Duarte Coelho, deixou a capitania em falência, dando lugar a João Gonçalves, que realizou algumas benfeitorias na capitania como a fundação da Vila Conceição e a construção de engenhos. Após a morte de João Gonçalves, a capitania entrou em declínio, ficando a mercê de malfeitores e propiciando a continuidade do contrabando de madeira. Com a tragédia de Tracunhaém, onde os índios mataram todos os moradores de um engenho, a corte portuguesa ficou alarmada, o que levou o rei D. Sebastiao a separar a Paraíba da capitania de Itamaracá, elevando-a à categoria de Capitania Real da Paraíba, passando então a ser administrada diretamente pela Corte, que tirara para si todas as vantagens. Esta foi a terceira Capitania Real do Brasil, sendo a primeira, a da Bahia e a segunda do Rio de janeiro. As terras da nova Capitania tinha os seus limites desde a foz do rio Popoca até a Baía da Traição. Existia uma grande preocupação dos lusitanos em conquistar a capitania que atualmente é a Paraíba, pois havia a garantia do progresso da capitania de Pernambuco, o fim de aliança entre Potiguaras e franceses, e ainda havia um grande interesse em estender sua colonização ao norte. No entanto, a capitania real da Paraíba nasceu de duas exigências, sendo elas a compensação do insucesso da capitania de Itamaracá e a necessidade de apoio ao povoamento já instalado na capitania de Pernambuco.
CULTURA
A paraíba tem uma cultura muito rica em artesanatos como labirinto, couro, madeira, tapeçaria, crochê, cerâmica, bordados e artesanatos indígenas.
Os ritmos mais tocados são bailão, ciranda, forró e xote, e as danças típicas são as cirandas, xaxado, nau-catarineta, coco-de-roda e bumba-meu-boi.
CULINARIA
A culinária da Paraíba tem forte influência indígena e da mistura de raças que passaram pela região. Toques da culinária africana foram herdados pelos escravos, como o cultivo da cana-de-açúcar, o uso intensivo de peixes e crustáceos e a mistura de molhos. Já a mandioca foi herdada dos indígenas, principalmente a variedade de pratos derivados dela.
A culinária do litoral paraibano é influenciada pela pesca, tendo nos peixes e crustáceos seu ponto alto. O consumo de camarões, lagostas e sobretudo caranguejos é muito comum. Pratos como a agulhinha frita, peixadas ao leite de coco e pirões são bastante típicos. Apesar das influências externas, na mesa do paraibano não faltam alimentos típicos. No interior, a carne de sol, a carne de bode e a galinha à cabidela são frequentes no cardápio. A buchada de bode costurada, por exemplo, é apontada por muitos estudiosos como uma iguaria genuinamente paraibana. De forma geral, em toda a Paraíba, são muito presentes a tapioca e receitas com base no milho
PERNAMBUCO
Em 1535, Duarte Coelho se estabeleceu no local onde, em 1537 foi fundada a Vila de Olinda. Nesse mesmo ano foi fundada também a Vila de Igarassu. Até então, os ocupantes daquela região eram os índios Tabajaras. Estabeleceram-se na Capitania vários engenhos, que investiam na plantação de cana-de-açúcar, utilizando mão-de-obra escrava. Durante vários anos, a Capitania de Pernambuco produziu grande quantidade de açúcar, sendo responsável por mais da metade das exportações do país, chamando então, a atenção dos holandeses, que, entre 1630 e 1654, ocuparam toda a região, sob o comando da Companhia das Índias Ocidentais. A partir de 1645 teve início a Insurreição Pernambucana, movimento de luta contra o domínio holandês de Pernambuco. Foram quase 10 anos de conflito, com destaque para as Batalhas de Guararapes, até que em janeiro de 1654 os holandeses se renderam.
A ocupação dos holandeses fez prosperar a cidade de Recife, onde se estabeleceram muitos comerciantes e mascates, enquanto Olinda continuava a ser o reduto dos senhores de engenho. Devido a divergências quanto à demarcação de novas vilas, em 1710, os moradores de Olinda invadiram o Recife, dando início a chamada Guerra dos Mascates. O líder da ocupação, Bernardo Vieira de Melo entrou para a história quando sugeriu que Pernambuco se tornasse uma república. Essa foi a primeira vez que se falou em república no país. O conflito só terminou com a chegada, em 1711, do novo governador da região. Ocorreram ainda: Revolução Pernambucana (1817), Confederação do Equador (1824) e a Revolução Praieira (1848) 
Após a Proclamação da Republica, o estado de Pernambuco voltou-se para seu desenvolvimento industrial e de infra-estrutura.
CULTURA
Uma cultura construída a partir da contribuição de índios, portugueses, holandeses, judeus, africanos, entre outros, com poetas, artistas plásticos e músicos reconhecidos em todo mundo. Pernambuco também é a terra do São João. O período junino no estado é um dos mais tradicionais do país, a cidade de Caruaru, no agreste, é o ponto central onde acontecem 30 dias de festa - todo o mês de junho. 
Sendo típico o forró, do xaxado, a capoeira, o candomblé, o frevo, o maracatu, a famosa “Feira de Caruaru”, do Alto do Moura, entre outros. No interior, seja no Sertão ou no Agreste, há outros movimentos culturais. Os caretas de Triunfo (cidade sertaneja a 600km do Recife); os Papangus de Bezerros (agreste, 90km da capital) que no carnaval promovem uma grande festa nas ruas do município.
CULINARIA
A culinária pernambucana teve influência indígena, africana e portuguesa. Esta mistura de tradições e culturas resultou em uma culinária muito rica. As tradições são muitas, na Semana Santa, por exemplo, o peixe ou camarão acompanhados de bredo, arroz e feijão cozidos no leite de coco, são pratos principais
No São João as comidas de milho estão presentes na pamonha, curau, bolo de milho, os bolos de macaxeira, pé-de-moleque e o famoso bolo Souza Leão que é uma receita secreta da família de mesmo nome.
A culinária pernambucana é tão rica que o sociólogo Gilberto Freyre dedicou ao assunto um livro onde mescla as receitas mais famosas e suas histórias.
PIAUI
Apesar das inúmeras expedições terem sido enviadas com o objetivo de ocupar a região, somente na segunda metade do século XVII a colonização foi efetivada. Em 1961, instalaram-se na região e formaram o primeiro povoado de Bandeirantes que logo foi elevado à categoria de vila, com o nome de Mocha, quando se transformou em cidade, a vila Mocha passou a ter o nome de Oeiras. Outras levas de colonos vieram do Maranhão e do Ceará, com o objetivo de desenvolver a atividade pecuária na região, o que resultou no rápido desbravamentodo território. Ainda no século XVII, o capitão Domingo Afonso fundou trinta fazendas de pecuária, tornando-se o fazendeiro que mais prosperou na região. Deixou suas fazendas, após sua morte, para os padres da Companhia de Jesus, que desenvolveram ainda mais esse patrimônio, contribuindo significativamente para o desenvolvimento de toda a região nordeste, abastecido pela sua produção, em meados do século XVIII. Após a expulsão dos jesuítas do Brasil, as fazendas entraram em declínio.
O Piauí tornou-se uma capitania em 1811, quando já tinha mais de dez vilas e centenas de fazendas de gado. A luta pela independência durou até 1823.
CULTURA
Com uma cultura rica, contem manifestações e danças que vem de todos os cantos, sendo típicos o Bumba-meu Boi, Cavalo piancó, pagode de amarante, São Gonçalo e Congada. Um dos pontos fortes são as lendas, entre elas as mais conhecidas são: o pé de garrafa, o barba ruiva, num-se-pode, e a porca do dente de ouro.
No artesanato vemos as mais variadas espécies de obras primas, e um marco no artesanato do Piauí são as estatuetas feitas de barro e argilas. 
CULINARIA
O Piauí apresenta uma gastronomia diversificada, a utilização dos temperos frescos, como a cebolinha e a pimenta-de-cheiro, tornam a cozinha piauiense única. Outro diferencial na sua culinária é a utilização constante da farinha de mandioca, tanto a farinha branca como farinha d’água. Apesar da comida sertaneja que é à base de carne, ser bastante presente na cozinha piauiense, a região também dispõe de excelentes pratos à base de peixes e frutos do mar, como as caldeiras de camarão. Suas receitas envolvem tanto peixes de água doce como peixes de água salgada.
As sobremesas piauienses são das mais ricas e variadas do Nordeste. São famosos os doces e compotas, como de caju e manga, e o doce da casca de limão azedo é o mais típico do estado.
PONTOS TURISTICOS
Delta do Parnaíba;
Pedra do Sal;
Canyon;
Barra Grande;
Parque Nacional da Serra da Capivara.
RIO GRANDE DO NORTE
O Rio Grande do Norte faz parte da região do Nordeste brasileiro, localizado entre o Ceará e a Paraíba. Tem como limites ao norte e leste o oceano Atlântico, que banha todo o seu litoral, ao oeste o Estado do Ceará, separado pelo rio Jaguaribe e ao sul o Estado da Paraíba, separado pela Baia da Traição.
Mesmo sendo um dos menores Estados do Brasil, com seus 53.015 km2, possui grande quantidade de recursos naturais. No passado seu litoral era repleto de árvores de Pau-brasil, de grande valor na época do descobrimento, o que levou os franceses a se instalarem na costa da região, antes mesmo de se formar a Capitania do Rio Grande estabelecendo o tráfico do Pau-brasil.
As atividades econômicas do Rio Grande do Norte, desde o inicio de sua colonização, sempre estiveram ligadas a agricultura e a criação de gado, tendo como destaque na sua produção: o algodão, sal marinho, sisal, cana de açúcar, milho, feijão, banana, batata doce, etc. É detentora das maiores salinas do país e de um litoral de cerca de 410 km de extensão.
A sua localização inserida numa região sujeita à secas, prejudica bastante a sua população que perde plantações e gado pela falta d água, e que, muitas vezes precisa fugir para as cidades em busca de sobrevivência.
Natal, a capital do Rio Grande do Norte, sobressaiu-se bastante por ocasião da II ª Guerra mundial, quando se tornou centro atenções nacionais e internacionais, não somente pela construção da base aérea americana, mas, sobretudo pela presença dos soldados dos EEUU, o que modificou bastante os costumes locais com a introdução de muitos dos seus hábitos no dia a dia. O Rio Grande do Norte conta com um total de cerca de 2.776.782 habitantes, possui 166 municípios, divididos em dez regiões: Salineira Norte-rio-grandense, Litoral de São Bento, Açu e Apodi, Sertão de Angicos, Serra Verde. Natal, Serrana Norte-riograndense, Seridó, Borborema Potiguar e Agreste Potiguar.
Historicamente, o Rio Grande do Norte surgiu com a divisão do Brasil em Capitanias hereditárias, em 1533, e a concessão por D.João III das  terras que se estendiam a partir da Baia da Traição (limite sul) até o rio Jaguaribe ,  ao cronista João de Barros, além de mais 50 léguas de parceria com Aires da Cunha. A colonização foi lenta, estabelecendo-se oficialmente em 1611, com o passagem do Governado do Brasil Diogo de Meneses, que fez as nomeações necessárias para a instituição da administração. Ao longo dos anos a Capitania do Rio Grande acrescentou o complemento do Norte, devido existência de uma outra capitania do Rio Grande, a do Sul.
CULTURA
O índio, o português e o negro. A miscigenação étnica e cultural desses três elementos foi o pilar para a composição da população do Rio Grande do Norte. Na capital há uma grande influência de portugueses e índios. Já a raça negra influenciou nas tradições, nas danças, comidas, celebrações, religiões trazidas da cultura negra.
Como festividades típicas se observa o Bumba-meu-boi, a vaquejada, o coco de roda ou bambêlo 
SERGIPE
Localizado entre o Rio São Francisco e o Rio Real, o território sergipano foi visitado inicialmente pela guarda-costeira portuguesa de Gaspar de Lemos, em 1501. Mas foram os franceses que travaram contatos pacíficos com os indígenas e começaram a realizar as primeiras atividades de escambo, importando da região pau-brasil, pimenta e algodão. Com o sistema de Capitanias Hereditárias imposto pelo rei D. João III em 1534, o território de Sergipe passou a fazer parte da Capitania da Bahia de Todos os Santos, que foi doada a Francisco Pereira Coutinho. Antes dos portugueses descobrirem a riqueza do local, piratas franceses contrabandeavam a baixo custo os recursos naturais da região, como pau-brasil. Em 1575, os primeiros passos da colonização lusitana foram dados com o envio dos jesuítas Gaspar Lourenço e João Salônio, que fundaram as igrejas de São Tomé, São Inácio e de São Paulo
Em 1696, finalmente Sergipe conquistaria a independência, mas por muito pouco tempo. Separada da Capitania da Bahia, foram fundadas as vilas de Itabaiana, Lagarto, Santa Luzia, Vila Nova do São Francisco e Santo Amaro das Brotas. Entretanto, com o desenvolvimento da província, a Bahia reivindicou a autonomia de Sergipe, o que causou inúmeros conflitos. Somente em 1820 o rei D. João VI assinou um decreto que isolou Sergipe da Bahia.
Com a capital em Aracaju, a atividade agrícola e o extrativismo mineral são o que compõe a economia, é um povo com uma miscigenação principalmente entre indígenas e portugueses, mas também sofreram influencias de africanos, franceses e holandeses
CULTURA
A cultura popular sergipana como toda cultura, é dinâmica. Assim, os folclores do Lambe-sujo de Laranjeiras relembra a luta pela liberdade, além dos Caboclinhos e Parafusos, os grupos de Pastoril e Reisados festejam o nascimento de Jesus-menino.
Taieira, Chegança, Guerreiro, São Gonçalo, Cacumbi, Samba de Pareia, Bacarmateiros, Quadrilhas Juninas, Vaquejadas, são algumas das manifestações da cultura popular sergipana. Forró Caju, Pré-Caju, Micabã, Festa de Senhora Sant´ana, Micarana e Festa de "Zé Pereira“ são algumas das festividades mais típicas do Sergipe
CULINARIA
A gastronomia de Sergipe está diretamente ligada aos rio que cortam o estado e à sua zona litorânea, onde se encontram os principais elementos de culinária local. Dos frutos do mar comuns na cozinha típica da região, o gaiamum e o caranguejo são os mais apreciados, enquanto a ostra, o camarão e o sururu são os mais marcantes
CONCLUSAO
Conclui-se então, que o Nordeste é uma região em que a miscigenação é totalmente predominante. Em todo Nordeste a comida típica recebeu influência de negros, brancos e índios. Todas essas influências contribuem para que a cozinha traga a marca do passado em seus ingredientes, e com muita variedade.
Nas festividades, danças e culturas, observa-se que como há uma diversidade muito grande, acaba ocorrendo diversos costumes, e festividades, mas que os estadosdo Nordeste adere a maioria deles, sendo um conjunto cultural muito rico.

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