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DIREITO CIVIL PARTE GERAL 6ª AULA

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DIREITO CIVIL – PARTE GERAL – 6ª AULA
DIREITOS DA PERSONALIDADE 
1 - Generalidades	
De um determinado ponto de vista o termo personalidade significa a aptidão da pessoa natural para ser titular de direitos e deveres (art. º do CC). Esta é a visão civilista, fortemente individualista e patrimonialista, herdada do Código Francês, que via na personalidade apenas um instrumento jurídico voltada para o exercício dos direitos subjetivos exclusivamente patrimoniais. 
De outro ponto de vista o termo personalidade indica a existência de outros direitos, inerentes à pessoa humana, sem conteúdo patrimonial, mas que exigem a mesma proteção que a ordem jurídica dá aos direitos patrimoniais, pois representam para o seu titular um alto valor por estarem presos a situações específicas da pessoa e somente a ela. De fato, sem garantia à vida, à integridade física e moral, à liberdade intelectual, artística e mesmo física, o homem nunca alcançará a sua plenitude. Por outro lado, sem a proteção destes direitos que se situam na esfera dos direitos fundamentais, sem conteúdo patrimonial e incorpóreos, de nada adianta proteger as relações jurídicas de cunho patrimonial, eis que a plenitude destes depende da plenitude daqueles.
	
Os direitos da personalidade como categoria de direito subjetivo só recentemente se impuseram nas legislações dos vários povos. São reflexo da Declaração dos Direitos do Homem de 1789 e da Declaração das Nações Unidas de 1948 e, também, da Convenção Européia de 1950. Os direitos da personalidade são direitos não aferíveis economicamente, inerentes à pessoa humana e a ela ligados de maneira perpétua e permanente. Podemos apontar como tal o direito à vida, à honra , à liberdade, ao nome, ao próprio corpo e à imagem.
Entre nós, pela primeira vez, o direito privado disciplinou os direitos da personalidade, na esteira da Constituição de 1988, artigo 5º, X, onde se fixou a inviolabilidade desses direitos.
	Inciso X, art. 5º da CF – “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.”
 O Código Civil trata da matéria nos artigos 11 a 21. Podemos dizer que os direitos da personalidade têm como objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa em si e em suas projeções sociais, como ensina Pablo Stolze.� 
De forma mais precisa podemos afirmar que os direitos da personalidade tem por objeto “bens ou valores essenciais da personalidade” �o que englobaria tanto aspectos relativos à integralidade física (p.ex. o direito à vida, ao próprio corpo vivo ou morto, à integridade física e estética), à integralidade intelectual (p.ex. direito moral do autor e do inventor pelo objeto da criação), e à integralidade moral, (p.ex direito à liberdade, à honra, ao recato, segredo, imagem e respeito).�
2 - Fundamentos dos direitos da personalidade 
Os direitos humanos (da personalidade), enquanto encarados como direito subjetivo, até há bem pouco tempo foram negados, sob o argumento de que não poderia haver direito do homem sobre a própria pessoa, pois isso significaria, em última análise, o direito ao suicídio. Essa posição doutrinária foi superada e hoje se admite sem controvérsia os direitos da personalidade, discutindo-se apenas a sua natureza.
E assim é porque os direitos da personalidade têm como objeto as projeções físicas, psíquicas e morais do homem, considerado em si mesmo e em sociedade. Em outras palavras, “os direitos de personalidade não têm por objeto a pessoa em si, mas atributos seus, expressões de sua personalidade, modos de ser que, embora indissociáveis da pessoa, são-lhe distintos”.�
Podemos afirmar dessa forma, no âmbito dos direitos de personalidade, que não há que se confundir sujeito com objeto do direito. Sujeito de direito é a pessoa humana. Agora, quanto ao objeto dos direitos de personalidade, ou bem jurídico em sentido amplo, vamos encontrá-lo nas várias qualidades ou expressões da personalidade. Destarte, não é a personalidade o objeto dos direitos de personalidade, mas sim certas qualidades, expressões ou projeções dela.�
Sobre os fundamentos jurídicos desses direitos, duas teorias se degladiam: a teoria positivista e a teoria jusnaturalista. A corrente positivista sustenta que os direitos da personalidade são apenas aqueles reconhecidos pelo Estado, são apenas os previstos em lei. Em terreno diverso a corrente jusnaturalista entende que os direitos da personalidade são inatos, isto é, nascem com a pessoa e a esta são inerentes e o Estado, através da norma, apenas os reconhece e sanciona dando-lhes proteção contra ações abusivas praticadas pelo particular ou pelo poder público. Carlos Roberto Gonçalves� e Pablo Stolze� entendem que a melhor corrente é a jusnaturalista. Para eles estes direitos seriam inatos e ligam-se à pessoa de modo indestacável, cabendo ao Estado a sua proteção. Gustavo Tepedino�, ao contrário, entende que a corrente positiva é a mais correta.
Independente da corrente adotada positivista ou jusnaturalista, o princípio fundamental dos direitos de personalidade na modernidade é o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, mencionado no inciso III, do artigo 1º da Constituição da República.�
3.- Características dos direitos da personalidade 
O art. 11 do CC, em redação incompleta, estabelece que os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, porém esses direitos também são absolutos, ilimitados, imprescritíveis, impenhoráveis, inexpropriáveis e vitalícios. 
As características de intransmissibilidade e irrenunciabilidade tornam os direitos da personalidade indisponíveis, isto é, o titular dos direitos da personalidade não pode dispor desses direitos, abandoná-los ou renunciá-los. Todavia, a indisponibilidade é relativa. De fato, alguns atributos da personalidade podem ser objeto de cessão de seu uso. Por ex. uso de imagem e direitos autorais, também se permite a cessão de órgãos do corpo humano desde que de forma gratuita, para fins altruísticos e terapêuticos. Por outro lado, as indenizações devidas por ofensa aos direitos da personalidade, apesar destes direitos serem personalíssimos, transferem-se aos herdeiros do ofendido.�
Diz-se que os direitos da personalidade são absolutos no sentido de serem oponíveis erga omnes, isto é, todos devem abster-se de ofendê-los. São também direitos ilimitados, isto é, apesar do art. 11 e o 12 do CC mencionarem apenas alguns desses direitos, outros direitos existem . Por ex. direito à velhice protegida, ao meio ambiente ecológico, ao culto religioso, etc., sem esquecer que podem surgir outros dependendo da evolução social. Os direitos da personalidade são imprescritíveis porque não se perdem pela inércia em defendê-los mas os reflexos econômicos decorrentes da ofensa a esses direitos prescrevem (p. ex. a indenização por dano moral, exigido por herdeiro de ofendido na honra, pode perder-se se escoado o prazo de prescrição), e nem se adquirem pelo decurso do tempo. São também direitos impenhoráveis pois, por serem indisponíveis, não podem ser objeto de alienação para atender à finalidade da penhora que é a da venda forçada do bem para satisfazer o credor. Porém, os reflexos patrimoniais dos direitos da personalidade podem ser penhorados, p. ex. a penhora de direitos autorais e direito de imagem. Os direitos da personalidade são, por fim, vitalícios e inexpropriáveis. Vitalícios porque nascem com o homem e desaparecem apenas com a morte deste. Ressalte-se, todavia, que mesmo após a morte da pessoa alguns direitos da personalidade são respeitados, não em função do morto, mas de seus herdeiros. Por ex. respeito ao morto, à sua honra ou memória, direito autoral, etc. Inexpropriáveis porque não podem ser desapropriados pelo poder público e nem o seu exercício restringido.(art. 11 e 12 do CC).�
4 - A proteção aos direitos da personalidade 
A proteção aos direitosda personalidade tem a sua fundamentação na cláusula geral de tutela da pessoa humana, contida no art. 1º, III, da CF, que trata do princípio da dignidade humana, em seus vários desdobramentos, tais como: a preservação da intimidade, da vida privada, da honra, do nome, da disposição do corpo, imagem da pessoa etc. 
A defesa desses direitos é feita através de ações judiciais, proposta pelo próprio ofendido, que podem ser de natureza preventiva ou de natureza repressiva. No primeiro caso, com o uso de medidas cautelares que visem suspender os atos de ofensa aos direitos da personalidade que estiverem em curso, com o ajuizamento, em seguida, da ação principal de cunho cominatório. No caso das ações de natureza repressiva a lesão aos direitos da personalidade já aconteceu e o autor visa apenas ser ressarcido pelos prejuízos sofridos.� 
Quanto à legitimidade para propor as ações destinadas à tutela dos direitos de personalidade de uma pessoa já falecida, o artigo 12 do CC estabelece a legitimidade a favor do cônjuge sobrevivente ou a qualquer parente na linha reta, ou colateral até ao quarto grau. Em se tratando de direito à imagem a legitimação, segundo o artigo 20 do CC, é apenas do cônjuge sobrevivente e parentes em linha reta.�
O Código Civil disciplina a proteção aos direitos da personalidade da seguinte forma: art. 13 e 14, tratam dos atos de disposição do próprio corpo; art. 15 estabelece o direito da pessoa em não se submeter a tratamento de risco; os art. 16 a 19, tratam do direito ao nome e ao pseudônimo; o art. 20, trata da proteção à palavra e à imagem e o art. 21, trata da proteção à intimidade. O art. 52 do Código trata ainda dos direitos da personalidade aplicáveis à pessoa jurídica. Há que se destacar que em relação à questão de transplantes a Lei 9.4534/97 com alterações introduzidas pela Lei 10211/2001, é que disciplina a matéria. Por outro lado, na questão de direitos autorais (transmissão da palavra) a lei que disciplina a matéria é a de nº 9.610/98 .
5 - Direito à vida
O Código Civil não trata em um artigo determinado da proteção ao direito à vida. O direito à vida é o maior dos direitos da personalidade e está garantido no artigo 5º da C. Federal. Sem a vida não há que se falar em direitos da personalidade, pois com a morte termina a personalidade da pessoa natural.
O que as pessoas têm é um direito à vida e não um direito sobre a vida. Em outras palavras, a vida não é um objeto de direito sobre a qual o seu sujeito tenha qualquer arbítrio, como praticar suicídio, por exemplo. Na verdade o que a pessoa possui é o poder de conservar a vida e não dispor dela, o que implica em dizer que o homicídio assistido, a eutanásia e o aborto (admite-se o aborto em caso de gravidez resultante de estupro), não são autorizados pelo ordenamento jurídico.� 
A possibilidade de uma pessoa poder escolher o tratamento médico a que se deseja submeter ou até optar por não receber tratamento nenhum, não implicam em dizer que a pessoa está dispondo do direito à vida. Nesse caso, a opção por determinado tratamento ou mesmo nenhuma, implica em prestigiar o princípio da dignidade da pessoa humana dando à pessoa o direito de conduzir a sua vida e realizar a sua personalidade segundo a sua própria consciência, desde que não ofenda direitos de terceiros. �
Atualmente, reivindica-se o direito da pessoa doente ter o controle dos seus últimos momentos de vida, de modo a exercer o seu direito de morrer dignamente, o que não se confunde com o direito à morte. O que se pretende com essa reivindicação é que a pessoa tenha uma morte natural, humanizada, sem prolongamento da agonia por parte de um tratamento inútil.
Afastando-se a eutanásia�, entende-se que a noção de morte digna admite a autodeterminação da pessoa a respeito dos seus últimos momentos de vida, com poderes inclusive de elaborar documentos que vinculem terceiros, como por exemplo a ordem de não ressuscitar.�
6- Os atos de disposição do próprio corpo (art. 13/14 do CC)
A proteção à vida e à integridade física, está disciplinada na Constituição Federal art. 1º , III, e 5º III, no Código Civil art. 12 a 15, 186, 948 e 951 e no Código Penal nos artigos 121 a 128 e 129 quando prevê a punição do homicídio, induzimento, instigação ou auxílio a suicídio, infanticídio, aborto, eutanásia e lesões corporais.
O direito ao próprio corpo compreende tanto a sua integralidade como as partes dele destacáveis e sobre as quais a pessoa pode exercer o direito de disposição na forma da lei. Essa disposição de partes do corpo é proibida, no entanto, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
O corpo humano sem vida é cadáver, coisa fora do comércio, insuscetível de apropriação, mas passível de disposição de acordo com o artigo 14 do C. Civil, desde que gratuita e quando precedida de diagnóstico de morte encefálica. A disposição dos órgãos e tecidos pode ser feita em vida pelo próprio doador.
 Inicialmente surgiram dúvidas se a retirada dos órgãos da pessoa que fizera a doação em vida dependia de autorização do cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória reta ou colateral até ao segundo grau, firmada em documento escrito subscrito por duas testemunhas, conforme determinação do art. 4º, Lei 9.434/97. Essa dúvida não existe mais. Está firmada a jurisprudência de que prevalece a vontade do doador sendo desnecessária a manifestação de parentes para a retirada dos órgãos doados, salvo se o potencial doador não se manifestou em vida.É o que estabelece o enunciado 277 do CJF.
	Enunciado 277. O art. 14 do Código Civil, ao afirmar a validade da disposição gratuita do próprio corpo, com objetivo científico ou altruístico, para depois da morte, determinou que a manifestação expressa do doador de órgãos em vida prevalece sobre a vontade dos familiares, portanto, a aplicação do art. 4º da Lei n. 9.434/97 ficou restrita à hipótese de silêncio do potencial doador.
Se o falecido for incapaz a autorização deve ser dada pelos pais ou representante legal, art. 5º da Lei 9.434/97. Se o corpo for de pessoa não identificada não há possibilidade de remoção de órgãos, art. 6º, idem. Retirados os órgãos, o corpo tem de ser recomposto. 
O artigo 13 do CC proíbe a ablação de órgãos do corpo humano, quando implique em diminuição permanente da integridade física ou contrariar os bons costumes, salvo as hipóteses de exigência média. Assim, está proibida a mudança de sexo do homossexual.
No caso dos transexuais� a situação é diferente. A cirurgia, neste caso, é de redesignação sexual e feita naqueles pacientes portadores de desvio psicológico permanente de identidade sexual, com rejeição do fenótipo e tendência à auto-mutilação e ou auto-extremínio, isto é, pessoas que possuem o sexo biológico diverso do psíquico. É verdade que a intervenção cirúrgica implicará mudança morfológica permanente no paciente, pois haverá mudança da genitália externa e interna além de outros caracteres sexuais secundários. Todavia, seguir a lei ao pé da letra e não autorizar a cirurgia de mudança de sexo sob a argumentação de que ofenderá a integridade física do paciente, causará mais prejuízos do que vantagens à sua integridade psíquica. A cirurgia a que se submetem os transexuais é disciplinada pela Resolução 1.652/2002 do CFM. É o que diz o enunciado 276 do CJF.
	Enunciado 276. O art. 13 do Código Civil, ao permitir a disposição do próprio corpo por exigência médica, autoriza as cirurgias de transgenização, em conformidade com os procedimentos estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina, e a conseqüente alteração do pronome e do sexo no Registro Civil.
O art. 9º e parágrafos da Lei 9.434/97, permite que a pessoa capaz disponha gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do corpo vivo, para fins terapêuticos ou para transplantes se não houver risco para a sua integridade física e mental e não cause deformação ou mutilação. Só se permitea doação de órgãos duplos ou de partes de corpo que sejam regeneráveis, por ex. sangue, medula óssea, etc
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1.- Quais as características dos direitos da personalidade? 
2.- Que espécies de ações podem ser utilizadas para a proteção dos direitos da personalidade?
3.- O médico pode atender paciente sem prévia autorização? Por que? 
4.- Os direitos da personalidade são inatos? Justifique.
5.- É permitida a doação de órgãos do corpo em vida? E do corpo morto? Justifique
6.- Quando, em vida, a pessoa doa órgãos para depois da morte, faz-se necessário, ainda assim, que a retirada dos órgãos só ocorra depois da autorização do Cônjuge do doador ou parente maior de idade? Justifique
� GAGLIANO, Pablo Stolze e PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil, v1: parte geral, 8ª ed. rev.,atual, e reform.- São Paulo:Saraiva, 2006, p.135.
� AMARAL, Francisco. Direito Civil: Introdução, 5ª ed. Rio de Janeiro: Renovar 2003, p.249.
� SILVA, Rodrigo Pessoa Pereira da. Dos direitos da Personalidade, in Curso de Direito Civil, parte geral, coorde: Nuno Miguel Branco de Sá Viana Rebelo. Uberlândia: Lex Labore, 2009, p. 40. 
� LOTUFO, Maria Alice Zaratin. Das pessoas naturais, in Teoria geral do direito civil, coordenadores Renan Lotufo; Gionanni Ettore Nanni. São Paulo: Atlas, 2008, p. 244.
� LOTUFO, Maria Alice Zaratin. Ob. cit., p, 245.
� GONÇALVES, Carlços Roberto. Ob,. cit., p.186.
� GAGLIANO, Pablo Stolze e PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil, v1: parte geral, 8ª ed. rev.,atual, e reform.- São Paulo:Saraiva, 2006, p.135.
� TEPEDINO, Gustavo.[Et al.]. Ob. cit., p.33.
� LOTUFO, Maria Alice Zaratin. Ob. cit., p, 249.
� LOTUFO, Maria Alice Zaratin. Ob. cit., p, 250
� GONÇALVES, Carlos Roberto. Ob,. cit., p.186-189.
� GONÇALVES, Carlos Roberto. Ob,. cit., p.190.
� LOTUFO, Maria Alice Zaratin. Ob. cit., p, 278.
� BORGES, Roxana Cardoso Brasileiro. Dos direitos da personalidade, in Teoria geral do direito civil, coordenadores Renan Lotufo; Gionanni Ettore Nanni. São Paulo: Atlas, 2008, p. 242-280.
� Idem, ibidem
� O termo eutanásia envolve alguns conceitos que precisam ser esclarecidos, a saber: Eutanásia verdadeira é a morte provocada em paciente vítima de forte sofrimento e doença incurável, motivada por compaixão, configura homicídio na forma privilegiada. Suicídio assistido ou auxílio ao suicido é também crime e ocorre quando alguém ajuda a vítima a se matar oferecendo-lhe meios materiais para isso. A solicitação da vítima não afasta a ilicitude da conduta. Distanásia é prolongamento artificial do processo de morte, com sofrimento do doente, sem atenção ao ser humano que padece. Ortonásia, por sua vez, em oposição à distanásia, é a morte correta, ou seja, o não prolongamento artificial do processo de morte, além, do que seria o processo natural, o que não é conduta típica frente ao Código Penal.
� Idem, ibidem
� Há que fazer distinção: homossexual é a pessoa que se sente atraída por pessoas do mesmo sexo e tem com elas relações sexuais ; transexual é o indivíduo anatomicamente de um sexo que acredita firmemente pertencer ao sexo oposto; metrossexual é é um termo originado nos finais dos anos 90, pela junção das palavras � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Metropolitano" \o "Metropolitano" �metropolitano� e � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Sexual" \o "Sexual" �sexual�, sendo uma gíria para um homem urbano excessivamente preocupado com a aparência, gastando grande parte do seu tempo e dinheiro em cosméticos, acessórios, roupas e tem suas contudas pautadas pela moda e as "tendências" de cada estação; hemafrodita é quem apresenta os dois sexos, o masculino e o feminino. Nas espécies em que o sexo feminino é o primeiro a se tornar activo, diz-se que a espécie é protogínica. No caso inverso, diz-se protândrica.

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