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PROCESSO LEGISLATIVO G2

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Aula 6 – Rio, 10.10.14
EMENDAS 
->Definição de emenda - Proposição acessória e se destina a interferir
É sempre uma proposição acessória, porque é realizada com relação ao projeto de lei, logo não tem autonomia. A proposição principal é o projeto de lei. 
E ela necessariamente tem um caráter interventivo, ou seja, função de alterar o texto de lei. Sempre quer interferir no processo de elaboração da lei.
->Desenvolvimento -> ativação do papel do Parlamento: 1º sugerir modificações; 2º conquista do direito Revoluções Americana e Francesa
Trajetória do direito/poder de emenda -> sempre olhamos para o papel dos parlamentos, principalmente a partir dessas revoluções em que eles conseguiram expandir o seu papel.
A primeira função é dar ou não aval, olhar aquela proposição que vem do monarca. Depois pode sugerir modificações, só que num primeiro momento quem redige a modificação é um assessor do rei – atividade do parlamento era muito pontual. Só depois vem o direito de apresentar emendas e produzir dentro do Parlamento essas alterações que vão ser consideradas necessárias – ganho de poder do papel do Parlamento.
O poder do direito também. É a possibilidade de sugerir alterações na redação do projeto d elei. É dos membros de cada uma das casas e dos seus órgãos – pode ser individualmente ou por comissões – trazendo outras possibilidades de redação.
O poder é o poder de produzir alteração e o poder é do Parlamento, do CN, de cada uma das casas. 
A tendência é de uma expansão do poder do Parlamento, a ponto de abarcar função do poder legislativo. Foi isso que prevaleceu com a revolução americana. 
-Posterior limitação ao Poder de Emenda de Parlamento fundamento atual: eficiência e controle da ordem legislativa 
Posteriormente, se vê o objetivo de tentar colocar limites no poder do Parlamento de colocar emendas. A emenda já está dentro dos atos e decorre de um alargamento dessas funções. Quando tem justificativa para restringir esse poder tem que ser porque se está prezando pela eficiência da ordem ou porque tem que ter um controle dessa ordem legislativa. Caso em que vemos que isso é mitigado: quando tem interferência na questão orçamentária -> se o parlamento quiser interferir na aplicação de recursos, vai querer tirar de um lado e jogar no outro, mas isso ele não pode fazer, pois é poder do chefe do executivo.
*obstrução 
Começou a se observar que o poder de emenda é utilizado como uma das técnicas de obstrução – técnica da minoria parlamentar. E é legítimo que as minorias possam dispor da obstrução, que atrapalhem, pois isso faz parte do jogo democrático. 
E por isso começaram a se pensar em determinados limites. Por isso tem a restrição na questão do orçamento. 
-Servem para: acrescentar; suprimir; substituir
As emendas servem para estas três grandes tarefas: acrescentar; suprimir ou substituir (alterar os textos). Em termos materiais as emendas servem para isso para fazer alternação no conteúdo. 
-Regimento da Câmara - Art. 118
*supressivas -> é a que manda erradicar qualquer parte de outra
*aglutinativas -> resulta da fusão de outras emendas ou destas com o texto
*substitutivas -> é apresentada com sucedânea de outra proposição
*aditivas -> acrescenta à outra proposição
*modificativas -> altera a proposição sem modificar substancialmente
->Espécies (JAS):
A doutrina divide essas espécies em duas grandes categorias: substancias e formais
1) Substanciais -> conteúdo 
Emendas que dizem respeito ao conteúdo material dos projetos de lei – tentam afetar o conteúdo propriamente dito.
1.1 aditivas -> tudo aquilo que acrescenta ao projeto – quer acrescentar algum inciso, alguma alínea. É somar ao projeto.
1.2 supressivas -> é suprimir, tirar do projeto determinado tópico.
1.3 substitutivas -> diz respeito à modificação dentro do texto. Essa categoria gera confusão porque tem emendas substitutivas e tem os substitutivos. As emendas substitutivas são alterações pontuais nos textos; os substitutivos são formulações que atacam uma parte maior do projeto de lei, não são pontuais. 
2) Formais -> modifica a distribuição
Em relação à distribuição, ao desenho do projeto de lei -> as formais vão, por exemplo, atuar transformando em aliena, artigo, alterando a configuração do projeto. Com relação à lei orçamentária, esse tipo de emenda o parlamento pode fazer, mas com relação ao conteúdo não. 
2.1 separativas ou divisivas -> pegam o dispositivo e desmembra em dois. Opta-se por uma redação em que se divide, por exemplo, em §1º, §2º - diz respeito à técnica da redação. Tem caráter pontual. 
2.2 unitivas ou reunitivas -> é pegar uma série de alíneas ou incisos e reunir em um único dispositivo. Tem caráter pontual. 
Todas as leis de iniciativa privativa do executivo vão admitir apenas as emendas formais, não admitem as substanciais, porque isso pode afetar a questão orçamentária muito provavelmente – questão que aumente cargo ou salário da administração público, permitindo uma violação à iniciativa privativa. 
2.3 distributivas -> dizem respeito à organização daquele futuro texto normativo – reestrutura a divisão temática -> em capítulos. 
OBS.: Emendas modificativas 
José Afonso da Silva (JAS) mostra que emendas modificativas colocadas pelo art. 118 do regimento interno são as três categorias das formais acima. 
->Mensagem -> encaminhamento de projeto de lei 
É o ato por aquele que exerceu a atividade de iniciativa de lei, encaminhar o projeto. 
->Mensagem aditiva iniciativa extraparlamentar 
É criação doutrinária também. É a possibilidade que aquele que detém a iniciativa tem de alterar o texto do seu projeto de lei, depois que já o encaminhou. 
Se é um parlamentar/um congressista e quer alterar projeto de sua iniciativa, apresenta uma emenda.
O chefe do executivo se quer mudar de ideia apresenta uma mensagem aditiva e pode fazer isso enquanto não houver deliberação na casa dos deputados. Ou então faz isso enquanto a comissão não vota. 
->Subemenda
É a emenda da emenda. O RICD traz essa possibilidade. Denomina-se aquela apresentada em comisão à outra emenda, que pode ser supressiva, substitutiva ou aditiva. A emenda é sempre incidental em relação ao projeto de lei, e a subemenda é um incidente na emenda. Não pode subverter o porjeto de lei, porque não pode ferir esse ato da iniciativa, e a subemenda também não pode subverter a emenda, pois ela é acessória à emenda.
->Emendas Concorrentes fusão 
São emendas que dizem respeito ao mesmo tópico, ao mesmo tema. Tem o objetivo de atacar exatamente o mesmo tópico, a mesma questão temática. Pode ser que dois parlamentares proponham emendas ao mesmo dispositivo daquele projeto de lei – a técnica legislativa manda nesse momento que a comissão reúna essas emendas concorrentes. Isso seria a emenda aglutinativa, é uma reunião de emendas concorrentes, elas são fundidas: fusão de duas ou mais emendas que tratam de um mesmo tópico. Ai a comissão pode adotar apenas uma por entender que está melhor redigida, ou então reúne as duas e tentar formar um único texto.
.................................................
Aula 7 – Rio, 17.10.14
CONCLUSÃO DOS ATOS
-Autógrafos -> projeto transformado autógrafo documento escrito, com o signo da Casa
É o documento pelo qual se encaminha o projeto para que haja análise da outra casa ou do Presidente da república. É um documento escrito com o símbolo da casa da qual ele sai.
Em regra, a Casa iniciadora é a Câmara dos Deputados e excepcionalmente o Senado será casa iniciadora, quando for por um membro ou de uma comissão do Senado.
a)autógrafo de revisão -> Depois de todo o processo legislativo que ocorre dentro da Câmara dos Deputados, a Câmara faz o autografo de revisão, encaminhando o projeto, que já foi aprovado na Câmara, para o Senado.
b)autógrafo de sanção -> Sendo aprovado dentro da casa revisora, temos o autografo de sanção, que é o documento pelo qual a versão do projeto apreciado pela casa revisora vai para o presidente da república, para que este sancione ou vete o conteúdo totalou parcialmente.
-conteúdo dos autógrafos
-origem: CF de 1824 – art. 62 -> na época do Império. É o monarca quem sancionava ou vetava esse projeto.
SANÇÃO DO PROJETO
- art. 66 da CRFB
É o ato do chefe do executivo necessariamente, não podendo ser substituído por ninguém. Tem hipótese de ato de lei sem o ato da sanção. Mas o ato da sanção é próprio do presidente da república.
-objeto remetido ao Presidente projeto aprovado definitivamente 
-Sanção -> existência X mera ratificação 
O objeto desse projeto é remetido ao presidente e será aprovado ou não de forma definitiva.
É importante observar que até o momento da entrada do presidente da república na questão, ainda estamos falando de um projeto de lei, que dentro do processo legislativo ganhou a sua verão última, é a versão final que sai do processo legislativo – isso significa que não há lei antes da sanção. Então a sanção não é um ato fora do processo legislativo - é um ato fundamental para que haja a existência da lei no ordenamento. Sem sanção a lei continua não existindo. Ainda é um projeto de lei, não é lei.
Começa a se configurar no caput do art. 66 da CRFB. Esse é o ato do presidente da república e fundamental para a existência da lei. 
Estamos falando da função atípica do poder executivo, trazendo a questão da separação dos poderes e do mecanismo de freios e contrapesos. A função típica do chefe do executivo é a chefia de estado e de governo, e aqui exerce de forma atípica uma função fundamental do processo legislativo, porque antes de isso não há o que se falar em lei, e é uma função que diz respeito aos mecanismos famosos de freios e contrapesos. 
É um tipo de interpretação que minimiza o papel de um corpo legislativo
-“Único ato de Poder Legislativo” -> Câmaras: fixação do conteúdo somente/ Monarca: elaboração 
Tem autores franceses que vão dizer que tradicionalmente o ato da sanção é o grande ato do processo legislativo, sendo o único ato de processo legislativo propriamente dito, sendo interessante que esteja no poder executivo. Caberia ao Parlamento apenas a fixação do conteúdo da lei, ou seja, dizer apenas a redação da lei. Mas numa concepção tradicional isso não seria o grande ato do processo legislativo, mas sim a figura do monarca que é o responsável pela elaboração de uma nova lei, através da sanção. 
Mas não temos essa tradição de uma monarquia parlamentarista. Esta é a visão tradicional inglesa, portanto. Na nossa experiência de monarquia, o monarca passava por cima dos outros poderes. Aqui é a visão de monarquias parlamentares – que ainda faz sentido dentro de alguns ordenamentos jurídicos: como nos países baixos. 
-Sistema Brasileiro: participação do Chefe do Executivo
No nosso sistema, é papel do chefe do executivo, que é a sua função atípica. É ato fundamental do executivo dentro do processo legislativo.
-Projetos Sancionáveis:
Todos os projetos de lei que trariam alteração no ordenamento são sancionáveis? Não -> Emenda está fora desse rol. PEC nunca será alvo de sanção, quem determina a promulgação é a Mesa, pois é manifestação de poder constituinte difuso, e o CN por ser aquele que tem metade da sua composição por representantes do povo seria o mais apto a manifestar esse poder constituinte difuso. O executivo está completamente fora dessas propostas de emenda à constituição.
*art. 48 da CF -> competência legislativa da União. ≠ *art. 49 da CF -> decretos legislativos se não há sanção, não há veto.
O ato pra ser sancionável tem que ser competência legislativa da União – art. 48 da CRFB traz o que precisa passar pela sanção. 
E o art. 49 traz o exemplo daquilo que não passa por sanção. E se não tem sanção, não passa por veto também. É competência exclusiva do CN, que é por decreto legislativo, e logo não é ato próprio do chefe do poder do executivo. 
-Espécies de sanção: art. 66 da CF
1) Positiva: solene ou formal – total/parcial; pelo silêncio – total
2) Negativa: veto – total ou parcial 
Dentro do art. 66 extraímos esse tipo de classificação -> a doutrina extrai uma sanção positiva e outra negativa. José Afonso é bastante crítico com relação à sanção negativa. 
A positiva pode ser solene ou formal: o ato mesmo de sanção que o presidente vai desempenhar no final do processo legislativo, e pode ser total ou parcial – se a sanção é parcial, significa que se tem veto parcial. É aquela que precisa ser feita em 15 dias. 
Se ultrapassa esse prazo, aí tem a sanção pelo silêncio – não quer dizer que é uma presunção, o silencio significa que houve sanção. É sanção pelo silêncio e não sanção tácita. Neste caso, será sanção total.
Isso significa que o veto precisa ser expresso. Não existe veto tácito. 
A sanção negativa é a sanção pelo veto. José Afonso diz que não há sanção negativa, pois a sanção é sempre um ato positivo, pois é um ato de manifestação do chefe do executivo. Assim como o veto também é um ato positivo, pois não é uma ausência de ato. É um ato positivo que serve para combater aquele projeto de lei. Mas em regra, encontramos esse quadro de divisão das sanções.
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Aula 8 – Rio, 24.10.14
PODER DE VETO
-Inconformidade com obra legislativa não pode ser pelo silêncio poder de vetar origem: luta de classes – Roma
Feito pelo chefe do executivo. É uma inconformidade pelo projeto elaborado pela casa legisladora. Não posso no nosso sistema nunca ser decorrente de silêncio. O silêncio no nosso sistema é um ato de sanção – a não manifestação é um ato de sanção. O veto não pode ser colocado a partir da omissão.
É uma espécie de poder, assim como a sanção. Tem o poder de vetar, ou seja, o chefe de Estado tem a competência para avaliar e formar sua opinião da adesão da sua vontade desse projeto de lei.
A origem do veto está em Roma na luta de composição de classe para o Senado. Poder de colocar limites no Senado. 
-Modernamente: Montesquieu pressupõe separação de poderes
Modernamente quem traz esse instituto é Montesquieu, pois é feito da analise da separação de poderes. Quando M. escreve faz isso olhando para o sistema inglês e quando faz isso está impactado pelo parlamentarismo e o poder de veto da monarquia do que vem do parlamento. 
Pressupõe separação dos poderes, por ser uma função atípica do executivo dentro do legislativo. 
-Instrumento de controle de legislação: constitucionalidade + seleção de interesses do programa de governo
Pode ser utilizado sobre dois aspectos: 1)fundamentação do veto por ser uma afronta à Constituição – espécie de controle de constitucionalidade; 2)ou então a seleção de interesses que o chefe do executivo vai fazer com relação às políticas do seu governo. O veto é um instituto para tentar adequar as leis aos seu programa de governo. Se não está de acordo com o seu programa de governo, pode, então, vetar. 
O veto se justifica por questão de constitucionalidade, mas também em seleção de interesses para que o programa de governo seja cumprido. O chefe do executivo pode até mesmo vetar integralmente projeto de lei que tenha sido da sua iniciativa, e que não tenha sofrido nenhuma alteração, basta que esse projeto não faça mais sentido dentro do seu governo. 
Com essa dinâmica fica clara a separação de poderes e relação harmônica desses poderes no que diz respeito às suas funções. 
-Fonte formal – art. 66, §1º da CRFB -> Está posto na CRFB. 
-Comunicação -> Presidente do Senado – motivos: 48h. se período de recesso: Comissão Representativa – Presidente 
Tem o prazo de 15 dias para vetar, senão há a sanção silenciosa. O veto precisa ser expresso. Passados os 15 dias para o veto, tem 48h para enviar a sua justificativa de veto. E esta comunicação é sempre feito ao presidente do senado. 
Se ocorrer em período de recesso, o presidente da república envia o seu comunicado ao presidente das Comissões Representativas. Isso é uma questão técnica, porque em termos práticos quem é o presidente da comissão representativa é o presidente do senado, ou seja, é a mesma figura, é apenas uma ressalva constitucionale do regimento comum das duas casas. 
-> Análise de dispositivo – art. 66,§1º
*Titular – Presidente da República -> é ato que só ele pode realizar, assim como a sanção. Se ele veta e o veto é derrubado este projeto de lei não volta para o presidente sancionar, isso já ocorreu, a promulgação ocorre de outra forma. Essa titularidade não pode ser transferida. Nem em caso de referendo (quando a lei já existe).
*Prazo – 15 dias. 48h para comunicar -> tem 15 dias úteis, determinado pela CRFB, contado a partir da recepção do projeto de lei. E depois 48h para mandar o comunicado da justificativa. 
*Autoridade destinatária Presidente do Senado Convocação das Casas para apreciação no prazo de 30 dias maioria absoluta para rejeição -> tem o prazo de 30 dias para convocar as duas casas para analisar o veto. Nessa análise recebem o projeto com o veto, com os pareceres de todas as comissões – é preparado material para enviar para o CN, para que possam analisar se o veto é pertinente ou não. 
Por isso que faz toda diferença governar com maioria no CN, porque a maioria exigida pela CRFB é absoluta para rejeição, só que essa maioria absoluta não é contabilizada de forma conjunta. Ainda assim essa maioria absoluta não é contabilizada do nº total de deputados e de senadores, é a maioria absoluta que precisa querer derrubar os vetos na casa dos deputados e a maioria dos senadores querendo derrubar o veto. 
Estamos no âmbito da política mesmo, porque tinha uma política de não convocar o CN para derrubar veto, mas sim aceitar a vontade do presidente da república. Posteriormente é que o uso dessa convocação começou a ocorrer de forma mais intensa (análise de emenda, veto e rejeição de veto).
-> Espécies:
1) Veto Absoluto: não comporta discussão; só se houver nova iniciativa -> vai inviabilizar qualquer discussão – depois do veto não tem como discutir aquela matéria, só se tiver nova iniciativa. É um modelo que está em extinção, quem opera dessa forma é o Conselho de Segurança da ONU.
2) Veto Relativo: suspensão da transformação de projeto em lei até manifestação de Legislativo -> o nosso veto é o relativo, porque como o presidente em vez de sancionar, vetou, a expectativa de que esse projeto virasse lei é suspensa, até que haja a análise do legislativo novamente. Suspensão da transformação do projeto de lei em lei.
3) Veto Legislativo: para Chefe do Executivo -> é o veto que é colocado à disposição do chefe do executivo para fazer análise de constitucionalidade e das políticas de interesse do governo. 
4) Veto Parlamentar: Alemanha -> é feito dentro do congresso. Pressupõe um bicameralismo – modelo da Alemanha -> a primeira casa elabora o projeto de lei, e a outra casa não é revisora, ela vai poder vetar. 
Já nossa cada legislativa faz a elaboração do projeto de lei, não está vetando. 
5)Veto Popular: conferido ao povo -> é conferido ao povo em momento muito específico, não se confundindo com referendo. É a possibilidade da consultar popular impedir o ato da sanção e aí não está falando só surgimento de uma lei no ordenamento, porque o veto popular é antes do surgimento da lei. Impede que o projeto de lei vire lei.
No referendo, as consultas para o referendo no Brasil são sempre com a lei já existente e válida – em vigência ou não? Depende, pode ser com vigência ou anterior à vigência. Já se analisa a lei. O referendo ab-roga a lei. Ou confirma a lei ou ela será revogada no todo ou em parte. A análise do referendo é sempre depois do processo legislativo. O referendo é depois da sanção, da promulgação e da publicação. 
6) Veto Total -> em toda a lei
7)Veto Parcial -> dispositivos normativos que precisam ser vetados e não de forma integral, mas tiram palavra e não mudam o sentido da norma.
No nosso ordenamento cabe o veto relativo, legislativo, total e parcial.
-Gera incidente no procedimento: temporariamente / definitivamente 
Esse veto gera no máximo um incidente dentro do processo legislativo, que pode ser incidente temporário ou causa interrupção do processo de forma definitiva. Temporária: enquanto CN analisa, e depois derruba – temporariamente suspendeu transformação de projeto em lei. Definitiva: quando CN acolhe as razões de veto. 
-Inadequação da expressão “Sanção Negativa” 
Tem autor que chama veto de “sanção negativa”, mas José Afonso fala que ausência de ação neste caso é justamente a sanção. E o veto é também ação, em sentido positivo, só que em sentido contrário, pois é para combater o projeto de lei. Apesar da doutrina fazer isso eventualmente, José Afonso fala que esse uso é inadequado
*efeito -> suspende transformação em lei; 
*consequência -> nova consideração; -> A consequência é a exigência de nova consideração por parte do legislativo. Legislativo volta a ser chamado para o processo legislativo, para analisar o veto. 
-Voto de veto parcial disposições autônomas X parecer CCJ C.D. 
No dia da votação sobre o veto parcial, aquilo que não foi vetado está sancionado do projeto de lei e entra em vigor na data em que o projeto de lei determina. Uma parte da lei está em vigor, aquilo que foi vetado vai precisar ser analisado. 
Em regra, essa análise do veto parcial deveria ser por disposições autônomas, ou seja, cada item vetado deveria ser analisado de forma independente (regra formal), mas um parecer da CCJ da Câmara alterou essa prática e autorizou o voto total, ou seja, análise única do voto do veto parcial. Na hora de votar, é uma votação global, mas é uma deturpação da regra, que deveria ser por disposições autônomas – variação na prática na relação ao que regimento interno comum vai mandar fazer. 
-Rejeitado o Projeto de Lei – art. 67 da CRFB 
Se o projeto foi de fato rejeitado, se o veto foi total, existe a regra do art. 67 da CRFB -> se não vai ter que esperar o ano virar, terminar. 
-Aprovado -> Presidente para promulgação (48h) – art. 66, §§ 5º e 7º 
Quando é aprovado, a etapa da sanção da passou, o presidente tem então 48h para promulgar a lei. Não é sancionar a derrubada do veto. A fase da sanção já passou e a derrubada do veto já transforma o projeto de lei em lei, e aí o presidente tem o prazo de 48h para promulgar. 
Se ele não fizer isso, o presidente do Senado pode fazer – na omissão do presidente da república para a promulgação de uma lei, o presidente do senado poderá fazer. Se o presidente do senado, que também tem 48h, não o fizer, caberá ao vice-presidente, sendo para ele ato obrigatório, e não o fazendo, isso gera crime de responsabilidade porque entra em conflito com atribuição da lei. 
-Veto parcial depende de análise do CN se aprovado, quando entra em vigor? 
O veto parcial depende da análise do CN. Quando aprovado, quando entra em vigor? Se não está em vigor a parte sancionada, pelo menos o prazo começou a contar. E tem uma série de entendimentos sobre esse prazo:
Alguns defenderam que seria uma espécie de nova lei – mas é um entendimento equivocado
Outros entenderam que contaria 45 dias para entrar em vigor
Entende-se que entra em vigor não na mesma data da lei – se havia previsão de entrada em 48h, com a derrubada do veto e a promulgação começa a se contar as 48h dali, compondo a mesma lei. Não entra em lei separada. Essa é a regra que vai valer para a parte que havia sido vetada e que depois vai entrar em vigor. 
-Retratação de veto? 
Pode haver retratação de veto? O presidente pode mudar de ideia em vetar uma lei? Não pode. O que ele pode fazer politicamente é trabalhar o CN para que de fato derrube o veto. Não há nenhum tipo de ato de retratação de veto. 
Se vetar e não mandar as razões, o veto é nulo.
................................................
Aula 9 – Rio, 31.10.14
PROMULGAÇÃO
Há discussão na doutrina europeia, que herdamos, a cerca da natureza da promulgação – pode ser tratada de duas formas:
1º) Ato declaratório de existência de lei – natureza legislativa -> a lei passa a existir
2º) Ordem de execução – natureza executiva -> seria uma natureza executiva, porque com a promulgação ela se faz cumprir. 
JAS desconstituiestes dois argumentos. Ainda que essa promulgação seja promovida pelo chefe do executivo, não é ato propriamente de executivo. JAS vai falar que na verdade, para o ordenamento jurídico brasileiro, este é um ato meramente administrativo. 
-No direito brasileiro – art. 65 da CRFB
Sanção – art. 48 da CRFB participação do Presidente na formação 
Há previsão da sanção ou promulgação em virtude da variação do projeto em questão. Se for emenda, não passa pela sanção. A promulgação é promovida pelas próprias mesas.
No ato da sanção se dá a promulgação por parte do presidente. A sanção é necessária, é a forma de participação do Presidente no PL;
-Decreto legislativo art. 49 da CRFB + art. 52 Regimento Comum
Decreto legislativo é competência exclusiva do CN, e nesse caso a sanção não existe, há direto o ato da promulgação.
-Art. 66, §7º, CRFB. Sanção por silêncio averiguação de veto Presidente – 48h/ Presidente Senado – 48h / Vice Presidente Senado
Alguns problemas começam a acontecer em virtude da sanção, porque a promulgação surge junto coma sanção, então há variações no ato da sanção. Art. 66,§7º: se a lei não for promulgada em 48h pelo presidente da república, nos termos do §§3º e 5º (silêncio e derrubada de veto), deverá fazer o presidente do senado em 48h, se este não fizer, deverá fazer o vice presidente do senado. 
Não tem consequência na CRFB para a omissão do vice presidente do senado, mas como existe a obrigação da promulgação por lei, se o vice presidente não o fizer responderá por crime de responsabilidade.
-Sistema Brasileiro promulgação = imposição constitucional
O sistema brasileiro adota promulgação como imposição constitucional, e por não ser feito pode ter crime de responsabilidade
-JAS: promulgação dar ciência de que lei foi votada e aprovada
Promulgação para ele é o ato de dar ciência de que a lei já foi votada e aprovada.
-Art. 48 da CRFB 3 hipóteses
1ª)Sanção solene vira lei-promulgação ato sancionatório -> já transforma o projeto de lei imediatamente em lei. E isso se confundo com o ato de sanção, é ao mesmo tempo.
2ª)Projeto vetado – Congresso derruba promulgação = ato solene -> quando chega pro CN, ainda não é lei, é projeto. Quando derruba o veto, quer dizer que a sanção não existiu, sendo a promulgação, então, ato solene.
3ª)P.L. não é solenemente sancionado num vetado Lei promulgada por ato solene; então: promulgação nova comunicação / publicação consequência imediata -> famosa hipótese de sanção tácita – significa que o projeto de lei não foi sancionado e nem vetado, depois do prazo de 15 dias, sendo a sanção formulada automaticamente, sendo a promulgação ato solene também.
Com isso, para JAS, ficou claro que a promulgação é ato de mera comunicação, fica fora dos atos do legislativo, é ato administrativo. 
Então 3 atos: 1)decreto CRFB / 2)Sanção pelo silêncio / 3)Promulgação conhecimento comunicado de ordem administrativa 
Então temos 3 atos que podemos identificar como autônomos, nesse sentido, nessa última hipótese – o projeto que sai é em forma de decreto do CN. O presidente da república não se manifestou, foi sanção pelo silêncio. E o terceiro ato, que é o da promulgação, será solene, pois a sanção solene não aconteceu, sendo mero comunicado de ordem administrativa, pois é apenas para dar conhecimento
-O Referendo – convocação – 30 dias após promulgação decreto legislativo é ab-rogativo 
Temos que saber o momento de entrada do referendo nessa questão. 
Quando o ordenamento abraça o veto é a interferência do povo por dentro do processo legislativo. O referendo já trabalha necessariamente com uma lei, que pode inclusive ter entrado em vigor. É uma lei que já existe, já foi promulgada e publicada, já está produzindo os seus efeitos, e a convocação do referendo fica a cargo do CN num prazo de 30 dias contados a partir da promulgação desta lei, que se manifesta pelo ato da publicação. Isso se dá pelo CN por via decreto legislativo – é o poder ab-rogativo, porque a lei já existe e está em vigor, então vai revogar o dispositivo ou a lei. Exemplo: questão do Estatuto do Desarmamento. 
O que diferencia do veto é o momento em que se operam. Um opera quando ainda não tem lei, é projeto, enquanto que o referendo opera quando já tem lei. 
PUBLICAÇÃO
Produção de efeitos jurídicos
A publicação justamente dá produção de efeitos por parte da lei.
1)Presunção jurídica de conhecimento ciência da promulgação -> A partir do momento da publicação já se presume que todos conhecem a lei e por isso não pode alegar deixar de cumprir por desconhecer.
2)Sem publicação não há eficácia -> É condição de eficácia, mas não é condição suficiente
-Modo de publicação
Pode variar. Via de regra, principalmente nas leis do CN e das Assembleias Legislativas sai por D.O
-Ausência de D. O. 
Na ausência de D.O, sai via edital – caso municipal. É outro mecanismo, ainda que menos conhecido de divulgação desse ato de promulgação propriamente.
-Obrigação de publicar art. 66,§7º da CRFB – 48h 
Temos obrigação de publicar também, que decorre do ato da promulgação. O mesmo prazo que tem na nossa ordem para promulgar que é o prazo de 48h, é coincidente com o prazo de publicação, pois um ato decorre do outro.
-Omitir ou retardar art. 9º Lei 1079/50
Quando há resistência na publicação, quando isso não é feito, mais uma vez tem hipótese do crime de responsabilidade.
-Publicação e vigência eficácia 
Da vigência decorre a eficácia, então publicação é ato essencial para eficácia, mas não é suficiente. 
-Vacatio legis *justificativa / *vigoram normas anteriores 
Tudo depende se há previsão ou não de vacatio legis. A justificativa da vacatio é a complexidade de uma lei.Mas se é lei menos complexa, a regra é a vigência imediatamente com a publicação da lei, sem um período de adaptação. A vacatio é interessante porque não só viabiliza que realmente essa lei tenha uma pulverização maior, seja mais conhecida pelas pessoas, mas também pela preparação dos atores jurídicos com relação a esta nova lei – preparação do judiciário; se for lei de natureza penal, maio preparação da polícia. 
Enquanto tem vacatio, a lei ainda não produz efeitos. Fica vigorando a lei antiga, ainda.
-Nova publicação – incorreção – art. 1º, §3º LIDB prazo
Pode ser que a lei tenha sido promulgada com algum erro, precisando de nova publicação dessa lei após correção. Vai ter novo prazo de publicação.
O PROCEDIMENTO LEGISLATIVO
-Funcionamento do legislativo: *legislatura – 4 anos – art. 57 da CRFB
-Sessões ordinárias -> CD: 5 horas; SF: 4 horas 14h 
Forma pelas quais essas legislaturas são contadas. Essas sessões anuais legislativas são divididas em sessões ordinárias, que são as sessões diárias, que ocorrem tanto na CD como no SF.
Na CD dura 5h – significa que o deputado deve estar disponível para uma atuação conjunta durante 5h no seu dia. Não significa que ele trabalha somente 5h, quer dizer que essas reuniões duram 5h. Já no SF são 4h de reunião, começando também ás 14h com a ressalva de sexta-feira começar às 9h. 
Na CD: *pequeno expediente / *ordem do dia – 3 horas / *grande expediente / comunicações parlamentares 
Na CD essa sessão se divide em quatro momentos. A reunião tem uma diretriz de funcionamento. Começa com o chamado pequeno expediente, que vai tratar de momento de abertura, é o momento em que vão ler telegramas, mensagens, leitura de comunicação para dentro da CD – dar avisos comum um todo – dura até 60 min.
A ordem do dia é o núcleo central deste trabalho, pois é quando ocorre a atividade de votação de lei, é a atuação das comissões – duração de até 3h.
O grande expediente é o terceiro momento destas sessões. É um espaço para que os deputados interessados se inscrevam e possam falar. Não necessariamente vai ocorrer. 
Nas comunicação parlamentares, não é mais o deputado que fala, mas sim as bancadas, são comunicações parlamentares do blocos, dos líderes. Isso acaba acontecendo apenas se sobra tempo.
No Senado: *hora de expediente / *ordem do dia 
No SF, tema divisão em duas partes. A hora do expediente vai incorporar o pequeno expediente da CD – momento dos avisos. E a ordem do dia no SF condensa as três outras partes da CD: votação de lei, manifestação de senador ou de globo. 
-Sessões legislativas extraordinárias – art. 57, §§ 6º, 7º e 8º
As sessões legislativas extraordinárias precisam ser convocadas e só pode ser feito em determinadas hipóteses – art. 57,§6º. O processo legislativo está fora da sessão extraordinária, isso é algo pontual.
-Apresentação de Projeto – provocação 
Dentro destes ritos do processo legislativo, a apresentação de projeto é fundamental, porque o projeto precisa ser provocado, não acontece por livre e espontânea vontade. O CN pode ter uma provocação externa ou interna quando é de um congressista deputado ou senador ou projeto de iniciativa popular 
-Prejudicialidade: art. 163 e art. 164 do RICD recurso – sessões – CCJ e Plenário
Pode ser que análise desse projeto fique prejudicada e ai o projeto é arquivado. Art. 163: hipóteses de prejudicialidade desse processo. Art. 164: hipóteses mais genéricas. O RISF traz repetição do art. 164, sendo mais limitado.
Há recurso para prejudicialidade, se o projeto de lei é de iniciativa de deputado ou de senador. Tem o prazo de 5 sessões ordinárias para recorrer e quem análise é o Plenário da CD ou do SF, que leva em consideração o parecer da CCJ da prejudicialidade desse projeto, da emenda ou do substitutivo, e aí se dá a palavra final, não tendo mais como recorrer. 
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Aula 10 – Rio, 14.11.14
-Existência de quorum 
*maioria absoluta – art. 69 da CRFB -> Quorum de abertura das sessões.
*maioria qualificada: 2/3 (autorização para começar um processo de impeachment) e 3/5 (dentro do processo legislativo)
Tem que considerar o total de cada um dos membros da casa e não dos presentes. Estas duas maiorias são excepcionais. 
-Abertura das sessões -> CD 1/10 (52); SF 1/20 (17) X Deliberações – art. 47 da CRFB 
Abertura das sessões: para abrir uma sessão tem que ter 1/10 dos membros da casa CD; e no SF 17 membros para iniciar as sessões. 
Uma coisa é o quorum para abertura e outra é a de deliberação. 
-Ordem do Dia 
*dificuldade: seleção de matéria – tempo do Parlamento – exemplo: França; Brasil: Presidente da Câmara 
A dificuldade de estabelecer a Ordem do Dia perpassa diversas constituições e Estados. A nossa CRFB não coloca como será a Ordem do Dia. Em regra, podemos diferenciar em dois grupos: essa tomada de decisão é por uma comissão e outro grupo a presidência da casa é que determina a Ordem do Dia e o planejamento mensal. No nosso caso, quem faz isso é o presidente da casa. Não temos nenhum tipo de participação do executivo, apesar de ser importante a aprovação de determinados projetos para a administração pública. 
A França é a que traz dentro da sua constituição positivado um critério para estabelecer essa Ordem do Dia, montando uma comissão. Tem um colegiado para decidir quais serão as pautas dessas reuniões. 
O que está em jogo, que é o que a doutrina se debruça é a disputa pelo tempo do Parlamento – quais são os projetos que merecem ser amparados de forma mais veloz e que merecem ser encaminhados. Por trás disso temos os projetos que merecem um certo destaque por ser interesse nacional ou projetos que contam com interesse de grupos muito fortes. 
-Regime de tramitação: ordinário; sumário; sumaríssimo 
Tem o regime ordinário e as hipóteses de preferência e as de urgência e a de urgência urgentíssima. Esses procedimentos são o ordinário condensado, é a supressão de determinadas etapas que são trazidas no regime interno e não de algo determinado pela CRFB, então isso envolve uma diferença no prazo de elaboração de pareceres das comissões. As etapas são as mesmas, só que elas são mais céleres. O regime de tramitação está desdobrado no regimento interno de cada uma das casas. 
-Fases de elaboração Legislativa:
a) Introdutória/Iniciativa -> como o projeto ingressa na CD 
*deputado: sistema eletrônico, Plenária, Comissão -> Se o projeto vem de um deputado, ele será apresentado por um sistema eletrônico, é bem automatizado. Ou o deputado pode apresentar no próprio plenário ou diretamente na comissão. Ele só dá entrada e ali é encaminhado. 
*PGR e cidadãos – Mesa -> se é o PGR ou vem da iniciativa popular vai ser encaminhado para a Mesa da CD
*Executivo/Judiciário – Mensagem do Presidente -> é feito pelo instituto da mensagem do presidente da CD.
*Comissões
O presidente vai recepcionar e vai despachar já determinando quais são as comissões que vão se manifestar acerca daquele projeto. Depende do grau de sofisticação e estruturação do projeto. Mas duas comissões se manifestam necessariamente. 
b) Comissões: *CCJ Revisão / *Temática / *Orçamentos e finanças 
A primeira a se manifestar sempre que vai ser a CCJ e a de Revisão, que faz o controle do conteúdo, vai ver a compatibilidade do projeto de lei com a CRFB e também vai observar a estrutura desse projeto de lei. 
Se for o caso de ser um projeto de código, são comissões temporárias e especiais que são forjadas para a análise de um código. Depende da matéria. 
E sempre vai passar pelo equivalente a orçamento e finanças, para verificar se esse projeto pode vir a gerar algum custo – vai entrar receita ou sair receita? Caso tenha alguma necessidade de trabalhar com gastos públicos, quem faz a iniciativa precisa determinar da onde vem esse dinheiro, como isso vai ser financiado e bancado. 
 Relator: 3, 5 ou 20 sessões CD; SF: 10 dias CCJ e 8 nas demais 
O presidente da comissão vai designar um relator, que será o primeiro a se manifestar sobre o projeto, elaborando um parecer, tendo o prazo de 20 sessões para elaborar o seu parecer. Se for questão urgente, terá 3 dias, se for uma preferência terá 5 dias. Se ele não apresenta o parecer, o presidente pode indicar outro relator que terá esse prazo reduzido à medida na CD. 
*Leitura de parecer – votação. Tempo da palavra: 20 min., 2X; tréplica relator. 
Antes do voto: vista até 5 dias. 
Parecer = 3 partes: relatório, voto relator e parecer de comissão 
Passada essa fase, na reunião eles vão ler o parecer do relator. Essa leitura pode ser dispensada, mas o projeto de lei já foi distribuído entre todos os congressistas e nas comissões – tudo depende da matéria e de quão problemático é o tema. Pode haver manifestação de deputado nessas comissões – cada um dos deputados da comissão pode falar duas vezes durante 20 min. sobre esse projeto e depois o relator tem direito à tréplica.
Antes da votação, qualquer um dos membros da comissão pode pedir vista por até 5 dias. 
O parecer enviado para a mesa é dividido em 3 partes: relatório com o resumo; o voto do relator; e o parecer da comissão, porque pode ser que a comissão não aprove o parecer do relator, e aí é designado outro relator para fazer novo parecer. O parecer do primeiro relator é anexado como voto dissidente, se ele perde na votação. 
Tudo isso é enviado pelo plenário para a casa revisora. Vai ter acesso a todo o trâmite desse projeto de lei.
-Parecer -> Mesa -> Ordem do Dia
O parecer que sai da comissão é encaminhado para a mesa e o presidente da CD coloca na ordem do dia.
O plenário é a terceira fase, o presidente da mesa vai determinar 48h para que este projeto entre na Ordem do Dia e deve ser necessariamente providenciada o substitutivo, o projeto, todo o material deve ser disponibilizado para cada um dos congressistas, para preparar para o 3º momento, que a discussão em plenário, antes das votações.
Nessa fase de discussão do plenário é uma fase de emendas e substitutivos, que acontecem dentro das comissões, podendo ser modificado ali. Chegando ao plenário, outros congressistas vão ter acesso e podem apresentar suas emendas ou seus substitutivos. 
c) Fase das discussões em Plenário 
-emendas em plenário
Nesse momento pode ser que haja apresentação de emenda e substitutivo por pessoas que não fizeram parte das comissões que analisaram esse projeto.-discussão: conjunto de emendas, substitutivos, títulos, capítulos, conjunto de artigos 
Se espera que haja um esforço de agrupar as discussões de uma forma mais racional – por emendas, substitutivos, títulos, capítulos, conjunto de artigos. 
-inserção necessária, com declaração de entendimento antecipado
Pode ter a perspectiva de fala do congressista dentro da CD e dentro do Senado qualquer senador pode falar desde que se inscreva antes e já tem que declarar anteriormente se vai ser a favor ou contra, para que o presidente saiba melhor organizar a discussão. Cada um tem até 5 min. para se manifestar sobre esse substitutivo, emenda, etc. 
-aprovado em 1º turno e redigido, o projeto pode entrar na Ordem do Dia de 2ª turno emenda -> Comissão (05 dias) votação
Se for o caso de dois turnos de votação, que é o caso da emenda, em 1º turno esse projeto é redigido, tendo a redação final, considerando as proposta, emendas, os substitutivos e aí o projeto já pode ser encaminhado para a Ordem do Dia do 2º turno. Pode ser que no 2º turno haja emenda, substitutivo e aí sim é um caso de enviar para a Comissão Pertinente, tendo as comissões 05 dias para analisar essas alterações do 2º turno e aí colocar novamente o projeto para 2ª votação, e ai depois é que se vai propriamente para a casa revisora, que é sempre o Senado. 
d) Fase Decisória 
Fase propriamente de votação
-votos (quorum) -> quoruns constitucionais e não de abertura 
-formas de votação: Simbólica, Nominal, Secreto – art. 43 da CRFB -> simbólica: “quem é favorável, permaneça como está” na CD, no caso do SF se presume que quem está sentado nesse momento é favorável e quem está em pé é contra; nominal: há uma chamada e o voto é aberto, porque o congressista que é chamado precisa se manifestar falando “sim” ou “não”; secreta: é feita em cédula, que é colocada numa urna.
-por grupo de emendas -> A votação, assim como a discussão pode ser feita por grupos. Quando tem emendas se produz destaque desses dispositivos que podem sofrer emenda, fazendo a votação destacando cada emenda. Pode ser agrupado por emenda, substitutivo, capítulos, grupo de artigos. 
-quem fala: autor, voto vencido, relator, representante de partido -> Pode haver fala na fase decisória, mas só alguns autores podem se manifestar, durante 05 min. -> o autor do projeto, o voto vencido, o relator do projeto e os partidos têm direito a ter um representante que vai pode se manifestar também sobre esse projeto no momento da votação. Tentam fazer esse controle de quem fala para poder ser mais célere – previsão de um rol menor do que na fase da discussão.
-encerramento: resultado – art. 67 da CRFB
e) Fase Revisora: -documentos pertinentes/ -leitura em sessão Comissões / -mesmos princípios / -casa iniciadora 
Encerra-se a partir do resultado e o projeto vai para a casa revisora com todos os documentos, emendas, substitutivos e a casa revisora vai passar por todo esse processo novamente. O momento das comissões primeiro, depois o momento da discussão em plenário e o momento da votação. Caso haja alguma modificação na casa revisora, a nossa CRFB traz uma solução: manda esse projeto de lei para a casa iniciadora que vai avaliar isso e é quem vai ter a palavra final sobre esse projeto, que é a CD, que é a casa de representação popular por excelência. 
Se for o caso, o projeto é encaminhado para a promulgação. Senão. É encaminhado para que o CN promova a promulgação. Mas se for hipótese de competência exclusiva do CN ou caso de emenda, não tem o momento da sanção, a promulgação é pela mesa do CN. Aqui é o último momento no qual o CN se manifesta sobre o projeto de lei, saindo daqui vai para o presidente – só se manifesta se tiver veto ou se decidirem se mobilizar para derrubar este veto. 
INCIDENTES COMUNS À DISCUSSÃO E VOTAÇÃO
Dentro desse processo podemos ter os incidentes comuns, que tornam este procedimento mais enxuto. 
-Preferência -> Ordem do Dia, modifica, inverte – RICD art. 160 – preferência por deliberação. Ordem regimental de preferência, preferência por prejudicialidade, 
Quem solicita isso: os próprio deputados, que tomam providências para modificar e inverter a ordem do dia. 
A preferência também é utilizada em virtude de prejudicialidade do projeto: se existir pedido para que a votação seja postergada, por exemplo, primeiro se dará preferência para análise desse pedido de deslocamento da ordem do dia, pois é um pedido que prejudica a análise. A preferência é essa inversão.
A preferência nunca passará por cima de uma urgência ou urgência urgentíssima. Estas sempre são analisadas primeiras – a preferência nunca poderá prejudicar a análise destas. 
-Prioridades -> art. 152, §3º
-Urgência: publicação, distribuição de avulsos, pareceres das Comissões, relator, quórum (art. 152, §1º RICD) requeridas: art. 153 RICD; necessárias: art. 152, §2º RICD 
Urgência é um procedimento que transforma em procedimento sumário a análise de um projeto em virtude de questões temáticas ou em razão de requerimento, e permite qualquer modificação, exceto nas partes de publicação e distribuição de avulsos, os pareceres das comissões, o relator e o quórum precisa ser observado (nada urgente pode ultrapassar o quorum) -> §1º. 
Urgente urgentíssimo ignora boa parte disso, só se respeita, basicamente, o quorum. Isso sai de uma comissão mista e vai para a votação nas casas. 
No art. 153 RICD -> “a urgência poderá ser requerida quando...” – ver incisos. Art. 154 do RICD. Os requerimentos têm que ser aprovados para poderem entrar no regime de urgência – art. 155. 
Dentro das urgências também tem uma previsão de uma hierarquia de votação – art. 152, §2º. 
Arts. 159 e 160.
Urgente urgentíssimo significa a supressão disso a constituição de uma comissão mista, que depois dispara para a análise das casas. 
ESPÉCIES NORMATIVAS 
1)Emenda à Constituição – art. 60 da CRFB
Possibilidade de diferença de iniciativa – rol mais restritivo e não tem atuação do executivo, pois tem resquício no poder constituinte difuso (CN). 
2) Lei Complementar – art. 69 da CRFB – exemplos: art. 18, §§§ 2º, 3º e 4º; art. 4, IV; art. 23; art. 146 e art. 148
Diferença maior é o quorum, que exige maioria absoluta. 
3) Lei ordinária: *residual / *regime divergência: 90 dias -> O grosso das nossas legislações é por LO.
4) Lei delegada: -PE – poder executivo / -Resolução instaura: conteúdo; termos do exercício da delegação/ -prescritiva: matérias que podem ser de competência do CN, MP, PJ.
Atribuição que PE ganha a partir de uma resolução dada pelo poder legislativo.
Tudo que diz respeito à competência do MP não pode ser matéria de delegação para o PE, é competência exclusiva do poder judiciário. Aquilo que é competência do CN também não pode ser objeto de delegação.
Não pode tratar de nacionalidade, direitos individuais, cidadania, políticas eleitorais, processo legislativo plurianual, orçamento, lei complementar -> Além disso, não pode ter lei delegada de algo que diga respeito a direitos políticos e etc. 
5) Decreto legislativo: *exclusivo PL -> exclusivo do CN./ *independe de sanção -> não conta com a sanção também. / *art. 49 da CRFB – exemplo
6)Resolução
*interesse interno, político, administrativo das casas
*declaração prescritiva processo de julgamento de Presidente e Vice (C.R.), Min. Est., Comandantes, e tudo aquilo que cria, transforma e extingue casos, R.I. -> é pela via de resolução 
7)MP – art. 62 da CRFB

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