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Medicamentos isentos de prescrição - MIPs

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CÉLIA AGUIAR
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Os MIPs são os medicamentos aprovados pelas autoridades sanitárias para tratar sintomas e males menores, disponíveis sem prescrição ou receita médica devido à sua segurança e eficácia desde que utilizados conforme as orientações disponíveis nas bulas e rotulagens. 
São chamados de medicamentos de venda livre e internacionalmente conhecidos pela sigla OTC (Over-The-Counter) cuja tradução literal é “sobre o balcão” e, segundo o MS são “aqueles cuja dispensação não requer autorização, ou seja, receita expedida por profissional” (COSTA, 2005).
Os MIPs podem ser vendidos, comprados, solicitados, fornecidos, dispensados ou doados sem obrigatoriedade de nenhuma formalização de documento emitido por profissional legalmente habilitado para prescrevê-lo (OPAS, 2008).
MIPs
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Geralmente, os MIP são indicados para doenças com alta morbidade e baixa gravidade 
São considerados de elevada segurança de uso, eficácia comprovada cientificamente ou de uso tradicional reconhecido, de fácil utilização e baixo risco de abuso, como, por exemplo, os antiácidos, os analgésicos e os antitérmicos.
Como todos os medicamentos, os MIPs também oferecem RISCOS à saúde quando utilizados de forma inadequada e sem a orientação do profissional farmacêutico. 
Indicação dos MIPs
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Antes do farmacêutico dispensar os MIPs deve realizar entrevista e verificar:
♦♦quais medicamentos estão sendo solicitados
♦♦ razão pela qual os medicamentos estão sendo solicitados
♦♦ idade do paciente
♦♦ duração dos sintomas
♦♦ situações que poderiam contraindicar determinados MIP
♦♦ uso concomitante de outros medicamentos
♦♦ uso prévio de outros medicamentos para o mesmo sintoma apresentado
♦♦ histórico de uso de álcool
♦♦ histórico médico
Dispensação dos MIPs
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Após análise crítica dos dados, o farmacêutico pode chegar a uma das conclusões:
O paciente necessita atendimento médico: Isso acontece se o paciente pertencer a um grupo de risco (gestantes, lactantes, recém-nascidos, crianças, idosos); se o problema relatado não puder ser tratado pelo farmacêutico com a utilização de MIP; se estiver ocorrendo reação adversa a outro medicamento que o paciente utiliza; se os sintomas estiverem associados a outra patologia.
b) O paciente não necessita atendimento médico: Depois de avaliar que não é necessário encaminhar o paciente para serviço médico, o farmacêutico deverá decidir se a condição do paciente não demanda medicamentos, podendo ser melhor tratada pelo uso de medidas não-farmacológicas, ou se é necessário um tratamento medicamentoso, no qual o paciente pode ser beneficiado com o uso de MIPs, seguros e eficazes.
Nesse último caso, cabe ao farmacêutico SELECIONAR MEDICAMENTOS que não necessitem de prescrição.
Conclusões para escolha pelo farmacêutico dos MIPs
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Na dispensação dos MIPs
É essencial que o usuário receba orientações a respeito dos seguintes aspectos:
♦♦ Administração (como, quando, quanto) e modo de ação do(s) medicamento(s)
♦♦ Duração do tratamento
♦♦ Possíveis reações adversas, contraindicações e interações com outros medicamentos e/ ou alimentos.
Compete também ao profissional orientar o paciente a recorrer ao farmacêutico e/ou ao médico caso os sintomas persistam.
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♦♦ Sempre questione se o paciente não apresenta alergia a nenhum dos componentes presentes no(s) medicamento(s) indicado(s);
♦♦ Oriente o paciente a não exceder a dose recomendada;
♦♦ Alerte o paciente a descontinuar o tratamento caso apareça qualquer reação adversa ou sintomas alérgicos/hipersensibilidade;
♦♦ Notifique as reações adversas detectadas;
♦♦ Esteja atento a pacientes diabéticos e pacientes com intolerância hereditária (por exemplo, fenilcetonúricos, celíacos, etc );
♦♦ Ofereça atenção especial a idosos e crianças;
♦♦ Recomende a pacientes grávidas ou que estejam no período de amamentação que procurem o médico e que, se possível, não utilizem MIP.
Além das orientações sobre administração, duração do tratamento, possíveis reações adversas, interações com outros medicamentos e/ou alimentos e o modo de ação do(s) medicamento(s), é essencial que o farmacêutico:
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O farmacêutico deve preparar-se para o atendimento diferenciado ao usuário de medicamentos isentos de prescrição, tendo como visão a farmácia como estabelecimento de saúde.
REFLEXÃO
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MIPs mais consumidos no Brasil em 2012
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Benefícios do uso responsável de MIPs
Diminuição substancial de custos para o sistema de saúde
Otimização de recursos governamentais
Diminuição de custos aos usuários
Conforto para os usuários (não há necessidade de ir a um serviço de saúde para tratar de um sintoma já conhecido)
Melhor qualidade de vida (produtos de caráter preventivo como vitaminas, antioxidantes, etc.)
Direito de atuar sobre a própria saúde 
OBS: Deve ser dada atenção especial na administração em casos de gravidez e aleitamento, assim como em bebês, crianças e idosos.
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Se os sintomas persistirem
os sintomas piorarem ou se o paciente tiver uma recaída
se o paciente tiver dores agudas
se o paciente tiver tentado um ou mais remédios sem sucesso
se surgirem efeitos não desejados
se o paciente estiver convencido da gravidade dos seus sintomas
se o paciente tiver problemas psicológicos, tais como ansiedade, inquietação, depressão, letargia, agitação ou hiperexcitabilidade
Quando o uso de MIPs deve ser sucedido por uma consulta médica
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Dores de cabeça
Acidez estomacal
Azia
Febre
Tosse
Prisão de ventre
Aftas
Dores de garganta
Assaduras
Hemorroidas
Congestão nasal
Alguns sintomas tratados com MIPs
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O fácil acesso aos MIPs torna-os diretamente atrelados à automedicação/ empurroterapia, práticas comuns, devida à dificuldade de atendimento médico (demora na marcação de consultas médicas, atendimento precário em pronto socorros, etc.) (CRF-SP, 2009).
Acabar com a automedicação é impossível, mas é possível minimizá-la, cabendo haver uma estreita relação entre farmacêutico e paciente, de modo a garantir o bem-estar da população (SOUSA; SILVA; NETO, 2008). 
Automedicação responsável “o uso de medicamento não prescrito sob a orientação e acompanhamento do farmacêutico” (BRASIL, 2001).
A orientação farmacêutica é uma ferramenta que auxilia uma melhor escolha terapêutica. Com a orientação disponibilizada, a prática da automedicação e seus riscos associados podem ser evitados, impedindo-se, consequentemente, prejuízos à qualidade de vida do paciente.
PROBLEMAS DOS MIPs
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Os medicamentos isentos de prescrição foram mencionados pela primeira vez na legislação sanitária brasileira na Lei nº 5.991/1973
A RDC nº 138/2003 Anvisa, (republicada em 6 de janeiro de 2004), é o principal regulamento dos MIPs. Baseada em critérios como índice terapêutico, toxicidade, legislações internacionais e a lista de medicamentos essenciais (RENAME)
A RDC nº 138/03 estabelece quais medicamentos são considerados isentos de prescrição através da lista de Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas (GITE). Se um medicamento apresenta indicações que se enquadram dentro do GITE, ele será considerado um MIP.
Segundo a RDC 138/03-Anvisa, incluem-se entre os MIPs, respeitadas restrições em situações especificadas, grupos de medicamentos tais como: antiácidos e antieméticos; anti-histamínicos; aminoácidos, vitaminas e minerais; anti-inflamatórios; analgésicos e antitérmicos; cicatrizantes; descongestionantes nasais tópicos; expectorantes, sedativos da tosse e relaxantes musculares.
Legislação
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Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas (GITE)
MIPs
RDC 138/2003
Todos os medicamentos cujos grupos terapêuticos e indicações terapêuticas estão descritos na Lista de Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas (GITE), respeitadas as restrições textuais e de outras normas legais e regulamentares pertinentes, são de venda sem prescrição médica
Art2ºTodos os medicamentos cujos grupos terapêuticos e indicações terapêuticas não estão descritos no GITE, são de venda sob prescrição médica.
Art 3º As associações medicamentosas, ou duas ou mais apresentações em uma mesma embalagem para uso concomitante ou seqüencial, cujo grupo terapêutico e indicação terapêutica de pelo menos um de seus princípios ativos não se encontrar especificada no GITE, são de venda sob prescrição médica.
Art. 6° Todos os medicamentos novos são de venda sob prescrição médica, sujeitos a reavaliação do enquadramento na categoria de venda no momento de sua renovação, de acordo com dados de farmacovigilância.
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Registro – RDC n◦ 138/2003
Preço - Medicamentos de VENDA LIVRE, podem solicitar liberação dos critérios de ajuste de preços estabelecidos pela CMED.
Propaganda – Permissão para veiculação de propagandas ao público em geral.
Regulação dos MIPs
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Redefinir o papel profissional do farmacêutico e suas novas responsabilidades
Corrigir a percepção negativa de alguns profissionais e pacientes quanto às habilidades clínicas e o treinamento especializado do farmacêutico
Comunicar-se com os demais profissionais da equipe de saúde
Estabelecer limites quanto a atuação clínica do farmacêutico
Assumir as responsabilidades inerentes aos cuidados com o paciente, atribuídas ao farmacêutico
Compartilhar, formalmente, as responsabilidades inerentes aos cuidados com o paciente entre os diversos profissionais de saúde
Harmonizar os currículos dos cursos de graduação em Farmácia
Implementar processos de qualificação para assegurar ao farmacêutico uma formação compatível com suas novas atribuições
Viabilizar programas de educação permanente
DIFICULDADES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA
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Perspectivas futuras no tocante a prescrição farmacêutica
As oportunidades são ilimitadas à revisão da terapia medicamentosa e manejo clínico;
Farmacêuticos com avançadas habilidades serão ótimos prescritores;
A população ganha o direito a este importante serviço oferecido pelos farmacêuticos. Os profissionais, por sua vez, obtêm o direito de prescrever medicamentos isentos de prescrição (MIPs), ou que não exigem receita.
A prescrição farmacêutica deverá causar um expressivo impacto na saúde e na qualidade de vida das pessoas e nos sistemas público e privado de saúde;
Pela proposta do CFF, a prescrição dessa classe de medicamentos consiste na orientação documentada (feita por escrito e com a assinatura do farmacêutico) sobre o uso de um medicamento isento de prescrição;
O paciente terá garantias desse serviço profissional, e o farmacêutico se protegerá de quaisquer penalidades, pois a sua orientação, transformada em documento, será um ato autorizado e regulamentado por resolução do Conselho Federal de Farmácia (Resolução 586/13- CFF) aprovado pelo seu Plenário.
 
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Com certeza, haverá diminuição dos riscos oferecidos pelos MIPs, que vão desde interações medicamentosas às reações indesejáveis e intoxicações graves e à morte;
Ninguém estará obrigado a procurar o farmacêutico para que lhe prescreva um medicamento de venda livre, o paciente será livre para solicitar ou não os serviços farmacêuticos; 
Os farmacêuticos desejam apenas orientar, de forma documentada, o paciente a usar corretamente os medicamentos, ato que, também, combaterá a "empurroterapia“ e a automedicação que traz danos à saúde das pessoas.

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