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USO DE PLANTAS MEDICINAIS COMO DEFENSIVOS AGRÍCOLAS: Resultados Preliminares. Silveira Lopes, Monique¹; Machado Jóia, Raquel¹. ¹ Estudante do CTUR/UFRRJ e cursa Ensino Médio integrado com técnico de Agroecologia, Seropédica/RJ . INTRODUÇÃO As plantas medicinais são usadas há bastante tempo pelos produtores e isso vem antes do advento dos agrotóxicos que vemos hoje, que muitos deles são provenientes de plantas medicinais. O proposto foi utilizar apenas plantas medicinais como defensivos agrícolas. O uso de um defensivo natural é essencial, pois são produtos biológicos que são pouco tóxicos e não agridem o homem e a natureza. Já os agrotóxicos, afetam aos sistemas naturais e também ao homem, e segundo dados, ele é responsável por cerca de 20.000 mortes não intencionais por ano. Além disso, trás muitos problemas para saúde. O objetivo é fazer o plantio de plantas medicinais a fim de que sejam usadas para experiências que visam formar defensivos agrícolas para algum tipo de desiquilíbrio ecológico ou nutricional da planta e fazer correção disso com nutrição correta utilizando outras plantas para não usar nada químico, combatendo pragas e doenças em hortas com plantas orgânicas e fazer análise para que além de descobrir novas funções para as culturas, possa diminuir os impactos ambientais causados pelo agrotóxico. MATERIAL E MÉTODOS Para que o objetivo do projeto seja cumprido, são necessários alguns procedimentos: O projeto que já se encontra em andamento no Colégio Técnico da UFRRJ, dirigido e criado pelo orientador Carlos José da Silva – Licenciado em Ciências Agrárias pela UFRRJ- em Seropédica, teve inicio com a listagem (tabela 1) e estudo das plantas a serem plantadas nos canteiros. Na semana seguinte, ocorreu uma breve preparação do solo e a busca das 2 mudas e estacas (figura 1) em lugares vizinhos e no dia seguinte foi feito o plantio das plantas. Tabela 1 – Listagem de nomes das plantas selecionadas para o projeto. Fonte: Elaboração dos autores Figura 1 – Mudas e estacas das Plantas Medicinais Fonte: Raquel Machado Jóia, 2014. Nome Vulgar: Nome Científico: Alecrim Rosmarinus officinalis Alfavaca Ocimum basilicum Alfazema Lavandula officinalis Algodoeiro Gossypium herbrocium Anis Pimpinella anisum Arnica Arnica Montana Arruda Ruta graveolens Boldo Baiano Vernonia condensata Boldo da terra Coleus barbatus ou Plectranthus barbatus Boldo do Chile Peumus boldus Calêndula Calendula officinalis Camomila Matricaria Chamomilla Cana do Brejo Costus spiralis Capim Limão Cymbopogon citratus. Carqueja Baccharis trimera Catinga de Mulata Tanacetum Vulgare Colônia Alpinia speciosa Erva Cidreira Melissa officinalis Espinheira Santa Maytenus ilicifolia Gengibre Mangarataia e mangaratiá Ginseng Panar ginseng Hortelã Japonesa Mentha arvensis Hortelã Pimenta Mentha piperita Levante Mentha Viridis Macaé Leonurus sibiricus Romãzeira Punica granatum Tanchagem Maior Plantago major Tanchagem Média Plantago média Tanchagem Menor Plantago lanceolata 3 As plantas passaram uma semana sendo regadas, e com isso trouxe o desenvolvimento de algumas mudas, porém devido à deficiência de rega, houve o ressecamento de algumas delas, mas já houve o concerto da irrigação e também o plantio de novas sementes. Até o momento, as plantas foram somente selecionadas pelos seus nutrientes e funções defensivas. Quando ocorrer o enraizamento e o crescimento de todas as espécies, elas serão testadas no campo e depois levadas para o laboratório de pesquisa para serem analisadas quimicamente e recolhidas algumas moléculas das plantas que ajudarão as outras e analisá-las para a descoberta de mais benefícios. É importante salientar que na hora da analise química também será estudado qual parte da planta (folha, óleo, talos, cascas, raízes, cipós) que tem o poder de inibir as ações das pragas e doenças. Após isto, serão feitos testes com elas em culturas e plantas em geral e nos meses seguintes elas ficarão em observação a fim de se obter os resultados necessários. Após todos os procedimentos, com os resultados obtidos, os defensivos e os outros benefícios descobertos começarão a ser aplicados nas hortas oficialmente. Os defensivos naturais gerados através das plantas medicinais são produtos biológicos que não são agressivos nem ao homem e nem a natureza. Com isso, o combate será possível para que safras não venham a ser atacadas e acabe com a produção. RESULTADOS E DISCUSSÃO Após o replantio que foi necessário devido à morte de algumas plantas, foram obtidas plantas saudáveis e prontas para serem analisadas. Com o seu desenvolvimento funcionando corretamente e plantas saudáveis, em pouco tempo estarão prontas para análise. O laboratório onde a pesquisa será feita já foi escolhido e dentro de poucos dias poderão ser feitas as analises além de retirar as substâncias benéficas já descobertas e o aparecimento de benefícios ainda não descobertos. Com isso, serão obtidas moléculas sintetizadas a partir de elementos que já existiam na natureza para utilizar como defensivo. 4 O uso de plantas medicinais como defensivos agrícolas, evitará o uso de agrotóxicos (como inseticidas, repelentes, ovicidas, larvicidas, fungicidas e etc.), deixando assim, as plantas mais saudáveis, pois serão utilizados nas suas deficiências somente produtos naturais. Isso também acarretará na redução dos custos da produção, aumentará a resistência das plantas contra a concorrência, aumentando a lucratividade, pois serão plantas com menos porcentagem de problemas. Garantindo assim, melhor qualidade de vida para as plantas e para a população. Pois ao invés de consumirem plantas que foram com o uso de agrotóxicos, utilizarão plantas tratadas por meios naturais. CONCLUSÕES Tendo em vista os aspectos observados, conclui-se que o objetivo é eliminar qualquer tipo de ação química que seria usado para eliminar presença de doenças e pragas nas hortas e proporcionar o bem estar das plantas para que as hortaliças tenham um ciclo de vida saudável para mais tarde serem consumidas. É oportuno, porque é uma forma de combater as pragas que estão aparecendo sem agredir as plantas e manter o objetivo dos produtos orgânicos: A exclusão de produtos tóxicos. REFERÊNCIAS DUNIAU, Marie Christine M.. Plantas Medicinais: Da magia à Ciência. Nacional: Brasport, 2003. 176 p. CORREA, Anderson Domingues; BATISTA, Rodrigo Siqueira; QUINTAS, Luis Eduardo. Plantas Medicinais: Do cultivo à terapêutica. 6. ed. Nacional: Vozes, 2005. 248 p. MARTINS, Ernane Ronie et al. Plantas Medicinais. Viçosa: Editora Ufv, 2003. 220 p.
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