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Manual de Contabilidade Introdutória

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MMAANNUUAALL 
DDEE 
CCOONNTTAABBIILLIIDDAADDEE 
FFÁÁCCIILL 
 
 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 2 
 
INTRODUÇÃO 
 
O computador, o carro, o avião e essa infinidade de máquinas sofisticadíssimas são coisas 
que, por estarem aí no dia-a-dia das pessoas, já não nos causam espanto. Porém, se essas mesmas 
coisas aparecessem há mil anos atrás, como as pessoas reagiriam? E, se voltássemos mais e mais no 
tempo, quando o homem nem se quer usava a linguagem para se comunicar, qual seria a sua 
reação?... 
 
É certo que não temos de ficar cultuando o que já foi criado em prejuízo daquilo que pode 
estar sendo inventado agora, como “um carro caminhando” numa estrada com os faróis voltados para 
trás”. Isso porque o tempo não espera lá fora e temos, ainda, que buscar e inventar soluções para 
muitas coisas, mas tudo isso sem perder a noção de que tudo passa por um processo de 
aperfeiçoamento e que não surge do nada. 
 
Toda ciência ou disciplina surgiu de uma necessidade humana. Nenhuma, entretanto, foi 
inventada ou nasceu como tal. Todas elas, sem exceção, passaram por várias fases até atingirem o 
estágio atual da ciência. Por exemplo, a astronomia. 
 
A astronomia nasceu da necessidade do homem de se orientar no tempo e no espaço. Através 
da observação dos astros, o homem pôde equacionar seus movimentos e estabelecer uma relação 
uniforme e periódica entre os mesmos, empreendendo grandes viagens por terra ou mar, orientando-
se por tais movimentos. A astronomia, com o passar do tempo, foi evoluindo e hoje associada, é 
claro, a várias outras ciências permite ao homem ir à Lua e de lá voltar. 
 
Com a CONTABILIDADE não podia ser diferente. Nascendo da necessidade que teve o 
homem de controlar os seus pertences – o seu patrimônio – a contabilidade passou por várias fases 
até atingir o estágio atual da ciência. 
 
Segundo historiadores e pesquisadores arqueológicos, vestígios de contabilidade foram 
encontrados em escritas nas paredes das cavernas, registrando, tentativas do homem daquela época 
em controlar os seus pertences. 
 
Os incas, os gregos, os fenícios, os romanos, os egípcios, cada um ao seu tempo e época e à 
sua maneira, usaram princípios e normas controladoras de arrecadação de impostos e orçamentos, 
que nada mais eram que princípios contábeis, inclusive com a escrituração de livros próprios. 
 
Na época do feudalismo, os senhores feudais, proprietários de grandes terras, praticavam uma 
espécie de “contabilidade familiar”, como um passatempo. Exerciam um controle fiel sobre as terras 
arrendadas aos colonos, sobre as colheitas, e até sobre os objetos de uso pessoal, como pratarias, 
adornos e utensílios domésticos. 
 
Todos os registros, entretanto, eram feitos naturalmente, classificados como escrita natural ou 
simples apontamentos, se a preocupação científica de se estabelecer uma relação entre DÉBITOS E 
CRÉDITOS. 
 
 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foi por volta de 1494, que o frade matemático Luca Pacioli divulgou o MÉTODO 
DAS PARTIDAS DOBRADAS, universalmente adotado. 
 
 
 
 
 
 
 
O Método das Partidas Dobradas baseou-se no princípio de que não há DEVEDOR sem 
CREDOR e vice-versa. Para cada DÉBITO sempre haverá um CRÉDITO de igual valor. 
 
A aplicação do Método das Partidas Dobradas é que dá origem à EQUAÇÃO 
PATRIMONIAL. 
 
Veja: 
 
 
 
DÉBITO??? CRÉDITO ??? 
 
DÉBITO SIGNIFICA UMA 
SITUAÇÃO DE 
RESPONSABILIDADE OU DÍVIDA. 
 
CRÉDITO SIGNIFICA UMA 
SITUAÇÃO DE HAVER. 
PARTIDAS 
DOBRADAS? 
EQUAÇÃO PATRIMONIAL DÉBITO = CRÉDITO 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 4 
Essa equação – débito igual a crédito – é característica em todo e qualquer balanço, balancete ou 
outros demonstrativos contábeis. Isso quer dizer que todos os lançamentos contábeis envolverão duas 
contas: 
 uma conta que será DEBITADA 
 uma conta que será CREDITADA 
 
O valor do DÉBITO deverá sempre ser igual ao do CRÉDITO. O balancete, por exemplo, 
tem a finalidade de verificar a exatidão dos lançamentos contábeis, através do confronto entre débito 
e crédito, cujos valores deverão ser sempre iguais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O "FANTASMA" DO DÉBITO E DO CRÉDITO 
 
Método Utilizado 
 
Por muito tempo, no Brasil, os conceitos de débito e crédito foram transmitidos aos 
estudantes de contabilidade de maneira complexa, de forma tal que muitos contadores deixavam a 
faculdade sem saber debitar e creditar. 
 
A tentativa de conceituar débito e crédito encontrou séria resistência no iniciante em 
Contabilidade, pois era levado a pensar que débito significava coisa desfavorável e crédito 
significava coisa favorável, como acontece quando se olha o saldo bancário (extrato da conta 
bancária no banco) 
 
Novo Método 
 
Com o advento da "escola americana contábil" no Brasil, basicamente introduzida pelo livro 
Contabilidade Introdutória por uma equipe de professores da FEA/USP, houve uma notável 
simplificação para o estudante de contabilidade, uma vez que aquela escola dispõe que tais 
denominações (débito e crédito), "hoje em dia, são simplesmente convenções contábeis". 
 
Dessa forma, em vez de chamarmos "lado esquerdo do Razonete", denominamos de débito 
(portanto, débito é como chamamos o lado esquerdo do razonete de uma conta contábil). 
 
Convenções Débito 
Contábeis Lado esquerdo 
 
 
 
 
 
 
CONSEQÜENTEMENTE PODEMOS AFIRMAR QUE: 
1 – A soma dos débitos será sempre igual à soma dos créditos. 
2 – A soma dos saldos devedores será sempre igual à soma dos saldos credores. 
3 – As demandas, sempre debitadas, contribuem para a redução do Patrimônio. 
4 – As receitas, sempre creditadas, contribuem para o aumento do Patrimônio. 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 5 
e crédito é como chamamos o lado direito de uma conta Contábil 
Crédito 
Lado direito 
 
 
 
 
O Sol e Lua 
 
Poderíamos chamar o lado esquerdo de "sol" e o lado direito de "lua", ou outra denominação 
qualquer. Todavia, dada à tradição contábil, convencionamos denominar o lado esquerdo do 
Razonete (uma conta qualquer) de débito e o lado direito (uma conta qualquer) de crédito. 
 
Poderíamos chamar Débito – Crédito ou de Adição - Subtração1.* 
 
Verbos “Debitar” “Creditar” 
 
Em decorrência destas denominações, concluímos que lançar qualquer valor no lado esquerdo 
de uma conta é debitar. Lançar qualquer valor no lado direito de uma conta é creditar. Daí, a 
conjugação dos verbos debitar e creditar. 
 
 Débito “ CAIXA”Crédito 
 200.000 50.000 
 
 
 
Neste exemplo, debitamos $ 200.000 à conta Caixa e creditamos $ 50.000 à conta Caixa. Ou 
seja, lançamos $ 200.000 no lado esquerdo da conta Caixa (Debitamos) e lançamos $ 50.000 no lado 
direito da conta Caixa (Creditamos). 
 
Se apurarmos o saldo da Conta Caixa acima, chegaremos a $ 150.000. 
 
 Débito “ CAIXA “ Crédito200.000 50.000 
 
 150.000 200.000 
 (-) 50.000 
 150.000 
 
Os Saldos das Contas Contábeis 
 
 Este saldo de $ 150.000 (constante no lado esquerdo de uma conta) chamaremos de "saldo 
devedor", pois a sobra (o saldo) está no lado do débito (lado esquerdo). 
Normalmente, as contas com saldo devedor são classificáveis no Ativo, pois saldo devedor é 
o excesso no lado esquerdo de uma conta e Ativo é o lado esquerdo do balanço. 
 
1 Um novo sistema de contabilidade está sendo desenvolvido na China onde os termos débito e crédito estão sendo eliminados e, em substituição, 
surgem os termos Adição e Subtração. Um despacho da Agência de Noticias da China Norte de Pequim em 1966 diz: 
"O Ministro do Comércio decidiu introduzir, a partir desta data, uma reforma revolucionária nas unidades comerciais de todo o pais para abolir o débito 
e crédito da escrituração contábil e adotar o método adição-subtração. Esta reforma quebra a velha estrutura da escrituração débito e crédito e representa 
(. . . ). " 
Na verdade, o que pudemos observar no artigo "Revolução Contábil na China" de Paul Kircher é que houve basicamente uma troca de expressões 
débito-crédito por adição-subtração, uma vez que aquelas (débito-crédito) não foram entendidas como convenções (meros nomes), mas como conceito, 
confundindo o aprendiz em Contabilidade. 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 6 
 
Saldo Devedor  Então, sempre que o Débito for maior que o Crédito teremos saldo 
devedor: Débito > Crédito = Saldo Devedor. 
 
Saldo Credor 
 
Se o Crédito for maior que o Débito teremos "saldo credor": 
 
 Débito “ CONTAS A PAGAR“ Crédito 
 120.000 280.000 
 
 160.000 
 
Contas a Pagar apresenta um saldo no lado do Crédito (lado direito), portanto, "saldo credor" 
de $ 160.000. Normalmente as contas com saldo credor são classificáveis no Passivo e Patrimônio 
Líquido (lado direito). 
 
O Mecanismo de Débito e Crédito 
 
Como já observamos, os aumentos de uma conta são registrados de um lado e as 
diminuições no outro. Se for uma conta de Ativo os aumentos são lançados no lado esquerdo 
(débito) e as diminuições no lado direito (crédito). Se for uma conta de Passivo ou Patrimônio 
Líquido os aumentos são lançados no lado direito (crédito) e as diminuições no lado esquerdo 
(débito). 
 
 Qualquer conta de Ativo Qualquer conta Passivo e PL 
 Débito Crédito Débito Crédito 
 $ Aumentos $ Diminuições $ Diminuições $ Aumentos 
 
Veja agora, um exemplo prático: Se eu emprestar R$ 100.000,00 para você, ficarei com um 
CRÉDITO de R$ 100.000,00, isto é terei o direito de receber de você essa quantia. Por outro lado, 
você recebendo esse empréstimo terá um DÉBITO de igual valor. Isto é, terá o DEVER de pagar R$ 
100.000,00 para mim. 
 
Outro exemplo: João comprou um relógio no valor de R$ 200,00, para pagamento posterior. 
O relógio faz parte do patrimônio da relojoaria. Como a mercadoria será fornecida a João, causará 
uma diminuição no patrimônio da relojoaria. Para que não haja perda, a relojoaria tem que substituir 
o relógio por um valor equivalente ao mesmo. A relojoaria ficará com um CRÉDITO de R$ 200,00, 
isto é, terá direito de receber essa quantia. João, que ficou com o relógio, terá um DÉBITO de igual 
valor. Isto é, terá o dever de pagar R$ 200,00 à relojoaria. 
 
Com o passar do tempo, devido a importância da contabilidade na vida do homem, várias 
linhas de pensamento foram surgindo, procurando-se cada vez mais aperfeiçoar essa ciência. 
 
 
Recapitulando 
 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 7 
Método das Partidas Dobradas 
 
Este método, desenvolvido pelo Frei Luca Pacioli, na Itália, Século XIV, hoje 
universalmente aceito, dá início a uma nova fase para Contabilidade como disciplina adulta, além de 
desabrochar a "escola contábil italiana", que iria dominar o cenário contábil até o início do nosso 
século. 
 
O método consiste em que para qualquer operação haverá um débito e um crédito de igual 
valor ou um débito (ou mais débitos) de valor idêntico a um crédito (ou mais créditos). Portanto, 
"não há débito(s) sem crédito(s) correspondente(s)". 
Exemplos 
Situação Inicial 
Alguns exemplos de aplicação do método das partidas dobradas (com itens do Balanço 
Patrimonial): Vamos admitir que a Cia. Ângelo tenha em seu PL m capital de S 1.500.000 totalmente 
aplicado no caixa. 
 
BALANÇO PATRIMONIAL 
 
ATIVO PASSIVO e PL 
Circulante PATRIMONIO LIQUIDO 
Caixa 1.500.000 Capital 1500.000 
 
O Balanço Patrimonial acima resulta dos razonetes a seguir: 
 
D Caixa C D capital C 
 
 1500.000 1.500.000 
 
Compra de Máquinas e Equipamentos, a vista, por $ 900.000 
Nesta operação, teremos uma nova conta "Máquinas e Equipamentos" (aumenta* uma conta 
de Ativo) e uma redução do Caixa pelo pagamento a vista (diminui uma conta de Ativo). 
 
Pela regra, quando aumenta uma conta de Ativo, debitamos a conta aumentada (Máquinas e 
Equipamentos) e quando diminui uma conta de Ativo, creditamos (Caixa). 
 
 D caixa C D máqs. e equipamentos C 
 
 1500.000 900.000 900.000 
 
 
Portanto, debitamos a conta Máquinas e Equipamentos por $ 900.000 e creditamos a conta 
caixa por idêntico valor (Partidas dobradas: haverá um débito e um crédito de igual valor). 
 
Observação: o saldo do Caixa é de $ 600.000, a maior no lado do débito, portanto, "saldo 
devedor". 
Compra de Mercadorias para Revenda (Estoque), a prazo, por $ 500.000 
 
FATO 
PERMUTATIVO 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 8 
Nesta operação estaremos aumentando* a conta Estoque SEQUNDA OPERAÇÃO (pela 
mercadoria adquirida) - uma conta de Ativo, e estaremos aumentando* a conta Fornecedores (que 
significa aumento de dívida com os fornecedores de mercadoria) - uma conta do Passivo. 
 
. Aumenta conta do Ativo: Débito. 
. Aumenta conta de Passivo: Crédito. 
 
 D Estoque C D fornecedores C 
 500.000 500.000 
 
Portanto, debitamos Estoque em $ 500.000 e creditamos Fornecedores, também, por $ 
500.000 (Partidas dobradas: haverá um débito e um crédito de igual valor). 
 
Observações: 1. O saldo da conta “Estoque” é devedor. 
 2. O saldo da conta “Fornecedores” é credor. 
 
Aquisição de dois veículos, a $ 800.000 cada um, sendo que foipago $ 500.00 de entrada e o 
restante será pago em onze notas promissórias de $ 100.000 
 
Nesta operação a conta “Veículos” foi aumentada em $ 1.600.000 (conta do Ativo); a conta 
“Caixa” foi diminuída em $ 500.000 pelo pagamento da entrada (conta de Ativo) e houve a origem 
de uma dívida "Títulos a Pagar" pelo valor de $ 1.100.000 (conta de Passivo). 
 
Fonte com alterações: Contabilidade Empresarial - Livro Texto - JOSE CARLOS MARION - 520 pgs - 9ª Edição (2002) - 2ª Tiragem 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 9 
Dependendo da escola, os profissionais da área adotam um determinado conceito para 
contabilidade que expresse sua forma de pensar. O conceito que vamos adotar neste curso não está 
ligado diretamente a uma escola e sim fundamentado em estudos e experiência adquirida. 
 
 
 
 
 
 
IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE NA MODERNA 
 
ADMINISTRAÇÃO 
 
A Contabilidade é hoje uma ciência universalmente aplicada. 
 
Nenhuma organização à sua disposição um patrimônio definido, pode dispensar a 
contabilidade sem que corra sérios riscos de ordem administrativa. Com a evolução e o 
aperfeiçoamento cada vez maior da Legislação Fiscal e Tributária, a Contabilidade, além de fornecer 
elementos de orientação e controle administrativos, possui notável função de registro e apuração de 
tributos estaduais e federais. 
 
O ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, bem como o IPI – imposto 
sobre Produtos Industrializados, além de registrados e apurados em livros próprios, são também 
contabilizados juntamente com a operação que os originou. O regulamento do Imposto de Renda 
exige que se transcreva, para a Declaração de Renda, os dados apurados no Balanço Patrimonial. 
 
Sendo assim, nenhuma destas exigências legais, poderia ser satisfeita, se não houvesse os 
registros efetuados pela Contabilidade, o que vem demonstrar a sua importância na moderna 
administração. Tudo isso, sem levar em conta que orçamentos, previsões, demonstrativos, etc. só têm 
condição de serem levantados, se tomarmos como base os registros efetuados pela Contabilidade. 
 
Daí, também a necessidade cada vez maior de se racionalizarem os processos de escrituração, 
tornando a Contabilidade mais objetiva e rápida, através da adoção de sistemas mecanizados e 
eletrônicos. 
 
 
PATRIMÔNIO 
 
Como já foi visto, a Contabilidade é a ciência que tem como objetivo orientar, controlar e 
registrar os fatos contábeis ocorridos num patrimônio, vinculado a uma entidade. Não havendo 
patrimônio, a contabilidade não terá sobre o que agir. Entretanto, para que seja alvo da ação da 
contabilidade, o patrimônio deverá estar vinculado, isto é, pertencer a pessoa jurídica – entidade ou 
empresa. Essas entidades, e você já ouviu falar em muitas delas: lojas, casas, comerciais, clubes de 
futebol, associações, indústrias, bancos, escolas, cinemas, secretarias de governo são constituídas 
pelo homem, para atingir uma finalidade econômica ou social. 
 
Veja os exemplos: 
COM FINALIDADE SOCIAL – prestam serviços à coletividade: associações beneficentes, 
associações esportivas, etc. 
 
COM FINALIDADE ECONÔMICA – o objetivo é o lucro: as empresas comerciais, 
industriais, agropastoris, transportadoras, financeiras, prestadoras de serviços, etc. 
 
CONTABILIDADE é a ciência que tem como objetivo orientar, controlar e registrar 
os fatos contábeis ocorridos num patrimônio, vinculados a uma entidade ou empresa. 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 10 
Essas entidades podem ser públicas, particulares ou mistas. 
São PÚBLICAS – quando organizadas e mantidas pelo Governo, podendo ou não ter 
finalidades lucrativa. 
São PARTICULARES - quando organizadas e mantidas por particulares, sem interferência 
do Governo. Também podem ou não ter finalidade lucrativa. 
 
 
 
São MISTAS – quando organizadas e mantidas pelo Governo e por particulares. Então, o campo 
de aplicação da Contabilidade é o patrimônio de uma empresa, tenha ou não fins lucrativos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você vai ser, agora, cada um dos elementos que compõem o patrimônio. 
 
PATRIMÔNIO = 
 
 
 
 
 
 
BENS 
Antes de continuarmos, seria bom explicar o que é posse e o que é domínio: quando somos o 
legítimo proprietário de um bem, dizemos que temos DOMÍNIO sobre esse bem; e estando ele em 
nosso poder, dizemos que temos a POSSE do referido bem. 
Exemplo: Comprei um carro e o paguei à vista. Tenho DOMÍNIO sobre este bem e a POSSE 
dele. 
Para você entender melhor o conceito de BENS, veja o exemplo: a empresa JOANINHA 
compra e vende calçados. Veja seus BENS. 
 
BENS DE USO BENS DE CONSUMO BENS DE TROCA 
Balcão Papel de embrulho Calçados para venda 
Prateleiras Material para limpeza 
Vitrina Meio quilo de café 
Caixa Registradora 
PATRIMÔNIO É O CONJUNTO DE BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES 
VINCULADOS A UMA EMPRESA OU ENTIDADE. 
E SE O PATRIMÔNIO 
PERTENCER A UMA PESSOA 
NATURAL OU FÍSICA, ISTO É, 
A UM INDIVÍDUO? 
NESTE CASO NÃO 
HAVERÁ, NECESSIDADE 
DA AÇÃO DA 
CONTABILIDADE. 
BENS 
 
DIREITOS 
 
OBRIGAÇÕES 
BENS – tudo aquilo destinado a venda, uso ou consumo da empresa, sobre o que ela 
exerce POSSE e DOMÍNIO. 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 11 
Cadeiras 
Espelho 
Os bens são classificados em: 
 
BENS MATERIAIS 
BENS IMATERIAIS 
 
Bens Materiais: Como o próprio nome indica, os bens materiais são aqueles que possuem corpo, 
matéria. 
 
Estes bens materiais podem ser: 
 
MÓVEIS – aqueles que podem ser removidos de seu lugar. 
IMÓVEIS – aqueles que não podem ser deslocados de seu lugar natural. 
 
Vamos ilustrar com exemplos: 
 
BENS MATERIAIS MÓVEIS BENS MATERIAIS IMÓVEIS 
Mesas Casas 
Veículos Terrenos 
Máquinas de escrever Edifícios 
Dinheiro 
Mercadorias 
 
Veja, agora, os bens IMATERIAIS: 
 
São aqueles que, embora sendo considerados bens, não possuem corpo, não têm matéria. 
 
Exemplos: Luvas, Patentes, Fundo de Comércio. 
 
DIREITOS 
 
 Também os DIREITOS representam parte do patrimônio. 
 
 
É comum as empresas efetuarem vendas a prazo. Quando isso ocorre, a empresa não recebe o 
dinheiro correspondente à venda, no ato; receberá, futuramente, porque a venda foi a prazo, não 
é? Sendo assim, a empresa fica com direito de receber o valor da venda no prazo determinado. A 
mercadoria fica em poder do cliente. Ele tem sua POSSE. 
 
Em garantia da dívida, esse cliente assina uma duplicata que corresponde a um DIREITO da 
empresa. Esta, por sua vez, tem o DOMÍNIO sobre a mercadoria. 
 
É importante salientar que BENS E DIREITOS REPRESENTAM OS VALORES POSITIVOS 
PERTENCENTES À EMPRESA, ISTO É, REPRESENTAM A PARTE POSITIVA DO 
PATRIMÔNIO. 
 
 
 
 
DIREITOS – são representados por valores sobre os quais a empresa exerce 
domínio, mas que estão em poder de terceiros. 
O CONJUNTO DE 
ELEMENTOS POSITIVOS É O 
QUE CHAMAMOS DE 
ATIVO. 
ATIVO 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 12 
 
 
OBRIGAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
É comum, também, as empresas efetuarem compras a prazo. Quando isso ocorre, a empresa 
não paga a compra ao fornecedor, no ato; deverá pagar OBRIGAÇÃO de pagar o valor da compra no 
tempo determinado. 
 
Contabilmente, as obrigações são representadas pelos valores que aempresa tem a pagar ou a 
recolher, tais como: fornecedores, salários, impostos, obrigações sociais, contas diversas. 
 
MUITO IMPORTANTE! 
 
AS OBRIGAÇÕES REPRESENTAM OS VALORES NEGATIVOS DO PATRIMÔNIO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para sua melhor compreensão, veja uma representação gráfica de patrimônio: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BENS 
 Dinheiro...................................500.000 
 Veículos................................4.000.000 
 Máquinas..............................9.000.000 
DIREITOS 
 Duplicatas a Receber.........6.000.000 
 Promissórias a Receber.....2.000.000 
OBRIGAÇÕES 
Duplicatas a Pagar................5.000.000 
Imposto a Pagar....................1.000.000 
OBRIGAÇÕES – são os valores cuja posse a empresa detém, mas sobre os quais 
ela não tem total domínio. São os valores que ela tem a pagar para terceiros. 
O CONJUNTO DE 
ELEMENTOS 
NEGATIVOS É O QUE 
CHAMAMOS DE 
PASSIVO. 
PASSIVO 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 13 
 
 
RESUMINDO: 
 
Máquina 
Imóveis 
Mercadorias 
Móveis 
 BENS Utensílios 
Dinheiro 
Veículos 
 
Títulos a receber 
PATRIMÔNIO DIREITOS Prestamistas 
Duplicatas a Receber 
 Clientes 
 
Salários a Pagar 
Títulos a Pagar 
OBRIGAÇÕES Fornecedores 
 Obrigações Sociais 
 Duplicatas a pagar 
 
 
SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL – SLP 
 
Vimos que o patrimônio é um conjunto de bens, direitos e obrigações. Vimos também, que 
bens e direitos representam a parte positiva do patrimônio. As obrigações representam a parte 
negativa. Conseqüentemente, o patrimônio será cada vez maior, quanto menores forem as obrigações 
e vice-versa. 
 
A diferença entre a parte positiva e a parte negativa do patrimônio chama-se SITUAÇÃO 
LÍQUIDA PATRIMONIAL. 
 
 + + - = 
 
A SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL pode ser: 
 
 POSITIVA 
 NEGATIVA 
 NULA 
 
 
BENS DIREITOS OBRIGAÇÕES 
SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 14 
 
SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA, ATIVA OU SUPERAVITÁRIA 
 
Observe o gráfico abaixo. Ele representa a posição de determinado patrimônio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observe que BENS(B) e DIREITOS (D) ocupam a maior parte do gráfico, ficando as 
OBRIGAÇÕES,(O) numa parte menor. 
Quando Bens e Direitos são maiores que Obrigações, a Situação Líquida Patrimonial é Positiva, 
Ativa ou Superavitária. Isso significa que, se a empresa liquidar todo seu patrimônio, conseguirá 
saldar suas dívidas e ainda lhe restará dinheiro, que é Patrimônio Líquido. 
 
BENS + DIREITOS > OBRIGAÇÕES = SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA 
 
SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVA, PASSIVA OU DEFICITÁRIA 
 
Verifique neste gráfico que as obrigações ocupam espaço maior que Bens e Direitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neste caso, a Situação Líquida Patrimonial é Negativa, Passiva ou Deficitária, significando 
que a liquidação de todo o patrimônio da empresa não será suficiente para saldar suas dívidas. 
 
Sobra, portanto, uma parte das obrigações sem cobertura. Esta parte se denomina PASSIVO 
DESCOBERTO. 
 
BENS + DIREITOS < OBRIGAÇÕES SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVA 
 
 
SITUAÇÃO LÍQUIDA NULA OU COMPENSADA 
 
É uma situação teórica e raramente encontrada na prática. Os Bens e Direitos são 
EXATAMENTE iguais às Obrigações. 
 
 
 
 
 
 
O 
B 
D 
D 
B 
O 
D 
B 
O 
O 
D 
B 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 15 
 
A situação é de equilíbrio e significa que todo o patrimônio pertence a terceiros, sendo os Bens e 
Direitos exatamente suficientes para cobrir as Obrigações: 
 
Então: BENS + DIREITOS = OBRIGAÇÕES = SITUAÇÃO LÍQ. PATRIMONIAL 
 
 
 
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DOS COMPONENTES PATRIMONIAIS 
 
Pelo que você viu até aqui, os Bens e Direitos são COMPONENTES POSITIVOS do patrimônio 
e as Obrigações formam os COMPONENTES NEGATIVOS. 
 
Os componentes patrimoniais são representados em um quadro de duas colunas justapostas, onde 
demonstramos na coluna da esquerda, os componentes positivos e na coluna da direita, os 
componentes negativos, assim: 
 
COMPONENTES POSITIVOS COMPONENTES NEGATIVOS 
 
BENS OBRIGAÇÕES 
 
Imóveis Títulos a Pagar 
Mercadorias Contas a Pagar 
Dinheiro Salários a Pagar 
Móveis Duplicatas a Pagar 
 Obrigações Sociais 
DIREITOS Fornecedores 
Prestamistas 
Duplicatas a receber 
Clientes 
Títulos a Receber 
 
Atribuindo valor em reais a cada um dos componentes patrimoniais e somando os respectivos 
grupos, notaremos que a Situação Líquida do Patrimônio vai enquadrar-se num dos três casos já 
estudados. 
 
Vejamos o quadro seguinte, considerando que os componentes positivos correspondem ao 
ATIVO e os componentes negativos correspondem ao PASSIVO. 
 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observe que a Situação Líquida Patrimonial é POSITIVA com um Patrimônio Líquido de R$ 
3.000,00, que figura na coluna do Passivo pelos seguintes motivos: 
 
- completar a igualdade patrimonial, pois todo demonstrativo contábil é escriturado sob a 
forma de equação (Ativo = Passivo); 
- o Patrimônio Líquido corresponde ao capital que os sócios aplicaram no patrimônio, 
constituindo uma obrigação fictícia da empresa com seus proprietários. 
 
 Observe, agora, no exemplo seguinte que os valores atribuídos aos componentes patrimoniais 
vão configurar uma Situação Líquida Negativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVO PASSIVO 
 
BENS OBRIGAÇÕES 
Imóveis 2.000 Títulos a Pagar 1.000 
Mercadorias 3.000 Conta a Pagar 1.500 
Dinheiro 500 Salários a Pagar 6.000 
Móveis 1.000 Duplicatas a Pagar 1.000 
 Obrigações Sociais 2.000 
 
DIREITOS Fornecedores 900 
Prestamistas 1.000 TOTAL DO PASSIVO 12.400 
Duplicatas a receber 3.000 
Clientes 900 
Títulos a Receber 4.000 
 Patrimônio Líquido 3.000 
TOTAL DO ATIVO ______
______
______
_ 
15.400 
 _______
_______
_______
___ 
15.400 
ATIVO PASSIVO 
 
BENS OBRIGAÇÕES 
Imóveis 4.000 Títulos a Pagar 2.000 
Mercadorias 2.000 Conta a Pagar 2.000 
Dinheiro 500 Salários a Pagar 6.000 
Móveis 1.500 Duplicatas a Pagar 2.000 
 Obrigações Sociais 2.400 
 Fornecedore 1.600 
DIREITOS TOTAL DO PASSIVO __________ 
16.000 
Prestamistas 1.500 
Duplicatas a Receber 2.000 
Clientes 500 
Títulos a Receber 3.000 
TOTAL DO ATIVO ________
15.000 
 
 
Passivo Descoberto 1.000 
SOMA ________
16.000 
 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 17 
 
A situação Líquida Patrimonial é Negativacom um Passivo Descoberto de R$ 1.000 que figura 
na coluna do Ativo, para completar a equação patrimonial. 
 
No exemplo que se segue, a Situação Líquida Patrimonial é Nula ou Compensada, pois o Ativo é 
exatamente igual ao Passivo, não havendo, por conseguinte, Patrimônio Líquido nem Passivo 
Descoberto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPITAL 
Na unidade anterior, você viu que o campo de ação da Contabilidade é o patrimônio de uma 
empresa. Viu, também, que as empresas podem ter finalidade social ou econômica e se 
classificam em públicas, particulares ou mistas, podem, ainda, ter ou não fins lucrativos. 
 
Nas entidades com objetivo econômico, isto é, com finalidade de lucro, toda riqueza destinada a 
produzir outras riquezas recebe a denominação de CAPITAL. 
 
Para que um bem ou riqueza seja caracterizado como Capital deverá possuir natureza econômica, 
isto é, ser destinada a produzir outros bens ou riquezas. 
 
Diz-se que uma mercadoria possui natureza econômica, quando destinada à revenda, gera lucros: 
é então, capital. 
 
Se, entretanto, o bem ou riqueza for simplesmente consumido, perde sua característica 
econômica, deixando de ser capital. 
 
Exemplificando: uma tora de madeira, se utilizada na fabricação de móveis, é capital, pois possui 
característica econômica. No caso de ser utilizada como lenha,para fins de consumo, na própria 
empresa, perde aquela característica. 
CAPITAL SOCIAL 
 
Tem sua origem fora da empresa, através da participação financeira de cada sócio ou, dentro da 
ATIVO PASSIVO 
 
BENS OBRIGAÇÕES 
Imóveis 10.000 Títulos a Pagar 10.000 
Mercadorias 8.000 Conta a Pagar 4.500 
Dinheiro 800 Salários a Pagar 4.800 
Móveis 1.200 Duplicatas a Pagar 2.500 
 Obrigações Sociais 1.200 
 Fornecedores 8.500 
DIREITOS TOTAL DO PASSIVO ________ 
31.500 
Prestamistas 5.000 
Duplicatas a Receber 5.000 
Clientes 1.00 
Títulos a Receber 500 
TOTAL DO ATIVO ______
31.500 
 
CAPITAL SOCIAL é o conjunto de recursos próprios, mediante o qual a empresa 
adquire condições para iniciar e gerir suas atividades. 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 18 
empresa, através da incorporação das reservas, lucros, provisões, etc. 
Exemplo: João e José desejam abrir uma loja. João entrará com R$ 6.000 e José com R$ 5.000. 
Neste caso, o Capital Social é de R$ 11.000. 
 
CAPITAL SUBSCRITO 
 
 
 
 
Vimos que o capital social é o conjunto de Valores que permitem à empresa iniciar e gerir suas 
atividades. Do capital inicial, que é a parte do capital social, cuja origem é fora da empresa, 
podem participar vários sócios. Cada sócio, por ocasião da elaboração do contrato social, 
escolherá, dentro de suas possibilidades, o valor com o qual vai participar. O valor é, pois, o que 
denominamos Capital Subscrito. 
 
Tomemos como exemplo uma empresa cujo capital social é de R$ 6.000,00, assim constituído: 
 
Sócio A .............................................R$ 3.000,00 
Sócio B .............................................R$ 1.800,00 
Sócio C .............................................R$ 1.200,00 
 
Diz-se que o sócio A subscreveu R$ 3.000,00 do capital social; o sócio B subscreveu R$ 
1.800,00; e o sócio C subscreveu R$ 1.200,00. 
 
A = 3.000 B = R$ 1.200 C = R$ 1.800 
 
 
CAPITAL INTEGRALIZADO 
 
Quando os sócios subscrevem o capital, elaboram um documento, o Contrato Social. Este contém, 
além de outros dados, o valor em Reais com que cada um deles participa na formação do capital da 
sociedade ou empresa. Uma vez assinado o Contrato Social e devidamente registrado nos órgãos 
competentes, o Capital Subscrito passa a ser dívida líquida e certa dos sócios para com a empresa. 
Essa dívida poderá ser liquidada no momento da assinatura do contrato, à vista ou parcelado, 
conforme determine o próprio Contrato Social. 
 
Ao ato de liquidar ou pagar o Capital Subscrito denominamos INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL. 
 
Portanto: 
 
Voltando ao exemplo do Capital Subscrito: 
 
Sócio A ......................................R$ 3.000 
Sócio B .......................................R$ 1.800 
Sócio C........................................R$ 1.200 
 
Os sócios A e B liquidaram ou pagaram suas partes. O sócio C, entretanto, liquidou apenas R$ 
600,00. Então, o Capital Integralizado dessa empresa é, até o presente momento, de R$ 5.400,00. 
É a parcela escolhida pelo sócio e que corresponde à sua participação na formação do 
capital social. 
CAPITAL INTEGRALIZADO é a parte ou o total do Capital Subscrito que já foi pago 
ou liquidado pelos sócios. 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 19 
 
CAPITAL FIXO OU PERMANENTE 
Quando uma empresa se constitui, necessita de equipamentos industriais ou comerciais destinados à 
sua estruturação definitiva. Tais equipamentos permanecerão vinculados ao patrimônio da empresa 
por tempo indeterminado. Daí, serem classificados como Capital Fixo ou Permanente. 
 
Exemplos: veículos, móveis e utensílios, instalações, imóveis, patentes, marcas de fábricas, etc. 
 
CAPITAL DE GIRO OU CIRCULANTE 
 
Após a sua estruturação definitiva, a empresa necessita de certos bens que lhe permitem atingir seus 
objetivos: se comerciais, as mercadorias; se industriais, as matérias – primas e outros materiais 
destinados à industrialização. 
 
Esses bens estarão em constante movimentação na empresa através das operações comerciais ou da 
transformação das matérias- primas em produtos. 
 
Daí a denominação Capital de Giro ou Circulante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPITAL PRÓPRIO 
 
O Capital Próprio tem sua origem fora da empresa, através da dotação financeira de cada sócio, 
para formação do capital social; ou, dentro da própria empresa, através da destinação de parte do 
lucro obtido para formação das reservas, fundos e provisões. 
Consiste na aplicação para aquisição de bens e equipamentos destinados a uso da 
empresa e que passarão a constituir seu IMOBILIZADO. 
Consiste na aplicação de capitais para a implantação de bens destinados à venda ou à 
produção de outros bens que constituam objetos de negócio da empresa. 
É!... MEU CAPITAL DE GIRO 
PRECISA SER RENOVADO. 
CAPITAL PRÓPRIO é a parte do capital que pertence exclusivamente à empresa, não 
podendo ser exigido por terceiros, salvo em casos muito especiais. Os capitais próprios 
representam o patrimônio líquido. 
O patrimônio liquido é a parte do patrimônio que é “não exigível”, isso é: são as obrigações 
não exigíveis da empresa com os seus proprietários como o Capital, as Reservas de Capital e 
de Lucros e os Resultados. 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 20 
 
Capital Autorizado - no caso das sociedades anônimas, é um limite previsto no estatuto para 
novas subscrições de capital sem a necessidade de alteração estatutária. É uma autorização prévia 
para novas subscrições de capital, dentro de certo limite. 
 
Capital Social ou Capital Social Subscrito - é o capital social fixado no estatuto ou contrato 
social. Os sócios devem subscrever (assumir o compromisso de realizar) todas as ações ou cotas 
em que se divide o capital social, ainda que seja realizada apenas uma parte do capital subscrito. 
 
Capital Nominal ou Capital Declarado - é o capital social fixado no estatuto ou contrato social. 
Também é conhecido como capital socialou capital social subscrito. 
 
Subscrição - ato pelo qual os sócios assumem o compromisso de realizar determinado valor a 
título de capital social. A subscrição pode ser relativa a compromisso de realização do capital 
social inicial ou a aumento do capital. 
 
Capital a Realizar - é a parte do capital social subscrito que os sócios ainda não realizaram. 
 
Capital Realizado - é a parte do capital social subscrito que os sócios já realizaram, em dinheiro, 
outros bens ou créditos. É calculado pela diferença entre o capital social subscrito e o capital social 
a realizar: Capital Realizado = Capital Subscrito - Capital a Realizar. 
 
Capital Próprio - o mesmo que recursos próprios. É representado pelo patrimônio líquido. 
 
Capital de Terceiros ou Capital Alheio - o mesmo que recursos de terceiros. É o passivo 
exigível. No balanço patrimonial de uma empresa, corresponde à soma do passivo circulante 
(dívidas de curto prazo) com o passivo exigível a longo prazo (dívidas de longo prazo). 
 
Capital Total à Disposição - é a soma do capital próprio com o capital de terceiros. 
 
Capital Aplicado - é o ativo total. 
 
Capital Imobilizado - é o ativo permanente imobilizado, quer dizer, são os bens de uso que têm 
valor relevante e vida útil superior a 1 ano. 
 
Capital Fixo - é o ativo permanente. Para alguns autores, o capital fixo é formado apenas pelo 
ativo imobilizado. 
 
Ativo Oculto - a expressão pode ser utilizada para indicar um elemento do ativo que não foi 
reconhecido contabilmente ou a subavaliação do ativo. O ativo oculto representa os bens de 
titularidade da empresa que não foram lançados em seus registros contábeis. 
 
Ativo Líquido ou Capital Líquido - é o ativo total menos o passivo exigível. É equivalente ao 
patrimônio líquido. 
 
CAPITAL ALHEIO OU DE TERCEIROS 
CAPITAL ALHEIO OU DE TERCEIROS são os valores ou capitais pertencentes a outras 
pessoas, aplicados na empresa. Corresponde à parte do patrimônio que a empresa deve para 
terceiros provenientes de compras a prazo, empréstimos, financiamentos e obrigações 
normais advindas da própria atividade da empresa como com os tributos, salários e encargos 
etc.. 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 21 
 
Compra de mercadorias ou outros bens efetuados a prazo, empréstimos obtidos junto a instituições 
financeiras, retenções de contribuições previdenciárias são exemplos típicos de capitais alheios. 
Estes capitais alheios poderão ser exigidos pelos respectivos credores por ocasião do vencimento 
dos títulos representativos das obrigações correspondentes. 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
É a diferença positiva verificada entre o Ativo Real (Bens e Direitos) e o Passivo Real 
(Obrigações). 
 
Formado pelo capital social, reservas, fundos, provisões e lucros é também denominado Passivo 
Fictício. Os valores referentes a cada elemento estão aplicados no Ativo (Circulante ou Permanente) 
e constituem uma “obrigação” da empresa para com os sócios. Daí a denominação Passivo Fictício. 
 
 
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS 
 
Você se lembra de que o patrimônio de uma empresa se forma a partir do capital, cuja dotação é 
feita pelo seu proprietário e/ou sócios. 
 
Nestas unidade, você verá que este patrimônio pode ou não sofrer variações. A atividade econômica 
desenvolvida em qualquer entidade traz variações a seu patrimônio, que devem ser registradas pela 
Contabilidade. Assim, ela poderá estudar e controlar esse patrimônio com o objetivo de fornecer 
informações sobre a composição patrimonial e as variações ocorridas em determinado período. 
Então: 
 
É bom esclarecer que alguns fenômenos não afetam a estrutura do patrimônio nem provocam nele 
qualquer alteração. 
 
Exemplos: 
 
A Empresa MORATO admitiu para seu quadro de funcionários uma nova secretária. Este 
acontecimento provocará um ato administrativo: admissão de funcionário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mas, ao pagar o salário a essa funcionária, o patrimônio vai sofrer alterações: saída de dinheiro. 
 
VARIAÇÕES PATRIMONIAIS são alterações sofridas pelo patrimônio durante a gestão da 
atividade da empresa. Refletem a movimentação (fluxo) de bens, direitos e obrigações, pois 
estes aumentam e diminuem em decorrência das transações empresariais. 
QUANDO É QUE EU 
VOU COMEÇAR? 
A PARTIR DE 
AMANHÃ, VOCÊ 
SERÁ A NOVA 
SECRETÁRIA. 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 22 
Outros exemplos: Se essa mesma empresa efetuar uma compra ou uma venda, também poderá 
haver alteração de seu patrimônio: ela contraiu uma dívida ou adquiriu um direito. Estes são 
FATOS CONTÁBEIS. 
 
 
Então: 
 
Os fatos contábeis podem ser: 
 
 - PERMUTATIVOS ou COMPENSATIVOS 
 - MODIFICATIVOS que se subdividem em: 
 AUMENTATIVOS 
 DIMINUTIVOS 
 
FATOS CONTÁBEIS PERMUTATIVOS OU COMPENSATIVOS 
 
 
Esses fenômenos podem ocorrer no Grupo ativo, no Grupo Passivo ou entre o Ativo e o Passivo. 
 
Veja a representação gráfica do patrimônio da EMPRESA MORATO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FATOS PERMUTATIVOS NO GRUPO ATIVO 
 
Fato contábil: A EMPRESA MORATO fez compras de mercadorias, à vista, no valor de R$ 2.500. 
 
O patrimônio aumenta pelas mercadorias que entram para o estoque e diminui pela importância que 
sai do caixa para pagamento das mercadorias. 
 
ATIVO PASSIVO 
 
Imóveis 20.000 Títulos a Pagar 10.000 
Mercadorias 30.000 Conta a Pagar 15.000 
Dinheiro 5.000 Salários a Pagar 10.000 
Móveis 15.000 Fornecedores 20.000 
Prestamistas 8.000 Obrigações Sociais 3.000 
Títulos a Receber 10.000 Capital Social 42.000 
Clientes 12.000 
TOTAL DO ATIVO ______
______
______
__ 
100.000 
TOTAL DO PASSIVO _______
_______
_______ 
100.000 
FATOS CONTÁBEIS são fenômenos que provocam alterações no patrimônio. 
FATOS CONTÁBEIS PERMUTATIVOS OU COMPENSATIVOS são fenômenos 
ocorridos no patrimônio que provocam alteração em determinados elementos, não 
alterando sua situação líquida. 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 23 
Observe que o fato envolve Mercadorias e Caixa que são elementos ativos, registrando-se uma troca 
de valores entre elementos do mesmo grupo. 
 
FATOS PERMUTATIVOS ENTRE O ATIVO E O PASSIVO 
 
Fato contábil: A EMPRESA MORATO fez pagamento de uma duplicata no valor de R$ 1.500. 
 
O patrimônio aumenta pela liquidação da obrigação representada pela duplicata e diminui pela saída 
de dinheiro do Caixa. 
Observe que o fato envolveu Fornecedores e Caixa, sendo que Fornecedores é uma conta 
representativa de Obrigações, pertencendo ao grupo Passivo, e Caixa, conta representativa de Bens, 
pertencendo ao Grupo Ativo. 
 
Veja a representação gráfica do Patrimônio dessa Empresa DEPOIS de registrados os fatos, isto é, 
DEPOIS da compra à vista no valor de R$ 2.500 e do pagamento da duplicata no valor de R$ 
1.500,00. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observe as alterações 
ocorridas APÓS o registro dos fatos exemplificados: 
 
(1) 30.000 + 2.500 = 32.500 
(2) 5.000 – 2.500 – 1.500 = 1.000 
(3) 20.000 – 1.500 = 18.500 
 
 
FATOS CONTÁBEIS MODIFICATIVOS 
 
Os Fatos Contábeis Modificativos podem ser AUMENTATIVOS OU DIMINUTIVOS. 
 
 
FATOS CONTÁBEIS MODIFICATIVOS AUMENTATIVOS 
 
ATIVO PASSIVO 
Imóveis 20.000 Títulos aPagar 10.000 
Mercadorias 32.500 Conta a Pagar 15.000 
Dinheiro 1.000 Salários a Pagar 10.000 
Móveis 15.000 Fornecedores 18.500 
Prestamistas 8.000 Encargos Sociais 3.000 
Clientes 12.000 Capital Social 42.000 
Títulos a Receber 10.000 
TOTAL DO ATIVO ______ 
98.500 
TOTAL DO PASSIVO _______ 
98.500 
FATOS CONTÁBEIS MODIFICATIVOS são aqueles ocorridos no patrimônio que 
provocam aumento ou diminuição de sua Situação Líquida. 
FATOS CONTÁBEIS AUMENTATIVOS são os que provocam aumento no valor do 
Patrimônio Líquido, caracterizados por operações de Receita. 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 24 
Exemplo: 
 
Recebimento de juros, aluguéis, etc., obtenção de descontos por antecipação no pagamento de uma 
duplicata ou, ainda, vendas efetuadas à vista ou a prazo são fenômenos que provocam aumento no 
patrimônio por corresponderem à entrada de dinheiro para o Caixa. 
 
FATOS CONTÁBEIS MODIFICATIVOS DIMINUTIVOS 
 
Exemplos: 
 Pagamento de impostos, tributos, salários etc., recolhimento de contribuições ou realização 
de qualquer despesa, por corresponderem à saída de dinheiro do Caixa. 
 
LANÇAMENTOS 
 
O simples controle que se faz nos canhotos do talão de cheques, bem como as anotações efetuadas 
num Movimento de Caixa são considerados Lançamentos. 
 
No estudo da Unidade 1, verificamos que a Contabilidade é a ciência que orienta, controla e registra 
os fatos. O registro desses fatos é feito através de lançamentos. Portanto, 
 
Concluímos, então, que a função do lançamento é registrar os fatos contábeis. 
 
Os fatos contábeis são registrados através de lançamentos efetuados no livro Diário. Maiores 
detalhes sobre o Livro Diário veremos a seguir. 
 
Os lançamentos efetuados no Livro Diário são revestidos de duas características básicas, sem as 
quais o registro ficaria incompleto. 
 
A primeira característica é a HISTÓRICA, cujo objetivo é descrever, de maneira resumida ou não, o 
fato contábil, localizando-o no tempo e no espaço, isto é, quando e onde ocorreu o fato. Daí, 
destacarmos como elementos de características históricas: 
 
LOCAL e DATA - onde e quando ocorreu o fato. 
 
HISTÓRICO - descrição do fato de modo resumido ou não. 
 
FATOS CONTÁBEIS MODIFICATIVOS DIMINUTIVOS são os que provocam 
diminuição no valor do Patrimônio Líquido, caracterizados por operações de Despesas. 
Denominamos LANÇAMENTO, em sentido amplo, toda e qualquer anotação 
efetuada com o objetivo de se registrar uma operação (uma transação/ um fato 
contábil). 
LANÇAMENTO do ponto de vista contábil, consiste em registrar os fatos contábeis 
ocorridos no patrimônio. 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 25 
A segunda característica é a ESTATÍSTICA, cujo objetivo é fornecer dados numéricos que 
possibilitem promover levantamento de balanços, balancetes, demonstrativos, quadros comparativos, 
etc. Essa característica é destacada através dos elementos: 
 
 DÉBITO – o título da conta devedora 
 
CRÉDITO – o título da conta credora 
 
 VALOR – o valor a ser debitado ou creditado 
 
FÓRMULAS DE LANÇAMENTO 
 
Segundo o princípio fundamental das Partidas Dobradas, para cada Débito corresponde um Crédito 
de igual valor. Conseqüentemente, cada lançamento deverá conter, no mínimo, uma Conta Devedora 
e uma Credora. Entretanto, pode ocorrer um fato contábil mais complexo que vai originar um 
lançamento onde aparece uma Conta Devedora para mais de uma Credora ou várias Contas 
Devedoras para apenas uma Credora. 
 
A quantidade de contas determina a fórmula de lançamento a ser utilizada para registra-lo. Assim, 
temos as seguintes fórmulas de lançamento: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRIMEIRA FÓRMULA: Um Débito para apenas um Crédito. 
 
Exemplo: Fato contábil: A EMPRESA MORATO recebeu uma duplicata no valor de R$ 20.000. 
 
Logo, o que entrou para o poder da Empresa? 
 
Com o recebimento dessa duplicata, houve uma diminuição de direitos a receber. O valor referente à 
diminuição será creditado na conta de Clientes no grupo de contas “Duplicatas a Receber”. 
 
Assim: 
 
DÉBITO: Caixa ............................................................................20.000 
CRÉDITO: a- (Duplicatas a Receber) CLIENTES ..........................20.000 
 
SEGUNDA FÓRMULA: Um Débito para vários Créditos. 
 
Exemplo: Fato contábil: A EMPRESA MORATO recebeu duplicatas no valor de R$ 20.000 mais os 
juros no valor de R$ 1.000. 
 
 Vamos analisar? 
 
 O que entrou para o poder da empresa? 
FÓRMULAS 
DE 
LANÇAMENTO? 
SIM! PARA CADA FATO 
CONTÁBIL EXISTE UM 
JEITO DIFERENTE DE 
REGISTRAR, ISTO É, DE SE 
FAZER O LANÇAMENTO 
NO LIVRO DIÁRIO. 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 26 
 
A quantia de R$ 21.000, referente ao valor das duplicatas: R$ 20.000 mais R$ 1.000 de juros. Esse 
valor vai ser debitado (ficará do lado esquerdo), ou seja, aumentará o valor do saldo do ativo 
”Caixa” {bens} em R$ 21.000,00 e em contrapartida, a crédito (do lado direito), diminuirá o valor do 
ativo “Clientes” {direito de receber} em R$ 20.000,00. A diferença correspondente a R$ 1.000,00 
deve ser creditada na conta denominada Receita Financeira (toda Receita deve ser creditada) que é 
um rendimento proveniente de juros sobre a duplicata que foi paga em atraso pelo cliente. 
 
 O que saiu do poder da Empresa? 
 
Com o recebimento das duplicatas e seus respectivos juros, ocorreu uma diminuição de direitos a 
receber. Esses valores serão creditados na conta de Clientes no grupo de Duplicatas a Receber, ou 
seja, no razonete será registrado o valor no lado direito (diminuição do ativo/ diminuição de direito) 
 
Logo: 
 
DÉBITO: Caixa ...........................................................................................21.000 
CRÉDITOS: a- Clientes ............................................................................... ..20.000 
 a-Juros Ativos/Receita com Juros Recebidos..........................1.000 
 
 
TERCEIRA FÓRMULA: Vários Débitos para apenas um Crédito. 
 
Exemplo: Fato Contábil: A Empresa MORATO recebeu duplicatas de R$ 20.000, nas quais 
concedeu um desconto no momento da liquidação (desconto financeiro)de R$ 1.000. 
 
Vamos pensar para fazer este lançamento? 
 
O valor da duplicata é de R$ 20.000,00. Mas a Empresa recebeu apenas R$ 19.000,00, pergunta-se: 
 
Onde foi que entrou o dinheiro? 
Aumentou o saldo de uma conta do Ativo? 
Bens ou Direitos? 
 
Assim, seguindo a regrinha “quando aumenta o saldo de uma conta do Ativo se lança o valor no lado 
esquerdo do razonete que é o lado do Débito. Este valor de 19.000,00 será debitado na conta 
“Caixa”, e o valor do desconto por se tratar de uma despesa (diminuição de Resultado), também 
segue a regrinha “toda despesas deve ser lançada no lado esquerdo (débito) do razonete”, 
portanto a débito de despesas com Descontos Concedidos. 
 
Em contrapartida, desaparece o direito da Empresa em receber essas duplicatas. O recebimento do 
valor da duplicata R$ 19.000,00, mais o valor do desconto concedido R$ 1.000,00 que totalizam a 
diminuição do direito, serão creditados no grupo de Duplicatas a Receber pelo valor de $ 
20.000,00 (de acordo com a regrinha, todas as diminuições de direitos (Ativo) deverão ser creditadas, 
ou seja, lançada no lado direito do razonete de “Clientes”). 
 
Veja:DÉBITOS: Caixa ..............................................................19.000 
 Descontos concedidos ..................................... 1.000 
CRÉDITOS: a- Clientes .......................................................20.000 
 
 
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Os lançamentos de segunda e terceira fórmulas podem, a critério da empresa, ser desdobrados em 
lançamentos de primeira fórmula. A propósito, na escrituração informatizada em alguns softwares, 
em razão da natureza do sistema, os lançamentos são feitos de primeira fórmula. 
 
Teoricamente, existe ainda, o lançamento de quarta fórmula onde aparecem várias contas devedoras 
para várias credoras. Essa fórmula está em desuso, não sendo aceita pela legislação do Imposto de 
Renda. 
 
 
 
 
 
Então, são as “contas” (CONTA - denominação dada ao controle individual de um determinado tipo 
de operação/transação em razão do uso de operações de adicionar ou diminuir valores para se obter o 
resultado [saldo] daquelas transações) que representam os componentes patrimoniais, ou seja, bens, 
direitos e obrigações. 
 
Graficamente, os componentes do patrimônio são representados por uma palavra ou expressão que 
transmita a idéia dos componentes que representa. Pode representar um componente isoladamente ou 
vários componentes que, na empresa, tenham a mesma finalidade ou destinação. 
 
Dinheiro, por exemplo, que é um bem, portanto, componente patrimonial, é representado 
graficamente pela conta CAIXA dentro do grupo do Ativo Disponível. 
 
Valores a receber de outras pessoas em conseqüência de vendas (serviços, mercadorias e ou 
produtos), ou seja, direitos, que são também componentes patrimoniais são representados 
graficamente pela conta CLIENTES dentro do grupo de contas DUPLICATAS A RECEBER no 
Ativo Circulante. 
 
Mesas, estantes, armários ou outros bens destinados a equipar o escritório de uma empresa são 
representados graficamente pela conta MÓVEIS E UTENSÍLIOS dentro do grupo ATIVO 
IMOBILIZADO no Ativo Permanente. 
 
As dívidas da empresa decorrentes da compra a prazo de bens destinados à venda (mercadorias)/ 
produção (matéria-prima etc.)/ consumo são representadas graficamente pela conta 
FORNECEDORES, que é uma conta representativa de obrigações, portanto, componente 
patrimonial. 
 
Assim como temos as contas CAIXA, CLIENTES, MÓVEIS E UTENSÍLIOS e 
FORNECEDORES, já citadas, temos também as contas ESTOQUE DE MERCADORIAS, 
INSTALAÇÕES, OBRIGAÇÕES SOCIAIS e muitas outras, de acordo com a natureza dos 
componentes que elas representam. 
 
 
 
GRUPOS DE CONTAS PATRIMONIAIS 
 
As contas são classificadas em grupos de acordo com a natureza de cada uma delas. Sendo as Contas 
Patrimoniais representativas de bens, direitos, e obrigações, teremos um grupo de contas 
representando bens e direitos, que são valores positivos (positivos simbolicamente, pois estes itens 
são os que produzem para possibilitar as liquidações das obrigações); outro representando 
obrigações, que são valores negativos (negativos simbolicamente, pois estes itens são os que 
CONTA é a representação gráfica dos componentes do patrimônio. 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 28 
possibilitam a empresa adquirir bens e serviços para de posse deles venha produzir e poder angariar 
fundos para liquidá-los). 
 
As contas que representam bens e direitos, tais como, Caixa, Clientes, Bancos C/ Movimento, 
Mercadorias, Veículos, Instalações, Móveis e Utensílios são classificados no Grupo ATIVO, que é o 
grupo representativo de valores positivos. 
 
Entre os bens e direitos do Ativo, alguns estão destinados à movimentação em maior ou menor 
prazo. Outros estão destinados a permanecer de maneira duradoura na empresa. 
 
Entre os bens e direitos destinados à MOVIMENTAÇÃO, temos: 
 
 ATIVO CIRCULANTE 
 ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
 ATIVO PERMANENTE 
 
 
ATIVO CIRCULANTE 
 
O Circulante é um subgrupo de contas do Ativo. Classificam-se nele, como o próprio nome sugere, 
as contas representativas de bens e direitos que estão em constante movimentação ou seja, os bens e 
direitos que serão realizados (vendidos, usufruídos ou recebidos) até o final do exercício financeiro 
posterior ao que estamos. 
 
Exemplos: Caixa, Mercadorias, Bancos C/ Movimento, Clientes etc. 
 
O Circulante é formado pelas disponibilidades imediatas, ou seja, dinheiro no cofre da empresa ou 
depositados em bancos; pelos bens destinados à venda, isto é, mercadorias; ou pelos créditos 
concedidos aos Clientes através das vendas a prazo. 
 
 
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
 
As contas que representam bens e direitos, mas que só podem converter-se em dinheiro após o final 
do exercício social posterior ao que estamos serão registrados neste subgrupo. É que estes itens serão 
convertidos em dinheiro em um prazo muito longo, como pode-se percebe pelo nome. 
 
Vamos a um exemplo de datas: 
 
Suponhamos que você esteja contabilizando as transações de uma empresa em dezembro de 2005. 
Quando será o final do exercício social próximo ao exercício social atual dessa empresa? 
 
Só pode ser Dezembro de 2006. Assim, após esta data todos os direitos/bens que se realizarão a partir 
daí serão contabilizados como longo prazo. 
 
Aí está uma medida do longo prazo. 
 
Para essa empresa, todos os bens e direitos que só possam converter em dinheiro, a partir do final de 
2006, ou seja, após o final do seu próximo ano comercial, só esses, é que constarão deste subgrupo 
de Realizável a Longo Prazo. 
 
As contas do Ativo Realizável a Longo Prazo poderão, por isso, ser quase todas as contas do Ativo 
Circulante, diferenciadas tão somente pelo prazo em que se converterão em dinheiro. 
 
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Exemplos: Clientes, Títulos a Receber, Contas a Receber. 
 
 
ATIVO PERMANENTE 
 
O Permanente é outro subgrupo de contas do ativo. É formado por bens de uso próprio que 
permanecerão vinculados ao patrimônio por tempo indeterminado, como: Imóveis, Veículos, 
Instalações, Móveis e Utensílios, Máquinas e Aparelhos, Marcas e Patentes; ou pela aplicação de 
valores decorrentes da participação no capital de outras empresas. 
 
Os subgrupos encontrados no Passivo representam as obrigações e o Patrimônio Líquido. As contas 
são classificadas em: 
 
 PASSIVO CIRCULANTE 
 PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
 RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS 
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
 
PASSIVO CIRCULANTE 
 
Assim como os valores positivos estão em constante movimentação na empresa, constituindo o Ativo 
Circulante, também os valores negativos se movimentam, constituindo o Passivo Circulante. 
 
Classificam-se como Passivo Circulante, as contas representativas das obrigações que deverão ser 
liquidadas até o final do exercício seguinte. Essas obrigações são decorrentes das compras de 
mercadorias efetuadas a prazo, obtenção de financiamentos junto aos bancos ou entidades 
financeiras, ou ainda, da apuração contábil das Obrigações Sociais, Salários e Impostos que a 
empresa deverá liquidar. 
 
O Passivo Circulante é constituído pelos capitais de terceiros e formado, normalmente, pelas contas: 
Fornecedores, Títulos a Pagar, Duplicatas a Pagar, Credores Diversos, Salários a Pagar, Obrigações 
Sociais e outras.PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 
 
Neste subgrupo, você encontra classificadas as contas que representam as obrigações que tiverem 
vencimentos após o término do exercício seguinte ao atual. Poderão ser contas iguais às do Passivo 
Circulante, diferenciadas tão somente quanto à data em que as obrigações deverão ser liquidadas. 
 
Exemplos: Credores Diversos, Fornecedores, Impostos a Pagar, Títulos a Pagar, Impostos a Pagar. 
 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
Vimos que o Patrimônio Líquido é a diferença a maior ou a menor entre o Ativo Real (bens e 
direitos) e o Passivo Real (obrigações). 
 
É um subgrupo de contas do Passivo porque constitui obrigações fictícias da empresa para com seus 
titulares ou proprietários (não exigível), sendo também conhecido como Passivo Fictício. 
 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 30 
Nesse subgrupo, figuram contas representativas de capitais próprios, ou seja, dos proprietários, é 
formado pelas contas: Capital Social, Reservas, Fundos, Provisões, Lucros ou Prejuízos Acumulados 
etc. 
 
 
MECANISMO DE DÉBITO E CRÉDITO NAS CONTAS PATRIMONIAIS 
 
Vimos que os registros dos fatos contábeis são efetuados através das Partidas Dobradas, isto é, para 
cada montante de Débito corresponde um montante igual de Crédito. 
 
O componente que vai ser debitado ou creditado será exatamente aquele representado no lançamento 
pela conta correspondente a transação realizada. 
 
A tarefa de se debitar ou creditar a conta certa não é difícil, se for observado atentamente seu 
mecanismo. Esta é tarefa das mais importantes da escrituração. 
 
O mecanismo de Débito e Crédito nas Contas Patrimoniais pode ser desenvolvido de duas maneiras. 
Uma delas é a PERSONALIZAÇÃO da conta. 
 
Tomemos por exemplo a conta CAIXA, substituindo-a no raciocínio pela pessoa do Caixa. Se 
entregarmos ao Caixa, determinada importância em dinheiro, ele fica responsável por aquele valor, 
tendo que prestar contas do mesmo. Ora, responsabilidade é obrigação e obrigação é dívida. Sendo 
assim, sempre que o Caixa receber dinheiro, ele será DEBITADO. 
 
Por outro lado, sempre que o Caixa nos entrega determinado valor em dinheiro, sua responsabilidade 
referente àquele valor acaba e ele fica com um direito sobre nós. Ora, direito é haver e haver é 
crédito. Portanto, sempre que o Caixa entregar dinheiro ele é CREDITADO. 
 
Com base no raciocínio de PERSONALIZAÇÃO DAS CONTAS em que o Caixa foi tomado como 
exemplo, podemos formular uma propriedade geral para se determinar o Débito e Crédito nas Contas 
Patrimoniais: 
 
 
Outra maneira de se determinar o Débito e o Crédito nas Contas Patrimoniais consiste em analisar a 
variação que o fato contábil a ser registrado provoca no patrimônio. 
 
Se o fenômeno ocorrido na conta provocar um aumento do patrimônio, ela será DEBITADA; se 
provocar uma diminuição no patrimônio, ela será CREDITADA. 
 
Tomando como exemplo a mesma conta Caixa, teremos o seguinte raciocínio: entrou dinheiro para o 
Caixa, aumenta o saldo e, conseqüentemente, o patrimônio. A conta CAIXA será DEBITADA. 
 
Saiu dinheiro do Caixa, diminui o saldo em Caixa e, conseqüentemente, o patrimônio. A conta 
Caixa será CREDITADA. 
 
Para que você possa fixar, tomemos como exemplo a operação de compra de mercadoria à vista. 
 
- Fato contábil: compra de mercadorias à vista. 
- Análise: encontram mercadorias e saiu dinheiro. 
As Contas Patrimoniais são DEBITADAS pelas entradas e CREDITADAS pelas saídas 
de valores. 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 31 
 
Se entraram mercadorias para o estoque, aumenta conseqüentemente o patrimônio. Debita-se a conta 
MERCADORIAS. 
 
Se saiu dinheiro do Caixa para pagamento das mercadorias, diminui conseqüentemente o patrimônio. 
Credita-se a conta Caixa. 
 
Com base no raciocínio da Variação Patrimonial, podemos formular outra propriedade para se 
determinar o Débito e Crédito nas Contas Patrimoniais: 
 
RESUMINDO: 
 
Sabe-se que as contas do ATIVO são de saldos devedores e as do PASSIVO são de saldos credores. 
 
As regras de lançamentos nas contas patrimoniais são: 
 
As contas patrimoniais são DEBITADAS: 
- por entradas de bens ou direitos no ATIVO; 
- por saídas ou liquidação de obrigações ou patrimônio líquido no PASSIVO. 
 
 
As contas patrimoniais são CREDITADAS: 
- por saída de bens ou direitos no ATIVO; 
- por novas obrigações ou novos valores no patrimônio líquido no PASSIVO. 
 
 
CONTAS DE RESULTADOS OU DIFERENCIAIS 
 
As contas patrimoniais, você já as conhece, pois já nos referimos a elas; representam os Bens, os 
Direitos, as Obrigações e o Patrimônio Líquido. Dividem-se em Ativas e Passivas e são classificadas 
em grupos. São as contas patrimoniais que indicam o patrimônio da empresa em dado momento. 
 
A Contas de resultados veremos a seguir. 
 
As empresas comerciais ou industriais se constituem com o objetivo de auferirem lucros nas 
transações realizadas. O LUCRO é, portanto, o resultado obtido nas operações realizadas durante 
determinado exercício. 
 
O que vem a ser o exercício? 
 
O exercício contábil/ fiscal compreende períodos de igual duração em que a empresa opera. 
Geralmente, a duração é de um ano, inicia-se no dia 01 de janeiro e termina em 31 de dezembro, mas 
poderá, também, ser de período menores para efeito gerencial. 
 
Não obstante, o lucro seja o resultado esperado, ocorrem situações em que aparece resultado 
negativo, que é o PREJUÍZO. 
Se na Cota Patrimonial ocorrer um fenômeno que provoque aumento do patrimônio, ela 
será DEBITADA; e, se o fenômeno provocar uma diminuição do patrimônio, ela será 
CREDITADA. 
 
A T U A LI ZA C O N S U LT O R I A - C O N T A B I LI D A D E F Á C I L - C O M A LT E R A Ç Õ E S 32 
 
Sendo assim, tanto o lucro como o prejuízo resulta da diferença entre as contas de receitas/rendas e 
as contas de despesas que ocorreram durante o exercício contábil/fiscal e em conseqüência pode ser 
auferido em tempos em tempos e no final de um exercício. O lucro é um resultado positivo e o 
prejuízo, um resultado negativo. 
 
Então, o Resultado do Exercício é obtido através de contas próprias que registram as operações de 
RECEITAS ou RENDAS e as operações de DESPESAS. Assim sendo, repetimos, a diferença entre 
as Contas de Receita e as Contas de Despesas é que determina o lucro ou o prejuízo. Daí a 
denominação: Contas de Resultados ou diferenciais. 
 
CONTAS DE RESULTADO 
 
 
Vimos que as Contas de Resultado são as que representam Despesas e Receitas. Tanto as Despesas 
como as Receitas são classificadas em subgrupos de contas de acordo com a natureza de cada uma. 
 
Despesas relacionadas com a administração da empresa são reunidas num só título. O mesmo ocorre 
com os gastos relacionados com empregados, com impostos, com operações de financiamento etc. e, 
ainda, com as receitas originárias das operações de venda de mercadorias, receitas de capital e outras. 
 
DESPESAS 
 
As Contas de Despesas são agrupadas levando-se em consideração a natureza do gasto realizado. 
Este agrupamento é variável de acordo com o porte da empresa e seu objeto de negócio. 
 
Empresas de grande porte possuem maior variedade de despesas que as de médio porte e pequeno 
porte. Empresas industriais possuem determinadas despesas que não são encontradas em 
empresas comerciais ou de prestação de serviços. Entretanto, existem algumas despesas que são 
comuns e, geralmente, são classificadas em:DESPESAS ADMINISTRATIVAS - DESPESAS COM PESSOAL 
 DESPESAS TRIBUTÁVEIS - DESPESAS COM VENDAS 
 DESPESAS FINANCEIRAS - DESPESAS DIVERSAS 
 
DESPESAS ADMINISTRATIVAS 
 
Exemplos típicos de Despesas Administrativas: gastos com aluguel, água, luz, telefone, selos de 
correio, impressos; materiais diversos de consumo no escritório: envelopes, papel ofício, carbono, 
etc. Importâncias pagas a contadores, advogados, diretores, quando não empregados da empresa. 
 
CONTAS DE RESULTADO são aquelas representativas de Despesas e 
Receitas, cujos saldos são transferidos para a Conta Lucros / ou Prejuízos 
Acumulados, no final de cada exercício, para efeito de apuração de resultado. 
DESPESAS ADMINISTRATIVAS são aquelas relacionadas diretamente 
com a administração dos negócios da empresa. 
 
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DESPESAS COM PESSOAL 
 
Exemplos: Gastos com Salários, Previdência Social, FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de 
Serviço), Férias, 13º Salário e quaisquer outras despesas com os empregados. 
 
DESPESAS TRIBUTÁRIAS 
 
Imposto de Renda, Imposto Predial e Territorial Urbano, Contribuição Sindical Patronal, Programa 
de Integração Social e outros tributos de competência da empresa são exemplos típicos de Despesas 
Tributárias. 
 
As despesas relacionadas com o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e o IPI 
(Imposto sobre Produtos Industrializados) são impostos cobrados do cliente na nota fiscal e não são 
de competência da empresa. Esta apenas recolhe o imposto cobrado do cliente na nota fiscal. Mas 
contabilmente estes impostos são registrados como despesas de modo a serem deduzidos da receita 
com vendas uma vez que no registro desta última o valor contabilizado inclui o valor do bem 
vendido acrescido dos impostos em questão. 
 
 
 
DESPESAS COM VENDAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
A atividade comercial consiste em buscar a mercadoria no centro produtor e leva-la até o 
consumidor. 
 
Nessa atividade a empresa realiza uma série de gastos, tais como: Frete, Carreto, Embalagem e 
Acondicionamento, Propaganda e Publicidade, Comissões etc. os quais são classificados em 
Despesas com Vendas. 
 
DESPESAS COM PESSOAL são aquelas relacionadas diretamente com 
os empregados da empresa. 
DESPESAS TRIBUTÁRIAS são aquelas relacionadas com Imposto e 
Tributos de competência direta da empresa. 
DESPESAS COM VENDAS são aquelas relacionadas com a venda 
da mercadoria, produtos ou serviços. 
 
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DESPESAS FINANCEIRAS 
 
DESPESAS EVENTUAIS 
Por isso, não é justificável a criação de uma conta específica. Exemplos: gorjetas, donativos, café, 
lanche, condução, táxi e outras pequenas despesas eventuais. 
 
RECEITAS 
 
As contas de Receita são agrupadas, levando-se em consideração a sua natureza. Partindo do 
pressuposto de que, em princípio, a receita corresponde a uma operação em que entrou dinheiro para 
a empresa, deduzimos que a principal Receita de uma empresa seja aquela decorrente de seu objeto 
de negócio. 
 
Nas empresas comerciais as Contas de Receitas são agrupadas em: 
 
 VENDAS 
 
 RECEITAS FINANCEIRAS 
 
 RECEITAS EVENTUAIS 
RECEITAS COM VENDAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apesar da vendas a prazo e pelo crediário não corresponderem a uma entrada imediata de 
dinheiro, elas são consideradas receitas. A realização futura da receita não lhe tira esta característica. 
 
 
RECEITAS FINANCEIRAS 
DESPESAS FINANCEIRAS são as perdas de capital decorrentes de gastos, 
realizados nas operações de financiamentos, pagamentos de juros, multas e 
correção monetária por atraso no cumprimento de obrigações, concessão de 
descontos e outras. 
DESPESAS EVENTUAIS são pequenos gastos cujo valor é pouco 
significativo ou que raramente acontecem ou, ainda, gastos que, por sua 
natureza, não se enquadram nas Despesas. 
VENDAS são receitas decorrentes das operações de venda de 
mercadorias, quer seja à vista, a prazo ou pelo crediário. 
 
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Essas são as operações mais comuns classificadas como Receitas Financeiras. 
 
 
RECEITAS EVENTUAIS 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos: recuperação de despesas, alienação de bens classificados no Ativo Permanente, 
aluguéis de bens móveis ou imóveis. 
 
 
MECANISMO DE DÉBITO NAS CONTAS DE RESULTADO 
 
As contas de Resultado têm sempre como contrapartida, no lançamento, uma Conta 
Patrimonial. 
 
Como já vimos, Conta Patrimonial é aquela representativa de bens, direitos e obrigações. 
 
Conseqüentemente, ao analisarmos um Fato Contábil relativo a uma Despesa ou Receita, 
classificamos em primeiro lugar a Conta Patrimonial. 
 
Seguindo o princípio de que para cada débito corresponde um crédito, se a Conta Patrimonial 
for Debitada, a de Resultado será Creditada; se a Conta Patrimonial for Creditada, a de Resultado 
será Debitada. 
 
 
Exemplos: 
 
 a – Fato contábil: Pagamento de frete. 
 Vamos analisar? 
 Saiu dinheiro para pagar o frete. 
Na conta Caixa ocorreu um fenômeno que provoca diminuição do Patrimônio, portanto credita-se a 
conta Caixa. 
 (toda vez que diminui bens ou direitos credita-se a conta do Ativo, regra geral) 
A conta representativa do frete que é Despesas com Vendas será debitada. 
 (toda despesa é debitada, regra geral) 
 
b – Fato contábil: Venda efetuada à vista. 
RECEITAS FINANCEIRAS são os ganhos de capital decorrentes de 
recebimento de juros por atraso na liquidação de débitos de clientes, 
obtenção de descontos por antecipação de pagamento de duplicatas a 
Fornecedores. 
RECEITAS EVENTUAIS são aquelas não previstas ou que ocorrem 
com menos freqüência. 
 
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Analisando: Entrou dinheiro para o Caixa decorrente do recebimento à vista, ocorrendo na conta 
Caixa um fenômeno que provoca um aumento do patrimônio, portanto debita-se a conta Caixa. 
 
(toda vez que aumenta bens ou direitos debita-se a conta do Ativo, regra geral) 
 
A conta representativa da venda efetuada que é Vendas será creditada. 
(toda receita é creditada, regra geral) 
 
Raciocínio idêntico prevalece em todo fato contábil que envolva uma conta de Resultado. 
Analisando-se o fenômeno ocorrido na Conta Patrimonial e classificando-a em primeiro lugar, 
podemos formular uma propriedade para determinar o Débito e o Crédito nas Contas de Resultado. 
 
 
PLANO DE CONTAS 
 
Assim como o construtor não inicia a edificação de um prédio sem a planta ou projeto de construção, 
assim como o piloto de um avião não decola sem o plano de vôo, o contador não deve iniciar uma 
escrituração contábil sem o Plano de Contas. 
 
O Plano de Contas é indispensável ao controle e registro dos Fatos Contábeis. 
A elaboração de um Plano de Contas depende da criatividade do contador, pois são de sua livre 
escolha os nomes das Contas com as quais deseja trabalhar. Entretanto, alguns deverão ser 
considerados: 
 
 
 
O Regulamento do Imposto de Renda 
 
Alguns títulos de conta já são consagrados pelo uso e constam dos formulários utilizados

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