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PTG - Áreas de Atuação da Contabilidade - 7º semestre UNOPAR

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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO ....................................................................................................�
42	LUCRO REAL .....................................................................................................�
3	PARECER DE AUDITORIA ...............................................................................11 
14	PERTINENTE A AUDITORIA CONTABÍL	�4
5	PERTINENTE A PERÍCIA CONTÁBIL...............................................................19
6	PERTINENTE AO DIREITO TRIBUTÁRIO	23
7 CONCLUSÃO	29
REFERÊNCIAS	30
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INTRODUÇÃO
A auditoria contábil compreende a análise dos registros contábeis e a realização de inspeções para o conhecimento real da situação em que se encontra determinada entidade, no que envolve seu patrimônio e os eventos que o alteram. Nesses termos, este trabalho tem por finalidade analisar as demonstrações de resultado e a escrituração do LALUR, da empresa Alfa S.A., no primeiro trimestre de 2016, trazendo as irregularidades encontradas e a emissão do parecer devido.
LUCRO REAL
2.1 CONCEITO, FINALIDADE E OBRIGATORIEDADE
Lucro Real é a base de cálculo do imposto sobre a renda apurada obedecendo aos registros contábeis e fiscais efetuados sistematicamente de acordo com as leis comerciais e fiscais. Sua apuração é feita na parte A do Livro de Apuração do Lucro Real, mediante adições e exclusões ao lucro líquido do período de apuração (trimestral ou anual) do imposto e compensações de prejuízos fiscais autorizadas pela legislação do imposto de renda, de acordo com as determinações contidas na Instrução Normativa SRF nº 28, de 1978, e demais atos legais e infralegais posteriores.
A pessoa jurídica está obrigada a apurar o lucro real, quando no curso do ano-calendário, houver efetuado o pagamento do imposto de renda devido mensalmente, calculado sobre a base de cálculo estimada. Esta regra alcança, ainda, as pessoas jurídicas, que em qualquer trimestre do ano-calendário tenham arbitrado o lucro ou tenham se utilizado da faculdade de suspender ou reduzir o valor dos pagamentos mensais, mediante a elaboração de balanços ou balancetes mensais (art. 37, § 5º, e art. 57, § 1º da Lei nº 8.981, de 1995, com a nova redação dada pela Lei nº 9.065, de 1995, e IN SRF n° 93, de 1997, arts. 3° a 5°). Estão obrigadas ao regime de tributação com base no lucro real, em cada ano-calendário, as pessoas jurídicas:
a) cuja receita total, ou seja, o somatório da receita bruta mensal, das demais receitas e ganhos de capital, dos ganhos líquidos obtidos em operações realizadas nos mercados de renda variável e dos rendimentos nominais produzidos por aplicações financeiras de renda fixa, da parcela das receitas auferidas nas exportações às pessoas vinculadas ou aos países com tributação favorecida que exceder ao valor já apropriado na escrituração da empresa, na forma da IN SRF nº 38, de 1997, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de R$24.000.000,00 (vinte e quatro milhões de reais), ou de R$2.000.000,00 (dois milhões de reais) multiplicado pelo número de meses do período, quando inferior a doze meses; 
b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; 
c) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; 
d) que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; 
e) que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal do imposto de renda, determinado sobre a base de cálculo estimada, na forma do art. 2º da Lei nº 9.430, de 1996; 
f) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).
	
2.2 FORMAS DE APURAÇÕES
O Lucro Real é apurado a partir do lucro efetivo da pessoa jurídica, ou seja, do resultado das receitas, ganhos e rendimentos auferidos, deduzidos dos custos, das despesas e das perdas, demonstrados através da escrita contábil. O lucro real corresponde ao resultado contábil ajustado pelas adições e exclusões ou compensações estabelecidas em lei, que são feitas extra contabilmente através do Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR.
Para efeito da incidência do imposto sobre a renda, o lucro real das pessoas jurídicas deve ser apurado na data de encerramento do período de apuração (Lei nº 9.430, de 1996, arts. 1º e 2º). O período de apuração encerra-se:
a) nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, no caso de apuração trimestral do imposto de renda;
b) no dia 31 de dezembro de cada ano-calendário, no caso de apuração anual do imposto de renda; 
c) na data da extinção da pessoa jurídica, assim entendida a destinação total de seu acervo líquido; 
d) na data do evento, nos casos de incorporação, fusão ou cisão da pessoa jurídica.
2.3 DESPESAS E CUSTOS DEDÚTIVEIS
	O imposto devido em cada mês será calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% (quinze por cento) sobre a base de cálculo. Já o Lucro Inflacionário acumulado, até 31 de dezembro de 1987, das concessionárias de serviços públicos de energia elétrica e de telecomunicações, das empresas de saneamento básico e das empresas que exploram a atividade de transporte coletivo, observadas as legislações pertinentes, será tributado à alíquota de 6% (Lei n° 7.730, de 1989, art. 28).
2.3.1 ADICIONAL
A alíquota do adicional é única para todas as pessoas jurídicas, inclusive instituições financeiras, sociedades seguradoras e assemelhadas, caindo sobre a parcela da base de cálculo mensal que exceder a R$20.000,00 (vinte mil reais) o percentual de 10% (dez por cento). O valor do adicional é pago integralmente, não sendo permitidas quaisquer deduções.
2.3.2 DEDUÇÕES DO IMPOSTO DE RENDA DEVIDO
A pessoa jurídica, que utilizar a base de cálculo estimada para apurar o imposto de renda mensal, poderá deduzir do imposto devido:
a) incentivos fiscais como Vale-transporte (excesso), Caráter Cultural e Artístico, Programa de Alimentação ao Trabalhador, Atividade Audiovisual, Fundos do Direito da Criança e do Adolescente, em conformidade com a legislação pertinente e as observações contidas no item 7.1.6 do manual da DIPJ; 
b) o imposto de renda pago ou retido na fonte sobre as receitas que integraram a base de cálculo do imposto devido; 
c) imposto pago no exterior sobre lucros disponibilizados, rendimentos e ganhos de capital;
d) o imposto retido na fonte sobre rendimentos pagos ou creditados à filial, sucursal, controlada ou coligada de pessoa jurídica domiciliada no Brasil, não compensado em virtude de a beneficiária ser domiciliada em país enquadrado nas disposições do art. 24 da Lei nº 9.430, de 1996, quando os resultados da filial, sucursal, controlada ou coligada, que contenham os referidos rendimentos, forem computados na determinação do lucro real da pessoa jurídica no Brasil (MP nº 1.858, de 1999, e reedições posteriores; MP n° 1.991-12, de 1999, e reedições posteriores); 
e) o imposto de renda retido na fonte por órgãos públicos, conforme art. 64 da Lei n° 9.430, de 1996.
2.3.4 ADIÇÃO DOS GANHOS E DEMAIS RESULTADOS POSITIVOS
A base de cálculo do Imposto de Renda é a soma do resultado dos percentuais de estimativa sobre a receita bruta da atividade com os demaisganhos, receitas e rendimentos auferidos durante o mês, tais como:
a) o ganho de capital na alienação de bens ou direitos do Ativo Permanente;
b) o ganho auferido na alienação de ouro não ativo financeiro;
c) o ganho de capital obtido na alienação de participação societária permanente em sociedade coligada ou controlada ou que permanecer no ativo da pessoa jurídica até o término do ano-calendário seguinte ao de sua aquisição;
d) o ganho na devolução em bens ou direitos sobre o capital social de outra pessoa jurídica;
e) os rendimentos em operações de mútuo, inclusive as realizadas entre pessoas jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas, exceto se a mutuária for instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil;
f) os ganhos obtidos em operações de cobertura (hedge) em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;
g) 1/120 do saldo do lucro inflacionário acumulado em 31-12-95, corrigido monetariamente até aquela data;
h) as demais receitas não abrangidas pelas letras anteriores, tais como:
- receitas de locação de imóveis, quando este não for o objeto da empresa, deduzidas dos encargos necessários à sua percepção;
- os juros ativos, inclusive os equivalentes à taxa SELIC para títulos federais incidentes sobre impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados;
- as variações monetárias ativas;
- as multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica, ainda que a título de indenização, em virtude de rescisão de contrato, salvo se tiverem por finalidade a reparação de danos patrimoniais;
- bonificações por volumes veiculados pelas agências de publicidade e propaganda;
- descontos financeiros obtidos.
2.3.5 EXCLUSÕES DA RECEITA BRUTA
Na receita bruta não se incluem as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos e os impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário - IPI.
2.4 ESCRITURAÇÃO DO LALUR
O Livro de Apuração do Lucro Real, também conhecido pela sigla LALUR, é um livro de escrituração de natureza eminentemente fiscal, criado pelo Decreto‐Lei nº 1.598, de 1977, conforme previsão do § 2º do art. 177 da Lei nº 6.404, de 1976, e alterações posteriores, e destinado à apuração extra contábil do lucro real sujeito à tributação pelo imposto de renda em cada período de apuração, contendo, ainda, elementos que poderão afetar os resultados de períodos futuros. Sua função é ajustar os demonstrativos contábeis à declaração do imposto de renda com adições e exclusões ao lucro líquido do período base, apurando-se a base de cálculo do imposto de renda devido e controle de valores que devam influenciar a determinação do lucro real de períodos base subsequentes e que não constem da escrituração comercial.
Estão obrigadas à escrituração do LALUR todas as pessoas jurídicas contribuintes do imposto de renda com base no lucro real, inclusive aquelas que espontaneamente optarem por esta forma de apuração.
O LALUR, é composto de duas partes, com igual quantidade de folhas cada uma, reunidas em um só volume encadernado, a saber:
a) Parte A, destinada aos lançamentos de ajuste do lucro líquido do período (adições, exclusões e compensações), tendo como fecho a transcrição da demonstração do lucro real e,
b) Parte B, destinada exclusivamente ao controle dos valores que não constem da escrituração comercial, mas que devam influenciar a determinação do lucro real de períodos futuros quer como adição, quer como exclusão ou compensação.
PARECER DE AUDITORIA
Conforme as demonstrações contábeis pré-estabelecidas da empresa Alfa S.A (tributada pelo Lucro Real), a escrituração da Parte A do LALUR evidenciado na DRE do 1º trimestre de 2016, apontou erros nos lançamentos das adições existentes no período citado, ou seja, a entidade deixou de contabilizar no Livro de Apuração do Lucro Real, um valor totalizado em R$4.376,00 relativos à aquisição de brindes e as despesas com alimentação dos sócios. Deste modo, a distribuição de lucro para os acionistas será menor e as alíquotas para tributação do IRPJ e do CSLL foram calculadas com valor base equivocado, abaixo do devido.
3.1 PARECER DOS AUDITORES
	Aos
Administradores e Acionistas da
Alfa S.A.
1. Examinamos as demonstrações contábeis e escrituração do LALUR da Alfa S.A., levantadas no 1º trimestre de 2016, e as respectivas demonstrações de resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis.
2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos das companhias; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da companhia, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
3. No 1º trimestre de 2016, a entidade não contabilizou as adições referentes à aquisição de brindes e às despesas com alimentação dos sócios, cujo valor total corresponde a R$4.376,00. Como consequência, IRPJ e o CSLL foram calculados com valor abaixo do devido, o que também afetará o resultado de períodos futuros e o saldo de distribuição do lucro entre os acionistas.
4. Em nossa opinião, considerando a relevância dos efeitos do assunto comentado no parágrafo 3, as demonstrações contábeis acima referidas não representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Alfa S.A., 1º trimestre de 2016, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade.
Cidade, data e ano.
 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxx
 Auditor Independente Contador
 CRC-PR-xxx CRC-PR-xxx
 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxx
 Contador Contador
 CRC-PR-xxx CRC-PR-xxx
PERTINENTE A AUDITORIA CONTABÍL
4.1 CONCEITUAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO ENTRE FRAUDES E ERROS
De acordo com a Ata CFC n° 770, de 17/12/97 do Proc. CFC n° 2/97 (NBC T11 – Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis), o termo fraude é o ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis, que pode ser entendido também como o trapacear em algum ato para produzir o resultado que se esperava.
Ainda de acordo com a norma citada anteriormente, o termo erro é o ato não intencional resultante de omissão, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis, ou seja, pode-se concluir que é aquilo que foi detectado pela Auditoria, porém por engano da pessoa que o fez. 
O objetivo principal da auditoria não é a detecção da fraude, mas sim o de emitir uma opinião competente, astuta e cética quanto à veracidade das demonstrações contábeis; no entanto, na execução do trabalho poderão ser detectados erros ou fraudes, cabendo ao auditor o dever de comunicar á administração da empresa, bem como seus reflexos nas demonstrações contábeis, incluindotambém sugestões de correções.
Os erros intencionais ou fraudes podem ser cometidos para: subtrair mercadorias, matérias-primas, produtos e resíduos; subtrair dinheiro, subtrair títulos, iludir o fisco, evitando o pagamento de impostos, dissimular atos sujeitos a penalidades, encobrir falta de terceiros, alterar resultados para usufruir maiores percentagens em lucros, simular ocorrências, iludir a opinião de acionistas e autoridades monetárias, etc.
4.2 TIPOS DE PARECERES DE AUDITORIA E A SITUAÇÃO QUE CADA UM DELES É EMITIDO
O parecer dos auditores é o documento mediante o qual o auditor expressa sua opinião de forma clara e objetiva, sobre as demonstrações contábeis quanto ao adequado atendimento, ou não, a todos os aspectos relevantes. Se o profissional em questão concluir que a fraude e/ou erro têm efeito relevante sobre as demonstrações contábeis e que isso não foi apropriadamente refletido ou corrigido, ele deve emitir seu parecer com ressalva ou com opinião adversa. No entanto, se o auditor não puder determinar se houve a fraude e/ou erro devido a limitações impostas pelas circunstâncias, e não pela entidade, deve avaliar o tipo de parecer e emitir.
O parecer emitido pelo auditor independente compõe-se basicamente, de três parágrafos, como se segue:
a) Parágrafo referente à identificação das demonstrações contábeis e à definição das responsabilidades da administração e dos auditores;
b) Parágrafo referente à extensão dos trabalhos;
c) Parágrafo referente à opinião sobre as demonstrações contábeis. 
O parecer sem ressalva é emitido quando o auditor está convencido sobre todos os aspectos relevantes dos assuntos tratados no âmbito de auditoria expressando essa convicção de forma clara e objetiva, ou seja, as demonstrações financeiras da empresa representam adequadamente a posição patrimonial e financeira e os resultados das operações estão de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e as demonstrações financeiras foram elaboradas conforme a NBC e a legislação específica.
O parecer com ressalva é emitido quando o auditor conclui que o efeito de qualquer discordância ou restrição na extensão de um trabalho não é de tal magnitude que requeira parecer adverso ou abstenção de opinião, ou seja, quando um ou mais valores nas demonstrações financeiras não refletem adequadamente a posição correta ou quando o auditor não consegue obter evidências adequadas que permitam a comprovação desses valores.
O auditor dever emitir parecer adverso quando verificar que as demonstrações contábeis estão incorretas ou incompletas, em tal magnitude que impossibilite a emissão do parecer com ressalva, circunstanciando no parágrafo adicional, todas as razões ponderáveis que o levaram a assim proceder, ou seja, exprimir as demonstrações financeiras que não estão representadas adequadamente à posição patrimonial e financeira e/ou ao resultado das operações e/ou as mutações patrimoniais, e/ou as origens e aplicação dos recursos de acordo com os princípios legais. Neste caso, uma abstenção de opinião não é aconselhável, uma vez que o auditor possui informações suficientes para declarar que as demonstrações financeiras não estão adequadamente apresentadas.
O parecer com abstenção de opinião é emitido quando houver limitação significativa na extensão de seus exames que impossibilitem o auditor de expressar opinião sobre as demonstrações financeiras tomadas em conjunto ou quando decorrer de incertezas relevantes, por não ter obtido comprovação suficiente para fundamentá-la, declarando desta forma, que está impossibilitado de expressar sua opinião sobre estas. Como regra geral, esta impossibilidade de expressão de opinião do auditor é resultante dos seguintes aspectos: 
a) limitação imposta ao objetivo do exame; 
b) existência de fato que afete consideravelmente a posição patrimonial e financeira ou resultado das operações; 
c) existência de incerteza substancial em relação ao montante de um item, impedindo ao auditor a formação de opinião sobre as demonstrações financeiras tomadas em conjunto; 
d) preparação de demonstrações financeiras não auditadas.
O parecer final significa a opinião do auditor a respeito do trabalho realizado, o qual deve ser dirigido à administração. Na sua emissão, o profissional deve ser cauteloso e ponderado, transmitindo sua opinião objetiva, clara e em conformidade com o exame realizado, julgando se os fatos apresentados são confiáveis e exatos, pois a simples afirmação da satisfatoriedade dos mesmos é suficiente. Todavia, o auditor pode também apontar com bases sólidas e provas concretas, os fatos que não são condizentes nem coerentes. Nesse caso, cabe ao auditor orientar de maneira responsável, adequada e objetiva, os leitores, sobre as ocorrências detectadas e os problemas que elas acarretam na entidade, bem como sugerir sugestões para resolvê-lo. 
PERTINENTE A PERÍCIA CONTÁBIL
5.1 USUÁRIOS DA PERÍCIA CONTÁBIL NO ÂMBITO JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL E A IMPORTÂNCIA DA PERÍCIA PARA CADA UM DELES
A Perícia Contábil é uma das áreas de atuação mais importantes da Contabilidade, na qual o perito deve possuir, além da condição legal, capacidade técnica e idoneidade moral e responsabilidade para exercer a profissão. Sua finalidade é a de resolver questões técnicas de contabilidade. A definição segundo as Normas Brasileiras de Perícia Contábil (NBC T.13), nos diz:
A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnicos e científicos destinados a trazer à instância decisória os meios de prova necessários à justa solução, mediante laudo contábil e/ou parecer técnico-contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação específica no que for pertinente.
A perícia judicial realiza-se no âmbito do Poder Judiciário, através de determinação, requerimento ou necessidade de seus agentes ativos, observando regras legais específicas. A primeira condição para o julgamento é a apuração exata dos fatos e o conhecimento preciso das causas de que se origina o litígio. Esta espécie de perícia subdivide-se, em razão de suas finalidades no processo judicial, em meio de prova ou arbitramento. No momento em que a perícia judicial tiver como escopo o aparecimento da verdade real será considerada prova demonstrável científica ou tecnicamente, subsidiando assim a formação da convicção do julgador. Será arbitramento no instante em que tiver o objeto de quantificação, no processo de liquidação, da obrigação de dar em que aquela se constituir.
Segundo Alberto (2000), “a perícia extrajudicial é aquela realizada fora do Estado Poder, através da necessidade e escolha dos entes físicos e jurídicos particulares”, ou seja, não haverá sua submissão a outra pessoa encarregada de arbitrar a questão em conflito. Esta espécie de perícia subdivide-se, de acordo com as finalidades que são designadas, em comprobatórias (a busca da via pericial visa a comprovação das manifestações patológicas da matéria periciada), demonstrativas (a via pretende demonstrar a veracidade ou não do fato ou coisa consultada) e discriminativas (a busca é pela colocação, nos justos termos, dos interesses de cada um dos envolvidos na matéria conflitante). 
5.2 CONCEITUAÇÃO DO LAUDO DE INSTRUÇÃO E SEU EMISSOR
A manifestação do perito é feita por meio de uma peça denominada laudo pericial, que segundo a NBC T 13.6, “é o resultado do trabalho do perito-contador, e, por essa razão, deve ser tratado como máximo de cuidado e zelo.” A palavra laudo é procedente da expressão latina "laudare", que expressa pronunciamento, declaração ou manifestação sobre determinado assunto ou discussão em pauta.
O laudo pericial contábil obedece a certos requisitos - deve ser lavrado na forma escrita e assinado pelo perito contábil, além de ser rubricado, evitando-se qualquer possibilidade de substituição de folhas. Deve ser ainda, completo, claro e circunscrito ao objeto da perícia e fundamentado.
Alberto (2000, p.54) destaca cinco espécies de laudo que são classificadas segundo um conjuntode caracteres, tais como finalidade, técnica utilizada e utilidade:
a) Laudo Pericial - é a manifestação pura e simples da perícia, que deve atender aos requisitos básicos para sua realização. Esta espécie de laudo é diferenciada das demais porque é destinada à formalização de prova, expressando informações e opiniões subsidiárias à decisão, quer seja ela na fase de instrução ou liquidação do processo.
b) Relatório de Vistoria – sabe-se que a vistoria é realizada em um determinado tempo e lugar e a matéria examinada fica restrita ao lugar e tempo em que ela foi efetuada. Este possui como diferencial, a característica de rigor descritivo, pois, utiliza-se entre outros artifícios das reproduções escritas, desenhos, fotografias do que foi matéria da vistoria, ficando restrito e vinculado diretamente às condições de realização da vistoria e do próprio objeto desta. 
c) Laudo de Louvação - o laudo refere-se a questões que envolvem conhecimentos especiais em determinadas áreas como, por exemplo, matemática, finanças, entre outras. E, por se referir ou se utilizar muito de aplicações de outras áreas especiais ou de especialistas, assume a forma de Laudo de Louvação, para a certificação do valor correto de avaliação. Quando este trata da avaliação de bens, coisas, débitos ou créditos, possuirá um quadro de avaliação elaborado com justificativas e critérios técnicos que sustentaram o laudo, com isso os usuários se louvam para a certeza do valor correto avaliado. 
d) Parecer Pericial - esta espécie de laudo é peculiar quanto à expressão da opinião do profissional que o elaborou, segundo as técnicas e abrangências periciais. Sendo, portanto, intensamente solicitado pelo usuário que o utilizará para a defesa de seus interesses ou a título de esclarecimento de um fato. Na esfera judicial pode ser usado para definir determinado padrão de comportamento e tomada de decisão na realização de um negócio. Judicialmente pode ser na instrução da ação proposta para elucidar os fatos, quer seja para contestar ou confirmar as ações, sempre atendendo aos requisitos do CPC, ou ainda pode ser solicitado pelo juízo.
PERTINENTE AO DIREITO TRIBUTÁRIO
O Direito tributário se apresenta como um ramo autônomo do Direito, com características e fins peculiares. O autor Amaro (2009, p.2) define o direito tributário como “(...) a disciplina jurídica dos tributos. Com isso, se abrange todo o conjunto de princípios e normas reguladoras da criação, fiscalização e arrecadação das prestações de natureza tributária.” 
Outro ponto de extrema importância é saber a respeito do tributo, cobrado unicamente pelo Estado onde se aplica da lei para fazer com que este seja legitimo e devido. A descrição de tributo está explicita no CTN em seu art. 3º: ''Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujos dados nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituído em lei e cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada''.
6.1 CONCEITO DOS TRIBUTOS FISCAIS E EXTRAFISCAIS
O tributo é classificado segundo a sua função, sendo distinguido como fiscal ou extrafiscal.
a) FISCALIDADE: o tributo é fiscal quando o Estado-Fisco não tem outra preocupação senão arrecadar, ou seja, pensa-se unicamente em arrecadar, para custear suas atividades, desvinculando-se de qualquer outra preocupação. Essa arrecadação pode ser de tributos vinculados ou não vinculados. No primeiro caso, o estado arrecada para prestar um serviço em contra partida a arrecadação (Ex.: IPVA e IPTU). Já no segundo caso, o estado arrecada por arrecadar, sem qualquer contraprestação estatal específica a arrecadação (Ex.: IR).
b) EXTRAFISCALIDADE: ocorre quando o Estado-Fisco não visa apenas à arrecadação, mas também intervir na sociedade e na economia, por exemplo. Assim, poder-se-á lançar mão de um tributo extrafiscal, no sentido de evitar que uma atividade prejudicial à economia prospere a todo vapor. É o que acontece quando se usa o tributo para desestimular a importação, aumentando as alíquotas para importação de mercadorias, quando existam similares nacionais. Pode-se, também estimular certa atividade através de incentivos fiscais, quando o Estado quer se utilizar da tributação para intervir na economia. (Ex.: IPI - alíquota zero para o carro, para a linha branca, etc.). 
6.2 PAPEL E FUNCIONAMENTO DA ISENÇÃO
 
A isenção tributária é um caso de exclusão, uma espécie de dispensa do crédito tributário e sua incidência decorre de lei (art. 175, inciso I do CTN). O poder público é o competente para exigir tributos e também quem tem o poder de isentar. A União, com o advento da atual Constituição Federal, não pode mais instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios (art. 151, inciso III, da Constituição Federal 1988). 
Na isenção a obrigação tributária surge, mas a lei dispensa o pagamento do tributo, ou seja, ela determina que o contribuinte deixe de arcar com a respectiva obrigação tributária. Como exemplo, temos as isenções do Imposto de Renda e do IPTU.
A isenção tributária pode ser:
1) Condicionada - quando concedida mediante o cumprimento de determinados requisitos exigidos pela lei.
2) Incondicionada - quando a lei apenas descreve a hipótese de concessão da isenção.
3) Por prazo certo - se a lei determina o prazo que o sujeito passivo terá direito à isenção.
4) Por prazo indeterminado - se a lei não define o prazo de concessão do benefício.
6.3 A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
Imunidade Tributária é uma hipótese de não incidência tributária constitucionalmente qualificada, é a renúncia fiscal ou vedação de cobrança de tributo estabelecida em sede constitucional, ou seja, uma proteção que a Constituição Federal confere aos contribuintes. O professor Paulo de Barros Carvalho (1999, p. 178) traz o seguinte conceito de imunidade:
“A classe finita e imediatamente determinável de normas jurídicas, contidas no texto da Constituição Federal, que estabelecem de modo expresso a incompetência das pessoas políticas de direito interno, para expedir regras instituidores de tributos que alcancem situações específicas e suficientemente caracterizadas.” 
A imunidade só atinge a obrigação principal, permanecendo assim as obrigações acessórias.
As imunidades previstas no Art. 150 da Constituição Federal só existem para impostos, que são as chamadas Imunidades Genéricas:
- Imunidade recíproca às pessoas políticas;
- Imunidade do patrimônio, renda e serviços das Autarquias e Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
- Imunidade do patrimônio, da renda e dos serviços dos templos de qualquer culto;
- Imunidade dos Partidos Políticos, Sindicatos dos empregados, Instituições assistências e educacionais sem fins lucrativos;
- Imunidade dos jornais, livros, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
Já as imunidades previstas nos Arts. 153, 155 e 156, da Constituição Federal refere-se a um único imposto, que são as chamadas Imunidades Específicas:
- Imunidade em relação ao IPI;
- Imunidade em relação ao ITR;
- Imunidade em relação ao ICMS;
- Imunidade em relação ao ITBI.
6.4 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
O planejamento tributário (PROENÇA, 2014) representa os procedimentos que visam eliminar ou reduzir a incidência de tributos, portanto, trata-se da atividade empresarial preventiva, que tem como fator a análise dos tributos e que visa com isso identificar e projetar os atos e fatos tributáveis e seus efeitos comparando os resultados prováveis, para os diversos procedimentos para a qual pode incorrer, de maneira a possibilitar a escolha entre as variáveis, da alternativa lícita e menos onerosa e para a empresa.
Na empresa Alfa S.A, com base nas verificações das demonstrações do 1º trimestre de 2016 e da escrituração do LALUR da referida entidade, pode-se afirmar que ela não está cumprindo totalmente as suas obrigações, visto que foi apontado um erro nos lançamentos das adições o que ocasionalmente implicou na seguinte problemática: quandoa empresa deixou de lançar as adições, o valor do lucro diminuiu, ocasionando uma parcela menor de tributação a ser paga.
CONCLUSÃO
Tendo em vista o desenvolvimento deste trabalho, percebeu-se que a auditoria contábil traz grandes benefícios para uma entidade, pois, além de verificar a exatidão das demonstrações contábeis, emite ainda o parecer sobre a adequação com que estas representam a posição patrimonial e financeira da entidade auditada, conforme a NBC e a legislação pertinente. 
REFERÊNCIAS 
ALBERTO, Valder Luiz Palombo Alberto, Perícia Contábil. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2000.
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 4. Ed. São Paulo: Método, 2010, p. 278.
BRASIL. Código de Processo Civil de 1973. São Paulo: Saraiva, 2000. 
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 12. Ed. São Paulo: Saraiva, 1999, p. 178.
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Sistema de Ensino Presencial Conectado
curso de graduação em ciências contábeis
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ÁREAS DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE
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ÁREAS DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE
Trabalho de Produção Textual Interdisciplinar em grupo apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral.
Orientador: Professores Juliane Regina Bettin Santana, Alcides José da Costa Filho, Lilian Lucy dos Santos, Isis Carolina Massi Vicente, Carla Patricia Rodrigues Ramos e Valdeci da Silva Araujo.
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