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Professor Elisson Miessa www.elissonmiessa.com.br Professor Elisson Miessa https://www.facebook.com/groups/processodotrabalhoelissonmiessa www.elissonmiessa.com.br 50 DICAS DE PROCESSO DO TRABALHO/ TRT MG Prova Objetiva http://www.editorajuspodivm.com.br/produtos/elisson-miessa/colecao-tribunais-e-mpu--- processo-do-trabalho---para-analista---3a-ed-rev-amp-e-atual-2015/1514 DICA 1 DICA 2 Princípio da conciliação No rito ordinário, a CLT prevê dois momentos obrigatórios de tentativa de conciliação a ser conduzida pelo juiz: 1ª. Na abertura da audiência inicial e antes da apresentação da defesa (CLT, art. 846); 2ª.Depois das razões finais e antes da sentença, como declina o art. 850 da CLT. Professor Elisson Miessa www.elissonmiessa.com.br Professor Elisson Miessa https://www.facebook.com/groups/processodotrabalhoelissonmiessa www.elissonmiessa.com.br DICA 3 Princípio do jus postulandi O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho (Súmula nº 425 do TST). Também não se aplica o jus postulandi: – nos embargos de terceiros; – nos recursos de peritos e depositários; – nas relações de trabalho (tese majoritária); e – quando extrapolada a seara trabalhista. DICA 4 Competência material A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04 (Súmula vinculante nº 22 do STF). A competência estabelecida pela EC n. 45/2004 não alcança os processos já sentenciados na Justiça Comum (Súmula 367 do STJ). DICA 5 Imunidade de jurisdição O entendimento predominante sobre a imunidade das entidades internacionais é o seguinte: Professor Elisson Miessa www.elissonmiessa.com.br Professor Elisson Miessa https://www.facebook.com/groups/processodotrabalhoelissonmiessa www.elissonmiessa.com.br DICA 6 Competência na complementação de aposentadoria O C. STF decidiu que a competência para o julgamento de tais processos é da Justiça Comum, sob o fundamento de que a complementação de aposentadoria deriva de uma relação previdenciária autônoma, não sendo, portanto, decorrente da relação de trabalho a legitimar a competência da Justiça Laboral. DICA 7 Irrecorribilidade das decisões interlocutória O art. 893, § 1º, da CLT estabelece que as decisões interlocutórias não são recorríveis de imediato. Contudo, o TST criou três exceções em que admite o recurso imediatamente, como se verifica pela Súmula 214 do TST, frequentemente questionadas nas provas para analista e técnico do TRT. Súmula nº 214 do TST Nº 214. Decisão interlocutória. Irrecorribilidade. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. DICA 8 Competência Territorial A competência territorial na Justiça do Trabalho tem como regra o local da prestação dos serviços (CLT, art. 651, caput), mesmo que a contratação tenha ocorrido em outro local ou no estrangeiro. Excetuam-se os seguintes casos: 1) agente ou viajante comercial; 2) empregado brasileiro que trabalha no exterior ; 3) empregador que promove a prestação dos serviços fora do lugar da celebração do contrato. Professor Elisson Miessa www.elissonmiessa.com.br Professor Elisson Miessa https://www.facebook.com/groups/processodotrabalhoelissonmiessa www.elissonmiessa.com.br DICA 9 Competência Territorial de agente ou viajante comercial – Regra principal: competência da Vara do Trabalho que a empresa tenha agência ou filial e a ela o empregado esteja subordinado. – Regra secundária (subsidiária): na falta de agência ou filial ou se o empregado não estiver subordinado a qualquer uma delas, ele poderá optar entre ajuizar a ação no seu domicílio ou a localidade mais próxima. DICA 10 Audiências Nas audiências das reclamações trabalhistas, exige-se, como regra, a presença obrigatória das próprias partes. Existem, porém, as seguintes exceções: - 1) Representação do empregado pelo sindicato nas reclamações plúrimas; - 2) Representação do empregado pelo sindicato nas ações de cumprimento; - 3) Representação do empregador pelo preposto; - 4) Representação do empregado por outro empregado que pertença à mesma profissão ou pelo sindicato, nos casos de doença ou qualquer outro motivo ponderoso. DICA 11 Audiências A representação do empregador pelo seu proposto, em audiências trabalhistas, deve ser feita, em regra, por empregado da empresa (Súmula nº 377 do TST). No entanto, atenta-se para o fato de que somente não há necessidade de ser empregado da empresa o preposto de empregador doméstico e de pequena ou microempresa. DICA 12 Atos processuais Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização expressa do juiz ou presidente. (CLT, art. 770) Professor Elisson Miessa www.elissonmiessa.com.br Professor Elisson Miessa https://www.facebook.com/groups/processodotrabalhoelissonmiessa www.elissonmiessa.com.br DICA 13 Atos processuais Nos termos do art. 815 da CLT: Art. 815 – À hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo feita pelo secretário ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas que devam comparecer. Parágrafo único – Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o juiz ou presidente não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das audiências. Interpretando o parágrafo único do referido artigo, o C. TST entendeu que a tolerância de atraso de 15 minutos aplica-se tão somente ao juiz, ou seja, essa permissão não atinge as partes. Nesse sentido, a Orientação Jurisprudencial nº 245 da SDI-I do TST, in verbis: Orientação Jurisprudencial nº 245 da SDI – I do TST. Revelia. Atraso. Audiência Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte na audiência. Contudo, essa regra somente se aplica quando o juiz atrasar no comparecimento da primeira audiência da pauta. Por outro lado, o atraso decorrente da demora na realização das demais audiências é incapaz de possibilitar a retirada das partes e advogados, de modo que, nessa última hipótese, retirando-se será considerado como ausente. DICA 14 Embora não se admita a presença tão somente do advogado na audiência, caso isso ocorra, poderá ser afastada a revelia, desde que seja apresentado atestado médico, em que conste expressamente a impossibilidade de locomoção do empregadorou do preposto, nos termos da Súmula nº 122 do TST: Súmula nº 122 do TST. Revelia. Atestado médico A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência. Pela referida súmula, percebe-se que não basta a simples apresentação de atestado médico, mas que este contenha expressamente a impossibilidade de locomoção do empregador na audiência. Professor Elisson Miessa www.elissonmiessa.com.br Professor Elisson Miessa https://www.facebook.com/groups/processodotrabalhoelissonmiessa www.elissonmiessa.com.br DICA 15 Mandato Súmula nº 395 do TST. Mandato e substabelecimento. Condições de validade I – Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda. II – Diante da existência de previsão, no mandato, fixando termo para sua juntada, o instrumento de mandato só tem validade se anexado ao processo dentro do aludido prazo. III – São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do Código Civil de 2002). IV – Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é anterior à outorga passada ao substabelecente. DICA 16 Honorários advocatícios Súmula nº 219 do TST: Honorários Advocatícios. Hipótese de Cabimento. I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios, nunca superiores a 15% (quinze por cento), não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. (art.14,§1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305da SBDI-I) II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista. III - São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego. DICA 17 Representação por advogado Súmula nº 383 do TST. Mandato. Arts. 13 e 37 do CPC. Fase recursal. Inaplicabilidade I – É inadmissível, em instância recursal, o oferecimento tardio de procuração, nos termos do art. 37 do CPC, ainda que mediante protesto por posterior juntada, já que a interposição de recurso não pode ser reputada ato urgente. II – Inadmissível na fase recursal a regularização da representação processual, na forma do art. 13 do CPC, cuja aplicação se restringe ao Juízo de 1º grau. Assim, para o C. TST tanto o art. 37 como o art. 13, ambos do CPC, são inaplicáveis na fase recursal. Professor Elisson Miessa www.elissonmiessa.com.br Professor Elisson Miessa https://www.facebook.com/groups/processodotrabalhoelissonmiessa www.elissonmiessa.com.br DICA 18 O art. 767 da CLT impõe que a compensação e a retenção só podem ser arguidas como matéria de defesa, vez que são fatos modificativos, enquadram-se, pois, como defesa de mérito indireta. No mesmo sentido, a Súmula nº 48 do TST: Súmula nº 48 do TST. Compensação A compensação só poderá ser arguida com a contestação. Ademais, a compensação, na Justiça do Trabalho, está restrita a dívidas de natureza trabalhista (Súmula nº 18 do TST). DICA 19 Ônus da prova nas horas extras Súmula nº 338 do TST: Jornada de trabalho. Registro. Ônus da prova. I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. DICA 20 Interrogatório e depoimento pessoal Súmula nº 74 do TST: Confissão I - Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. II - A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. III - A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo. Professor Elisson Miessa www.elissonmiessa.com.br Professor Elisson Miessa https://www.facebook.com/groups/processodotrabalhoelissonmiessa www.elissonmiessa.com.br DICA 21 Prova testemunhal Nos termos da CLT, não prestará compromisso a testemunha que for: a) parente até o terceiro grau civil; b) amigo íntimo; ou c) inimigo de qualquer das partes.(CLT, art. 829) DICA 22 Prova testemunhal O processo do trabalho define o número de testemunhas por partes e não por fatos. Além disso, a quantidade é delimitada de acordo como o procedimento, como se verifica pelo quadro a seguir: Ordinário 3 Sumaríssimo 2 Inquérito para apuração de falta grave 6 DICA 23 Prova documental O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado autêntico pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal. Impugnada a autenticidade da cópia, a parte que a produziu será intimada para apresentar cópias devidamente autenticadas ou o original, cabendo ao serventuário competente proceder à conferência e certificar a conformidade entre esses documentos (CLT, art. 830). DICA 24 Prova pericial Tratando-se de pedido de adicional de periculosidade e insalubridade, a realização da perícia é obrigatória, mesmo que o reclamado seja revel e confesso quanto à matéria de fato, como disciplina o art. 195, § 2º, da CLT. Não sendo possível a realização da perícia da insalubridade ou da periculosidade pelo fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-se de outros meios de prova (OJ nº 278 da SDI-I do TST). Professor Elisson Miessa www.elissonmiessa.com.br Professor Elisson Miessa https://www.facebook.com/groups/processodotrabalhoelissonmiessa www.elissonmiessa.com.br DICA 25 Prova pericial A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita (CLT, art. 790-B). Atente-se, porém, que a União é responsável pelo pagamento dos honorários de perito quando a parte sucumbente no objeto da perícia for beneficiária da assistência judiciária gratuita (Súmula 457 do TST) DICA 26 Meios de impugnação da antecipação dos efeitos da tutela Nos termos da Súmula nº 414 do TST: I - A antecipação da tutela concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. A ação cautelar é o meio própriopara se obter efeito suspensivo a recurso. II - No caso da tutela antecipada (ou liminar) ser concedida antes da sentença, cabe a impetração do mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. Cumpre salientar que, nos tribunais, compete ao relator decidir sobre o pedido de antecipação de tutela, submetendo sua decisão ao colegiado respectivo, independentemente de pauta, na sessão imediatamente subsequente (OJ nº 68 da SDI-II do TST). A decisão do relator poderá ser impugnada por meio do agravo regimental. Em resumo, podemos esquematizar da seguinte forma: MOMENTO DE CONCESSÃO DA TUTELA ANTECIPADA MEIO DE IMPUGNAÇÃO Antes da sentença Mandado de segurança Na sentença Recurso ordinário, podendo obter efeito suspensivo por meio da ação cautelar No tribunal pelo relator Agravo regimental Professor Elisson Miessa www.elissonmiessa.com.br Professor Elisson Miessa https://www.facebook.com/groups/processodotrabalhoelissonmiessa www.elissonmiessa.com.br DICA 27 Procedimento Sumaríssimo O procedimento sumaríssimo é aplicável aos dissídios individuais que não exceda 40 vezes o salário-mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. DICA 28 Depósito Recursal Exige depósito recursal Não exige depósito recursal Recurso ordinário Pedido de revisão Recurso de revista Embargos de declaração Agravo de petição, quando não estiver garantido o juízo Agravo de petição, se já estiver garantido o juízo Agravo de instrumento Agravo regimental e/ou interno Embargos para a SDI (divergência) Embargos infringentes no TST (CLT, art. 894, I) Recurso extraordinário Recurso ordinário em dissídio coletivo (TST-IN nº 3,V) DICA 29 Depósito recursal no agravo de instrumento Na hipótese de agravo de instrumento, o depósito recursal corresponderá a 50% do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar (CLT, art. 899, § 7º, da CLT). Atente-se para o fato de que, quando o agravo de instrumento tiver a finalidade de destrancar recurso de revista que se insurge contra decisão que contraria a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciada nas suas súmulas ou em orientação jurisprudencial, não haverá obrigatoriedade de se efetuar o depósito recursal, conforme dispõe o art. 899, § 8º, da CLT. Professor Elisson Miessa www.elissonmiessa.com.br Professor Elisson Miessa https://www.facebook.com/groups/processodotrabalhoelissonmiessa www.elissonmiessa.com.br DICA 30 Depósito recursal Súmula nº 128 do TST: Depósito recursal. I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso. II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide. DICA 31 Tempestividade Súmula nº 434 do TST: Recurso. Interposição antes da Publicação do Acórdão Impugnado. Extemporaneidade. I - É extemporâneo recurso interposto antes de publicado o acórdão impugnado. II - A interrupção do prazo recursal em razão da interposição de embargos de declaração pela parte adversa não acarreta qualquer prejuízo àquele que apresentou seu recurso tempestivamente. DICA 32 Embargos de declaração Os embargos de declaração fogem à regra dos prazos recursais do processo trabalhista, tendo o prazo de 5 dias para interposição. Ademais, sua interposição gera o efeito de interromper os prazos dos recursos posteriores. Esse efeito não ocorrerá quando se tratar de embargos de declaração: 1) intempestivos; 2) com irregularidade na representação da parte; ou 3) ausente de assinatura (CLT, art. 897-A, § 3º). Professor Elisson Miessa www.elissonmiessa.com.br Professor Elisson Miessa https://www.facebook.com/groups/processodotrabalhoelissonmiessa www.elissonmiessa.com.br DICA 33 Recurso de Revista do rito Sumaríssimo Nas causas sujeitas ao rito sumaríssimo, somente será admitido o recurso de revista por: 1) contrariedade à súmula do TST; DICA 34 Recurso de Revista na fase de execução Na fase de execução, o cabimento do recurso de revista é ainda mais restrito, sendo admitido apenas quando houver ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal (CLT, art. 896, § 2º e Súmula nº 266 do TST). DICA 35 Embargos de divergência no rito sumaríssimo Cabem embargos de divergência, no rito sumaríssimo, quando houver: 1) divergência na interpretação na Constituição Federal; 2) confronto com súmula do TST; ou 3) confronto com súmula vinculante do STF. Professor Elisson Miessa www.elissonmiessa.com.br Professor Elisson Miessa https://www.facebook.com/groups/processodotrabalhoelissonmiessa www.elissonmiessa.com.br DICA 36 Recurso de Revista de causas Repetitivas O art. 896-C, caput, da CLT passou a estabelecer que, na hipótese de multiplicidade de recursos de revista fundados em idêntica questão de direito e considerando a relevância da matéria ou a existência de entendimentos divergentes entre os ministros da SDI ou das Turmas do TST, a questão poderá ser afetada à Seção Especializada em Dissídios Individuais ou ao Tribunal Pleno, por decisão da maioria simples de seus membros, mediante requerimento de um dos ministros que compõem a Seção Especializada. DICA 37 Recurso adesivo O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, no prazo de 8 (oito) dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de agravo de petição, de revista e de embargos, sendo desnecessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto pela parte contrária (Súmula 283 do TST). DICA 38 Execução A correção monetária não incide sobre o débito do trabalhador reclamante (Súmula 187 do TST) DICA 39 Execução Na fase de execução, a citação é feita por oficial de justiça (CLT, art. 880, § 2º). É possível, ainda, a citação por edital, desde que preencha, cumulativamente, dois requisitos: a) o executado seja procurado 2 vezes no espaço de 48 horas; b) o executado não seja encontrado. Professor Elisson Miessa www.elissonmiessa.com.br Professor Elisson Miessa https://www.facebook.com/groups/processodotrabalhoelissonmiessa www.elissonmiessa.com.br DICA 40 Execução Súmula nº 417 do TST: Mandado de segurança. Penhora em dinheiro. I - Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina penhora em dinheiro do executado, em execução definitiva, para garantir crédito exeqüendo, uma vez que obedece à gradação prevista no art. 655 do CPC. II - Havendo discordância do credor, em execução definitiva, não tem o executado direito líquido e certo a que os valores penhorados em dinheiro fiquem depositados no próprio banco, ainda que atenda aos requisitos do art. 666, I, do CPC. III - Em se tratando de execução provisória, fere direito líquido e certo do impetrante a determinaçãode penhora em dinheiro, quando nomeados outros bens à penhora, pois o executado tem direito a que a execução se processe da forma que lhe seja menos gravosa, nos termos do art. 620 do CPC. DICA 41 Execução A arrematação far-se-á em dia, hora e lugar anunciados, e os bens serão vendidos pelo maior lance, tendo o exequente preferência para a adjudicação. O arrematante deverá garantir o lance com o sinal correspondente a 20% do seu valor. Não havendo licitante, e não requerendo o exequente a adjudicação dos bens penhorados, eles poderão ser vendidos por leiloeiro nomeado pelo juiz. Se o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 horas, o preço da arrematação perderá, em benefício da execução, o sinal correspondente a 20%, voltando à praça os bens executados. (CLT, art. 888) DICA 42 Embargos à execução Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado cinco dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação. A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da dívida (CLT, art. 884, caput e § 1º). Professor Elisson Miessa www.elissonmiessa.com.br Professor Elisson Miessa https://www.facebook.com/groups/processodotrabalhoelissonmiessa www.elissonmiessa.com.br DICA 43 Embargos de terceiros Na execução por carta precatória, os embargos de terceiro serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem, unicamente, sobre vícios ou irregularidades da penhora, avaliação ou alienação dos bens, praticados pelo juízo deprecado, em que a competência será deste último (Súmula 419 do TST). DICA 44 Ação Civil Pública A competência da ação civil pública pode ser esquematizada da seguinte forma: Extensão do dano Competência Dano local Vara do Trabalho do local do dano Dano regional Qualquer das Varas das localidades atingidas, ainda que vinculadas a Tribunais Regionais do Trabalho distintos Dano suprarregional ou nacional Competência concorrente para a ação civil pública das Varas do Trabalho das sedes dos TRTs DICA 45 Ação Rescisória A competência para o julgamento da ação rescisória será sempre de um tribunal, ou seja, jamais será ajuizada na vara do trabalho. A definição de qual tribunal irá processar e julgar a ação rescisória é encontrada pela decisão de mérito que se busca desconstituir. Assim, define-se a competência para a ação rescisória da seguinte forma: Tribunal Regional do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho a) competência para rescindir seus próprios julgamentos b) competência para rescindir as decisões proferidas pelas varas do trabalho a ele vinculadas competência para rescindir seus próprios julgamentos Professor Elisson Miessa www.elissonmiessa.com.br Professor Elisson Miessa https://www.facebook.com/groups/processodotrabalhoelissonmiessa www.elissonmiessa.com.br DICA 46 Ação Rescisória A ação rescisória pode ser ajuizada no prazo decadencial de 2 anos do trânsito em julgado da decisão. Cabe memorizar as seguintes diretrizes sobre o prazo decadencial (Súmula nº 100 do TST): 1) o prazo decadencial conta-se do dia imediatamente subsequente ao trânsito em julgado da última decisão proferida na causa, seja de mérito ou não; 2) a interposição de recurso intempestivo ou a interposição de recurso incabível não protrai o termo inicial do prazo decadencial, salvo se houver dúvida razoável; 3) o termo conciliatório transita em julgado na data da sua homologação judicial; DICA 47 Ação Rescisória Havendo recurso parcial no processo principal, o trânsito em julgado dá-se em momentos e em tribunais diferentes, contando-se o prazo decadencial para a ação rescisória do trânsito em julgado de cada decisão, salvo se o recurso tratar de preliminar ou prejudicial que possa tornar insubsistente a decisão recorrida, hipótese em que flui a decadência a partir do trânsito em julgado da decisão que julgar o recurso parcial (Sumula 100, II, do TST) DICA 48 Mandado de segurança A competência para o julgamento do mandado de segurança, no processo do trabalho, é definida da seguinte forma: Competência Autoridade coatora TST Atos dos ministros do TST TRT Atos dos juízes da Vara do Trabalho ou do TRT (desembargadores) e seus servidores Vara do Trabalho Atos de autoridades que não façam parte do Judiciário trabalhista (ex., delegado regional do trabalho) Professor Elisson Miessa www.elissonmiessa.com.br Professor Elisson Miessa https://www.facebook.com/groups/processodotrabalhoelissonmiessa www.elissonmiessa.com.br DICA 49 Mandado de Segurança É cabível a impetração de mandado de segurança: 1) da tutela antecipada concedida antes da sentença (Súmula nº 414, II); 2) quando deferida reintegração de emprego em ação cautelar (OJ nº 63 da SDI II do TST); 3) quando exigido depósito prévio para custeio dos honorários periciais (OJ nº 98 da SDI II do TST); 4) de decisão que determina o bloqueio de numerário existente em conta-salário, para satisfação de crédito trabalhista, ainda que seja limitado a determinado percentual dos valores recebidos ou a valor revertido para fundo de aplicação ou poupança (OJ nº 153 da SDI II do TST) DICA 50 Mandado de Segurança Não fere direito líquido e certo a concessão de tutela antecipada ou liminar para: 1) reintegração de empregado protegido por estabilidade provisória decorrente de lei ou norma coletiva (OJ 64 da SDI II do TST); 2) reintegração de dirigente sindical (OJ 65 da SDI II do TST) – exceto no caso de suspensão até decisão final do inquérito para apuração de falta grave (OJ 137 da SDI II do TST); 3) reintegração do empregado quando demonstrada a razoabilidade do direito subjetivo material, como nos casos de anistiado, aposentado, integrante de comissão de fábrica, dirigente sindical, portador de doença profissional, portador de vírus HIV ou detentor de estabilidade provisória prevista em norma coletiva. (OJ 142 da SDI II do TST) 4) obstar transferência de empregado (OJ 67 da SDI II do TST) Professor Elisson Miessa www.elissonmiessa.com.br Professor Elisson Miessa https://www.facebook.com/groups/processodotrabalhoelissonmiessa www.elissonmiessa.com.br Bibliografia específica para ANALISTA e TÉCNICO TRT REVISAÇO PROCESSO DO TRABALHO – 1008 Questões (Livro imprescindível para as provas do TRT) http://www.editorajuspodivm.com.br/produtos/elisson-miessa/revisaco- processo-do-trabalho---1008-questoes-comentadas-alternativa-por- alternativa-2015/1670 Processo do Trabalho para Analista TRT 3 Edição http://www.editorajuspodivm.com.br/produtos/elisson-miessa/colecao- tribunais-e-mpu---processo-do-trabalho---para-analista---3a-ed-rev-amp-e- atual-2015/1514 Vade-Mecum para Técnico e Analista TRT http://www.editorajuspodivm.com.br/produtos/henrique-correia/vade-mecum-- -analista-e-tecnico-do-trt-2015/1653 Noções de Direito e Processo do Trabalho para Técnico TRT 3 Edição http://www.editorajuspodivm.com.br/produtos/henrique-correia/colecao- tribunais-e-mpu---nocoes-de-direito-do-trabalho-e-processo-do-trabalho--- para-tecnico---2a-ed-rev-amp-e-atual-2015/1606 CURSO ANALISTA JUDICIÁRIO AVANÇADO (Cers on-line) https://www.cers.com.br/
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