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Das Regras Especiais de Pagamento e das Formas 1

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E pra fechar com chave de ouro...
Do Adimplemento e Extinção das obrigações
Aldayane Rodrigues
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Com o efeito liberatório do pagamento, a obrigação se extingue para ele
Paga ao credor e se coloca no lugar deste com os mesmos direitos e garantias que ele tinha NA MESMA RELAÇÃO OBRIGACIONAL).
Pagamento libera devedor frente a credor originário.
Obrigação
Credor
Devedor
Terceiro Interessado
Pagamento com Sub-Rogação
Mesmo que substituir
Pagamento com Sub-Rogação
Valor da Obri. R$ 50mil
Patrimônio do Devedor R$30mil
Obrigação
Valor da obrig. R$50mil
1-Terceiro paga para o credor o valor de 50% da obrigação(R$25mil)
2- Terceiro se sub-roga em R$25mil e a dívida do credor subsiste nos R$25mil restantes
3-No caso de cobrança da dívida e o patrimônio do devedor ser de R$30mil, não podendo responder pelas duas dívidas, terá a do credor originário preferência em relação a do terceiro
4- Neste caso o credor originário receberia os R$25mil restantes e o terceiro só receberia R$5mil, restando R$20mil a descoberto
Sub-Rogação Legal
Em três hipóteses configura-se a sub-rogação legal, ou seja, de pleno direito (Art. 346, do CC:
I – Em favor do CREDOR que paga a dívida do devedor comum: 
II – Em favor do ADQUIRENTE do imóvel hipotecado, que paga ao credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado do direito sobre o imóvel;
III – Em favor do TERCEIRO INTERESSADO, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
Sub-rogação legal é a substituição por força de lei
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Sub-Rogação Convencional, Art. 347, CC
Credor
Devedor
 Terceiro
Obrigação
II- Quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito.
2- Credor, ao manifestar seu querer favorável à sub-rogação faz com que ela se produza.
Devedor
Credor
I: o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos
É convencional quando a substituição de credores se dar por meio de um negócio jurídico na mesma relação obrigacional
II exemplo n]1: produtores de cacau está devendo muito dinheiro ao banco privado. A caixa empresta dinheiro para os produtores pra eles pagarem ao banco privado e sub-roga-se nos direitos do banco privado contra eles.
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Independente do pagamento
Requer pagamento
Manifestação de vontade
Pode ou não advir da vontade
Visa o lucro
Somente assegura a quem solveu o débito o direito de se reembolsar
Exige a notificação
Dispensa a notificação
Não tem transferência de direito creditório
Sempre terá transferência de crédito consensual
Sub-rogação x Cessão de Crédito
A cessão de crédito serve de anteparo para a sub-rogação, do 	que se entende que nas cessões de crédito há efeito sub-rogatório (Art. 348, CC)
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Efeitos da Sub-Rogação
Liberatório
Translativo
 Transmissão de direitos. Transmissão da posição jurídica (Art. 349, CC); 
Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os direitos e as ações do credor, senão até à soma que tiver desembolsado para desobrigar o devedor (Art.350) 
Alcance da sub-rogação (Art. 350, CC); 
Pagamento parcial. Credor originário e credor sub-rogado. Preferência (Art. 351);
Liberatório: pela extinção do débito em relação ao credor original
Translativo: pela transferência da relação obrigacional para o novo credor
Obs: Vale lembrar ainda que, nos termos do Art. 349 A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo em relação à dívida contra o devedor principal e os fiadores.
OBS: fiador paga 9 titulo de 10 só pode cobrar do devedor 9
Nos termos do art. 350 do CC só poderá cobrar do devedor aquilo que efetivamente ele desembolsou, para que evitar enriquecimento sem causa.
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“É a operação pela qual o devedor de dois ou mais débitos da mesma natureza a um só credor, o próprio credor em seu lugar ou a lei indicam qual deles o pagamento extinguirá, por ser este insuficiente para solver a todos (DINIZ, 2014, p.308)”.
Requisitos
Espécies
Efeitos
Requisitos
Espécies
Efeitos
Imputação do Pagamento
1 – Existência de dualidade ou pluralidade de dívidas;
2 – Identidade de devedor e de credor;
3 – Igual natureza dos débitos;
4 – Suficiência do pagamento para resgatar qualquer das dívidas
-Imputação do pagamento feita pelo DEVEDOR (Arts. 314, 352 e 353, CC);
-Imputação do pagamento pelo CREDOR (Art. 353; CC);
-Imputação do pagamento feita pela LEI (Art. 355);
Definição
Definição
Extinguir o débito a que se dirige com todas as garantias reais e pessoais.
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Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á PRIMEIRO nos JUROS VENCIDOS, e DEPOIS no CAPITAL, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital.
Imputação do Pagamento, Art. 354
O Art. Tem natureza subsidiária e, claramente opta por proteger o credor, visto que o capital continuará rendendo juros; 
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Regras quanto a imputação de pagamento na forma do Art. 379, CC
Havendo várias dívidas a compensar, deve ser obedecida a seguinte ordem:
Tem o devedor o direito subjetivo de apontar a dívida que pretende compensar (Art. 352, CC);
No silêncio do devedor, pode o credor fazer a imputação quitando uma delas (Art. 353 CC);
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Regras quanto a imputação de pagamento na forma do Art. 379, CC
No silêncio de ambas as partes, procede-se à seguinte imputação legal (Art. 354 e Art. 355 CC);
por construção doutrinária, proporcionalmente a cada dívida, se de mesmo valor, vencidas e líquidas ao mesmo tempo;
prioridade para os juros vencidos;
prioridade para as líquidas e vencidas; 
prioridade para a mais onerosas, em detrimento das menos vultuosas, se vencidas e líquidas ao mesmo tempo;
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Imputação do Pagamento
1 – Art. 352: Compete ao devedor fazer a imputação do pagamento.
2 – Art. 353: Se o devedor não se pronuncia, poderá o credor, na quitação, dizer em qual dívida imputa o pagamento.
3 – Art. 355: Sendo omissos, credor e devedor, a lei disciplina como se dará a imputação do pagamento:
Art. 355, Forma da lei: Em 1º lugar: dívidas líquidas e vencidas; Se as dívidas forem TODAS líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa;
Débitos da mesma natureza
Direito de imputar
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Existência de débito vencido
Entrega de coisa diversa da devida
Consentimento do credor
Animus Solvendi
Objetivo: Extinção da obrigação
Caracterização: Pagamento Indireto
Dação em Pagamento
Arts: 356 a 359
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Evicção da coisa dada em Pagamento
“Ocorre a evicção - que traduz a ideia de ‘perda’ -, quando o adquirente de um bem vem a perder a sua propriedade ou posse em virtude de decisão judicial que reconhece direito de terceiro sobre o mesmo (STOLZE, PAMPLONA FILHO, 2015, p,217)”.
	O ALIENANTE: que responderá pelos riscos da evicção;
	O EVICTO: o adquirente, que sucumbe à pretensão reivindicatória do terceiro;
	O EVICTOR: o terceiro que prova o seu direito anterior sobre a coisa;
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Nulidade da Dação em Pagamento
A jurisprudência tem considerado numa a datio in soluto se:
Feita por erro e compreensiva de todos os haveres do devedor (RT, 140:556);
Efetuada por ascendente a descendente, sem assentimento dos demais descendentes (RT, 165:309,167:215);
Realizada no período suspeito de falência, ainda em favor de credor privilegiado (RT, 134:566);
Levada a efeito com fraude de credores (RT, 140:556);
	
	
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Existência de uma obrigação anterior
Elemento Novo
(liquidi novi)
NOVAÇÃO
Animus novandi
Constituição de nova obrigação
Novação
Para que se tenha a Novação é necessário o concurso dos seguintes elementos:
Que não pode ser nula e que não esteja extinta (Art 367);
Diferente de renegociação
Não precisa de
declaração expressa, apenas que o juiz analise se houve a intenção de novar (as circunstâncias).
Novação
Mista
Subjetiva ou Pessoal
II e III
Objetiva ou Real
I
Mista
Passiva
Ativa
Delegação: 
o devedor antigo participa do ato novatório
Expromissão:
Art. 362: (expulsão, independe da vontade do devedor
Espécies de Novação, Art. 360 CC
**Em regra a novação tem natureza negocial (deriva da vontade das partes e não da lei, exceção do art. 59 da lei de falências
Concurso delegante
delegado
Credor
Extinção de todas as garantias e acessórios, sempre que não houver estipulação em contrário (Art. 364, CC)
Extinção das ações ligadas à obrigação anterior (efeito liberatório)
Desaparecimento do estado de mora do devedor
Subsistência de preferências e garantias do novado na hipótese do Art.365 CC
Perda, por parte do novo devedor, do benefício de todas as exceções resultantes da antiga obrigação
Efeitos da Novação quanto a obrigação extinta
Paralisação dos juros inerentes ao débito extinto
Desaparecimento de fiança, que garantia a obrigação extinta (Art.366 CC)
Insolvência do novo devedor correrá por conta do risco do credor (Art. 363 CC
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Paralelo da Novação com Institutos Afins
Novação subjetiva passiva por delegação: um novo devedor sucede ao antigo, a obrigação primária é extinta; há animus novandi;
CESSÃO DE DÉBITO: o novo devedor assume a dívida permanecendo o mesmo vínculo obrigacional; Não há animus novandi;
Novação subjetiva passiva: a obrigação primitiva é extinta com a aquisição de nova obrigação com o mesmo conteúdo objetivo, mas com diversidade substancial no polo passivo;
PAGAMENTO POR TERCEIRO (interessado ou desinteressado): A dívida é extinta pelo adimplemento;
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Operar por de lei, sempre que os requisitos estabelecidos nos artigos seguintes forem satisfeitos
Determinada em sentença pelo juiz. Note-se que será o magistrado que constituirá a compensação, não havendo necessidade de prévia existência da forma legal ou convencional
As partes, diante da impossibilidade de compensação legal, acordam estrutura própria de compensação, extinguindo total ou parcialmente os créditos.
Compensação
LEGAL
CONVENCIONAL
JUDICIAL
Conceito: a compensação é uma forma de extinção das obrigações em que as partes são, reciprocamente, credora e devedora uma da outra (art. 368, CC)
OBS: não posso confundir a compensação com a confusão, prevista no art. 381, pois, nesta última, as qualidades de credor e devedor reúnem se na mesma pessoa.
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Requisitos da Compensação Legal
Reciprocidade das obrigações (Art. 368, CC);
Liquidez das dívidas (Art. 369, CC);
Exigibilidade atual das prestações (Art. 369, CC);
Fungibilidade dos débitos (Art. 369, CC);
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Requisitos da Compensação Legal
Homogeneidade ou identidade de qualidade das dívidas (Art. 370)
Diversidade ou diferença de causa (Art. 373, CC);
Ausência de renúncia prévia de um dos devedores (2ª parte do Art. 375, CC);
Falta de estipulação entre as partes excluindo a possibilidade de compensação (1ª parte do Art. 375, CC);
Homogeneidade: os débitos precisam ser da mesma natureza, ex: dinheiro com dinheiro, gado nelore compensa com gado nelore, café do tipo a compensa com café do tipo a.
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Requisitos da Compensação Legal
Dedução das despesas necessárias com o pagamento se as dívidas não forem pagáveis no mesmo lugar (Art. 378, CC);
Observância das normas sobre imputação do pagamento (Art. 379, CC)
Ausência de prejuízo a terceiros (Art. 380, CC)
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Hipóteses de Impossibilidade de Compensação
I - Dúvidas provenientes de esbulho, furto ou roubo;
II – Se uma das dívidas se originar de comodato, depósito ou alimentos***;
III – Se uma das dívidas for de coisa suscetível de penhora;
Art. 373: A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, exceto:
Causa se refere ao motivo que criou a obrigação
II: não pode compensar, pois no caso do comodato que é um contrato de confiança n é possivel, pois se n haveria quebra de confiança. A pessoa que está usando meu carro em contrato de comodato e tem um crédito comigo não pode dizer que n vai me devolver meu carro pq vai compensar, tem que pedir por vias ordinárias. O depósito (guarda de uma coisa) tb é um contrato de confiança, ex: um estacionamanto guarda meu carro e depois diz que vai compensar pq eu estou devendo, tb n é possivel. Quando se trata de alimentos (pensão) n é possivel compensar.
III: ex: o empregador n pode penhorar o salário de um empregado alegando compensação de um credito que o empregado tem contra ele. O mesmo ocorre com o correntista, o banco não pode, sem autorização superior especifica bloquear o salário de correntista. 
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Não é possível a compensação do crédito do representante com a dívida do representando (e vice versa).
CREDOR
REPRESENTADO
REPRESENTANTE
Obrigação em nome de terceiro (Art. 376, CC) 
Unidade da relação obrigacional
União, na mesma pessoa, das qualidades de credor e devedor
Ausência de separação de patrimônios
Da Confusão
Caio Mário da Silva (2013, p,232 apud Diniz, 2015, p.387) enumera, com muita propriedade, os requisitos essenciais da confusão:
Extinção
É a aglutinação, em uma única pessoa e relativamente à mesma relação jurídica, das qualidades de credor e devedor, por ato inter vivos ou causa mortis, operando a extinção do crédito (Art. 381, CC).
Espécies
Efeitos
Espécies
Efeitos
Confusão
Definição
Definição
CONFUSÃO TOTAL OU PRÓPRIA: Se se realizar relativamente a toda dívida ou crédito;
CONFUSÃO PARCIAL OU IMPRÓPRIA: Se se efetivar apenas em relação a uma parte do débito ou crédito;
Extinção
Extinguir não só a obrigação principal, desde que na mesma pessoa se reúnam, as qualidades de credor e devedor, mas também a acessória, ante o princípio acessorium sequitur principale; a recíproca porém não é verdadeira (DINIZ, 2014, p.391)
Cessará a confusão, operando-se a restauração da obrigação com todos os seus acessórios, se ela decorrer de uma situação jurídica transitória ou de uma relação jurídica ineficaz (Art, 384, CC)
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Da Remissão das Dívidas
RENÚNCIA
REMIÇÃO
REMISSÃO
Esclarecimentos terminológicos:
CONCEITO DE REMISSÃO
Perdão do Débito
Direito exclusivo do credor de exonerar o devedor
Ato bilateral, porque depende da aceitação do devedor (Art. 385)
Art. 385
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Espécies de Remissão
	 Quanto ao objeto pode ser: 
		Total		Parcial
Expressa: recomenda-se a estipulação em instrumento público ou particular (carta, testamento, etc);
Tácita: Prevista nos arts. 386 e 387 CC:
Art. 386. A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular, prova desoneração do devedor e seus co-obrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir.
Art. 387. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a extinção da dívida.
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Casos de Remissão Presumida
Devolução voluntária do título da obrigação por escrito particular (Art, 386, CC);
Restituição do objeto empenhado (Art. 387, CC); 
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Liberação do devedor principal extingue as garantias reais e fidejussórias
Extinção da obrigação
Indivisibilidade da obrigação impede, mesmo se um dos credores remitir o débito, a extinção da obrigação em relação aos demais (Art. 262, CC)
Extinção da execução (CPC, Art. 794, II), se houver perdão de toda a dívida.
Ausência de prejuízo a terceiro, com a extinção da obrigação por perdão do débito aceito pelo devedor (Art. 385, CC)
Efeitos da Remissão das dívidas
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Remissão a Codevedor
Art. 388. A remissão concedida a um dos co-devedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida.
Remissão e solidariedade:
Remissão do débito e remissão da
solidariedade: 
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Do Inadimplemento e Extinção das obrigações
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Do Inadimplemento das Obrigações
INDENIZAÇÃO
JUROS
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS ATUALIZADOS
PERDAS E DANOS ATUALIZADOS
EQUIVALENTE
Hipóteses de não cumprimento da obrigação
Inadimplemento culposo no cumprimento da obrigação (Art. 389)
 Trata de inadimplemento culposo absoluto
Inadimplemento fortuito da obrigação (Art. 393, CC)
 Caso fortuito e força maior;
 Fortuito interno;
 Fortuito e mora;
Inadimplemento Relativo: Mora
Mora
Diferenças:
ESPÉCIES
Inadimplemento absoluto
Mora solvendi, debendi ou debitoris
Mora accipiendi, credendi ou creditoris
Mora de ambos os contratantes
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Mora do Devedor
Mora ex re
Mora ex persona
REQUISITOS
1- Existência da dívida líquida e certa
2 – O vencimento (exigibilidade) da dívida;
3- A culpa do devedor
EFEITOS
1 – responsabilidade do devedor pelos prejuízos causados pela mora ao credor (Art. 395, CC);
2- Possibilidade de o credor exigir a satisfação das perdas e danos, rejeitando a prestação, se devido à mora ela se tornou inútil (Art. 395, parágrafo único), ou perdeu seu valor;
3- Responsabilidade do devedor moroso pela impossibilidade da prestação, mesmo decorrente de caso fortuito ou força maior, se estes ocorrerem durante atraso, salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria, ainda que a obrigatio mora perpetuar
MANIFESTAÇÕES:
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Mora do Credor
PRESSUPOSTOS
1 – Existência de dívida positiva, líquida e vencida;
2 - Estado de solvência do devedor;
3 – Oferta real e regular da prestação devida pelo devedor;
4 – Recusa injustificada, expressa ou tácita, em receber o pagamento no tempo, lugar e modo indicados no título constitutivo da obrigação;
5 – Constituição do credor em mora;
CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS – ART 400, CC
1 – Liberação do devedor, isento de dolo, da responsabilidade pela conservação da coisa;
2- Obrigação do credor moroso de ressarcir ao devedor as despesas efetuadas com a conservação da coisa recusada;
3 – Obrigação do credor de receber a coisa pela estimação mais favorável ao devedor, se ao valor oscilar entre o dia estabelecido para o pagamento, e o da sua efetivação;
4 – Possibilidade de consignação judicial da “res debita” pelo devedor;
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Mora de ambos os contratantes
Haverá mora simultânea, 
se ambos os contratantes, concomitantemente não cumprirem a obrigação 
no seu tempo,
lugar e modo avençados, 
ocasionando o aniquilamento recíproco de ambas as moras, 
tendo-se sua compensação e, 
por conseguinte, a liberação recíproca da pena pecuniária convencionada, permanecendo as coisas no mesmo estado em que se encontravam anteriormente, como se não tivesse havido mora.
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“Trata-se de um fruto civil correspondente à remuneração devida ao credor em virtude da utilização do seu capital (STOLZE; PAMPLONA FILHO, 2015, p.336)”
Espécies
Extensão
Espécies
Extensão
Juros
Definição
Definição
Juros moratórios convencionais;
Juros moratórios legais (Art. 406, CC);
Juros moratórios convencionais;
Juros moratórios legais (Art. 406, CC);
Art. 406, CC: Quando os juros moratórios, não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional”
O Art. 406, CC, conforme visto, trata dos Juros moratórios legais. A taxa SELIC deveria ser aplicada subsidiariamente às relações obrigacionais, sempre que não se estipularem juros.
Controvérsia. Contudo, como não existe um parâmetro de teto estabelecido em lei, e respeitando a impossibilidade de juros sobre juros (sendo permitida a capitalização anual) tem-se conforme o Art. 161, §1º do CTN, que tais juros devem ser de 1% ao mês
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Momento da Fluência dos Juros
São devidos a partir da constituição em mora:
a) Se a obrigação for a termo, ter-se-á mora ex re pelo simples advento do vencimento (Art. 397, CC); se não o for, caracterizar-se-á a mora ex persona com a interpelação judicial ou extrajudicial (Art. 397, parágrafo único, CC), sendo computados desde a citação inicial (Art. 405, CC)
b) Se a obrigação for positiva e líquida, os juros moratórios contar-se-ão a partir do vencimento (Art. 397, CC); 
c) Se a obrigação não for em dinheiro, os juros, começarão a fluir desde que a sentença judicial, arbitramento ou acordo entre as partes lhes fixe o valor pecuniário;
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Juros Moratórios
 d) Se se tratar de reclamação trabalhista, aplicar-se-á a Súmula 224 do STF;
e) Se atinente a letra de câmbio, obeder-se-á ao disposto no Dec. 22.626, art. 1º, § 3º;
f) Se a obrigação for decorrente de ato ilícito, que envolva responsabilidade extracontratual subjetiva, tais juros deverão ser contados desde o instante em que se perpetrou (Art. 398, CC); 
g) Se a obrigação for ilíquida ou oriunda de ato ilícito extracontratual gerador de responsabilidade objetiva, os juros moratórios computar-se-ão desde a citação inicial;
h) Se a obrigação for negativa, ter-se-á mora desde o dia em que executou o ato de que deveria abster-se (Art. 390, CC)
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Purgação e Cessão da Mora
A emenda ou purgação da mora vem a ser um ato espontâneo do contratante moroso, que visa remediar a situação a que deu causa, evitando os efeitos dela decorrentes, reconduzindo a obrigação à normalidade (Art. 401, CC)
A cessação da mora ocorrerá por um fato extintivo de efeitos pretéritos e futuros, como sucede quando a obrigação se extingue com a novação, remissão de dívidas ou renúncia do credor.
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Pagamento
Perdas e Danos traduzem o prejuízo material ou moral, causado por uma parte à outra, em razão do descumprimento da obrigação (STOLZE; PAMPLONA FILHO, 2015, p.328)
Exigência
Espécies
Exigência
Espécies
Perdas e Danos
Definição
Definição
Pagamento 
-prova do dano;
Reconhecimento da culpa do devedor;
***O inadimplemento relativo (mora), que se caracteriza quando a prestação, posto realizável, não é cumprida no tempo, lugar e forma devidos, também autoriza o pagamento das perdas e danos correspondentes ao prejuízo derivado do retardamento imputável ao credor ou ao devedor.
Art. 402 
-Danos emergentes (o que efetivamente perdeu);
-Lucros cessantes (o que razoavelmente deixou de ganhar)
-Dano estético (que afeta a imagem individual, subjetiva)
Art. 403
-Danos diretos (que são os danos diretos);
-Danos reflexos (dano em ricochete);
-Perda de uma chance (conjunto de chances perdidas pela vítima)
Art. 404, CC: “As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional”
Art. 405, CC: Contagem dos juros em caso de perdas e danos. Os juros de mora, contados da citação, são os referentes às perdas e danos, visto que os decorrentes do inadimplemento poderão contar-se da falta de cumprimento (mora ex re) ou da notificação (mora ex persona)
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Cláusula Penal
Obrigação acessória
Indenização fixada previamente pelas partes
Devida em caso de descumprimento da obrigação principal
Infringência de cláusula contratual ou inadimplemento relativo
ESPÉCIES
COMPENSATÓRIA
MORATÓRIA
Descumprimento da obrigação principal
Admite cumulação com pedido indenizatória
Aplicada sobre partes específicas de acordo, podendo existir várias delas.
Não admite cumulação, pois é antecipação de perdas e danos
Aplicada em caso de inadimplemento absoluto.
Art. 410, CC: serve de alternativa ao credor
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Finalidade da Cláusula Penal
FUNÇÃO DE PRÉ-LIQUIDAÇÃO DE DANOS
FUNÇÃO INTIMIDATÓRIA
Pretende indenizar previamente a parte prejudicada pelo inadimplemento da obrigação
Atua no âmbito psicológico do devedor, influindo para que ele não
deixe de solver o débito na, no tempo e na forma estipulados 
***A cláusula penal também é conhecida como pena convencional
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Limitação da Cláusula Penal 
Art. 412, CC
R$1.000
Valor do Contrato
2 – Se o credor, diante do inadimplemento absoluto do devedor, entender que o seu prejuízo ultrapassa a expectativa anteriormente pactuada (R$1.000), só poderá exigir o restante (r$200,00) se houver expressa disposição convencional nesse sentido, valendo a pena como mínimo da indenização
3 -Sem essa previsão autorizativa, soferá o credor o prejuízo excedente
1- Não se poderá sob pena de violação ao princípio que veda o enriquecimento sem causa, estipular cláusula penal compensatória no valor de R$ 1.200
Limite da CP
Redução do Valor da Cláusula Penal
(Art. 413, CC) se dará:
Se a obrigação já houver sido cumprida em parte pelo devedor – que nesse, teria direito ao abatimento proporcional à parcela da prestação já adimplida;
Se houver manifesto excesso da penalidade, tendo em vista a natureza e finalidade do negócio
Não existe mais um vínculo de proporcionalidade, mas sim de equitatividade por parte do juiz. Assim os elementos de boa fé e função social devem ser considerados.
O CDC no art.52, §1º, limita a 2% a pena dos contratos de consumo no Brasil.
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Art. 414. Efeitos da indivisibilidade;
Art. 415. Efeitos da divisibilidade;
Art. 416. Pena sobre o inadimplemento total, parcial ou sobre a mora. Presunção. Suplementação
Cláusula Penal
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Paralelo da CP com Institutos Afins
Cláusula Penal: o quantum é previsto antecipadamente pelos contraentes;
PERDAS E DANOS: o juiz é que o fixará, após regular a liquidação;
Cláusula Penal: é instituída em benefício do credor, reforça a obrigação;
MULTA PENITENCIAL: em vantagem do devedor, enfraquece a obrigação;
Obrigação com CP: o credor pode reclamar a pena; o devedor não poderá ofertar a pena em resgate da obrigação principal;
Obrigação FACULTATIVA: o credor só pode exigir a coisa que constitui o objeto da obrigação; libera o devedor com a entrega do objeto principal, permitindo-se a substituição por outro no ato do pagamento;
Cláusula Penal: o direito do credor existe plenamente, desde o momento da constituição da obrigação e a CP só será devida se o devedor não cumprir a prestação;
Obrigação CONDICIONAL: o evento previsto pelos contraentes permanece em suspenso, podendo efetivar-se ou não;
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Criam para a parte o direito de se arrepender, ficando obrigado por elas
ESPÉCIES
CONFIRMATÓRIAS
PENITENCIAIS
Determinam o compromisso pelo adimplemento e, este ocorrendo de forma regular, será descontado do valor principal
Reforçam a obrigatoriedade contratual
São cumuláveis com perdas e danos ou mesmo com a execução parcial da obrigação
São previsão das partes para viabilizar o exercício de eventual direito de arrependimento
Não admite cumulação com perdas e danos excedentes
Das Arras ou Sinal, Art. 417, CC
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Cláusula Penal X Arras, Art. 418, CC 
ARRAS
São pagas por antecipação
CLÁUSULA PENAL
Exigível em caso de inadimplemento
Beneficia o DEVEDOR
Beneficia o CREDOR
O que não se dá com as arras, livremente pactuadas pelas partes
Pode ser REDUZIDA pelo juiz
***Estes institutos são de natureza material e não se confundem com as astreintes ou multa cominatória, de natureza processual e que só podem ser fixados pelo magistrado.
53
Exemplo do Art. 419, CC 
CONTRATO
A
SINAL
Importador
Posteriormente, sem justificativa plausível, deixa de solver o restante do débito, desistindo de adquirir o bem (A moto). 
Nesse caso, não lhe assistindo direito de arrependimento, e em face do prejuízo causado ao outro contratante, PERDERÁ AS ARRAS DADAS, que valerão como TAXA MÍNIMA, se houver prova de prejuízo maior.
54
Exemplo do Art. 420, CC 
CONTRATO: 6 meses
Comprador
SINAL
R$1mil
Vendedor
Se o COMPRADOR presta as arras penitenciais (R$1.000,00) e, posteriormente, respeitado o prazo previsto no contrato, ARREPENDE-SE, PERDENDO EM PROVEITO DA OUTRA PARTE AS ARRAS DADAS;
Se o VENDEDOR é quem se arrependeu, DEVERÁ RESTITUÍ-LAS EM DOBRO, ou seja, devolver o sinal (R$1.000,00), ACRESCIDO DO EQUIVALENTE (mais R$1.000,00), a título de ressarcimento devido à parte que não desfez o negócio 
55
Bibliografia
Diniz, Maria Helena. Curso de Direito Civil brasileiro: teoria geral das obrigações. Vol. 2, 29 ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
Farias, Cristiano C.; Et al. Código Civil para concursos: doutrina, jurisprudência e questões de concurso. 3 ed. ver, ampl. e atual. Salvador: JusPODVM, 2015.
Gagliano, Pablo Stolze; Pamplona Filho, Rodolfo. Novo curso de Direito Civil : Obrigações. Vol. 2, 16 ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2015. 
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