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Caso clínico 5 - Bioquímica UNIVALI 1/2016

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Estudo de caso 5
Profª Adriana Bramorski / BIOQUÍMICA 1º PERÍODO / MEDICINA
Gustavo Wild Pizutti
Eduardo Waltrick
Gabriel Pimentel
Raphael Michelato
Diogo Capela
Dados da paciente
Nome: CL (fictício)
Sexo: Feminino
Idade: 60 anos
Peso: 100Kg
Altura: 1,75m
IMC = 100/1.75X1.75 = 32,65
Possui diabetes tipo II (não insulino dependente)
Hipertensa (acima de 140x90 mmHg)
 
 LDL= colesterol total – (HDL+ triglicerídeos/5)
LDL = 248 – (48 + 265/5)
LDL = 248 – (48 + 53)
LDL = 248 – 101
LDL = 147 mg/dL
Exame de sangue
Glicose em jejum: 135 mg/dL		-	VR: 70-99
Colesterol HDL: 48 mg/Dl		- 	VR: HDL>40
Colesterol Total: 248 mg/Dl		-	VR: C<200
Triglicerídeos*: 265 mg/Dl		
Para estimar o valor de colesterol LDL usa-se a fórmula de Friedwald**:
**Válida para níveis de triglicerídeos < 400 mg/dL
*Pessoas com mais idade, com excesso de peso, ou ambos, tendem a ter os níveis de triglicerídeos e colesterol total elevados. (LEÃES, 2012)
Funções Colesterol Componente das membranas plasmáticas e intracelulares Precursor de sais biliares hormônios esteróides Precursor de vários hormônios esteróides (femininos, masculinos, progesterona, cortisona 
Local da Síntese de Colesterol No retículo endoplasmático e no citosol de todos os tecidos que contenham células nucleadas, principalmente o fígado e o intestino
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Valores padrão
LIPÍDEOS
VALORES
CATEGORIA
COLESTEROL TOTAL
<200
200 – 239
>240
ÓTIMO
LIMÍTROFE
ALTO
LDL
<100
100 – 129
130 – 159
160 – 189
>190
ÓTIMO
DESEJÁVEL
LIMÍTROFE
ALTO
MUITO ALTO
HDL
<40
>60
BAIXO
ALTO (BOM)
TRIGLICERÍDEOS
<150
150 – 200
201 – 499
>500
ÓTIMO
LIMÍTROFE
ALTO
MUITO ALTO
LDL = 147 mg/Dl
HDL = 48 mg/dL
COLESTEROL TOTAL: 248 mg/dL
Índice de Castelli
 IC2
IC1
COLESTOR TOTAL / HDL 
Maior que 4,97 RISCO DE DC
248 / 48 = 5,16
LDL / HDL 
Maior que 3,55 RISCO DE DC
147/48 = 3,0625
Escore de Framingham
O ERF calcula o risco absoluto de eventos coronarianos (morte, IAM, angina de peito) em 10 anos. 
ATRIBUI-SE PONTOS À(AO):
Idade 
Pressão arterial sistólica e diastólica
Colesterol total 
HDL
Fumo (qualquer cigarro no último mês) 
Presença ou não de diabetes
Estudo de caso 5
8
1
1
2
4
0
SOMA
8 + 1 + 1 + 2 + 4 + 0 = 16 
Mulheres
Baixo
ALTO
Fatos
O aumento dos níveis séricos de HDL, da ordem de 1 mg/dL, produz redução de 2 a 3% da incidência de DAC (Ineu et al., 2006)
Níveis elevados de HDL pode impedir a progressão da placa aterosclerótica, promovendo, sua regressão (Johsen et al., 2005)
O nível sérico de HDL menor que 40 mg/dL é um fator independente de risco para DAC. (NCEP, 2002)
Fatores de risco
Idade
Peso (com alta porcentagem de gordura corporal)
Histórico familiar 
Exame de sangue 
Índice de Castelli
Escore de Risco de Framingham 
Doenças crônicas (Hipertensão aumenta o risco de AVC, ruptura de um aneurisma, enfarte)
Atualmente admitem-se quatro grafias distintas: enfarte, enfarto, infarte ouinfarto. Porém quem teve um infarte (ou um infarto) não resistiu e morreu.Já que teve um em enfarte ou enfarto (iniciado com a letra “E”) certamente sobreviveu.
ELA NÃO É FUMANTE NEM ETILISTA
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Hábitos
Caminha 30 minutos, duas vezes por semana;
Convive com o marido, que tem 50 anos;
Realiza a maioria de suas refeições em restaurantes;
História familiar positivo para doença cardiovascular;
Utiliza medicamentos para controlar o diabetes e a hipertensão;
Não é fumante;
Plano 
O fato de CL se alimentar em restaurantes promove acesso fácil ao alimento (tanto o saudável quanto o não saudável);
Tendo por base o peso de 100 Kg, IMC 32,65, obesidade I, os níveis altos de lipídeos no sangue, estabelece-se um plano alimentar com objetivos de redução de peso (aumento do HDL em 5 a 30%), diminuição dos maus índices no exame de sangue. 
É importante ressaltar que as intervenções propostas a essa paciente visam à promoção de saúde a longo prazo, pois os problemas mais latentes (diabetes melitus 2 e hipertensão) já estão controlados com medicamentos específicos.
Plano - peso
PARA A OBESIDADE 
Avaliação dos níveis séricos de T4 e TSH. 
Verificar a glândula tireoide para descartar hipótese de hipotireoidismo (metabolismo lento)
O hipotireoidismo tem como comorbidades prognósticas: hipertensão e obesidade, que também devem ser tratados.
Plano - triglicerídeos
PARA O ALTO ÍNDICE DE TRIGLICERÍDEOS
Reeducação alimentar;
Encaminhamento ao nutrólogo com orientações específicas para moderação no consumo de sódio e condimentos;
Redução da quantidade de carboidratos e lipídios na dieta com aumento nas porções de fibras e proteínas;
Atenção especial para as fibras, pois auxiliam no equilíbrio de lipídeos absorvidos;
Plano - colesterol 
PARA O ALTO ÍNDICE DE COLESTEROL: 
Início de terapia medicamentosa e reforço na rotina de exercícios com maior duração e frequência semanal;
A regulação do colesterol é dada endogenamente, a dieta é responsável apenas por 10% (fígados, gemas, carnes vermelhas gordas);
Baseado no histórico familiar de doenças cardíacas e nas taxas díspares de HDL/LDL da paciente, deve-se verificar a possibilidade de síntese endógena anômala;
A colestiramina é uma resina ligadora de sais biliares, ela sequestra os sais biliares, aumentando a síntese dos mesmos, bem como a síntese de receptores LDL (apoB-100, Apo-E) sendo eficiente no tratamento da hipercolesteromia
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Plano - alimentar 
CONSELHOS NA DIETA:
Já que a paciente faz suas refeições no restaurante, ela pode se servir na modalidade por Kg em que irá servir-se quantidades moderadas com variedades;
Isso pode ajuda-la na manutenção do peso, pois terá disponível alimentos saudáveis que em casa, muito provavelmente, não prepararia;
O nutrólogo poderá dar orientações mais afundo sobre como ela deverá proceder no restaurante.
Plano - alimentar 
CONSELHOS NA DIETA:
Rica em fibras (folhas em geral); 
 Restrita em proteínas de carnes gordas;
Rica em proteínas magras (peixe ou frango preferencialmente);
Plano - alimentar 
CONSELHOS NA DIETA:
Redução na quantidade de carboidratos e consumir, se possível, apenas carboidratos complexos (arroz integral, inhame, batata doce, aipim); (são convertidos em glicose mais lenta e progressivamente, dando assim a sensação de saciedade por mais tempo)
Consumir moderadamente as gorduras boas (azeite de oliva, abacate, óleo de linhaça ou gergelim, castanha do Pará);
Evitar gorduras animais (carnes gordurosas como a costela), frituras, refrigerantes e doces) (glicose – piruvato – Acetil CoA)
Plano - lipídico 
MELHORA NO PERFIL LIPÍDICO: 
Reeducação alimentar
Substituição das gorduras ruins pelas boas
Substituição dos carboidratos simples pelos complexos e o reforço na rotina de exercícios devem modular melhor o perfil lipídico da paciente 
Referências
Trabalho elaborado com base nas aulas ministradas pela Profª Adriana Bramorski, bem como o material didático por ela cedido.
Metabolismo do colesterol.*
Lipoproteínas plasmáticas.* 
Metabolismo de lipídeos.*
*PDF Disponível no intranet

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