Equipes de referência

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Equipes de 
Referência Estudos Interdisciplinares no campo de saúde 
Definição 
Equipe de referência denota a responsabilidade 
pela condução de um caso individual, familiar 
ou comunitário 
O termo “responsabilidade de condução” 
refere-se à tarefa de encarregar-se da atenção 
ao longo do tempo, ou seja, de maneira 
longitudinal 
Objetiva ampliar as possibilidades de 
construção de vínculo entre profissionais e 
usuários. 
 
Alessandra Rodrigues 
 Processos de trabalho antes… 
Um pequeno grupo (que 
ocupa cargos mais altos) 
toma as decisões. 
Os demais obedecem... 
Gerando na grande maioria 
dos trabalhadores: 
Profissionais - 
descompromissados e com 
falta de interesse em 
participar; 
Usuários mau atendidos, 
insatisfeitos , com 
inúmeros retornos. 
A relação entre 
os profissionais 
de saúde com os 
usuários fique 
fragilizado. 
Como era o processo 
de tomada de 
decisões... 
 Hierarquia; 
 Procedimentos 
burocráticos; 
 Centrados em 
prescrever; 
Alessandra Rodrigues 
Como resolver essa questão? 
Investindo na mudança da estrutura assistencial e 
gerencial dos serviços de saúde, propondo um novo 
arranjo: 
“Equipes de referência e apoio 
especializado matricial” 
Alessandra Rodrigues 
O que pretendia o novo arranjo? 
Um novo arranjo estimularia, 
cotidianamente, a produção de novos 
padrões de inter-relação entre equipe e 
usuários, ampliando o compromisso 
dos profissionais com a produção de 
saúde e a quebra de obstáculos 
organizacionais à comunicação. 
Alessandra Rodrigues 
O novo arranjo  Equipe multidisciplinar e transdisciplinar 
 Não há obstáculos 
organizacionais na 
comunicação 
 Inter-relação entre equipe 
e usuários 
 Compromisso do 
profissional com a 
produção de saúde 
Estrutura Organizacional 
Alessandra Rodrigues 
Estrutura Organizacional 
Alessandra Rodrigues 
Objetivos 
Valorização concreta e operacional das 
diretrizes de vínculo terapêutico 
 
Transdisciplinaridade dos saberes e das 
práticas 
 
E uma gestão de organizações como 
dispositivos para produção de grupos sujeitos 
 
Alessandra Rodrigues 
Deveres das Equipes de 
Referência 
Definição de um mesmo objeto de trabalho e 
objetivos comuns – diminuir alienação e reforçar o 
poder interdisciplinar 
Ampliar as possibilidades de construção de vínculo 
entre profissionais e usuários 
Encarregar-se da atenção ao longo do tempo – 
longitudinal (acompanhamento do processo saúde-
doença-atenção) 
Adscrição de clientela – responsabilidade sanitária e 
construção de vínculo* 
Inserção horizontal dos profissionais** 
 
Alessandra Rodrigues 
Deveres das Equipes de 
Referência 
Coordenação do caso – responsabilização no sistema 
Comprometer-se, responsabilizar-se – tomar para si o 
sujeito em suas diferentes facetas (âmbitos sociais, 
familiares, subjetivos) e inserções no sistema de saúde 
Equipe permanece como responsável mesmo quando 
o paciente é atendido em outro serviço 
Deve participar das decisões sobre o tratamento no 
outro serviço 
Formas de encaminhamento devem modificar-se 
Máximo de resolutividade à Atenção Básica. 
 
Alessandra Rodrigues 
Composição das Equipes de 
Referência 
Cada serviço de saúde seria organizado de acordo com 
as necessidades. 
Assim as equipes são montadas conforme: 
 o objetivo de cada unidade de saúde, 
 as características de cada local, 
 e a disponibilidade de recursos. 
Alessandra Rodrigues 
Exemplo 
Equipe de Saúde da Mulher 
1. Ginecologista 
2. Enfermeiro(a) e/ou Aux. Equipe Mínima 
3. Agente de saúde 
4. Fisioterapeuta 
5. Psicólogo 
6. Assistente Social 
7. E outros. 
 
Alessandra Rodrigues 
Relembrando 
Apoio matricial 
Apoio, define-se por amparo, suporte, auxílio. É uma 
maneira de se operacionalizar a relação horizontal entre os 
profissionais, construindo linhas de transversalidade, 
baseado em procedimentos dialógicos. 
Matricial pressupõe que profissionais de referência e 
especialistas mantenham uma relação entre si e campos de 
conhecimento de modo horizontal, de forma a gerar novos 
saberes e possibilidades de atuação, diminuindo a 
fragmentação do cuidado. 
As Equipes de referência e 
Apoio matricial 
A equipe de referência e o apoio matricial, juntos, 
permitem um modelo de atendimento voltado para as 
necessidades de cada usuário: as equipes conhecem os 
usuários que estão sob o seu cuidado e isso favorece a 
construção de vínculos terapêuticos e a 
responsabilização das equipes. 
Alessandra Rodrigues 
As Equipes de referência e 
Apoio matricial 
Esse modelo, além de reunir profissionais de 
diferentes áreas do conhecimento permite que estes 
atuem de modo transdisciplinar, sem utilizar 
percursos de encaminhamentos intermináveis, e sem 
lançar mão da burocracia da referência – o serviço 
de origem, onde o usuário deu entrada – e da contra-
referência – o serviço para o qual o sujeito é 
referido. 
 
Na prática 
A equipe de referência 
para este usuário seria 
a ESF 
A equipe transdisciplinar decide 
a melhor forma para atender 
este usuário. 
Obstáculos superações 
Estrutural: Quadro de funcionários 
incompletos, falta de recursos humanos, 
materiais e financeiros. 
 
Estrutural: Contratação de profissionais; 
aquisição de equipamentos, ampliação das 
unidades de saúde, capacitações com as 
equipes. 
Políticos: Poder tende a estar concentrado 
nos diretores, médicos e especialistas 
Políticos: organizar arranjos que sejam 
implementados no cotidiano, como os pactos 
de gestão. 
Subjetivo e cultural: Dificuldade de trabalhar 
em equipe, compartilhar conhecimentos e de 
superar conceitos de autonomia profissional 
como uma forma individualista de trabalho. 
 
Subjetivo e cultural: o novo arranjo deve ser 
especificamente trabalhada junto às equipes, 
instalando espaços destinados à reflexão e 
análise crítica sobre o próprio trabalho, e que 
possam ser continentes aos problemas na 
relação entre a equipe. 
 
Epistemiológicos: Referencial dos 
profissionais e equipes sobre o processo de 
saúde e doença 
 
Epistemiológico: clínica ampliada e com 
“adesão a um paradigma que pense o 
processo saúde, doença e intervenção de 
modo mais complexo e dinâmico. 
 
Conclusão 
As equipes de referência propõem um novo sistema de referência 
entre profissionais e usuários. 
Assim cada unidade de saúde se organiza por meio da 
composição de equipes, formadas segundo características e 
objetivos da própria unidade, e de acordo com a realidade local e 
disponibilidade de recursos. 
Essas equipes obedecem a uma composição multiprofissional de 
caráter transdisciplinar, isto é, reúnem profissionais de diferentes 
áreas, variando em função da finalidade do serviço/unidade (por 
exemplo: equipe de saúde da família quando for uma Unidade de 
Saúde da Família). 
Alessandra Rodrigues 
Cada equipe de referência torna-se responsável pela atenção 
integral do usuário, cuidando de todos os aspectos de sua 
saúde, elaborando projetos terapêuticos e buscando outros 
recursos terapêuticos, quando necessário. 
Nas equipes de referência fica evidenciada a importância de 
cada trabalhador e a interdependência entre os diferentes 
profissionais, o que possibilita uma valorização profissional 
atrelada a resultados, e não somente ao status ou prestígio de 
determinadas profissões. 
Por isso as equipes de referência dependem (e são 
instrumentos) de um modelo de gestão mais democrático,centrado nos resultados para o usuário, e não na produção de 
procedimentos terapêuticos. 
Alessandra Rodrigues 
Referências Bibliográficas 
1. Artigo: Equipes de referência e apoio especializado matricial 
- um ensaio sobre a reorganização do trabalho em saúde 
2. Metodologia de apoio matricial em saúde: ferramenta de 
transformação dos modos de organização na saúde: 
<http://www.pucsp.br/prosaude/downloads/bibliografia/texto
_10.pdf> 
3. HumanizaSUS Equipe de referência e apoio matricial: 
<http://picica.dominiotemporario.com/apoio%20matricial%2
0cartilha.pdf> 
4. Dificuldades na implantação de equipes de referência e apoio 
matricial: uma revisão de bibliografia: <http://cac-
php.unioeste.br/eventos/anais_4mostra/mostra_saude_public
a_trabalhos/Dificuldades_implantacao_apoio_matricial.pdf> 
 
 
Alessandra Rodrigues