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Caderno de Homeopatia

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CADERNO DE
HOMEOPATIA
Instruções práticas geradas por agricultores sobre o
uso da homeopatia no meio rural
2010
Distribuição Gratuita
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CADERNO DE HOMEOPATIA
Instruções práticas geradas por agricultores
sobre o uso da homeopatia no meio rural
3a Edição
2010
Elaboração: Produtores Orgânicos da Região da Vertente do
 Caparaó – Minas Gerais - Brasil
Coordenação: Padre Jesus Moreira de Rezende
Revisão: Maria do Carmo Cupertino (1a Edição)
 Fernanda Maria Coutinho Andrade (2a e 3a Edição)
 Elen Sonia Maria Duarte (2a e 3a Edição) 
Projeto Gráfico: Rosângela Maria E. de Carvalho 
 (1a e 2a Edição)
 Marinei de Fátima Batalha de Lana
 (3a Edição)
Distribuição (pedidos):
Departamento de Fitotecnia / Vicente W. D. Casali
Campus da Universidade Federal de Viçosa
Viçosa - MG
CEP: 36570-000
Tel.: (31) 3899-2613 – Fax: (31) 3899-2614 
e-mail: vwcasali@ufv.br
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA
VIÇOSA – MINAS GERAIS
BRASIL
Esta publicação é integrante do:
1 – Programa de Extensão DFT/UFV – “Divulgação das 
Plantas Medicinais, da Homeopatia e da Produção de Alimentos 
Orgânicos”.
2 – Projeto CNPq 551372/2007-9 – “Homeopatia: Tecnologia 
Social das Famílias Agrícolas e do Ambiente”.
3 – Projeto FAPEMIG/CAG.APQ.6640.3.08/07 – 
“Divulgação das Plantas Medicinais, da Homeopatia e da Produção 
de Alimentos Orgânicos”.
4 – Projeto CNPq 558358/2009-8 – “Ensino e Partilha de 
Experiências em Plantas Medicinais, Homeopatia e Produção de 
Alimentos Orgânicos”.
Patrocínio:
• Convênio 1713 (Homeopatia) FUNARBE (Fundação 
Arthur Bernardes) – Vinculada à Universidade Federal de 
Viçosa.
• Projeto FAPEMIG/CAG.APQ.6640.3.08/07 – “Divulgação 
das Plantas Medicinais, da Homeopatia e da Produção de 
Alimentos Orgânicos”.
• Projeto CNPq 551372/2007-9 – “Homeopatia: Tecnologia 
Social das Famílias Agrícolas e do Ambiente”.
• Projeto CNPq 558358/2009-8 – “Ensino e Partilha de 
Experiências em Plantas Medicinais, Homeopatia e 
Produção de Alimentos Orgânicos”.
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CADERNO DE HOMEOPATIA
TECNOLOGIA SOCIAL
O PRÊMIO “FUNDAÇÃO BANCO DO BRASIL DE 
TECNOLOGIA SOCIAL EDIÇÃO 2003” certifica, que o “Uso 
da Homeopatia na Agricultura implementado pela Universidade 
Federal de Viçosa, é tecnologia social efetiva: soluciona o 
problema a que se propôs resolver, tem resultados comprovados e é 
reaplicável.”
Essa tecnologia passa a fazer parte do BANCO DE 
TECNOLOGIAS SOCIAIS, localizado na página 
http://www.tecnologiasocial.org.br/
Brasília (DF), Junho de 2004.
República Federativa do Brasil.
 Jacques de Oliveira Pena Jorge Werthein
Presidente da Fundação Banco do Brasil UNESCO
A HOMEOPATIA NÃO É 
EXCLUSIVAMENTE DOS MÉDICOS
Conclusão do Procurador da República (Fernando de 
Almeida Martins, 29/01/2004) no processo do Conselho Fe-
deral de Medicina contra o ensino e a prática da Homeopatia:
A Homeopatia não é prática exclusiva dos médicos pois 
seus conhecimentos podem ser aplicados a outras áreas.
A Universidade Federal de Viçosa, pela autonomia uni-
versitária, pode ensinar, divulgar e pesquisar a Homeopatia.
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LEITURA DESTE 
CADERNO
Leia esse caderno todo, várias ve-
zes, atento(a) nos detalhes e nas expli-
cações.
Faça grupos de estudos e estude 
esse caderno com vários(as) compa-
nheiros(as).
Não use as indicações, sem antes ter lido o caderno com-
pletamente.
Também na homeopatia a pressa é inimiga da plenitude/ 
perfeição.
Se você não aprende com a história, a história se repete!
Passado é lição, futuro é ação!
 LEMBRE-SE
“A pessoa errada, com o méto-
do certo, faz o errado”.
“A pessoa certa, com o método 
errado, faz o certo”.
É preciso estar consciente e atento(a). É preciso concen-
tração. É preciso amor, paz e serenidade ao lidar com a home-
opatia.
Seja feliz...! Seja solidário(a)...! 
Viva com entusiasmo...! Filhos e Filhas de Deus...!
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INTRODUÇÃO
Com apoio da Universidade Federal de Viçosa, nós da 
Vertente do Caparaó, estamos apresentando nossas experiên-
cias e nossas práticas de uso da Homeopatia durante 11 anos 
em nossa região. Em primeiro lugar tivemos cursos com Dr. 
Elton e com a Rosa. Em seguida fizemos nossas próprias des-
cobertas. Participamos do evento de extensão “Curso de Ho-
meopatia” promovido pela UFV.
Chegamos a resultados surpreendentes sobre a aplicação 
prática da Homeopatia.
Tudo isso com muita fé no Deus da vida e a vivência na 
prática comunitária.
Todo ano temos nossos encontros sobre Qualidade de 
Vida, Plantas Medicinais e Homeopatia na Família Agrícola.
Produtores Orgânicos da Região da Vertente do Caparaó, 
 Minas Gerais, Brasil, 2003.
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PEQUENO HISTÓRICO SOBRE A
HOMEOPATIA
A Homeopatia foi iniciada na Alemanha com o traba-
lho de Samuel Hahnemann, que insatisfeito com sua profis-
são de médico e com a pobreza das formas de tratamento das 
doenças pela alopatia, decidiu abandonar a medicina oficial.
Descobriu pelos seus estudos em 1796, que “o seme-
lhante cura o semelhante”, a primeira lei do tratamento que 
passou a desenvolver. As outras leis que regem a Homeopa-
tia envolvem a experimentação de doses mínimas de subs-
tâncias em organismos sadios e o teste de um preparado ho-
meopático de cada vez. Exemplo de semelhança: o soro do 
veneno da cobra pode recuperar a pessoa picada por cobra. 
Hahnemann passou então a fazer experiências e descobriu as 
formas de fazer os preparados que chamou de homeopatias. 
A partir de 1816 além de diluir passou a agitar (sucussionar) 
denominando o processo “dinamização”.
No Brasil a Homeopatia chegou em 1840. Porém, após 
a 2a Guerra Mundial (1939-1945), os laboratórios internacio-
nais dominaram os mercados com produtos químicos (remé-
dios de farmácia) e praticamente varreram da mente dos(as) 
brasileiros(as) as formas tradicionais de tratamento. Porém, a 
cultura foi preservada e a UFV na década de 90 iniciou a di-
vulgação da Homeopatia (que passou a ser denominada “al-
tas diluições” na ótica científica).
A Homeopatia como prática popular tem base legal na 
Instrução Normativa nº 7 publicada no Diário Oficial da 
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União (19/05/99) que estabelece as normas da produção 
orgânica no Brasil e recomenda a aplicação da Homeopatia 
pelos produtores rurais. A Homeopatia no meio rural é tida 
como proposta libertadora e humanitária. As pessoas com 
conhecimento sobre Homeopatia podem acelerar a recons-
trução empregando os recursos da própria natureza.
O Ministério do Trabalho e do Emprego oficializou a 
Classificação Brasileira de Ocupações (CBO 2002). Na pági-
na n° 391 da CBO consta o código (3321-15) de ocupação 
do(a) Homeopata. A ocupação em Homeopatia é oficialmen-
te reconhecida. A ocupação “Homeopata” é declarável ofici-
almente em: RAIS, CAGED, Imposto de Renda, DIRPF, 
PNAD, IBGE. O(A) Homeopata deve respeitar os(as) profis-
sionais que também se ocupam da Homeopatia: Veterinário, 
Agrônomo, Farmacêutico, Médico (a ocupação médico ho-
meopata na CBO é código 2231-35), dentre outros.
 A Homeopatia não é exclusividade médica.
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O SISTEMA HOMEOPÁTICO
É regido por 4 leis (4 pilares
 da homeopatia):
1a lei – Semelhante cura Semelhante
2a lei – Experimentação nos organismos sadios
3a lei – Substância única
4a lei – Dose mínima (Preparados diluídos
 e sucussionados denominados “dinamizados”).
Os preparados homeopáticos são empregados nos huma-
nos, nosanimais, nos vegetais, no solo e na água. O modo de 
ação da Homeopatia, aplicada dentro da lógica de seus princí-
pios, respeita e incentiva os processos de cura dos vegetais, 
animais e sistemas vivos. A Homeopatia estimula o sistema de 
defesa destes organismos de modo que resistam às doenças, 
aos insetos-praga e aos impactos dos fatores climáticos ou am-
bientais. A Homeopatia promove o equilíbrio sem extinguir: 
vírus, fungos, bactérias, insetos e outros tipos de agentes.
Frequentemente o meio rural está subordinado à imposi-
ção dos agrotóxicos causando danos não apenas no momento 
presente, mas comprometendo a vida do planeta. O capitalis-
mo irracional revela assim, sua ambição desmedida, privando 
a saúde da terra, da água, do ar, e a qualidade de vida de to-
dos. Os banqueiros gostam de calcular muito e raciocinar pou-
co.
Por meio das experiências foi descoberto que a desvitali-
zação do solo é resultado da intoxicação crônica (com agrotó-
xicos principalmente) e da destruição. É resultado dos siste-
mas convencionais de produção agropecuária que geram ali-
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mentos intoxicados e, por conseguinte, indivíduos desvitaliza-
dos. 
A família agrícola está adotando o sistema orgânico e a 
Homeopatia cada vez mais.
A Homeopatia não é exclusividade médica. A Homeopa-
tia foi oficializada como recurso da produção orgânica e agro-
ecológica no Brasil, portanto é permitida a pessoas que respei-
tam o ambiente e a vida.
O preparado homeopático age cientificamente por Leis 
da Física. A partir da 12CH cientificamente os preparados ho-
meopáticos não agem por nenhuma Lei da Química.
O TRATAMENTO: COMO FAZER?
Na Homeopatia não há do-
enças e sim doentes. Se esta-
mos enfraquecidos, sem reser-
vas, teremos problemas porque 
nosso organismo está fraco e 
sem resistência. 
Exemplo: “Estou doente 
(baixa resistência) por isso pe-
guei tuberculose”.
No Sistema Homeopático não devemos tratar parte do 
corpo, mas sim tratar do corpo todo. Por exemplo: se você tem 
infecção no dedo do pé, não é seu pé apenas que está doente, 
mas é seu corpo. Então, temos que tratar do corpo, da totalida-
de “mente e corpo”.
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Doenças são desequilíbrios! O Sistema Homeopático 
visa restaurar/recuperar o equilíbrio da totalidade. Sintomas 
não são doenças por isso, quando tratamos os sintomas as do-
enças continuam.
A ciência da Homeopatia conflita com a estrutura mate-
rialista e consumista imposta pelo capitalismo irracional e pe-
los banqueiros que vêm dominando as sociedades humanas de 
vários países. A Homeopatia é ciência informacional, não mo-
lecular e tem como base os preparados altamente diluídos e 
sucussionados (dinamizados). É preciso ser estudada visando 
sua compreensão e adoção, de modo que não seja praticada 
como nova fonte de insumos substitutivos dos químicos e dos 
agrotóxicos. Nem como medicamento comum da indústria.
Ser homeopata (homem ou mulher) de plantas, de ani-
mais (criação, serviços ou domésticos), do solo/água, implica 
em conhecimento, consciência, respeito e ética no agir. O(A) 
homeopata do meio rural interfere com os fenômenos naturais, 
com os seres vivos, com os sistemas vivos das matas e com os 
sistemas vivos do solo. Por isso temos reverência, disciplina, 
solidariedade e fraternidade, visando mudanças úteis ao bem 
comum. O homeopata rural vive o todo, a região, a proprieda-
de. Entende a vida pulsando ao seu redor, nas plantas, ani-
mais, solos e água, do mesmo modo que entende a vida de 
seus filhos e filhas. Ser homeopata do meio rural significa 
pensar e agir pela coletividade. Significa respeitar a eternidade 
dos processos vitais, qualquer que seja a crença ou denomina-
ção religiosa do seu semelhante e das pessoas que habitam sua 
comunidade.
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RESPONSABILIDADE DO(A) HOMEOPATA 
RURAL
O homeopata rural é o semeador e o responsável pelo 
uso correto da Homeopatia. Ser homeopata rural significa 
estudar visando conhecer os princípios que regem a ciência 
e a tecnologia da Homeopatia aplicada aos processos 
orgânicos de produção e à vida.
A partir do momento que qualquer homeopata rural 
inicia o processo terapêutico no seu campo de ação é 
necessário organização, administração, disciplina e respeito 
quanto a identidade de seus preparados, nome e potência. A 
Homeopatia depende de quem prepara, guarda e usa. A 
identidade dos preparados homeopáticos não é rastreável 
pelos processos químico-físicos predominantes. Quem 
elabora e usa preparados homeopáticos visando suas 
plantas, animais e sistemas vivos das propriedades rurais 
(unidades produtivas) deve ter este fato em mente.
Se você preparou o vidrinho com a substância 
Estricnina (um dos maiores venenos naturais conhecido) 
então escreva no rótulo Estricnina 4CH. Assim, há 
segurança de uso por causa da alta diluição e do efeito 
terapêutico (químico) das poucas moléculas de Estricnina. 
Há segurança do efeito físico da impressão que a Estricnina 
deixa na água ou nos glóbulos do preparado 12CH.
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COMO É FEITA A HOMEOPATIA?
Fazer a homeopatia é fazer o preparado homeopático.
A homeopatia é feita a partir de plantas (raiz, folha, fru-
to, etc.), minerais, venenos, animais, etc. 
É preciso fazer a tintura (preparação básica, tintura-
mãe).
Modo de fazer a tintura:
Usando como exemplo a Camomila.
Pegar a planta devidamente limpa. No vidro escuro já es-
terilizado, colocar 40% (quarenta por cento) da planta e 60% 
(sessenta por cento) de álcool de cereais (ou álcool de farmá-
cia). Deixar “de molho” 10 a 14 dias. Após esse período, coar 
a tintura jogando fora as folhas ou raízes ficando apenas o lí-
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quido. Quando for casca ou raiz: secar e deixar de molho 12 a 
14 dias. Etiquetar (rotular) o vidro com o nome da sua prepa-
ração básica (tintura) e a data.
Modo de fazer a homeopatia:
É necessário passar pela diluição e pela sucussão (dilui-
ção + sucussão = dinamização). Pegar um vidro com capaci-
dade de 30 mL, colocar 20 mL de álcool 70% (significa 3 par-
tes de água limpa/pura em 7 partes do álcool de cereais) e 5 
gotas da tintura (essa foi a fase de diluição). Logo em seguida 
fazer a sucussão que é simplesmente “bater” o vidro no mes-
mo ritmo 100 vezes (100 sucussões). Assim, está feita a ho-
meopatia 1CH. Ao fazer a dinamização 2CH é só pegar novo 
vidro colocar o álcool 70% (20 mL), colocar 5 gotas da 1CH e 
fazer a sucussão (é bater 100 vezes). Da 2CH faz a 3CH, da 
3CH faz a 4CH, assim por diante. Rotular o vidro: nome do 
preparado, dinamização e data.
Cuidados especiais ao fazer a homeopatia:
1 – Colher a planta fora da lua nova.
 Não colher em dias de chuva.
 Horário ideal: 7h às 10h.
2 – Após deixar de “molho”, coar a tintura, guardar em vidros 
escuros e bem tampados, de preferência tampa rosquea-
da, ou passar papel alumínio ou papel bem escuro em 
volta do vidro. Não esqueça de rotular (identificar).
3 – Todos os vidros devem ser esterilizados (significa serem 
fervidos em água limpa/pura).
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4 – Guardar os vidros com a tintura (preparação básica) ou 
com as demais homeopatias em local fresco, sempre 
no escuro, longe de computador, televisão, celular, 
cheiro forte dos produtos de limpeza.
CUIDADOS AO FAZER, AO GUARDAR E 
QUANDO USAR AS HOMEOPATIAS
1 – Usar vidros cor âmbar 
(escura). Se usar vidro cla-
ro (vidro comum) manter 
sempre envolvido com pa-
pel escuro. As tinturas e 
preparados homeopáticos 
devem ficar sempre no es-
curo.
2 – Não colocar em lugares 
com cheiro forte, nem usar 
naftalina em casa (a naftali-
na é tóxica).
3 – Não deixar em cima de 
aparelhos elétricos (televisão, geladeira), nem perto de celu-
lar ou computador.
4 – Esterilizar os frascos e vidros a serem usados.
5 – Usar águapura e limpa e álcool de cereais (ou álcool de 
farmácia).
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6 – Água pura e limpa: pode ser a água destilada, ou a água 
fervida por alguns minutos.
7 – Não usar vasilhas de metal ou de alumínio.
8 – Não reutilizar frascos plásticos, ainda que seja com a 
mesma homeopatia.
9 – O pulverizador (bomba) deve ser novo, nunca usado an-
tes com agrotóxicos. O pulverizador deve ficar separado e 
destinado somente às homeopatias. Deve ser marcado e 
identificado.
10 – Ao mudar de homeopatia, lavar cuidadosamente o pul-
verizador com água. Na última lavagem usar álcool de 
modo que em todas as paredes internas do pulverizador o 
álcool tenha tido contato e tenha enxaguado.
Observação: Tomando cuidado você garantirá o bom produ-
to! Não esquecer que a Homeopatia trabalha com a “lei da 
semelhança”. Quanto mais o preparado homeopático se as-
semelhar aos sintomas, mais possibilidades temos de acertar 
nos tratamentos. Os cursos de Homeopatia são fundamen-
tais pois orientam. Vamos transformar as situações de doen-
ças, em espaços de vida com abundância. Vamos retornar 
aos conhecimentos das plantas curativas cultivadas. A saú-
de é o conjunto de ações que depende da alimentação, da 
água, das matas e da terra. Temos que nos educar. Traba-
lhando juntos conseguiremos nos equilibrar, vencer as do-
enças e promover a vida.
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NOSÓDIOS
São homeopatias feitas a partir do agente causador da 
doença ou do desequilíbrio. Exemplo: inseto-praga, fungo, 
bactéria e vírus. O nosódio vivo é preparado com agentes 
vivos, podendo ser aplicado somente nas dinamizações mai-
ores que 5CH. Se envolver organismos que contaminam 
agressivamente adotar dinamizações acima de 12CH.
Os nosódios têm grande potencial de aplicação no 
meio rural, em razão de serem preparados na própria propri-
edade. São importantes pois propiciam autonomia e inde-
pendência à família agrícola.
O nosódio faz bom trabalho na planta, no animal e no 
sistema vivo que esteja fraco quanto ao desenvolvimento, 
ou mesmo esteja vulnerável. Quando há dificuldade em co-
nhecer o preparado homeopático mais semelhante ao adoe-
cimento de cada planta ou animal, o nosódio é o recurso 
que atende várias situações da unidade produtiva da família 
agrícola ou do sistema produtivo.
 NOSÓDIO DO INSETO-PRAGA 
Antes de fazer o nosódio leia primeiro “Cuidados ao 
fazer, ao guardar e quando usar as homeopatias” que está 
neste caderno.
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Pegar os insetos vivos. A praga deve estar com toda 
sua força, com toda sua agressividade. Não use o inseto-
praga morto ou enfraquecido. Pegar o inseto que ataca. Se 
for lagarta é com as lagartas que você vai fazer o nosódio. 
Fazer o nosódio de cada praga separado.
Encontrar alguma medida (tampa, vidro pequeno) de 
aproximadamente “uma décima parte” do vidro grande que 
você vai usar. Com essa medida você calcula quantos inse-
tos vivos você vai jogar dentro do álcool. Usar 9 partes do 
álcool por 1 parte da praga. Usar álcool 70%. Coloque o ál-
cool no vidro. Coloque os insetos vivos no álcool. Tampar e 
escurecer o vidro. Deixar “de molho” (guardado) por 14 
dias. Pode agitar até diariamente. Depois de 14 dias coar em 
pano limpo. Este suco dos insetos (a praga de suas plantas) 
é a tintura ou preparação básica. É da tintura que se faz a di-
namização 1CH pegando um vidro com capacidade de 30 
mL, colocando 20 mL de álcool 70% e colocando 5 gotas 
da tintura-mãe. Fazer a sucussão, ou seja, bater no mesmo 
ritmo 100 vezes. Assim, está feita a 1CH. Ao fazer a 2CH, 
pegar 20 ml de álcool 70% em outro vidrinho limpo, colo-
car 5 gotas da 1CH e bater 100 vezes, assim está pronto a 
2CH. Faça a 3CH com a 2CH e assim por diante. Rotular e 
guardar adequadamente.
Aplicar a 6CH em pulverização da seguinte forma. Em 
um litro de álcool colocar 6 mL de nosódio do inseto-praga 
6CH. Agitar o litro e retirar 100 mL colocando no pulveri-
zador de 20 litros e completar com água e pulverizar. Leia 
neste caderno “Como utilizar a homeopatia nas plantas”.
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 SABER CUIDAR DA TERRA 
• Primeiro fazer a desintoxicação, ou seja, a correção 
do solo utilizando o preparado homeopático feito da 
própria terra. Também fazer a desintoxicação com o 
próprio adubo na formulação indicada em cada cultu-
ra.
• Cabe a cada pessoa ter a sua experiência própria. A 
dinamização mais indicada a pessoa vai descobrir no 
dia a dia. A mesma orientação homeopática do uso 
no ser humano pode ser adotada nos animais e nas 
plantas, basta ter sensibilidade e observar. Geralmen-
te é a partir da 5CH.
• Ao fazer a correção do solo, além da homeopatia fei-
ta da terra, colocar junto as homeopatias Alumina e 
Calcarea phosphorica, ambas na 6CH. Estas homeo-
patias são encontradas na farmácia homeopática ou 
conseguir a “mudinha” com as(os) companheiras(os) 
da homeopatia popular.
• Fazer o diagnóstico completo da terra e dentro do 
possível recuperar e desintoxicar a terra onde você 
vai plantar.
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HOMEOPATIAS E CALDAS
NO CAFEZAL
Toda lavoura de café pode 
ser tratada pelo preparado 
homeopático feito com o 
bicho mineiro, broca do 
café, ferrugem das folhas, 
ácaro vermelho, ou cer-
cóspora.
• No caso da Phoma utilizar a homeopatia Dulcamara, 
da 5CH até a 12CH. (Esta homeopatia pode ser en-
contrada na farmácia homeopática). Ou conseguir a 
“mudinha” com companheiras(os) da homeopatia po-
pular.
• Contra o prejuízo do ácaro: começar pela correção do 
solo fazendo o preparado homeopático da própria ter-
ra na 6CH.
• A calda da palha de café mais o super magro são prá-
ticas comuns visando a lavoura livre de venenos. 
• Caso queira aplicar mais de uma homeopatia na la-
voura, na hora de preparar o pulverizador, colocar to-
das juntas. Em 1 litro de álcool colocar 6 mL de cada 
homeopatia e balançar o vidro. Retirar 100 mL e co-
locar junto com as caldas ou super magro no pulveri-
zador. Completar com água.
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• Começar a fazer o tratamento já no viveiro ou ao 
comprar as mudas de café utilizando Nux vomica ou 
Carbo vegetabilis 6CH para desintoxicar.
Observação: Nas outras lavouras, em qualquer doença 
ou ataque severo de inseto, usar o nosódio da planta com a 
doença ou do inseto causador do desequilíbrio.
HOMEOPATIAS UTILIZADAS NO
TRATAMENTO DOS ANIMAIS
• Arnica montana 6CH. Utilizada nos casos de reten-
ção da placenta após o parto. É preventiva do estres-
se e da hipertensão. Contribui com a descida do leite 
e com o parto normal. Também atua nos traumas 
(choque, susto, transtorno) do parto, das vacinas e 
das chicotadas.
Modo de usar: 14 dias antes do parto e 14 dias depois 
do parto, 6 gotas por dia. Além disso, com a ajuda do 
regador, coloca-se 1 litro de água com 30 gotas de 
homeopatia e regar a “ração” (capim picado).
• Anacardium orientale – Bezerrinhos que não querem 
desmamar.
• Thuya 6CH – Mal de vacina e verrugas.
• Natrum muriaticum 6CH – Vacas que ficam berran-
do sentidas porque estão separadas do bezerro.
• Ignatia – Se o bezerro tiver morrido.
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• Nux vomica 6CH – Desintoxicação.
• Arnica 3CH – Desinchar o local do leitão capado.
• Staphilococum 200C – Cura a mastite (doença da 
mama) e pode ser usado como preventivo.
• Mosca do chifre, carrapato, berne. Utiliza-se o nosó-
dio feito em sua propriedade.
As outras homeopatias podem ser adquiridas na farmá-
cia homeopática ou com algum(a) companheiro(a) da ho-
meopatia popular.
PREPARADO HOMEOPÁTICO DA TERRA
• No mínimo em 6 lugares diferentes coletar uma co-
lher de solo na superfície (não precisa cavar).
• Das 6 colheres coletadas fazer a mistura homogênea. 
Retirar uma parte de terra e colocar 5 partes de álcool 
70% (usar vidro escuro).
• Deixar de molho 14 dias. Assim está feita a tintura-
mãe.
• Fazer a dinamização 6CH e utilizarno solo.
• É usado na correção do solo como se fosse calcário.
• Fazer a pulverização no terreno molhado (após ter 
chovido) ou nas primeiras horas do dia.
Observação: O vidro com a terra “de molho”, de prefe-
rência deve ser escuro. Se o vidro é claro coloque papel alu-
mínio impedindo que chegue luz no seu interior.
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PREPARADO HOMEOPÁTICO
“DA ÁGUA PARA ÁGUA”
“Tão simples, como são simples as 
coisas de Deus.”
Se a água estiver contaminada com agrotóxicos ou ou-
tros agentes deve ser tratada. Em um vidro escuro com ca-
pacidade de 30 mL, colocar 20 mL de álcool 70% (significa 
3 partes de água limpa/pura em 7 partes de álcool de cere-
ais), acrescentar 5 gotas de água contaminada e fazer a su-
cussão 100 vezes obtendo a 1CH. De 3CH ou 4CH usar 60 
gotas em 500 litros de água. Encher o garrafão e deixar vi-
rado pingando gota a gota de minuto em minuto, na água 
que o animal ou a pessoa toma (poço, caixa d’água ou cor-
rente).
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PREPARADO HOMEOPÁTICO DE CINZA
VEGETAL
Tendo como exemplo o café, colher folhas sadias (lim-
pas) e folhas doentes em diversas partes da lavoura (100 fo-
lhas no mínimo). Deixar secar na sombra. Quando as folhas 
estiverem no ponto que pega fogo, queimar essas folhas e das 
cinzas fazer o preparado homeopático.
Observação: No caso de hortaliças ou planta anual, pe-
gar a planta toda até a raiz e seguir o mesmo procedimento.
Preparado homeopático das cinzas: pegar um vidrinho 
escuro, colocar uma parte de cinza e 5 partes de álcool 70%, 
deixar de molho por 14 dias. Depois de 14 dias, coar a tintura 
em papel de filtro ou pano limpo. Estando pronta a tintura-
mãe, fazer o preparado homeopático na dinamização 6CH se-
guindo os mesmos procedimentos citados anteriormente.
É usado na recuperação de plantas com baixa vitalidade.
 PREPARADO HOMEOPÁTICO DA 
MOSCA DO CHIFRE
A mosca do chifre é muito difícil de ser controlada. 
No caso de alta infestação e de urgência fazer o nosódio. 
Pegar os insetos ainda vivos, colocar no álcool 70%, amassar 
e deixar de molho 24 horas. Fazer a 1CH e pingar várias 
gotas no lombo do animal fazendo um risco em toda sua 
extensão.
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A quantidade de homeopatia utilizada é 30 gotas em 1 
litro de água limpa, tanto ao pulverizar ou pingar no lombo do 
animal. Lembrar que o “de molho” de 24 horas é nos casos de 
urgência. Portanto o “de molho” deve continuar e completar 
os 14 dias. Fazer a homeopatia 6CH. Continuar o controle 
dando no sal (após ser misturado com açúcar) ou pulverizan-
do.
PREPARADO HOMEOPÁTICO DO
CARRAPATO
Pegar os carrapatos vivos, medir numa tampa de vidro, 
de modo que em 1(uma) parte de carrapatos se coloque 5(cin-
co) partes de álcool 70%. 
Coloque o álcool 70% num vidro, de preferência escuro. 
Perfurar o carrapato vivo com um palitinho jogando imediata-
mente dentro do álcool 70%, lembrando que eles devem estar 
bem vivos. Deixar 14 dias de “molho”. Depois, coar em pano 
limpo. O “suco” do carrapato é a tintura-mãe. É da tintura-
mãe que se faz a 1CH. Pegar um vidro com capacidade de 30 
mL, colocar 20 mL de álcool 70% e colocar 5 gotas da tintura-
mãe. Fazer a sucussão, ou seja, bater no mesmo ritmo 100 ve-
zes. Assim, está feito a 1CH. Ao fazer a 2CH, pegar 20 ml de 
álcool 70% em outro vidrinho limpo, colocar 5 gotas da 1CH 
sucussionar 100 vezes, assim está pronto a 2CH. A 3CH é fei-
ta da 2CH e assim por diante. Dar a 6CH aos animais junto 
com o sal (após ter misturado em açúcar). Pode ser pulveriza-
do, ou ser colocado na água.
 
26
PREPARADO HOMEOPÁTICO DO ADUBO
Os adubos químicos esterilizam e contaminam a nossa 
mãe terra com o tempo de uso. Seguindo a lei “semelhante 
cura semelhante” o preparado homeopático feito do adubo, 
com a formulação mais usada em cada cultura, vai ser a al-
ternativa visando desintoxicar a mãe terra. Assim ela vai 
nos dar frutos sadios. 
Pegar 1 parte de adubo químico na formulação deseja-
da, por exemplo (20 : 5 : 20), e 5 partes de álcool 70% e 
deixar de molho por 14 dias em vidro escuro, coar e fazer 
até a dinamização 5CH (matriz) e pulverizar o solo com a 
6CH.
Dosagem por planta:
Café de 1 mês = 10 ml
Café de 1 ano = 50 ml
Café de 2 anos = 70 ml
Café de 3 anos = 100 ml
Fazendo as comparações você pode tratar de modo se-
melhante as outras plantas de lavoura.
COMO UTILIZAR A HOMEOPATIA NOS 
ANIMAIS
1– Pode ser fornecida aos animais junto com o sal mineral.
Forma de preparo (30 kg de sal mineral):
27
• 1 balde ou saco plástico novo e limpo
• 1 quilo de açúcar cristal
• 1 colher de pau
• 1 pedaço de lona limpa
• 30 quilos de sal mineral
Primeiro você vai misturar no balde/saco limpo e com 
a colher de pau, 45 gotas do preparado homeopático que são 
pingadas sobre o açúcar cristal (1 quilo). Se for usar mais 
de um preparado homeopático você deve misturá-los ao 
mesmo tempo, no mesmo açúcar.
Depois de bem misturado, espalhe o sal mineral na 
lona limpa. Jogue o açúcar sobre o sal mineral e misture 
bastante.
Caso use 10 quilos do sal mineral misture com meio 
quilo de açúcar e 15 gotas de cada preparado homeopático.
Não misture este sal com o sal comum.
Se você vai dar qualquer preparado homeopático a 
poucos animais você pode pingar a homeopatia na espiga de 
milho (ou outro alimento) e dar direto.
Observação: Não utilizar vasilha de alumínio no preparo, e 
não usar o açúcar que esteja úmido.
2 – Outra forma de oferecer aos animais é junto com a água 
utilizando gotejador, da seguinte forma:
Pegar um frasco de um litro com água limpa, pingar 
30 gotas de cada homeopatia que você deseja aplicar.
28
Colocar gotejador neste frasco de um litro. Fazer cair 
direto na caixa d’água onde os animais bebem. Repetir a 
dose até que seja feito o controle aos agressores indeseja-
dos.
3 – Pode-se também pulverizar (banhar) o animal ou sim-
plesmente pingar várias gotas fazendo um risco no lombo 
do animal.
MANEJO DA HOMEOPATIA NOS ANIMAIS
O manejo é feito dando o sal mineral aos animais nor-
malmente como de costume. Por exemplo, ao controlar o 
carrapato dosar o produto mais intensamente. Assim que 
ocorrer o controle, basta fazer a manutenção repetindo a 
dose periodicamente. É importante lembrar que os produtos 
homeopatizados não contaminam a produção. Os animais 
ficam mais calmos e serenos, com o pelo brilhando mais.
29
COMO UTILIZAR A HOMEOPATIA
 NAS PLANTAS
 A dinamização normalmente é a 5CH ou 6CH. Pre-
parar a homeopatia a ser utilizada na pulverização da 
seguinte forma: em um 1 litro de álcool colocar 6 mL 
de homeopatia, balançar o litro, retirar 100 mL colo-
cando no pulverizador de 20 litros.
 A diluição do preparado homeopático é feita somente 
na hora de aplicar, colocando primeiro 100 mL do 
preparado homeopático e completando o pulveriza-
dor de 20 litros com a água.
 A pulverização das homeopatias deve ser feita sem-
pre de manhã, nas primeiras horas do dia, tão logo 
haja visibilidade no meio rural.
 Deve ser usado pulverizador novo e que seja somente 
das homeopatias. O pulverizador deve ser marcado/ 
identificado/pintado.
 Ao mudar de homeopatia, lavar cuidadosamente o 
pulverizador com água. Na última lavagem usar álco-
ol de modo que em todas as paredes internas do pul-
verizador o álcool tenha tido contato e tenha enxa-
guado.
30
ALGUMAS EXPERIÊNCIAS COM
HOMEOPATIA NA AGROPECUÁRIA
 Homeopatias no controle do bicho do figo, da goia-
ba, do pêssego, etc: – Pegar as larvas, fazer o nosódio 
e pulverizar a planta (5CH ou 6CH).
 Também na horta: lagartas, pulgão da couve, formi-
gas etc. – É só fazer o nosódio e pulverizar as plantas 
(5CH ou 6CH).
 Lagarta do cartucho do milho, vaquinha do feijão, ci-
garrinha, etc. – Também fazer o nosódio (5CH ou 
6CH).
 No caso de qualquerdoença da folha, fazer o prepa-
rado homeopático da cinza vegetal da própria planta.
 Formiga lava-pé na batatinha: fazer o nosódio e a ho-
meopatia do adubo (4 : 14 : 8). Pulverizar desde o 
plantio, de 14 em 14 dias.
 Se o problema é a formiga pretinha (parecida com a 
lava-pé) pulverizar o solo com Apis mellifica 5CH 
ou Belladona 5CH.
 Controle de Nematoides. Aplicar Cina 200C sobre 
folhas preventivamente (proporção 5%). Fonte: “Ho-
meopatia Simples”, C. M. Bonato, UEM, Maringá – 
PR.
31
COLABORE COM A MELHORIA DESTE 
CADERNO
1 – Você deve apontar dúvidas / falhas / erros.
2 – Você deve sugerir novos preparados ou procedimentos.
3 – Você deve fazer qualquer sugestão!
Entre em contato com o responsável pela distribuição 
(ver endereço neste caderno).
Colabore com a divulgação deste caderno passando o 
endereço do distribuidor aos interessados em receber exem-
plares.
In Memorian
Nossa irmã Rosa Maria Fortini mencionava frequente-
mente a importância do caderno de homeopatia que o Padre 
Jesus Moreira de Rezende idealizou. Nesta 3a Edição é 
prestada a homenagem aos dois benfeitores.
32
À Homeopata Rural,
 Ao Homeopata Rural
 France
Como dizia um poeta do MST
“Aqui ninguém chora mais,
Ninguém tira o pão de ninguém.”
Acho que posso dizer:
A terra onde o boi e o homem sofreram
Agora tem arroz, feijão, mandioca, abóbora, coió...
e tantas coisas mais, que não são mais tantas
só porque essa terra também sofreu demais...
e quase que deu tudo que tinha que dar!
Mas.... a esperança é grande,
Porque essa gente aqui tá aprendendo
um outro jeito de plantar, de criar
de cuidar do ambiente e das gentes
de ter saúde, enfim.
E é tão simples, como tudo que o Criador criou.
O semelhante é que cura o semelhante!
É só fazer experiência no corpo são,
Usando um preparado de cada vez.
Em doses mínimas e bem diluídas,
Mas muito potentes.
Aí, é só observar o processo
E descobrir o caminho da cura verdadeira.
Não é só suprimir sintomas,
Mas conquistar o equilíbrio, a saúde,
Das gentes e de tantas coisas boas,
Que nesse mundo tem
E que devem ser de todos
Homens, mulheres, velhos ou crianças.
33
ANEXO 1
Orientações sobre homeopatia elaboradas durante o Pro-
jeto CNPq CT-AGRO 20/05 – “Homeopatia: tecnologia social 
destinada à agricultura familiar”.
(Fonte: Relatório Final do Projeto)
HOMEOPATIA INDICAÇÕES
Alumina
Nos casos de solos ácidos, com baixo pH, 
intoxicados de alumínio. A combinação de 
Alumina com Calcarea phosphorica e a ho-
meopatia do solo têm substituído a calagem.
Apis mellifica
Quando o desequilíbrio afeta a fase de acu-
mular amido/açúcar na planta. Se há desor-
ganização da planta quanto a crescer (quanti-
tativa) ou desenvolver (qualitativa). Varieda-
des pouco tolerantes ao calor, perda de ferti-
lidade, queda de flores e frutos. Não usar 
quando a planta depende das abelhas na poli-
nização. Em animais com alergia a picada de 
insetos.
Arnica montana
É o preparado homeopático mais indicado 
nos casos de estresse (choque do transplante, 
desbrotas, desbastes, colheitas que danificam 
os galhos, deficiência hídrica, danos repenti-
nos por insetos/geadas). Em animais, no caso 
de retenção de placenta. Após o parto, con-
tribui com a descida do leite. Também atua 
nos traumas (choque, susto, transtornos) do 
parto, das vacinas e das chicotadas.
34
Belladona
Equilíbrio das formigas: aplicar (pulverizar) 
nas folhas (plantas do cultivo ou por onde a 
formiga caminha). Os resultados são: as for-
migas cortam pedaços cada vez menores, o 
fungo vai diminuindo de volume, as formi-
gas ficam cada vez mais lentas, a população 
de formigas vai diminuindo. Potência reco-
mendada 30CH.
Calcarea
carbonica
Plantas que não respondem à fertilidade. 
Ocorrência de clorose, mudas sensíveis ao 
frio e demora na emissão de novas raízes. 
Nos casos de desenvolvimento lento das 
plantas e do amarelecimento de folhas. Sua 
ação é lenta, portanto plantas lentas no cres-
cimento ou no florescimento se enquadram 
mais no perfil desta homeopatia. Também 
indicada nos casos de compostagem lenta, 
com resíduos de difícil decomposição (alta 
relação C/N).
Calcarea phosp-
horica 
Plantas com caule fino e quebradiço, com 
deficiência no metabolismo do cálcio, com 
tombamento do caule. Casos de mudanças 
bruscas do clima e sobrecargas de produção.
Carbo vegetabilis
Quando há fraqueza geral. Após ataque de 
insetos, desfolhamento, em condições de de-
ficiência hídrica, espaçamento adensado, 
aborto de flores, morte de gemas. Também 
recomendado aos animais muito prostrados e 
fracos.
35
Cuprum
metallicum
Quando as plantas estão intoxicadas com 
produtos à base de cobre ou ficam sem cres-
cimento, sem desenvolvimento. Essa homeo-
patia é recomendada na 30CH.
Magnesia
carbonica
Nos cultivos com falta de vigor das plan-
tas, dificuldades na absorção de nutrientes, 
excesso/deficiência de Mg ou Ca, intolerân-
cia a temperatura baixa, ausência ou defici-
ência na floração. Indicada quando se objeti-
va a conservação da matéria orgânica e no 
caso dos resíduos disponíveis à composta-
gem serem facilmente decomponíveis (baixa 
relação C/N).
Natrum
muriaticum
Age nas plantas desidratadas e desminera-
lizadas ou cloróticas. Quando há crescimento 
reduzido, áreas necróticas e folhas secando. 
Nos cultivos em solos salinos. Quando há 
murcha na ponta das folhas.
Phosphorus
É recomendado nos casos de excesso de 
transpiração por intolerância ao calor da es-
pécie ou da variedade. Plantas exigentes, 
quando não adubadas adequadamente, res-
pondem a Phosphorus com crescimento 
idêntico ao das plantas adubadas. Estimula o 
crescimento.
Pulsatilla Se as hortaliças estão com a produção preju-
dicada por causa do baixo número de semen-
tes por fruto ou por intolerância ao local de 
cultivo, principalmente falta de ventilação. 
Estimula a frutificação.
36
Staphysagria
Quando há prejuízos por excesso de pulgões, 
nematoides ou ácaros. Nos casos de sombre-
amento e de frio. Após danos causados por 
perdas de folhas/ramos. Plantas enxertadas e 
animais de inseminação artificial. Nas infes-
tações de pulgas em animais.
Sulphur
Quando há excesso de transpiração ou de 
luz. Nos casos de variedades muito exigentes 
em quantidades de nutrientes. Induz desinto-
xicação de plantas, solos e animais. Coceiras 
e sarnas em animais. Florescimento.
Thuya 
occidentalis
Nos casos de ocorrência de “calosidades”, 
“verrugas” ou ventos (frios/quentes) que pre-
judicam a planta. Em tumores. Após vacina-
ção.
TECNOLOGIAS
A metodologia de experimentação participativa reali-
zada com os alunos do Curso de Homeopatia (UFV) permi-
tiu a obtenção rápida e integrada de resultados. Estimulou a 
criatividade e a realização de diversas experimentações. Ge-
rou informações a serem utilizadas na produção e a indica-
ção de novas preparações homeopáticas obtidas com recur-
sos locais. Foram consideradas tecnologias aqueles resulta-
dos citados pelo menos 2 vezes. As prospecções são as ex-
periências relatadas apenas uma vez, mas que podem orien-
tar pesquisas futuras.
37
TECNOLOGIAS GERADAS NAS 
EXPERIMENTAÇÕES DOS ESTUDANTES DO CURSO 
DE HOMEOPATIA (EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA) 
DA UFV
PREPARADO 
HOMEOPÁTICO
RESULTADO DA APLICAÇÃO
Silicea
Feijão – desenvolvimento normal da 
planta. 
Couve – raízes numerosas e longas, 
maior número de folhas vigorosas. 
Flor de seda branca (ornamental) – plan-
ta mais desenvolvida com numerosas ra-
ízes.
Solo
Alface – acelera o crescimento daplan-
ta. 
Fava – plantas vigorosas e fortes. 
Feijão preto – melhor germinação.
Sulphur
Hibisco vermelho – aparência saudável, 
poucas raízes. Feijão – crescimento nor-
mal com folhas e caules perfeitos.
Rabanete – germinação mais rápida. 
Arnica montana
Feijão amarelo – demora na germinação, 
folhas deformadas e amareladas, menor 
crescimento e menor floração. 
Picão preto – germinação lenta. 
Rabanete – germinação lenta.
38
EM 4
(Microrganismos 
Eficientes)
Preparação na forma 
de nosódio vivo con-
forme Roberto Costa
Pitanga – plantas vigorosas, com folhas 
brilhantes, desenvolvimento excelente.
Feijão – desenvolvimento com floração 
homogênea e as folhas heterogêneas. 
Chuchu – aspecto saudável plantas vigo-
rosas. 
Roseira – brotação nova, vigor, rosas ti-
veram tonalidade mais viva das cores.
Feijão – força, vigor e resistência, cresci-
mento normal e sementes bem formadas, 
heterogeneidade com excelente desen-
volvimento, 
Chicória – grande crescimento porém ci-
clo de vida mais curto.
Rabanete – plantas mais crescidas.
Tansagem Alecrim – plantas fortes e vigorosas.
Estrume de gado
Salvia officinalis – melhor desenvolvi-
mento da planta, brotos com mudinhas, 
bom crescimento com várias brotações.
Feijão
Feijão – germinação rápida com bom de-
senvolvimento posterior, plantas vigoro-
sas.
Folha de abacate
Feijão – dificuldade na germinação, pos-
teriormente planta bonita com vigor e as-
pecto sadio.
Cipó-mil-homens
Feijão – caule longo com folhas defor-
madas, enrugadas, um pouco queimadas, 
raízes finas, pouco desenvolvimento da 
planta, folhas enrugadas, raízes finas.
Natrum muriaticum Proteção das pastagens e outros cultivos na 200C.
39
Homeopatia da
tanajura
Controle das formigas cortadeiras.
Nosódio da
abelha-cachorro
Afugenta as abelhas das culturas.
Nosódio do mosquito 
borrachudo
Usado como repelente na 2CH.
Apis mellifica 6CH
Afugenta as abelhas das tachas ao fazer 
rapadura, e também dos cochos de ração 
nos currais.
Apis mellifica e
nosódio da
abelha-cachorro
No cultivo de maracujá afugenta as abe-
lhas-cachorro tornando possível a poli-
nização pela mangaba (mamangava).
PROSPECÇÕES
(Experiências relatadas apenas por um aluno do curso)
• Nome do preparado homeopático. – Plantas tratadas: 
resultados obtidos.
• Silicea – Feijão: germinação e desenvolvimento irre-
gular da planta, caules e folhas heterogêneos. Cacau: 
germinação normal com baixo desenvolvimento. Fei-
jão: germinação e desenvolvimento da planta padro-
nizado, plantas mais vigorosas.
• Estrume de gado – Milho: plantas robustas com fo-
lhas firmes e mais verdes. Feijão: excelente desem-
penho na germinação e no desenvolvimento da plan-
ta.
40
• Sulphur – Milho: germinação e desenvolvimento hete-
rogêneo, caules finos, coloração verde claro. Pimentão: 
atraso na germinação e plantas pouco desenvolvidas. 
Hibisco vermelho: planta vigorosa, exuberante e com 
muitas raízes. Picão preto: não favorável à germinação.
• Ignatia amara – Feijão: plantas amareladas com pre-
sença de lagartas. Feijão: amarelou.
• Chamomilla – Feijão: plantas mais desenvolvidas, 
mais vigorosas, caule mais grosso e folhas maiores, 
maior germinação, conservação da umidade do solo.
• Arnica montana – Macela: planta mais resistente com 
excelente brotação. Arruda: plantas danificadas, folhas 
amareladas queimadas e enrugadas. Café: as mudas 
que receberam o medicamento homeopático tiveram 
desenvolvimento mais rápido e vigoroso.
• Urina de Vaca – Feijão: predisposição ao ataque de 
lesmas e lagartas, com desenvolvimento retardado de 
folhas e raízes. Camomila: plantas vigorosas.
• Kali carbonicum – Feijão: crescimento acelerado, mais 
verde e mais resistente à seca. Rabanete e jiló: excelen-
te germinação, desenvolvimento vigoroso da planta.
• Phosphorus – Pingo de ouro: crescimento acentuado, 
cores intensas, folhas maiores, caule e raízes mais 
grossas, repeliu insetos. Feijão: crescimento excelente, 
caule grosso e folhas vigorosas.
41
• Tiririca – Couve: melhor enrai-
zamento. Trigo: crescimento 
acentuado, folhas vigorosas. Ca-
momila: plantas menos exuberan-
tes com o caule fino.
• Dulcamara – Feijão: crescimento 
normal. Alface: plantas homogê-
neas com crescimento regular.
• Carbo vegetabilis – Picão preto: germinação rápida. 
Rabanete: germinação mais rápida.
• Caulophyllum – Picão preto: aumento da velocidade 
na germinação. Rabanete: germinação mais lenta.
• Solo – Hortelã: plantas subdesenvolvidas.
• Calcarea carbonica – Feijão: germinação e crescimen-
to padronizados com folhas vigorosas e mais verdes.
• Arsenicum album – Milho e feijão: boa germinação e 
desenvolvimento normal, planta vigorosa.
• Chuchu – Feijão: maior crescimento com caule mais 
fino e menor resistência.
• Belladona – Eucalipto: plantas sem resistência, com 
menos raízes secundárias e micorrizas, folhas amarelas 
e vermelhas.
• Flor do Feijão – Feijão: caule mais fino e folhas ama-
reladas.
• Bugre – Feijão: plantas robustas.
42
• Natrum muriaticum – Tomate: excelente desempenho 
na germinação e grande vigor da planta.
• Palha de Café – Feijão: crescimento atrasado, folhas 
pequenas, amarelas e sem vigor.
• Zincum – Alface: plantas homogêneas com crescimen-
to regular.
• Lycopodium clavatum – Pimenta: aumento da resistên-
cia e longevidade.
• Cacau – Cacau: germinação vigorosa.
• Cogumelo branco – Cacau: melhor germinação e 
grande vigor.
• EM 4 (nosódio vivo) – Feijão: algumas plantas não de-
senvolveram completamente porém as outras plantas ti-
veram floração, folhas homogêneas, folhas amarelas 
com pintas. Chuchu: bom aspecto porém pouco vigor. 
Chicória: desenvolvimento mais lento.
• Ferrugem do saião (nosódio vivo) – Saião: plantas ho-
mogêneas sem a eliminação total de ferrugem, plantas 
heterogêneas no tamanho e na cor.
• Pulgão da couve (nosódio vivo) – Couve: homogenei-
dade, vigor no desenvolvimento, cor boa, os pulgões 
desapareceram em dois dias.
• Ferrugem (nosódio vivo) – Café: controle da ferru-
gem.
• Lagarta (nosódio vivo) – Couve: controle de pulgão e 
maior número de folhas na planta.
43
• Coco (nosódio vivo) – Coco: aumento da resistência 
dos frutos, frutos não caíram.
• Limão (nosódio vivo) – Limão: frutos saudáveis, cres-
ceram e amadureceram o que não acontecia antes.
• Broca (nosódio vivo) – Café: controle da broca do 
café.
• Fungos (nosódio vivo) – Café: controle dos fungos.
• Hibisco – Jiló: excelente desenvolvimento da parte aé-
rea, solo ficou com aparência seca, raízes pequenas po-
rém com caule resistente.
• Mammillaria scheidweilerana (Mamilária) – Cactus: 
desenvolvimento irregular, algumas plantas com bro-
tos.
• Carqueja – Samambaia: desenvolvimento irregular, 
baixa resistência e perecimento das plantas.
• Estrume de galinha – Pimenta: crescimento com gran-
de floração.
• Jambo – Milho e alho: emergência lenta, crescimento 
rápido, baixo desempenho geral da planta.
• Tansagem – Sálvia: estímulo ao crescimento, emissão 
de brotos novos e ramificações, folhas pequenas.
• Casca de laranja – Milho: plantas murchas, amarela-
das, com raízes pequenas, finas e estagnadas, não so- 
breviveram.
44
• Pau magro – Pau magro: a única planta sobrevivente 
ficou com bom aspecto.
• Natrum muriaticum – Eucalipto: cor apagada, reten-
ção de água, folhas arredondadas. Camélia: os botões 
antes de abrirem secavam e caíam, depois do tratamen-
to homeopático abriram belas flores.
• Arnica – Palmito pupunha: as plantas com cor opaca 
amarela esverdeada foram reabilitadas Couve: estava 
isolada, afastada das outras, decaída com apenas dois 
pares de folhas após aplicação tiverammais força e 
mais dois pares de folhas novas. 
• Sulphur – Pinheiro: folhas levemente retorcidas, esti-
mulou o crescimento.
• Ferrum metallicum – Quiabo: folhas maiores e mais 
verdes, brotação mais bonita.
• Silicea – Goiaba com crescimento paralisado: folhas 
mais grossas e saudáveis, brotação nova, caule mais re-
sistente e sadio.
• Staphysagria – Laranjeira com 
pulgões, poucas folhas com 
manchas pretas grudentas: con-
trolou os pulgões, formou fo-
lhas novas e vigorosas, caule 
limpo, galhos com brotos no-
vos.
45
• Calcarea phosphorica – Planta 
ornamental com folhas amarelas 
que secavam e apodreciam: ace-
lerou a renovação das folhas.
• Apis mellifica – Café: melhorou 
a resistência dos grãos, contro-
lou a queda prematura de grãos.
• Nux vomica – Lírio da paz que recebeu aplicação de 
veneno contra mosquito da dengue e ficou com defor-
mações nas folhas e flores queimadas: normalização to-
tal da planta depois de um mês de uso do preparado ho-
meopático.
• Arnica, Borax, Calcarea carbonica – Hortência com 
planta pouco desenvolvida, folhas muito queimadas nas 
bordas: depois do tratamento as folhas queimadas caí-
ram dando lugar a novas brotações mais resistentes, a 
planta ficou forte e saudável.
• Carbo vegetabilis e Sulphur – Café: aumento de brota-
ções, floração, produção, peso, conservação pós-colhei-
ta.
• Calcarea carbonica, Arnica montana e Chamomilla – 
Café: brotação mais vigorosa, folhas mais largas. Hor-
taliças: aumentou a resistência e a produção.
46
ALGUMAS INDICAÇÕES DE 
PREPARADOS HOMEOPÁTICOS 
DESTINADOS AO SOLO
• Nosódio - Recurso imediato que 
equilibra e estimula a reação do 
solo.
• Adubo químico homeopatizado – Desintoxicação de 
adubações químicas sucessivas.
• Alumina – Equilibra o alumínio e reduz a necessidade 
de calagem.
• Magnesia carbonica e Calcarea carbonica – Conser-
vação da matéria orgânica e ciclagem de nutrientes.
• Sulphur – Desintoxicar o solo, “jogar fora” seus dese-
quilíbrios e intoxicações.
• Natrum muriaticum – Equilibrar os sais no solo.
• Silicea e Ferrum – Auxiliar no processo de estrutura-
ção dos solos. Os elementos como alumínio, ferro, 
mercúrio, arsênio, chumbo, podem estar presentes no 
solo em grandes concentrações ou como resíduos de 
agroquímicos aplicados nas lavouras. A homeopatia 
destes elementos é útil na desintoxicação dos solos 
contaminados.
• Sais de Schussler – Nutrição do solo.
47
ALGUMAS INDICAÇÕES 
DE PREPARADOS
HOMEOPÁTICOS EM 
GRÃOS ARMAZENADOS
• Sulphur e Phosphorus – Contro-
le de fungos.
 ALGUMAS INDICAÇÕES
DE PREPARADOS
HOMEOPÁTICOS
DESTINADOS A ÁGUA
• Nosódio – Equilíbrio imediato da 
água.
• Plantas aquáticas despoluidoras – Exoneração.
• Carbo vegetabilis – Despoluição das águas, de resíduos 
físicos, biológicos e químicos, porém precisa ser asso-
ciado com outra homeopatia, por exemplo Nux vomica 
no caso de poluição química. Nos casos de dureza de 
Cálcio e Magnésio.
• Nux vomica – Poluição química.
• Pyrogenium – Eliminação de cheiros desagradáveis.
• Escherichia colli – Equilíbrio dos microrganismos na 
água.
• Ferrum metallicum e Silicea – No caso de excesso de 
ferro na água.
48
PLANTAS SIMILLIMUM
De acordo com o princípio da similitude, em cada esta-
do de desequilíbrio haverá alguma homeopatia mais indicada 
(o “simillimum”). 
PLANTA CARACTERÍSTICA NOME DA 
HOMEOPATIA
Arnica 
montana
Traumas por podas, colheitas, 
ventos e chuvas de granizo.
Arnica montana
Camomila Grande capacidade de captar o 
cálcio.
Chamomilla 
officinalis
Capim 
gordura
Alimenta animais e insetos. 
Protege as lavouras de ações 
externas equilibrando fungos, 
ácaros, ferrugens.
Melinis 
minutiflora
Carvalho
Árvore rica em cálcio. Au-
menta a qualidade do compos-
to.
Quercus 
glandium 
spiritus
Carvalho
Árvore rica em cálcio com ex-
pressivo conteúdo de potássio 
e enxofre. Do carvão é feito o 
preparado Carbo vegetabilis. 
Recupera plantas com baixa 
vitalidade. É despoluente. Em 
água com tóxicos deve ser as-
sociada a Nux vomica.
Carbo 
vegetabilis
Cavalinha Desequilíbrios de Silicea. Re-
cupera a fertilidade do solo.
Equisetum 
arvense
Dente de 
leão
Equilibra o ácido silícico e a 
capacidade de absorver água. 
Taraxacum 
officinalis 4CH
49
Mil folhas Atua no carbono, nitrogênio e 
enxofre.
Achillea 
millefolium
Urtiga Rica em ferro, libera dióxido 
de ferro do solo.
Urtiga dioica
Valeriana Ativa o fósforo, revitaliza mi-
crorganismos e minhocas.
Valeriana 
officinalis
Noz 
vômica
Desintoxicação, descontami-
nação, limpeza. Havendo feti-
dez associar a Pyrogenium 
8CH.
Nux vomica
RAZÕES DE VOCÊ APOIAR O USO DA
HOMEOPATIA
1 – A homeopatia é a tecnologia da di-
namização e não deixa resíduos. A ho-
meopatia não polui! A homeopatia cau-
sa equilíbrio, não extingue espécies, res-
peita e harmoniza os ecossistemas.
2 – Na produção orgânica de alimentos é proibido usar 
agrotóxicos. Pode ser usada a homeopatia. Produtos orgâni-
cos são mais lucrativos e saudáveis! Ninguém gosta de resí-
duos de venenos (agrotóxico) nos alimentos. Na Agroecolo-
gia a homeopatia é permitida. Quem adotou a homeopatia 
está humanamente feliz.
50
3 – A homeopatia significa: independência, sustentabilida-
de, segurança alimentar (na agricultura familiar e empresa-
rial), saúde da água/da terra/do ar/da gente, alimentos eco-
lógicos.
4 – A homeopatia não é objeto de 
crença. Os fenômenos da homeo-
patia são repetitíveis, são previsí-
veis, são quantificáveis, são descri-
tíveis e têm relação causa-efeito. A 
Homeopatia tem princípios, filoso-
fia e metodologia próprios. O fun-
damento da Homeopatia é a experi-
mentação, portanto é ciência.
PROJETO CNPQ/CT-AGRO 20/2005 –
“HOMEOPATIA: TECNOLOGIA SOCIAL
 DESTINADA À AGRICULTURA
FAMILIAR”
Os Seres Vivos tratados com Homeopatia
“O ambiente está melhor, aumentou os pássaros, anu, gavião e 
pássaros pequenos comendo todos juntos sem um agredir o 
outro. Aumentou os tatus, diversificou as plantas espontâneas. 
Colho sem gastar nada e sem gastar tempo, antes a renda era
buscada quase toda trabalhando fora da propriedade.”
Paulo Estevão Batista (Paula Cândido – MG)
51
“Acho que pra mim a Homeopatia é uma das alternativas mais 
certas para o futuro da vida toda equilibrada, da propriedade, 
por isso temos que tratar a propriedade como organismo vivo 
que faz parte de nossas vidas.”
Primo Dalmásio (Nova Venécia – ES)
“A meu ver, aprendi que qualidade de vida sem Homeopatia, 
Floral, Fitoterápicos, alimentação mais correta, não existe.
 O resto mantém o doente, doente.”
Clemente de Oliveira Coelho (Barra de São Francisco – 
ES)
“O proprietário tomando homeopatia passa a ter tranquilidade, 
não precisa agredir a natureza com agrotóxicos.”
Marilene Amâncio Dutra (Sacramento – Manhuaçu – 
MG)
“Com a Homeopatia consegui fazer o controle geral em toda a 
propriedade tendo a oportunidade também de trabalhar com 
prevenção.”
Patrick Miranda Cardoso (Tombos – MG)
“Eu encontro tempo de aguar, cuidar das plantas, eu aprendi o 
que é vida, antes eu era muito grossa com elas quando ia 
quebrar alguma planta, arrancar, não tinha muito sentimento 
na coisa e depois da Homeopatia eu chego ali peço licença,
não tenho medo de falar da mãe terra com as pessoas, perdi o 
receio de comparar com nossas veias a questão da água.”
Lizete Maria Mischiatti (Águia Branca – ES)
52
ANEXO 2
A) Preparados homeopáticos destinados ao tratamento local 
em animais.
(Fonte Bibliográfica: “Homeopatia e Fitoterapia na Produção 
Orgânica”. Coopasul, julho/2001, Campinas do Sul – RS).
HOMEOPATIA TRATAMENTO
Apismellifica - Picada de inseto.
- Inflamação do úbere (pré e pós-parto).
Arnica montana - Inflamação por pancada.
- Leite com sangue (pancada).
Arsenicum
album
- Aves em geral.
- Intoxicação causada por veneno.
Belladona - Febre muito alta. Associar com Apis na in-
fecção do casco e picada de escorpião.
Bryonia - Problemas com ligamentos (osso a osso, 
músculo a músculo).
Calcarea
arsenicosa
- Epilepsia.
Calcarea
carbonica
- Paralisia do parto (quando não consegue 
levantar após o parto).
Calcarea
phosphorica
- Consolidação de fraturas (mais rápida).
Calcarea
sulphurica
- Abcessos que abrem e demoram a fechar.
Carbo vegetabilis - Associar com Lycopodium e Pulsatilla nos 
casos de timpanismo (embuchamento).
Chelidonium - Hepatite.
China officinalis - Pós-operatório (tirar o efeito do anestési-
co).
53
Crotallus
horridus
- Leptospirose, envenenamento por raticida, 
febre amarela.
Gelsemium - Paralisia nas pernas.
Hepar - Abcessos e infecção no útero.
Ipeca - Nervosismo.
Hypericum - Nervosismo.
Lachesis - Picada de cobra, hemorragias (babesiose).
Lilium tigrinum - Prolapso de útero e vagina.
Nux vomica - Desintoxicação (alimentos estragados e pi-
retroides).
Phosphorus
- Anti-hemorrágico (sangue no leite, pressão 
sanguínea).
- Desintoxicação de organofosforados.
Pulsatilla - Vacas que estão entrando em cio mas não 
mostram.
Rhus
toxicodendron
- Tratamento de tendão.
Ruta graveolens
- Tratamento muscular.
- Prolapso do útero.
- Conjuntivite (“olho gordo”).
Sepia - Prolapso no útero.
Silicea - Associar com Hepar na drenagem de ab-
cessos e cicatrização da pele.
Staphysagria - Cicatrizante poderoso (pós-operatório).
Thuya - Verrugas.
Urtiga urens - Secar as vacas.
Vipera - Nefropatia, hemorragia uterina, pele desca-
mada.
54
B) Indicações de preparados homeopáticos em distúrbios 
comuns dos animais. (Fonte Bibliográfica: “Homeopatia e 
Fitoterapia na Produção Orgânica”. Coopasul, julho/2001, 
Campinas do Sul – RS).
DISTÚRBIOS PREPARADOS HOMEOPÁTICOS
INDICADOS
Laringite Apis, Histaminum
Bronquite Ipeca, Drosera ou associação de Coffea, 
Echinacea, Vincetoxicum e Sulphur
Broncopneumonia Aconitum, Belladona, Hepar, Ipeca, 
Bryonia, Phosphorus
Taquicardia Arnica, Aconitum, Arsenicum, Lachesis, 
Cactus
Bradicardia Digitalis
Hemorragia Phosphorus, Ipeca, Lachesis, Cinnamomum. 
Hemorragia por pancada – Arnica
Infecção na 
boca 
(estomatite)
Belladona, Rhus toxicodendron, Mercurius 
(aftosa), Nitricum acidum, Kreosotum, 
Borax
Língua de pau 
(actinomicose)
Kali iodatum, Hepar sulphuris
Indigestão Lachesis, Nux vomica
Acidose Nux vomica, Arsenicum album, Veratrum 
album
Alcalose Nux vomica, Arsenicum album, Veratrum 
album
Intoxicação 
alimentar
Nux vomica, Arsenicum album, Carbo 
vegetabilis
Cólica intestinal Colocynthis 
Timpanismo 
(vaca estufada)
Nux vomica + Plumbum + Carbo vegetabilis 
(associados), Lycopodium, Pulsatilla
55
Prolapso do 
intestino reto
Mercurius corrosivus, Lilium tigrinum
Infecção renal Nux vomica, Colocynthis, Chamomilla, 
Belladona, Lycopodium, Hepar
Paralisia da 
bexiga
Arnica + Hypericum (associados), 
Dulcamara, Causticum
Cálculo renal Berberis, Lycopodium, Acidum benzoicum, 
Calcarea carbonica
Prolapso do 
útero
Lilium tigrinum, Sepia
Atonia uterina 
pós-parto
Arnica, Sabina, Caulophyllum
Prolapso uterino Arnica e Sabina
Cisto no ovário Apis, Pulsatilla, Sepia, Aurum, Bufo rana, 
Platina, Lilium tigrinum, Lachesis, Sulphur
Anestro Pulsatilla, Kali cabonicum, Ovarinum, Sepia
Cio reduzido Aristolochia + Kali iodatum (associados)
Cio prolongado Pulsatilla, Sepia 
Endometrite Sepia, Pulsatilla, Hepar
Edema do úbere 
(úbere inflamado)
Apis mellifica, Kali carbonicum
Ausência de 
leite (segura o 
leite)
Asa foetida, Argentum nitricum, Moschus, 
Ignatia, Natrum muriaticum, Pulsatilla, 
Phytolacca
Sangue no leite Ipeca, Phosphorus, Lachesis, Belladona, 
Hamamelis
Tumores de 
mama
Conium, Phytolacca, Sulphur iodatum
Rachadura nas 
tetas
Arnica, Causticum, Graphites, Sulphur, 
Silicea, Arsenicum
Inflamação das 
pálpebras
Belladona, Arnica, Aconitum, Mercurius 
solubilis
56
Queda da 
pálpebra
Aconitum, Dulcamara, Causticum, Rhus 
toxicodendron, Gelsemium
Lacrimejamento
Petroleum, Pulsatilla, Natrum muriaticum, 
Ledum palustre, Agaricus, Phoshoricum 
acidum
Conjuntivite Belladona, Euphrasia, Aconitum, Ruta, 
Argentum nitricum, Mercurius corrosivus
Papilomatose Causticum, Thuya, Dulcamara, Nitricum 
acidum, Calcarea carbonica
Dermatite
Belladona, Arnica, Apis, Cantharis, 
Mercurius solubilis, Silicea, Belladona + 
Apis 
Abcesso na pele Belladona, Mercurius solubilis, Silicea + 
Hepar
Tétano Tetaninum, Ledum, Hypericum
Vermes Abrotanum, Cina
Ectoparasitas Sulphur, Mercurius solubilis, Graphites, 
Psorinum
Queimaduras Arsenicum, Calendula, Cantharis
Vômito Arsenicum, Ipeca, Nux vomica, Phosphorus, 
Pulsatilla, Tabacum
Pré e pós-
operatório ou 
Intervenções 
menos 
agressivas
Gelsemium, Calendula, Hamamelis, 
Hypericum, Antimonium tartaricum, 
Aurum, Digitalis, Hepar, Silicea, 
Pyrogenium
57
COMO APLICAR HOMEOPATIAS NOS 
ANIMAIS
 Em casos agudos (situações repentinas) dar o prepa-
rado homeopático na boca do animal, de forma direta 
ou com alimento, 5 gotas com intervalos de 2 horas.
 Em casos crônicos (situações antigas ou repetitivas) 
dar o preparado homeopático no alimento ou de for-
ma direta, 3 gotas, 2 vezes ao dia. Bovinos: misturar 
60 gotas em 400 gramas de açúcar cristal e depois 
juntar a 25 quilos de sal. Fornecer a mistura à vonta-
de. 
COMO APLICAR HOMEOPATIAS NO
MEIO RURAL
Você pode seguir orientações dos livros e cadernos 
que têm objetivo social e humanitário. Todos os organismos 
vivos merecem ser bem tratados. A UFV com o apoio do 
CNPq (Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico 
e Tecnológico) e da FAPEMIG (Fundação de Amparo à 
Pesquisa do Estado de Minas Gerais) publicou o livro 
“Acologia de Altas Diluições” contendo informações cientí-
ficas sobre aplicação das homeopatias no meio rural (Famí-
lia Agrícola, Plantas, Animais, Solos, Águas). Contato so- 
bre o livro: V. Casali – (31) 38991131; vwcasali@ufv.br
58
CADERNO DE HOMEOPATIA
Distribuição gratuita
(Limitada a disponibilidade de recursos)
Pedidos a: Vicente W. D. Casali
 Universidade Federal de Viçosa/Fitotecnia
 Viçosa- MG Cep: 36570-000
 Tel: (31) 3899-2613 Fax (31) 3899-2614
 e-mail: vwcasali@ufv.br
Ao solicitar exemplares do caderno, favor fornecer 
nome, endereço completo, cidade, CEP, perfil (informe se é 
agricultor(a), empresário(a), administrador(a) municipal, 
técnico, estudante, ou qualquer outra atividade).
É permitido copiar. Desde que não seja vendida e não 
seja omitida nenhuma parte. Por prudência, consulte-nos se 
há nova edição deste caderno.
No caso de citação bibliográfica mencionar: Rezen-
de, J.M. (Coordenador).
59
	PLANTAS SIMILLIMUM

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