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EXAME METALOGRÁFICO Pode fornecer dados de como a peça foi fabricada, de suas propriedades e de sua homogeneidade, uma vez que consiste na visualização da macro e/ou microestrutura do material. MACROGRAFIA O exame da macroestrutura da peça ou da amostra é feito à olho nú ou com ampliação máxima de 10x. Permite a obtenção de informações gerais sobre a peça como: Homogeneidade do material da peça Análise da distribuição de impurezas Análise de macro-defeitos de fabricação Análise de tamanho de grão (para peças de granulação grosseira),... MICROGRAFIA O exame da microestrutura da peça ou da amostra é feita com o auxílio de um microscópio (óptico, eletrônico, força atômica,...) Permite a obtenção de informações mais detalhadas como: Análise da natureza, quantidade, distribuição e forma dos diversos constituintes Análise de micro-defeitos de fabricação (microfissuras) Análise de tamanho de grão Determinação da presença ou não de inclusões Análise da superfície de fratura,... TÉCNICAS METALOGRÁFICAS Técnicas Macrográficas: procedimento para observação da macroestrutura Técnicas Micrográficas: procedimento para observação da microestrutura 1- Técnicas Macrográficas PREPARAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA PARA MACROGRAFIA Escolha da localização a ser examinada e corte do corpo de prova (se necessário) Preparação do corpo de prova para obtenção de uma superfície plana e polida Ataque químico apropriado RECOMENDAÇÕES GERAIS: Antes de proceder ao corte do CP, fazer um levantamento do histórico do material: Inspeção visual preliminar cuidadosa, como superfície de fratura ou de corrosão e outros vestígios superficiais, Se possível, determinar os processos de fabricação nos quais a peça foi submetida (forjamento, metalurgia do pó, fundição, usinagem, etc...), embora a macrografia possa fornecer informações sobre o processo de fabricação, Verificar se a peça passou ou não por tratamentos térmicos, termoquímicos, químicos ou mecânicos posteriores. Verificar se a peça passou por processos de soldagem ou montagem Verificar se a peça tem marcas especiais, como por exemplo de pancadas, Muitas vezes é necessário fotografar e/ou desenhar a peça antes de proceder o corte. Medidas de dureza podem dar indicações dos processos usados na fabricação da peça . A determinação prévia da composição química pode ser importante em alguns casos A- Escolha da localização e seção a ser examinada para o corte do corpo de prova (se necessário) Os tipos de corte mais comuns são: longitudinal e transversal (Veja exemplos de cortes mais apropriados para determinados fins) Preparação do corpo de prova para obtenção de uma superfície plana e polida Corte: em geral usa-se serras com abrasivos (diamantadas) de corte externo. Polimento: em geral usa-se lixas dágua com abrasivo de SiC OBSERVAÇÕES: O corte deve ser o mais lento possível e com refrigeração, para evitar modificações na macro e microestrutura do material e encruamento da superfície. O polimento não deve ser especular, porque torna mais difícil o ataque uma vez que o reativo não molha por igual a superfície. Além disso é difícil de se fotografar uma superfície especular. Ataque químico apropriado O ataque químico evidência as heterogeneidades presentes no material (como diferenças na composição química e na estrutura cristalina). O ataque químico pode ser feito: Por imersão do corpo de prova no reativo ou reagente (ataque por imersão) Usando um chumaço de algodão ou pincel para estender o reativo sobre a seção de interesse (ataque por aplicação) O ataque químico pode durar desde alguns segundos até mesmos dias. Imediatamente após o ataque os corpos de prova devem ser lavados em água abundante e secos. O ataque químico em algumas vezes pode ser bastante profundo, podendo prejudicar analises posteriores, como a micrografia) Descuidos no polimento e no ataque podem levar a interpretações erradas dos resultados - Exemplos de reativos químicos para aços: Impressão direta de Baumann usado para revelar as linhas de Lüdders (Linhas de deformação). Usa um papel fotográfico comum (com AgBr), o papel é imerso em uma solução de de 1-5% de H2S04 e aplicado sobre a superfície polida. Depois de 5 minutos o papel é colocado em um fixador de hipoclorito de sódio por 10 min. E depois lavado em água corrente. Mecanismo de revelação das as linhas de Lüdders: As regiões ricas em sulfuretos reagem com o H2S04 que reage com o AgBr produzindo sulfureto de prata (marrom) que fica impregnado no papel. ELEANI M. DA COSTA
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