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CURSO ON–LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR 
PROFESSOR: FREDERICO DIAS 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula Demonstrativa: Princípios Fundamentais e Teoria Geral dos 
Direitos e Garantias Fundamentais. 
Bom dia! 
É muito bom ter a oportunidade de elaborar mais um curso aqui no 
Ponto. Ainda mais por ser um curso online, hábil a alcançar tantas 
pessoas que se situam longe dos grandes centros e objetivam passar 
num concurso público. 
Eu também tive esse objetivo há bem pouco tempo. Aliás, objetivo não! 
Eu tinha um grande sonho de passar em um bom concurso. E também 
tive de ralar muito para alcançá-lo. Portanto, fique firme e se mantenha 
motivado! Não tenha dúvidas de que cada momento de estudo é 
recompensado com a aprovação no concurso dos seus sonhos, ok? 
A propósito, preciso me apresentar. Meu nome é Frederico Dias. Sou 
natural de Belo Horizonte e ocupo atualmente o cargo de Auditor Federal 
de Controle Externo do Tribunal de Contas da União, tendo obtido o 9° 
lugar no concurso de 2008. 
Meu primeiro cargo público foi o de Analista de Finanças e Controle da 
Controladoria Geral da União - AFC-CGU (tendo alcançado o 1° lugar 
nacional em 2008). 
Este curso tem por finalidade apresentar o Direito Constitucional em 
teoria para auxiliá-lo em sua aprovação. De qualquer forma, trata-se de 
um curso bem apropriado para aqueles alunos que já tiveram um 
primeiro contato com a matéria. Isso porque o Direito Constitucional é 
assunto com o qual os alunos já se depararam ao procurar o Ponto. 
Assim, minha ideia é apresentar a teoria de uma forma didática, mas 
também direta. Isso porque tem de haver espaço não só para a teoria 
como também para os exercícios, concorda? 
Explicando melhor: a teoria não vai ser deixada de lado, portanto não se 
preocupe. Ela vai ser completamente abordada. É que eu entendo que 
um curso online não pode ter o tamanho de um livro. Nesse sentido, 
minha função aqui é também selecionar o mais relevante de cada 
assunto. Ademais, as centenas de questões apresentadas ao longo de 
todo o curso possibilitarão ao aluno verificar que não está sendo deixado 
nada relevante para trás... 
Portanto, esse curso será de teoria + questões (da Esaf), e não de 
exercícios comentados. Assim, alguns exercícios da Esaf serão 
comentados, mas não todos. Pois ao final serão apresentadas várias 
outras questões recentes, a fim de auxiliar sua fixação. 
Independentemente disso, o fórum de dúvidas servirá exatamente para 
tirar todas as dúvidas relacionadas aos exercícios (comentados e não 
comentados). 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON–LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – CURSO REGULAR 
PROFESSOR: FREDERICO DIAS 
www.pontodosconcursos.com.br 2
Aliás, considero esse formato proposto pelo Ponto muito interessante 
para o aprendizado. Qualquer aprovado em concursos sabe o quanto é 
importante a resolução de questões. Só assim você pode ter uma ideia 
de como aquele assunto é abordado pelas bancas em geral. 
Ademais, vista a teoria de forma ampla, os exercícios terão a função não 
só de fixar aquele conteúdo, mas também de complementar e aprofundar 
em determinados aspectos relevantes que as bancas têm passado a 
exigir. 
No final, para realmente fixar o assunto, serão apresentadas diversas 
outras questões recentes. E, nesse caso, as questões não serão 
comentadas. Mas você poderá tirar qualquer dúvida no nosso fórum. 
Outro esclarecimento importante se faz necessário. Embora saibamos 
que a Esaf trabalha com questões do tipo múltipla escolha (e não do tipo 
“certo” ou “errado”), tenho optado por trabalhar frequentemente com 
comentários a itens (assertiva isolada). Por quê? Questões meramente 
didáticas... 
Veja que essa forma de comentar essas questões otimiza e muito o seu 
aprendizado, pois você é forçado a dar importância a todas as assertivas 
(nas questões de múltipla escolha, muitas vezes o candidato se 
preocupa apenas em “acertar a questão”, marcando o enunciado certo, 
sem dar importância aos demais!). Ademais, com a divisão em item 
(assertiva), o comentário passa a vir logo em seguida do enunciado, e 
com isso você não perde o raciocínio. 
Bom, vamos dar uma olhada no conteúdo do curso? 
Aula 0 (esta aula): Princípios Fundamentais da Constituição Brasileira. 
Teoria dos Direitos Fundamentais. 
Aula 1: Constituição. Conceito. Classificação. Aplicabilidade e 
Interpretação das Normas Constitucionais. 
Aula 2: Poder Constituinte. Conceito, Finalidade, Titularidade e Espécies. 
Reforma da Constituição. Cláusulas Pétreas. 
Aula 3: Direitos Fundamentais - Parte 1 (Direitos e Deveres Individuais e 
Coletivos, Tutela Constitucional das Liberdades: Mandado de Segurança, 
Habeas Corpus, Habeas Data, Ação Popular, Mandado de Injunção e 
Direito de Petição. Ação Civil Pública.) 
Aula 4: Direitos Fundamentais - Parte 2 (Direitos Sociais, Políticos e 
Nacionalidade) 
Aula 5: Organização do Estado e Repartição de Competências 
Aula 6: Conceito de Poder: Separação, Independência e Harmonia. 
Poder Legislativo. 
Aula 7: Processo Legislativo 
Aula 8: Poder Executivo 
 
 
 
 
 
 
 
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Aula 9: Poder Judiciário 
Aula 10: Controle de Constitucionalidade - Parte 1 - Supremacia da 
Constituição. Controle de Constitucionalidade. Sistemas de Controle de 
Constitucionalidade. 
Aula 11: Controle de Constitucionalidade - Parte 2 - Ação Direta de 
Inconstitucionalidade. Ação Declaratória de Constitucionalidade. 
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental. 
Veja que esse nosso curso é bem apropriado não só para a Receita 
Federal (Auditor e Analista), como também para diversos outros 
concursos realizados pela Esaf (CGU, STN, MPOG, Fiscos estaduais 
etc.). 
Que Deus dê a você motivação e concentração para os estudos e me 
ilumine na pertinência dos comentários. 
Vamos iniciar nosso curso já hoje com um assunto muito interessante: os 
Princípios Fundamentais e a Teoria Geral dos Direitos Fundamentais. 
São aqueles aspectos mais introdutórios envolvidos nesse assunto. 
Quais são os Princípios Fundamentais? De onde surgem os Direitos e 
Garantias fundamentais? A quem eles se aplicam? Como se dá a 
resolução de conflitos entre direitos? 
Portanto, hoje, não trataremos especificamente daqueles itens do art. 
5°, tendo em vista que os direitos fundamentais em espécie serão 
abordados na aula 3, ok? 
Observe o conteúdo da Aula de hoje 
1 – Preâmbulo Constitucional e Princípios Fundamentais da Constituição de 1988 
2 – Teoria Geral dos Direitos e Garantias Fundamentais 
3 – Direitos e Garantias Fundamentais na CF/88 
3.1 – Tratados e convenções internacionais 
4 – Limitações dos Direitos Fundamentais 
5 – Exercícios de Fixação 
Vamos em frente... Mas, antes de começar, pegue a sua cópia da 
Constituição. 
1 – Preâmbulo Constitucional e Princípios Fundamentais da 
Constituição de 1988 
Se você abrir a sua Constituição, você vai encontrar primeiro o 
preâmbulo, nos seguintes termos: 
“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia 
Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a 
assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a 
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como 
valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem 
 
 
 
 
 
 
 
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preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem 
interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, 
promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA 
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.” 
Observe que é como se o preâmbulo estivesse contextualizandoa 
Constituição que o segue, funcionando, na verdade, como uma 
declaração de intenções, uma proclamação de princípios. 
O preâmbulo cai em concurso? Não exatamente... Mas você deve saber 
o seguinte (pois isso cai). 
O STF já firmou entendimento no sentido de que o preâmbulo não é 
norma constitucional. Como vimos, trata-se apenas de mera 
manifestação de cunho político/filosófico/ideológico. Portanto, não se 
insere no âmbito do Direito Constitucional. 
Daí, ser importante frisar para você que o preâmbulo não possui a 
mesma força normativa das demais normas constitucionais: (i) não 
serve de parâmetro para controle de constitucionalidade; (ii) não impõe 
limite ao poder constituinte derivado ao emendar a Constituição; e (iii) 
não é de observância obrigatória pelos estados-membros na elaboração 
de suas Constituições (os estados não precisam nem mesmo criar 
preâmbulo na Constituição Estadual!). 
Guarde esse detalhe e vamos em frente! Logo após o preâmbulo, você 
encontrará os princípios fundamentais da nossa Constituição. 
Bem, antes devemos saber que os princípios constitucionais dividem-se 
em: (i) princípios político-constitucionais e (ii) princípios jurídico-
constitucionais. 
Os princípios político-constitucionais relacionam-se às decisões 
políticas fundamentais (traduzem opções políticas fundamentais 
conformadoras da Constituição). Podemos considerar que são os 
princípios constitucionais fundamentais, positivados em normas-
princípios. São os princípios fundamentais, que compõem os arts. 1° 
ao 4° da CF/88. 
Assim, como veremos, no caso da Constituição Federal de 1988 (arts. 1° 
ao 4°), os princípios fundamentais consistem nos valores máximos, 
diretrizes e os fins mais gerais orientadores de toda a nossa ordem 
constitucional. Eles é que definirão e caracterizarão o Estado, por isso, 
serão a matriz da qual decorrem todas as demais normas constitucionais. 
Daí serem considerados normas-síntese ou normas-matriz, pois todas as 
demais normas constitucionais consistem no desenvolvimento desses 
princípios e confluem neles. 
Já os princípios jurídico-constitucionais são os princípios gerais 
informadores da ordem jurídica nacional. Podem ser considerados 
desdobramentos dos princípios fundamentais. Por exemplo: o 
 
 
 
 
 
 
 
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princípio da legalidade, o princípio da supremacia da Constituição, o 
princípio do devido processo legal, do contraditório, do juiz natural etc. 
Essa classificação não é normalmente abordada pela Esaf, que costuma 
centrar sua análise no conhecimento literal dos princípios fundamentais. 
Mas veja que a banca abordou esse assunto em prova recente. 
1) (ESAF/ANALISTA TECNICO/SUSEP/2010) Não há distinção entre os 
princípios constitucionais fundamentais e os princípios gerais do 
direito constitucional. 
Apresentei a diferença entre princípios fundamentais 
(políticoconstitucionais) e princípios gerais (jurídico-constitucionais). 
Portanto, há distinção entre eles sim. 
I) Princípios político-constitucionais → São os princípios 
fundamentais, matriz ou síntese das demais normas 
constitucionais, que decorrem dele. 
II) Princípios jurídico-constitucionais → São os denominados 
princípios gerais do direito constitucional e decorrem dos 
princípios fundamentais, como princípios derivados. 
Item errado. 
2) (ESAF/ANALISTA TECNICO/SUSEP/2010) Os princípios jurídico-
constitucionais não são princípios constitucionais gerais, toa não 
se constituem em meros desdobramentos dos princípios 
fundamentais. 
Digamos que a questão está duas vezes errada. Como vimos, os 
princípios jurídicos constitucionais são os chamados princípios gerais. E 
eles são desdobramentos (decorrem ou derivam) dos princípios 
fundamentais. 
Item errado. 
Como comentei, os valores máximos, diretrizes e os fins mais gerais 
orientadores da nossa ordem constitucional estão apresentados logo no 
início da Constituição Federal de 1988 (arts. 1° ao 4°). Digamos que esse 
Título I da CF/88 apresenta as características mais essenciais do nosso 
Estado. 
Logo de início, já no caput do art. 1°, a Constituição já estabelece a 
forma de Estado (Federação) e a forma de Governo (República), além de 
enunciar nosso regime político como sendo um Estado democrático de 
Direito. 
Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se 
em Estado Democrático de Direito (...) 
 
 
 
 
 
 
 
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É interessante observar como esse artigo primeiro tem aplicabilidade 
imediata e eficácia plena. Desenvolveremos melhor esses conceitos ao 
longo do nosso curso ao falar na classificação das normas segundo sua 
eficácia. Por enquanto, basta observar como esse mandamento 
constitucional não depende da criação de uma nova legislação para que 
possa ter aplicabilidade plena. 
Assim, veja que nosso regime político é democrático, em que prevalece 
a soberania popular, como se observa no parágrafo único: 
Par. Único - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
Um detalhe importante: observe que, na nossa democracia, o poder é 
exercido não só por meio de representantes (eleitos pelo povo), como 
também diretamente (como disposto no art. 14 da CF/88, são exemplos 
o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular). 
Por fim, você deve ter em mente outro importante princípio enunciado no 
art. 2° da Constituição Federal. 
Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
Ou seja, esse artigo assegura o princípio da separação dos poderes 
(ou divisão funcional do Poder), que consiste na repartição das 
funções estatais (executiva, legislativa e judiciária) entre três órgãos 
distintos. Com isso, evita-se a concentração de todo o poder nas mãos 
de uma única pessoa. Assim, encontra respaldo naquela ideia antiga de 
que o poder corrompe-se quando não encontra limites. 
Podemos dizer que essa teoria representa uma forma de controle 
recíproco, em que um poder controlaria as atividades do outro, a fim de 
se evitar desvios e excessos. Esse sistema de controles recíprocos é 
denominado pela doutrina como sistema de freios e contrapesos. 
Prosseguindo, vamos relembrar quais são as funções típicas de cada 
um dos poderes estatais: 
a) Poder executivo → Administração 
b) Poder Legislativo → Elaboração de leis e fiscalização 
c) Poder Judiciário → Jurisdição 
Não obstante, podemos dizer que o princípio da separação de poderes 
não é rígido, de forma que todos os Poderes da República exercem 
predominantemente funções típicas, mas, também, funções atípicas. 
Nesse sentido, o Poder Legislativo desempenha função jurisdicional 
quando o Senado Federal julga certas autoridades da República nos 
crimes de responsabilidade (CF, art. 52, I e II e parágrafo único). 
 
 
 
 
 
 
 
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Outros exemplos seriam o fato de tanto o Poder legislativo quanto o 
Poder Judiciário exercerem a função executiva atipicamente, ao realizar 
concurso público para suprir seu quadro de pessoal, ou realizar uma 
licitação para compra de canetas, por exemplo. 
Na aula 6, falaremos um pouco mais sobre esse assunto. 
Pois bem, vistos esses detalhes, você precisa saber que, dentro dos 
princípios fundamentais, a Constituição diferencia: 
I – os fundamentos; 
II – os objetivos fundamentais; e 
III – os princípios que regem as relações internacionais.Fique tranquilo, pois não é difícil distingui-los. 
Assim, os fundamentos estão expressos no art. 1° e podem ser 
considerados os alicerces, as vigas mestras da nossa república. Dada a 
sua importância, elaboramos um esquema que sintetiza as principais 
informações do art. 1°, incluindo os 5 fundamentos: 
Pois bem, são 5 os fundamentos. E eles podem ser memorizados por 
meio do mnemônico: so-ci-di-va-plu. Sabemos bem que é ridículo... mas 
o importante é marcar a letra correta na hora da prova, não é?...rs 
Já os objetivos fundamentais estão expressos no art. 3° da CF/88 e 
visam assegurar a igualdade material aos brasileiros, possibilitando 
iguais oportunidades a fim de concretizar a democracia econômica, 
social e cultural e tornar efetivo o fundamento da dignidade da pessoa 
humana. Observe que são quatro os objetivos e todos eles começam 
com um verbo. 
I – soberania 
II – cidadania 
IV – valores sociais do trabalho e da 
livre iniciativa 
Estado Democrático de Direito 
Forma de governo e forma de Estado Regime político 
formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal 
tem como fundamentos 
República Federativa do Brasil 
III – dignidade da pessoa humana 
III – pluralismo político 
 
 
 
 
 
 
 
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Observe como se trata de programas para o futuro, diretrizes a serem 
alcançadas de forma a tornar mais justa a sociedade brasileira. 
Restam ainda os 10 princípios que regem o Brasil em suas relações 
internacionais (CF, art. 4°), que podem ser subdivididos em 3 grupos: 
1 – Princípios ligados à independência nacional: 
- Independência nacional (inc. I) 
- Autodeterminação dos povos (inc. III) 
- Não-Intervenção (inc. IV) 
- Igualdade entre os Estados (inc. V) 
- Cooperação dos povos para o progresso da humanidade (inc. IX) 
2 – Princípios ligados à pessoa humana: 
- Prevalência dos direitos humanos (inc. II) 
- Concessão de asilo político (inc. 
X) 3 – Princípios ligados à paz: 
- Defesa da paz (inc. VI) 
- Solução pacífica dos conflitos (inc. VII) 
- Repúdio ao terrorismo e ao racismo (inc. VIII) 
Por fim, tenha em mente o teor do parágrafo único do art. 4° da CF/88, 
segundo o qual, a República Federativa do Brasil buscará a integração 
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, 
visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
3) (ESAF/ATA/MINISTÉRIO DA FAZENDA/2009) Construir uma 
sociedade livre, justa e solidária é um dos fundamentos da República 
Federativa do Brasil. 
Atenção! As questões mais comuns sobre esse assunto tentam 
confundir fundamentos, objetivos e princípios que regem as relações 
internacionais da República Federativa do Brasil. 
Não caia nessa. Apresentei os fundamentos anteriormente (so-ci-
divaplu) e não se encontram neles construir uma sociedade livre, 
justa e 
Objetivos 
fundamentais da 
República 
Federativa do Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as 
desigualdades sociais e regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, 
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
 
 
 
 
 
 
 
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solidária. Em realidade, esse é um dos objetivos fundamentais da nossa 
República, expressos no art. 3° da CF/88. 
Item errado. 
4) (ESAF/AFRFB/2009) Constitui objetivo fundamental da República 
Federativa do Brasil, segundo preceitua o artigo 3° da Constituição 
Federal da República/88, o respeito aos valores sociais do trabalho e 
da livre iniciativa. 
Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa constituem fundamento 
da República Federativa do Brasil, e não um objetivo fundamental 
(CF/88, art. 1º). Daí o erro da assertiva. 
Item errado. 
5) (ESAF/ATA/MINISTÉRIO DA FAZENDA/2009) A cooperação entre os 
povos para o progresso da humanidade constitui objetivo fundamental 
da República Federativa do Brasil. 
A cooperação entre os povos para o progresso da humanidade constitui 
um dos princípios que regerão a República Federativa do Brasil nas suas 
relações internacionais (art. 4°, IX). 
Item errado. 
6) (ESAF/ATA/MINISTÉRIO DA FAZENDA/2009) O repúdio ao 
terrorismo e ao racismo é princípio que rege a República Federativa 
do Brasil nas suas relações internacionais. 
Segundo o art. 4°, VIII, o repúdio ao terrorismo e ao racismo é um dos 
princípios que regerão a República Federativa do Brasil nas suas 
relações internacionais. 
Item certo. 
7) (ESAF/ATRFB/2010) Todo o poder emana do povo, que o exerce 
apenas por meio de representantes eleitos, nos termos da 
Constituição Federal. 
O povo exerce o poder não só por meio de seus representantes, mas 
também diretamente, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular 
(CF, art. 1°, parágrafo único c/c art. 14). 
Item errado. 
8) (ESAF/ATRFB/2010) A República Federativa do Brasil não adota nas 
suas relações internacionais o princípio da igualdade entre os 
Estados. 
O princípio da igualdade entre os Estados é princípio que rege o Brasil 
em suas relações internacionais (CF, art. 4°, V). 
Item errado. 
9) (ESAF/ATA/MINISTÉRIO DA FAZENDA/2009) Promover o bem de 
todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer 
 
 
 
 
 
 
 
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outras formas de discriminação é princípio que rege a República 
Federativa do Brasil nas suas relações internacionais. 
A questão traz um dos objetivos fundamentais da República Federativa 
do Brasil, expressos no art. 3°. Ou seja, mais uma vez, o erro está em 
tentar confundir o candidato misturando fundamentos, objetivos 
fundamentais e princípios que regem o Brasil nas relações 
internacionais. 
Os dez princípios fundamentais orientadores das relações do Brasil na 
ordem internacional estão expressos no art. 4° da CF/88. Trata-se de 
princípios que reforçam o reconhecimento da soberania elemento de 
igualdade dos Estados e o ser humano como cerne da atenção da 
República brasileira. 
Item errado. 
10) (ESAF/ATA/MINISTÉRIO DA FAZENDA/2009) A República 
Federativa do Brasil buscará a integração econômica, geográfica, 
política e educacional dos povos da América Latina. 
Ao lado dos princípios que regerão a República Federativa do Brasil nas 
suas relações internacionais, a CF/88 apresenta um objetivo a ser 
perseguido pelo Brasil no plano internacional. Com efeito, segundo o 
parágrafo único do art. 4°, a República Federativa do Brasil buscará a 
integração econômica, política, social e cultural dos povos da América 
Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de 
nações. 
Ou seja, a questão cobrou a literalidade do parágrafo único do art. 4°. 
Item errado. 
Bom, diante dessas questões, deu pra perceber que vale a pena 
memorizar esses quatro primeiros artigos da nossa CF, não é? 
Vamos falar um pouco dos direitos e garantias fundamentais agora... 
2 – Teoria Geral dos Direitos e Garantias Fundamentais 
Imagine uma situação em que o Estado exerce seu poder sem limites. 
Quem estiver “de fora” desse Estado, estará sofrendo interferências não 
só na sua atividade econômica como também em sua vida particular. 
Então, é necessário que com o desenvolvimento das Constituições 
escritas também evolua o estabelecimento de direitos para o indivíduo, 
que o protejam dessa atuação do Estado. 
Observe como funciona o sistema democrático: os cidadãos delegam o 
podera seus representantes, entretanto, esse poder não é absoluto. Ele 
conhece limitações (como é o caso da previsão de direitos e garantias 
fundamentais). Por decorrência, junto à noção de democracia, o governo 
pelo povo deve estar associado à limitação do poder estatal. 
 
 
 
 
 
 
 
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Naquela época, o que o cidadão queria era que o governo estivesse bem 
longe dele, que aquele Estado não o atrapalhasse. Podemos dizer: ele 
exigia uma abstenção, um não-fazer por parte do Estado. 
Assim, você deve ter em mente que os direitos fundamentais originaram-
se a partir da necessidade de se garantir uma esfera irredutível de 
liberdades aos indivíduos em geral frente ao Poder estatal. 
Ok. Mas, nesse momento, você já deve ter pensado que os direitos vão 
além da mera defesa do indivíduo contra o Estado, não é mesmo? 
Afinal, os direitos sociais e econômicos refletem uma atuação do Estado 
para melhorar a vida da população. Se você abrir sua Constituição no art. 
6°, isso ficará bem claro: “São direitos sociais a educação, a saúde, a 
alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência 
social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos 
desamparados, na forma desta Constituição.” 
E é isso mesmo. Inicialmente, os direitos fundamentais funcionavam 
apenas como limites ao poder do Estado (a chamada natureza negativa). 
Mas, modernamente, é também exigida uma atuação comissiva do 
Estado, a fim de corrigir as desigualdades criadas pelo sistema 
econômico vigente. Daí se falar em diferentes gerações ou dimensões 
de direitos. 
Nesse sentido, os direitos fundamentais surgem como direitos negativos 
(de abstenção), a exemplo do direito à vida, à liberdade, à propriedade, à 
liberdade de expressão dentre outros. 
Somente no século XX, com o crescimento do Estado Social, passa-se a 
exigir uma atitude comissiva do Estado, uma atuação estatal em favor do 
bem-estar do indivíduo. 
Com isso, podemos classificar os direitos fundamentais em três 
dimensões (ou gerações). 
Na primeira geração, consolidada no final do séc. XVIII, temos os 
direitos ligados aos ideais do Estado liberal, de natureza negativa 
(exigindo um não fazer), com foco na liberdade individual frente ao 
Estado (direitos civis e políticos). 
Na segunda dimensão, surgida no início do séc. XX, temos os direitos 
ligados aos ideais do Estado social, de natureza positiva, com foco na 
igualdade entre os homens (direitos sociais, culturais e econômicos). 
Há ainda a terceira dimensão, também reconhecida no séc. XX, em que 
temos os direitos de índole coletiva e difusa (pertencentes a um grupo 
indeterminável de pessoas), com foco na fraternidade entre os povos 
(direito ao meio ambiente, à paz, ao progresso etc.). 
Outros aspectos importantes a serem mencionados: 
1 – As expressões direitos e garantias não se confundem. Enquanto os 
direitos são os bens em si mesmo considerados (principal), as garantias 
 
 
 
 
 
 
 
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são instrumentos de preservação desses bens (acessório). Por exemplo, 
para proteger o direito de locomoção, a Constituição prevê a garantia do 
habeas corpus. 
2 – Se inicialmente os direitos fundamentais surgiram tendo como 
titulares as pessoas naturais, hoje já se reconhece direitos fundamentais 
em favor das pessoas jurídicas ou mesmo em favor do estado. Por 
exemplo, o direito de requisição administrativa previsto do art. 5°, XXV da 
CF/88, é um direito fundamental que tem como destinatário o Estado. 
3 – Embora originalmente visassem regular a relação indivíduo-estado 
(relações verticais), atualmente os direitos fundamentais devem ser 
respeitados mesmo nas relações privadas, entre os próprios indivíduos 
(relações horizontais). Por exemplo, o direito de resposta proporcional ao 
agravo, no caso de dano material, moral ou à imagem (CF, art. 5°, V) 
4 – Os direitos fundamentais não dispõem de caráter absoluto, já que 
encontram limite nos demais direitos previstos na Constituição (Princípio 
da relatividade ou da convivência das liberdades públicas). Assim, esses 
direitos não podem ser utilizados como escudo protetivo da prática de 
atividades ilícitas. A título de exemplo: (i) a garantia da inviolabilidade das 
correspondências não será oponível ante a prática de atividades ilícitas; 
(ii) a liberdade de pensamento não pode conduzir ao racismo – e assim 
por diante. 
5 – No caso concreto poderá haver colisão entre diversos direitos (por 
exemplo, liberdade de comunicações x inviolabilidade da intimidade). O 
intérprete deverá então realizar uma harmonização entre esses direitos 
em conflito, tendo em vista a inexistência de hierarquia e subordinação 
entre eles, evitando o sacrifício total de um perante o outro. Assim, 
conforme as peculiaridades da ocasião, prevalecerá um direito, 
prevalecendo o outro numa nova situação. 
6 – Não se admite a renúncia total por parte do indivíduo de um direito 
fundamental. Ou seja, é característica deles serem irrenunciáveis. 
Toa, modernamente, admite-se que deixem de ser exercidos pelos 
seus titulares temporariamente em determinadas situações. 
Vamos ver como a Esaf tem cobrado isso... 
11) (ESAF/ATRFB/2010) Pessoas jurídicas de direito público não podem 
ser titulares de direitos fundamentais. 
Se, inicialmente, os direitos fundamentais surgiram tendo como titulares 
as pessoas naturais, hoje já se reconhece direitos fundamentais em favor 
das pessoas jurídicas ou mesmo em favor do estado. 
Um exemplo é o direito de requisição administrativa, cujo destinatário é o 
Estado. Segundo o art. 5°, XXV da CF/88, no caso de iminente perigo 
público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, 
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano. 
 
 
 
 
 
 
 
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Item errado. 
12) (ESAF/ATRFB/2010) O direito fundamental à vida, por ser mais 
importante que os outros direitos fundamentais, tem caráter absoluto, 
não se admitindo qualquer restrição. 
Nenhum direito fundamental dispõe de caráter absoluto, já que encontra 
limites nos demais direitos previstos na Constituição. 
Item errado. 
13) (ESAF/ATRFB/2010) As violações a direitos fundamentais não 
ocorrem somente no âmbito das relações entre o cidadão e o Estado, 
mas igualmente nas relações travadas entre pessoas físicas e 
jurídicas de direito privado. Assim, os direitos fundamentais 
assegurados pela Constituição vinculam diretamente não apenas os 
poderes públicos, estando direcionados também à proteção dos 
particulares em face dos poderes privados. 
Embora originalmente visassem regular a relação indivíduo-estado 
(relações verticais), atualmente os direitos fundamentais devem ser 
respeitados mesmo nas relações privadas, entre os próprios indivíduos 
(relações horizontais). 
Alguns exemplos de direitos que regem as relações horizontais são o 
direito de resposta, proporcional ao agravo, e a proteção contra o 
racismo (CF, art. 5°, XLII). 
Item certo. 
14) (ESAF/PROCURADOR DO DISTRITO FEDERAL/2007) Os direitos 
fundamentais, na ordem constitucional brasileira, não podem ter por 
sujeitos passivos pessoas físicas. 
Como vimos, inicialmente, os direitos e garantias fundamentais 
destinavam-se proteger o indivíduo frente ao Estado. Assim, tinham este 
último como sujeito passivo. 
Modernamente, observa-se que vários direitos têm o indivíduo como 
sujeito passivo, por exemplo o art. 5°, XXV. Esse inciso trata da 
requisição administrativa no caso de iminente perigo público e temo 
Estado como destinatário. 
Além disso, como comentado, os direitos fundamentais aplicam-se 
também às relações privadas. 
Item errado. 
3 – Direitos e Garantias Fundamentais na CF/88 
Vale a pena revisarmos como a Constituição Federal de 1988 disciplinou 
os direitos e garantias fundamentais. Veremos aqui apenas os aspectos 
 
 
 
 
 
 
 
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mais gerais, pois os direitos em si (em espécie, como são exemplos 
aqueles listados no art. 5°) serão apresentados na aula 3. 
Os direitos e garantias fundamentais estão disciplinados no Título II (arts. 
5º a 17), por isso denominado “catálogo dos direitos fundamentais”. 
Nesse Título II, os direitos e garantias fundamentais foram divididos em 
cinco grupos, a saber: 
a) direitos e deveres individuais e coletivos (art. 5º); 
b) direitos sociais (arts. 6º a 11); 
c) direitos de nacionalidade (arts. 12 e 13); 
d) direitos políticos (arts. 14 a 16); 
e) direitos de existência dos partidos políticos (art. 17). 
Mas, nem todos os direitos e garantias fundamentais presentes na nossa 
Constituição estão enumerados nesse catálogo próprio. Há, também, 
diversos direitos fundamentais presentes em outros dispositivos da nossa 
Constituição, que são, por esse motivo, denominados “direitos 
fundamentais não-catalogados” (fora do catálogo próprio). O direito ao 
meio ambiente ecologicamente equilibrado, por exemplo, é um direito 
fundamental de terceira geração não-catalogado, pois está previsto no 
art. 225 da Constituição Federal. 
Nesse sentido, o constituinte foi expresso (CF, art. 5º, § 2º): 
“Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros 
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados 
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.” 
Assim, é bom lembrar que a enumeração constitucional dos direitos e 
garantias fundamentais não é limitativa, taxativa, haja vista que outros 
poderão ser reconhecidos ulteriormente, seja por meio de futuras 
emendas constitucionais (EC) ou mesmo mediante normas 
infraconstitucionais, como os tratados e convenções internacionais 
celebrados pelo Brasil (CF, art. 5º, § 2º). 
Por fim, vale comentar que, embora o caput do art. 5º da Constituição 
diga textualmente que os direitos e garantias fundamentais são 
garantidos aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país, a 
jurisprudência entendeu de forma diversa. 
Assim, a expressão “estrangeiros residentes no País” deve ser entendida 
como “estrangeiros sob as leis brasileiras”. Ou seja, aplica-se a 
estrangeiros residentes ou não-residentes, enquanto estiverem sob o 
manto do nosso ordenamento jurídico. 
Mas, observe, não é que todos os direitos são destinados a estrangeiros. 
A ação popular, por exemplo, é garantia que não poderá ser estendida a 
estrangeiros em geral, pois apenas o cidadão é legitimado ativo. 
Bem, vejamos outros aspectos... 
 
 
 
 
 
 
 
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I) Nem todos os direitos e garantias fundamentais foram expressamente 
gravados como cláusula pétrea. Nos termos da CF/88, só são cláusulas 
pétreas “os direitos e garantais individuais” (CF, art. 60, § 4º, I), 
constantes do art. 5º e outros dispersos na Constituição, como, por 
exemplo, a garantia da anterioridade tributária (uma das limitações ao 
poder de tributar do art. 150). 
II) As normas que consagram os direitos e garantias fundamentais têm, 
em regra, aplicação imediata (CF, art. 5º, § 1º). Entretanto, há 
exceções: direitos fundamentais consagrados em normas de eficácia 
limitada (dependentes de regulamentação). 
III) Em situações excepcionais (estado de defesa e estado de sítio), são 
admitidas restrições e até mesmo suspensões de diversos direitos e 
garantias fundamentais. 
IV) Nos termos do § 4º do art. 5°, o Brasil se submete à jurisdição de 
Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. 
3.1 – Tratados e convenções internacionais 
Inicialmente, você deve se lembrar do teor do art. 5°, § 3° da CF/88, 
segundo o qual os tratados e convenções internacionais sobre direitos 
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, 
em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, 
serão equivalentes às emendas constitucionais. 
Esse parágrafo é importante, tendo em vista a evolução jurisprudencial 
recente sobre esse assunto. 
Até o ano de 2008, os tratados internacionais poderiam alcançar status 
de emenda constitucional (como visto acima) ou status de lei ordinária 
caso não se enquadrassem nessa regra do art. 5°, § 3° da CF/88. 
Mas, em dezembro de 2008, o STF alterou o seu entendimento quanto à 
situação situação hierárquica dos tratados e convenções internacionais 
sobre direitos humanos celebrados pelo Brasil. 
Desde então, passou a entender que esses tratados sobre direitos 
humanos têm status de supralegalidade, quando incorporados pelo rito 
ordinário, isto é, mediante aprovação de decreto legislativo por maioria 
relativa das Casas do Congresso Nacional. 
Ou seja, esses tratados situam-se abaixo da Constituição, mas acima 
das demais leis do ordenamento jurídico. 
Diante disso, podemos considerar que os tratados e convenções 
internacionais celebrados pelo Brasil poderão assumir três diferentes 
posições hierárquicas ao serem incorporados ao nosso ordenamento 
pátrio, a saber: 
 
 
 
 
 
 
 
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Status que podem assumir os tratados internacionais: 
a) emenda constitucional → tratados e convenções internacionais sobre 
direitos humanos incorporados pelo rito especial do § 3º do art. 5º da 
Constituição Federal (CF, art. 5°, §3°); 
b) lei ordinária federal → demais tratados e convenções internacionais que não 
tratam de direitos humanos; 
c) supralegalidade → tratados e convenções internacionais sobre direitos 
humanos incorporados pelo rito ordinário. 
É importante você guardar agora a informação mais avançada sobre 
isso: independentemente do status de sua incorporação, os tratados e 
convenções internacionais submetem-se a controle de 
constitucionalidade, tanto na via abstrata quanto na via incidental. 
Bem, são vários aspectos, eu sei. A fim de auxiliá-lo na memorização dos 
principais deles, peço licença para apresentar um esquema que formulei 
para os cursos online ministrados aqui no Ponto. 
Sintetizando: 
Para memorizar essas informações só tem um jeito: exercícios, 
exercícios e mais exercícios... 
15) (ESAF/ATRFB/2010) A Constituição Federal de 1988 não previu os 
direitos sociais como direitos fundamentais. 
Os direitos e garantias fundamentais estão disciplinados no Título II (arts. 
5º a 17), por isso denominado “catálogo dos direitos fundamentais”. 
Nesse Título II, os direitos e garantias fundamentais foram divididos em 
cinco grupos, a saber: (i) direitos e deveres individuais e coletivos (CF, 
art. 5º); (ii) direitos sociais (CF, arts. 6º a 11); (iii) direitos de 
 
 
 
 
 
 
 
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nacionalidade (CF, arts. 12 e 13); (iv) direitos políticos (CF, arts. 14 a 16); 
e (v) direitos de existência dos partidos políticos (CF, art. 17). 
Item errado. 
16) (ESAF/ATRFB/2010) Apesar de o art. 5°, caput, da Constituição 
Federal de 1988 fazer menção apenas aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes, pode-se afirmar que os estrangeiros não-
residentes também podem invocar a proteção de direitos 
fundamentais. 
Embora o caput do art.5º da Constituição garanta literalmente os direitos 
fundamentais apenas aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País, não é esse o entendimento atual da jurisprudência. Deve-se 
entender a expressão “estrangeiros residentes no País” como 
“estrangeiros sob as leis brasileiras”. Ou seja, residentes ou não-
residentes, os estrangeiros têm assegurados os direitos fundamentais, 
enquanto estiverem sob o manto do nosso ordenamento jurídico. 
Item certo. 
17) (ESAF/AFRE/MG/2005) A Constituição enumera, de forma taxativa, 
no seu Título sobre Direitos e Garantias Fundamentais, os direitos 
individuais reconhecidos como fundamentais pela nossa ordem 
jurídica. 
A enumeração constitucional dos direitos e garantias fundamentais não é 
exaustiva ou taxativa. Assim, outros direitos fundamentais além daqueles 
expressamente enumerados poderão ser reconhecidos: (i) 
expressamente previstos em outras partes da Constituição; (ii) 
decorrentes dos princípios e regime da Constituição; ou (iii) decorrentes 
dos tratados internacionais firmados. É o que se depreende do art. 5º, § 
2º da CF/88: “os direitos e garantias expressos nesta Constituição não 
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, 
ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil 
seja parte”. 
Item errado. 
18) (ESAF/PFN/2004) Sempre que o interesse público entra em linha de 
colisão com um interesse individual, aquele deve prevalecer. 
Não podemos afirmar que, em qualquer caso, um interesse coletivo 
prevalecerá sempre sobre um direito individual, tampouco que um 
interesse individual prevalecerá sempre sobre um interesse coletivo. 
Será o caso concreto que dirá se prevalecerá um ou outro direito. Assim, 
por exemplo, o interesse público de informação não pode desconsiderar 
valores individuais de um investigado, como a inviolabilidade da 
intimidade (CF, art. 5º, X). 
Item errado. 
 
 
 
 
 
 
 
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19) (ESAF/ESPECIALISTA/ANA/2009) Assinale a opção correta relativa 
ao tratamento dado pela jurisprudência que atualmente prevalece no 
Supremo Tribunal Federal, ao interpretar a Constituição Federal, 
relativa aos tratados e convenções internacionais sobre direitos 
humanos ratificados pelo Brasil. 
a) Incorporam-se à Constituição Federal, porque os direitos e 
garantias expressos na Constituição não excluem outros decorrentes 
do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados 
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
b) Incorporam-se ao ordenamento jurídico como lei ordinária federal 
porque a Constituição confere ao Supremo Tribunal Federal, 
competência para julgar, mediante recurso extraordinário, as causas 
decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida 
declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal. 
c) Os que tiveram ato de ratificação antes da vigência da Emenda 
Constitucional n. 45, de 2004, são equivalentes às emendas 
constitucionais em razão dos princípios da recepção e da 
continuidade do ordenamento jurídico. 
d) A legislação infraconstitucional anterior ou posterior ao ato de 
ratificação que com eles seja conflitante é inaplicável, tendo em vista 
o status normativo supralegal dos tratados internacionais sobre 
direitos humanos subscritos pelo Brasil. 
e) Os que tiveram ato de ratificação depois da vigência da Emenda 
Constitucional n. 45, de 2004, independentemente do quorum, são 
equivalentes às emendas constitucionais em razão do princípio da 
prevalência dos direitos humanos. 
No caso descrito nessa assertiva, trata-se de tratados internacionais 
sobre direitos humanos que se enquadram no status de supralegalidade. 
Correta, portanto, a letra “d”. 
Gabarito: “d” 
20) (ESAF/PFN/2004) No conflito entre princípios constitucionais, os que 
se referem a direitos fundamentais devem sempre prevalecer sobre 
os demais. 
Não existe relação de subordinação, de hierarquia entre as normas 
constitucionais. São todas formalmente constitucionais e se equivalem 
em status, teor normativo e hierárquico. 
Não se pode dizer que um direito sempre prevalecerá sobre o outro. A 
Esaf sempre elabora esse tipo de questão. Mas você não vai cair, certo? 
Item errado. 
21) (ESAF/PFN/2004) Quando dois princípios constitucionais colidem, 
um deles invariavelmente exclui o outro como inválido. 
 
 
 
 
 
 
 
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No caso concreto, poderá haver conflito (ou colisão) entre princípios 
constitucionais. Nessa situação não se pode considerar que um deles 
será excluído do ordenamento constitucional. Em verdade, o intérprete 
deverá, por meio de um juízo de ponderação, buscar a harmonia entre os 
princípios conflitantes. Com isso, deverá reduzir proporcionalmente o 
alcance de ambos, até chegar à solução do caso concreto, com a 
prevalência de um ou de outro princípio (mas, com a mantença de ambos 
no ordenamento constitucional). 
Item errado. 
22) (ESAF/PROCURADOR DA FAZENDA/PGFN/2007) Entre as 
características funcionais dos direitos fundamentais encontra-se a 
legitimidade que conferem à ordem constitucional e o seu caráter 
irrenunciável e absoluto, que converge para o sentido da 
imutabilidade. 
Os direitos fundamentais conferem legitimidade à ordem constitucional 
na medida em que estabelecem limites ao Poder estatal (garantias para 
o cidadão frente ao Estado). Ademais, de fato os direitos fundamentais 
são considerados irrenunciáveis. 
Entretanto, eles não são absolutos ou imutáveis. Primeiro porque 
comportam limitações de diversas ordens, como será detalhado no 
próximo tópico. Além disso, não constituem categoria imutável, já que 
podem sofrer modificações por emenda constitucional, por exemplo, ou 
mesmo por mudança na própria interpretação do seu sentido pelas 
diversas reinterpretações por parte da doutrina e da jurisprudência 
(mutação constitucional). 
Item errado. 
4 – Limitações dos Direitos Fundamentais 
Esse assunto vem sendo aos poucos cobrado pelas bancas 
examinadoras. 
Bem, sei que você está cansado de saber que os direitos e garantias 
fundamentais não são absolutos e que seu exercício poderá resultar em 
conflito com outros direitos igualmente previstos na Constituição. 
Assim, esses direitos sofrem limitações. Ao longo da CF/88, constatamos 
diversos exemplos dessas limitações, como restrições legais. Nesse 
sentido, o sigilo das comunicações poderá ser afastados por ordem 
judicial, “nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de 
investigação criminal ou instrução processual penal” (CF, art. 5°, XII). Ou 
seja, trata-se de limitação do direito ao sigilo mediante lei ordinária 
aprovada com fundamento na norma constitucional. 
Outras vezes, a Constituição apresenta diretamente as restrições, na 
própria definição daquele direito. Veja o caso do direito de reunião, que 
 
 
 
 
 
 
 
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só está assegurado se realizado pacificamente e sem armas (CF, art. 5°, 
XVI). Ou seja, a limitação vem estabelecida na definição do direito. 
Assim, fica claro que direitos e garantias são passíveis de limitação ou 
restrição. O que você precisa entender é que essas restrições, também 
são limitadas. É dizer, os limites (ou restrições) também sofrem 
limitações. 
Não entendeu nada? 
Na verdade, trata-se da “teoria dos limites dos limites”. Veja como é fácil: 
admite-se a restrição de direitos fundamentais. Mas essa restrição não 
pode ser ilimitada, pois ela deve se razoável. 
Isso porque há necessidade de proteção deum núcleo essencial de um 
direito fundamental, no que tange à proporcionalidade das restrições 
impostas a ele. 
Assim, essa teoria foi concebida para atuar como uma barreira à fixação 
de limites legais ao exercício dos direitos fundamentais. Com isso, evita-
se que o legislador ordinário consiga esvaziar o conteúdo daquele direito. 
Ou seja, o que se pretende é proteger um núcleo essencial daquele 
direito. 
Em suma: 
I) sabemos que não existem direitos e garantias fundamentais de 
natureza absoluta; 
II) compete ao legislador a imposição de limites ao exercício desses 
direitos e garantias; 
III) mas esse limite não é ilimitado, tendo em vista que se deve preservar 
o núcleo essencial desses direitos, considerando o princípio da 
proporcionalidade. 
Concebeu-se essa teoria como forma de se evitar o esvaziamento do 
direito fundamental por ação desarrazoada do legislador. 
De qualquer forma, sabemos que não há na ordem constitucional 
brasileira disciplina expressa sobre a proteção do núcleo essencial dos 
direitos fundamentais. A teoria dos limites dos limites cumpre esse papel, 
mas se trata de construção doutrinária e jurisprudencial que tem 
aplicação entre nós. 
Por fim, vale comentar sobre os dois modelos sobre a proteção do núcleo 
essencial dos direitos fundamentais: teoria absoluta e teoria relativa. 
Em resumo, os adeptos da teoria absoluta entendem o núcleo essencial 
dos direitos fundamentais como unidade substancial autônoma, que 
independentemente de qualquer situação concreta, estaria a salvo de 
eventual decisão legislativa. 
 
 
 
 
 
 
 
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Os adeptos da teoria relativa entendem que os contornos do núcleo 
essencial só podem ser estabelecidos em cada caso concreto 
(considerando, inclusive, o aspecto da proporcionalidade). 
Façamos mais algumas questões sobre esse assunto. 
23) (ESAF/PROCURADOR/DF/2004) Os direitos e garantias 
fundamentais expressos na Constituição Federal não poderão ser 
objeto de restrição ou suspensão, salvo na vigência de estado de 
defesa ou estado de sítio. 
Os direitos e garantias podem sim ser objeto de restrição diante de casos 
concretos, ou mediante lei, não só em estado de defesa e estado de 
sítio. Como vimos, não têm natureza absoluta. De se destacar que a lei 
pode impor restrições ao exercício dos direitos fundamentais, desde que 
observado o princípio da razoabilidade. 
Item errado. 
24) (ESAF/ATRFB/2010) A Constituição Federal de 1988 previu 
expressamente a garantia de proteção ao núcleo essencial dos 
direitos fundamentais. 
A Constituição Federal não contemplou qualquer disciplina direta e 
expressa sobre a proteção do núcleo essencial de direitos fundamentais, 
apesar de consagrar os individuais como cláusulas pétreas. Ou seja, não 
há, de forma expressa, uma disciplina que obrigue ao legislador o 
respeito ao núcleo essencial de determinado direito fundamental ao 
discipliná-lo. Em outras palavras, não está expressamente vedada uma 
regulamentação que esvazie o sentido de determinado direito 
fundamental. 
Em verdade, esse assunto relaciona-se com a teoria dos limites dos 
limites, como visto logo acima. Assim, errada a questão, pois a teoria dos 
limites dos limites tem aplicação entre nós, mas por força da 
jurisprudência e doutrina, tendo em vista que não está expressamente 
prevista na Constituição. 
Item errado. 
Por hoje é só. Lembre-se de que os direitos e garantias em espécie 
serão vistos na aula 3. De se destacar ainda que a aula é demonstrativa, 
portanto, teve um número menor de páginas do que você vai encontrar 
no curso. 
Fique com mais umas questões de fixação. Espero que você tenha 
gostado da aula. 
Um abraço e bons estudos! 
Frederico Dias 
 
 
 
 
 
 
 
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5 – Exercícios de Fixação 
25) (ESAF/APOFP/SEFAZ/SP/2009) As opções desta questão contêm 
fundamentos e objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil, nos termos da Constituição Federal de 1988. Assinale a opção 
que contempla apenas fundamentos. 
a) Soberania, solidariedade, valor social do trabalho. 
b) Cidadania, justiça, dignidade da pessoa humana. 
c) Cidadania, soberania, valor social da livre iniciativa. 
d) Liberdade, justiça, pluralismo político. 
e) Garantia do desenvolvimento nacional, solidariedade, dignidade da 
pessoa humana. 
26) (ESAF/TFC/CGU/2008) Assinale a opção que indica um dos 
objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil. 
a) Valorizar a cidadania. 
b) Valorizar a dignidade da pessoa humana. 
c) Observar os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. 
d) Constituir uma sociedade livre, justa e solidária. 
e) Garantir a soberania. 
27) (ESAF/AFC/CGU/2008) A República Federativa do Brasil possui 
fundamentos e as relações internacionais do País devem ser regidas 
por princípios. Assinale a única opção que contempla um fundamento 
da República e um princípio que deve reger as relações internacionais 
do Brasil. 
a) Soberania e dignidade da pessoa humana. 
b) Prevalência dos direitos humanos e independência nacional. 
c) Cidadania e valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. 
d) Pluralismo político e repúdio ao terrorismo e ao racismo. 
e) Defesa da paz e solução pacífica dos conflitos. 
28) (ESAF/APO/MPOG/2008) A Constituição acolhe uma sociedade 
conflitiva, de interesses contraditórios e antagônicos, na qual as 
opiniões não ortodoxas podem ser publicamente sustentadas, o que 
conduz à poliarquia, um regime onde a dispersão do Poder numa 
multiplicidade de grupos é tal que o sistema político não pode 
funcionar senão por uma negociação constante entre os líderes 
desses grupos ( José Afonso da. Curso de Direito 
Constitucional Positivo, 25. ed. São Paulo: Malheiros, 2005, pp. 143-
145, com adaptações). Assinale a opção que indica com exatidão o 
fundamento do Estado brasileiro expressamente previsto na 
Constituição, a que faz menção o texto transcrito. 
 
 
 
 
 
 
 
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a) Soberania. 
b) Pluralismo político. 
c) Dignidade da pessoa humana. 
d) Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. 
e) Cidadania. 
29) (ESAF/Auditor do Tesouro Municipal/Prefeitura de Natal/2008) 
Assinale a opção que indica um dos objetivos fundamentais da 
República Federativa do Brasil expressamente previsto na 
Constituição Federal que confere amparo constitucional a importantes 
programas do governo federal que se concretizam por meio da 
política nacional de assistência social integrando as esferas federal, 
estadual e municipal. 
a) Garantir a prevalência dos valores sociais do trabalho e da livre 
iniciativa. 
b) Promover o desenvolvimento internacional. 
c) Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades 
sociais e regionais. 
d) Erradicar o terrorismo e o racismo. 
e) Promover a cooperação entre os povos para o progresso da 
humanidade. 
30) (ESAF/AUDITOR/TCE-GO/2007) A República Federativa do Brasil 
não tem como um dos seus fundamentos 
a) a soberania. 
b) a cidadania. 
c) o monismo político. 
d) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. 
e) a dignidade da pessoa humana. 
31) (ESAF/GESTOR FAZENDÁRIO/MG/2005) Como regra geral, os 
direitos fundamentais somente podem ser invocados em juízo depois 
de minudenciados pelo legislador ordinário. 
32) (ESAF/PROCURADOR DO DISTRITO FEDERAL/2007) Pessoas 
jurídicas de direito público podem ser titulares de direitos 
fundamentais. 
33) (ESAF/ANALISTA CONTÁBIL-FINANCEIRO/SEFAZ-CE/2006) A 
Constituição Federalde 1988 estabeleceu cinco espécies de direitos e 
garantias fundamentais: direitos e garantias individuais e coletivos; 
direitos sociais; direitos de nacionalidade; direitos políticos; e direitos 
relativos à existência e funcionamento dos partidos políticos. 
 
 
 
 
 
 
 
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34) (ESAF/GESTOR FAZENDÁRIO/MG/2005) Os direitos fundamentais 
são garantidos aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país. 
Os demais estrangeiros não podem invocar direitos fundamentais no 
Brasil. 
35) (ESAF/GESTOR FAZENDÁRIO/MG/2005) Pode-se afirmar que, no 
direito brasileiro, o direito à vida e à incolumidade física são direitos 
absolutos, no sentido de que nenhum outro previsto na Constituição 
pode sobre eles prevalecer, nem mesmo em um caso concreto 
isolado. 
36) (ESAF/ANALISTA/MPU/2004) Os direitos fundamentais, na ordem 
constitucional brasileira, não podem ter por sujeitos passivos pessoas 
físicas. 
37) (ESAF/ATA/MINISTÉRIO DA FAZENDA/2009) Os tratados e 
convenções internacionais sobre direitos fundamentais que forem 
aprovados, no Congresso Nacional, serão equivalentes às emendas 
constitucionais. 
38) (ESAF/AFC/STN/2008) Do regime e dos princípios adotados pela 
Constituição Federal ou dos tratados internacionais em que a 
República Federativa do Brasil seja parte não podem decorrer 
quaisquer direitos e garantias que não estejam expressamente 
previstos na própria Constituição. 
39) (ESAF/Auditor do Tesouro Municipal/Prefeitura de Natal/2008) Os 
tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que 
forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois 
turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas constitucionais. 
40) (ESAF/AFC/STN/2000) De acordo com o direito brasileiro, as 
normas de tratados internacionais de que o Brasil faz parte têm 
prevalência sobre as leis e as emendas à Constituição. 
41) (ESAF/ATRFB/2010) Quanto à delimitação do conteúdo essencial 
dos direitos fundamentais, a doutrina se divide entre as teorias 
absoluta e relativa. De acordo com a teoria relativa, o núcleo 
essencial do direito fundamental é insuscetível de qualquer medida 
restritiva, independentemente das peculiaridades que o caso concreto 
possa fornecer. 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITOS OFICIAIS 
1) E 
2) E 
3) E 
4) E 
5) E 
6) C 
7) E 
8) E 
9) E 
10) E 
11) E 
12) E 
13) C 
14) E 
15) E 
16) C 
17) E 
18) E 
19) D 
20) E 
21) E 
22) E 
23) E 
24) E 
25) C 
26) D 
27) D 
28) B 
29) C 
30) C 
31) E 
32) C 
33) C 
34) E 
35) E 
36) E 
37) E 
38) E 
39) C 
40) E 
41) E 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALEXANDRINO, Marcel; PAULO, Vicente. Direito Constitucional, 2009. 
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado, 2009. 
MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inocêncio Mártires; BRANCO, 
Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito Constitucional, 2009. 
MORAES, Alexandre. Direito Constitucional, 2010. 
 José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo, 2010.

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