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Aula 4 IDPP Direito Constituicional

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INSTITUIÇÕES DE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
ASSUNTO – DIREITO CONSITUCIONAL
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
Direito Constitucional 
Constituição Federal 
Elementos da Constituição
Princípio da supremacia da Constituição
Fundamentos da República Federativa do Brasil
Objetivos fundamentais
Princípios que regem as relações internacionais
Principais aspectos da organização do Estado Brasileiro
CONCLUSÃO
____________________________________________________________________________ 
1. INTRODUÇÃO
O Direito Constitucional é conjunto de princípios e normas jurídicas que regulam a própria existência do Estado moderno, sua forma estrutura, e funcionamento de seus órgãos, o modo e o limite do exercício de sua soberania, seus fins e interesses fundamentais. O Estado deve respeitar a liberdade individual, ele existe para servir aos homens e o Estado não é um fim em si próprio.
Reside na Constituição o conjunto de normas e princípios que organizam os elementos constitutivos do Estado (território, povo e governo). Assim, nosso estudo será baseado nesta lei fundamental do Estado.
2. DESENVOLVIMENTO 
DIREITO CONSTITUCIONAL
Conceito. Conjunto de princípios e normas jurídicas que regulam a própria existência do estado moderno, sua forma estrutura, e funcionamento de seus órgãos, o modo e o limite do exercício de sua soberania, seus fins e interesses fundamentais.
o Estado deve respeitar a liberdade individual, ele existe para servir aos homens o Estado não é um fim em si próprio.
a relação do direito constitucional com os demais ramos do direito é de superioridade, porque estabelece através da constituição os princípios e normas gerais que regulam estes ramos.
Objeto. O estudo sistemático das normas que integram a Constituição do Estado. Corresponde à base, ao fundamento de todos os demais ramos do direito; deve haver, portanto, obediência ao texto constitucional, sob pena de declaração de inconstitucionalidade da norma contrária ao previsto na Constituição com a sua conseqüente retirada do sistema jurídico.
Fontes: as leis constitucionais; as leis complementares ou regulamentares; as resoluções das Casas do Poder Legislativo; as resoluções do Poder Judiciário – STF; tratados internacionais, as normas de Direito Canônico; a legislação estrangeira; as resoluções da comunidade internacional; a jurisprudência; as prescrições em decretos de importância para o Direito Constitucional; a doutrina e os costumes. 
Relação com outros ramos: todos os ramos jurídicos devem obedecer ao texto constitucional e estar em plena harmonia com seus princípios e dispostivos, sob pena de declaração de inconstitucionalidade.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Conceito. O Direito Constitucional expõe, interpreta e sistematiza os princípios e normas fundamentais do Estado, e, tem por objeto a constituição política do Estado, cabendo a ele o estudo sistemático das normas que integram a Constituição Federal. 
A Constituição é a lei fundamental do Estado, que descreve a organização dos seus elementos essenciais; um sistema de normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que regula a forma do Estado, a forma de seu governo, o modo de aquisição e o exercício do poder, o estabelecimento de seus órgãos, os limites de sua ação, os direitos fundamentais dos cidadãos e as respectivas garantias; em síntese, é o conjunto de normas que organiza os elementos constitutivos do Estado. 
Forma: um complexo de normas;
Conteúdo: a conduta humana motivada nas relações sociais;
Finalidade: a realização dos valores que apontam para o existir da comunidade;
Causa criadora: o poder que emana do povo;
Conjunto de valores: a Constituição não pode ser compreendida e interpretada, se não tivermos em mente toda sua estrutura, considerada como a conexão de valores sociais que a integra.
Características da CF/1988 
democrática;
social-liberal;
governo republicano;
sistema de governo presidencialista;
Estado federalista: ampla autonomia da UF;
Direitos e garantias individuais: mandado de segurança coletivo, mandado de injunção, hábeas data, proteção dos direitos difusos e coletivos;
Considerada “Constituição Cidadã”. 
A Constituição Federal de 1988 pode ser classificada como: formal, escrita, dogmática, promulgada, rígida, analítica e eclética.
A Constituição é formada por: preâmbulo (precede os dispositivos), nove títulos (mais de 250 artigos) e o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (95 artigos). 
TÍTULOS: I - Dos Princípios Fundamentais – 1º ao 4º. II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais – 5º a 17. III - Da Organização do Estado – 18 a 43. IV - Da Organização dos Poderes – 44 a 135. V - Da Defesa do Estado e Das Instituições Democráticas – 136 a 144. VI - Da Tributação e do Orçamento – 145 a 169. VII - Da Ordem Econômica e Financeira – 170 a 192. VIII - Da Ordem Social – 193 a 232. IX - Das Disposições Constitucionais Gerais – 233 a 250. E Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO
Elementos orgânicos ou organizacionais: organizam o estado e os poderes constituídos.
Elementos limitativos: limitam o poder do Estado e fixam direitos e garantias fundamentais.
Elementos sócio-ideológicos: princípios da ordem econômica e social.
Elementos de estabilização constitucional: supremacia da CF (controle de constitucionalidade) e solução de conflitos constitucionais.
Elementos formais de aplicabilidade:	são as regras que dizem respeito a aplicabilidade de outras regras (Ex preâmbulo, disposições transitórias)
PRINCÍPIOS DA SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO
As principais características da Constituição/88 são:
Autonomia: financeira, administrativa e política;
Repartição de Competências: competência para legislar e cobrar impostos;
Rigidez Constitucional: para alterações na CF é necessário quorum qualificado;
STF: órgão que controla a aplicação da CF;
Intervenção Federal: mecanismo de proteção do federalismo; e
Unidade de Nacionalidade: a CF vale para todos os cidadãos, em todo País.
Forma de governo: República
 A forma de governo tem como finalidade organizar politicamente um Estado. São características básicas:
representatividade: o povo escolhe seus representantes; 
eletividade: a escolha é feita por meio do voto, de eleições;
periodicidade: o representante exerce mandato temporário (4 anos);
responsabilidade: dever de probidade administrativa; e
soberania popular: o poder emana do povo e por ele é exercido.
	AUTONOMIA
	União
	Estados
	DF
	Municípios
	Organizacional
	
Constituição
Federal
	Constituição
Estadual
	Lei Orgânica
	Lei Orgânica
	Governamental
	
Presidente
	Governador
	Governador Distrital
	Prefeito
	Administrativa
	Orçamento
	Orçamento
	Orçamento
	Orçamento
	Legislativa
	
Congresso
Nacional
	Assembléia
Legislativa
	Câmara Distrital
	Câmara Municipal
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO - Síntese
O Brasil é um Estado Federal composto pela união indissolúvel da União, Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios, todos entes autônomos detentores de competências próprias e compartilhadas (comuns e concorrentes) dispostas no texto constitucional.
Consagrando a tradicional divisão de poderes baseada nos estudos de Montesquieu, temos uma divisão em três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário, os quais relacionam-se de forma independente e harmônica, segundo ditames constitucionais (art. 2°, CF).
Portanto, Estado brasileiro moderno encontra-se organizado e estruturado de forma a podermos identificar a forma de organização de seus elementos constitutivos, a forma de exercício do Poder Político, o rol de direitos e garantias fundamentais dos cidadãos e outros elementos estruturantes e fundamentais.
A atual Constituição inovou ao estabelecer no Brasil o Estado Democrático de Direito, que significa a fixação dos fundamentos (art. 1°, I a V, CF) da República Federativa do Brasil:
Art. 1º A RepúblicaFederativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Possui o Estado de Direito as seguintes características:
supremacia da Constituição;
superioridade das leis;
separação dos Poderes;
existência de direitos e garantias fundamentais
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 
  
PRINCÍPIOS QUE REGEM AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS 
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 
Origem e Finalidade – Síntese.
Surgem os direitos e garantias fundamentais como disposições que limitam o poder estatal, podendo ser exigidas omissões dos poderes públicos de forma a evitar ingerências abusivas na esfera individual. Os direitos fundamentais são aqueles que o ordenamento jurídico entende devem ser objeto de proteção consignada na Norma Fundamental. Por sua vez, essas garantias na visão do mestre Rui Barbosa, constituem disposições assecuratórias, ou seja, uma defesa dos direitos individuais que limitam o poder estatal.
Características
Os direitos fundamentais do cidadão colocam-se em posição elevada com relação aos demais direitos previstos no ordenamento jurídico, apresentando diversas características:
imprescritibilidade;
inalienabilidade;
irrenunciabilidade;
inviolabilidade;
universalidade;
efetividade;
Natureza dos Direitos e Garantias Fundamentais
A CF/88 dispõe que os direitos e garantias fundamentais são de aplicabilidade imediata, ou seja, independem da atuação do legislador infraconstitucional para ser exercidos. (Art. 5°, § 1°).
Os direitos e garantias fundamentais, contudo, não são absolutos, pois a própria existência de tais direitos limita a observância intransigente deles, além d que não se pode utilizar tais prerrogativas como forma de encobrir a prática de atos ilícitos.
Destinatários da Proteção
A Constituição Federal afirma que:
Art. 5°. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
.
Assim, tais direitos protegem tanto as pessoas naturais, brasileiros ou estrangeiros no território nacional (estes últimos ainda que apenas em trânsito), como as pessoas jurídicas.
O Direito à Vida
O direito à vida é o mais fundamental de todos os direitos, já que constitui pré-requisito para o exercício de todos os demais direitos, sendo considerado sob dois aspectos preponderantes, o direito de continuar vivo, bem como de conviver dignamente. 
Princípio da Igualdade
O princípio da igualdade (isonomia) decorre da concepção clássica do que seria justiça, ou seja, conforme Rui Barbosa, o tratamento desigual de casos desiguais na medida em que são desiguais. Em outros termos, o que se veda é o tratamento desigual daqueles casos que se encontram na mesma situação. O que realmente se protege são certas finalidades, somente se tendo por violado o princípio da igualdade quando o elemento discriminador não se encontre a serviço de uma finalidade acolhida pelo direito.
Igualdade entre Homens e Mulheres (art. 5°, I)
Deve levar em conta que se afigura impossível qualquer discriminação em razão do sexo (por si só), exceto nos casos em que a própria CF cuida de discrimina-los (art. 7°, XVIII e XIX, art. 40, § 1°, 143, §§ 1° e 2° e 201, § 7°) e quando a legislação infraconstitucional utilize a discriminação como forma de atenuar os desníveis porventura existentes.
Princípio da Legalidade (art. 5°, II)
Previsto no art. 5°, II, da CF/88, o princípio da legalidade visa garantir que só por meio das espécies normativas, devidamente elaboradas conforme as regras do processo legislativo constitucional, podem-se criar obrigações para o indivíduo, pois as normas são expressão da vontade geral. Também indica que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei.
Liberdade de Pensamento, Direito de Resposta e Responsabilidade por Dano Material, Moral ou à Imagem (art. 5°, IV e V)
A garantia da liberdade de pensamento, o direito de resposta e responsabilidade por dano material, moral ou à imagem, previstos no art. 5°, IV e V da CF, significam que a manifestação de pensamento é livre e garantida constitucionalmente, não permitindo-se a censura prévia em diversões e espetáculos públicos e sendo vedado o anonimato (inciso IV). Os abusos porventura cometidos no exercício indevido da manifestação de pensamento são passíveis de exame pelo Poder Judiciário com a conseqüente responsabilidade civil e penal de seus autores (inciso V). 
Liberdade de Consciência, Crença Religiosa, Convicção Filosófica ou Política e Escusa de Consciência (art. 5°, VI e VIII)
A CF protege a liberdade de consciência e religiosa (de crença), bem como a plena proteção à liberdade de culto e as liturgias (desde que não contrário à ordem, tranqüilidade e sossego públicos e compatível com os bons costumes) (inciso VI), ao tempo em que também prevê que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei� (inciso VIII). Igualmente, o art. 15, IV da CF, prevê que a recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa acarretará a perda dos direitos políticos.
Inviolabilidade à Intimidade, Vida Privada, Honra e Imagem
Os direitos à intimidade e à própria imagem formam a proteção constitucional à vida privada, salvaguardando um espaço íntimo intransponível por intromissões ilícitas externas, tanto para as pessoas físicas quanto jurídicas.
Inviolabilidade Domiciliar (art. 5°, XI)
A regra constitucional da inviolabilidade domiciliar possui exceções previstas na própria CF, assim a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo: 
em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro;
durante o dia, por determinação judicial. 
Sabe-se que a noção constitucional de domicílio tem amplitude maior do que no direito comum, considerando–se como tal o local delimitado e separado que alguém ocupa com exclusividade, a qualquer título, inclusive profissionalmente. Porém, há possibilidade de invasão domiciliar, durante o dia e por determinação judicial.
Sigilo de Correspondência e de Comunicação (art.5°, XII)
O sigilo de correspondência e de comunicação (art. 5°, XII), possibilita em certos casos a interceptação telefônica desde que por ordem judicial, para fins de investigação criminal ou instrução processual penal e nas hipóteses que a lei estabelecer (Lei n° 9.296/96). A interceptação poderá ser determinada pelo juiz de ofício ou a requerimento da autoridade policial (somente na investigação criminal) ou do representante do Ministério Público, sempre em autos apartados, preservando-se o sigilo das diligências, gravações e transcrições respectivas.
Inviolabilidade de Dados: Sigilos Bancário e Fiscal
A inviolabilidade do sigilo de dados (art. 5°, XII) complementa a previsão ao direito à intimidade e vida privada, na medida em que considera-se as informações fiscais e bancárias como parte da vida privada da pessoa física ou jurídica.O STF entende que o MP (tanto Federal como Estadual) não pode ter acesso ao sigilo bancário e fiscal, mediante o direito de requisição de informações previsto na Lei Complementar n° 75/93, sendo necessária a autorização judicial.
Direito de Reunião (art. 5°, XVI)
A CF garante que todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente, tratando-se, pois, de direito individual o de coligar-se com outras pessoas, para fim lícito. São elementos da reunião: pluralidade de participantes, tempo (duração limitada), finalidade (lícita, pacífica e sem armas) e lugar (fixo ou móvel – ex. passeatas). Tal direito pode, contudo, ser suspenso, nas hipóteses excepcionais de Estado de Defesa e Estado de Sítio.
Direito de Associação (art. 5°, XVII a XXI)
É plena a liberdade de associação, de modo que ninguém poderá ser compelido a associar-se ou mesmo permanecer associado, desde que para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar, sendo que sua criação e, na forma da lei, a de cooperativas, independem de autorização, vedada a interferência estatal em seu funcionamento.
Apreciação de Lesão ou Ameaça de Direito pelo Poder Judiciário (art. 5°, XXXV)
Prevê a CF, no art. 5°, XXXV, que a Lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito, é a princípio da inafastabilidade do acesso ao Poder Judiciário (direito de ação e de prestação jurisdicional – princípio do livre acesso). Na nova ordem constitucional, a instância administrativa não precisa ser exaurida como condição ao acesso ao Poder Judiciário, a única exceção é o acesso prévio, em certos casos, à Justiça Desportiva (CF, art. 217, § 1°). 
Direito Adquirido, Ato Jurídico Perfeito e Coisa Julgada (art. 5°, XXXVI)
A CF afirma que a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Assim, a CF prevê a imutabilidade das chamadas cláusulas pétreas (art. 60, § 4°, VI), ou seja, a impossibilidade de emenda constitucional prejudicar os direitos e garantias individuais, entre eles, o direito adquirido (art. 5, XXXVI).
O direito adquirido aquele que se incorporou definitivamente ao patrimônio pessoal do indivíduo, ou seja, que pode ser a qualquer momento invocado, usufruído, independentemente da vontade alheia, e que, mesmo no caso da existência de condição ou termo para início de sua fruição, tal condição perfaz-se inalterável ao arbítrio de terceiros. Ato Jurídico Perfeito é aquele que se aperfeiçoou, que reuniu todos os elementos necessários a sua firmação, conforme a lei vigente. Coisa Julgada é a decisão judicial transitada em julgado, em outros termos, a decisão judicial de que já não caiba recurso (LICC, art. 6°, § 3°); 
Devido Processo Legal, Contraditório e Ampla Defesa (art. 5°, LIV e LV)
A CF incorporou o princípio do devido processo legal (que tem como corolários a ampla defesa e o contraditório) que deverão ser assegurados aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral (art. 5°, LV). Contudo, o princípio do contraditório nos processos penais não se aplica aos inquéritos policiais (fase investigatória).
Princípio da Presunção de Inocência (art. 5°, LVII)
A CF estabelece que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória, consagrando o princípio da presunção de inocência, o qual, contudo, não afasta a constitucionalidade das espécies de prisão provisórias (prisão temporária, em flagrante, preventiva etc.).
Rol Exemplificativo (art. 5°, § 2°)
Os direitos e garantias expressos na CF não excluem outros de caráter constitucional decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, além da existência de outros de caráter infraconstitucional decorrentes dos tratados internacionais dos quais o Brasil seja signatário (art. 5°, § 2°). Em outros termos, o art. 5° não exaure o rol de direitos e garantias do sistema constitucional pátrio. 
DIREITOS SOCIAIS
São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta constituição. estão fixados no art 7º da cf, entre os quais:
a relação de emprego é protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar;
seguro-desemprego: em caso de desemprego involuntário;
salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
regras de proteção ao salário como: irredutibilidade; garantia de salário nunca inferior ao mínimo, 13º salário; salário-família; remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50 % à do normal;
duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44 semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; e jornada de 6 horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
gozo de férias anuais remuneradas com 1/3 a mais do que o salário normal; licença à gestante, sem prejuízo do emprego e salário, com a duração de 120 dias;
aposentadoria;
proteção ao mercado de trabalho da mulher; em face da automação; 
igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso;
redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
é livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
NACIONALIDADE
Segundo o artigo XV da Declaração Universal dos Direitos do Homem toda pessoa tem direito a uma nacionalidade, que a ninguém pode ser negada arbitrariamente, nem terá negado o direito de permutá-la por outra de seus interesse. Dessa forma, os Estados devem discriminar em suas legislações as condições para obtenção da nacionalidade. Munido dessas características, o direito à nacionalidade é um direito fundamental da pessoa humana e possui natureza pública por ser de interesse coletivo. 
Segundo Jacob Dolinger: “nacionalidade é o vínculo jurídico-político que une o indivíduo a um Estado, distinguindo nacionais e estrangeiros”.
Não se deve confundir nacionalidade com cidadania, uma vez que esta pressupõe aquela. Daí porque somente se deve referir ao completo exercício de cidadania ao nacional do Estado, isto porque para os não nacionais podem ser impostos limites. No Brasil encontramos limites à cidadania. Alguns brasileiros podem ser impedidos de exercer plenamente a cidadania. Ex:
quem teve os direitos políticos cassados - CF, art. 15.
os estrangeiros não votam - CF, art. 14, § 2º.
Critérios para definição da nacionalidade
Há basicamente dois critériosde nacionalidade originária: 
jus soli: são nacionais aqueles que nascem no território do Estado, independentemente da nacionalidade de seus ascendentes. Ex: quem nasce no Brasil, via de regra, é brasileiro.
jus sanguinis: são nacionais aqueles que descendem de nacionais independentemente do território do nascimento. Ex: filho de italiano é italiano, em qualquer lugar onde do mundo onde nascer.
Na atualidade, nota-se que praticamente nenhum país adota na integralidade um desses princípios, pois procuram adequar os critérios de acordo com as suas necessidades. 
O Brasil como regra geral adota o jus soli com atenuações, razão pela qual os doutrinadores afirmam que em razão das exceções relativas ao jus sanguinis, na realidade, adotamos um sistema misto. Definição legal da nacionalidade brasileira (CF, Art 12):
Art 12. São brasileiros 
I - natos: (nacionalidade originária)
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe brasileiro(a), desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
os nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe brasileiro(a), desde que venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira;
II - naturalizados: (nacionalidade derivada)
a) os originários de países de língua portuguesa que: falem português, residam por 1 ano ininterrupto no Brasil e tenham idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade que: residam no Brasil há mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
§ 2º. A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
§ 3º. São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa.
§ 4º. Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela forma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.
DIREITOS POLÍTICOS
Art. 14 A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
§ 1º. o alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de 18 anos;
II - 	facultativos para:
a)	os analfabetos;
b) 	os maiores de 70 anos;
c) 	os maiores de 16 e menores de 18 anos.
§ 1º.	Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
§ 4º. São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) 35 anos para Presidente, Vice-Presidente e Senador;
b) 30 anos para Governador e Vice-Governador;
c) 21 anos para Deputado Federal e Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e Juiz de Paz;
d) 18 anos para Vereador.
§ 4º. São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
Art 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
I - 	cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - 	incapacidade civil absoluta;
III - 	condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - 	recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa;
V - 	improbidade administrativa;
PODER LEGISLATIVO
A função legislativa de competência da União é exercida pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, integrados respectivamente por Deputados e Senadores; no bicameralismo brasileiro, não há predominância substancial de uma câmara sobre outra. O Congresso desenvolve suas atividades por legislaturas (cada legislatura tem 4 anos).
	
	Câmara dOS Deputados
(513 membros)
	Senado Federal
(81 membros)
	Representantes
	Do Povo
	Dos Estados e do DF 
	Representação
	Proporcional à população
mínimo = 8 e máximo = 70
	Paritário = 3 por Estado
	Sistema Eleitoral
	Proporcional 
	Majoritário
	Duração do Mandato
	4 anos
	8 anos (1/3 e 2/3)
	Suplência
	Próximo mais votado no partido. 
	2 suplentes, eleitos na mesma chapa
Congresso Nacional
Reúnem-se a Câmara dos Deputados e o Senado, formando o Congresso Nacional. A direção dos trabalhos cabe à Mesa do Congresso Nacional, com a presidência ficando a cargo do Presidente do Senado. São as hipóteses que a CF prevê como no 57, § 3º: 
inaugurar sessão legislativa;
elaborar regimento comum e criação de serviços;
receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República;
conhecer do veto e sobre ele deliberar.
Legislatura
Tem a duração de 4 anos, do início ao término do mandato dos membros da Câmara dos Deputados. Cada ano corresponde a uma sessão legislativa.
Sessão Legislativa
ordinária: período de 02 de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 17 de dezembro; 
extraordinária: período de 1º a 31 de julho e de 17 de dezembro a 02 de fevereiro.
Para abertura de qualquer sessão na Câmara ou Senado, o quorum mínimo exigido é a maioria absoluta de membros de cada Casa do Congresso Nacional (metade + 1): no Senado = 49; na Câmara = 257 membros.
Elaboração de atos legislativos
Emenda Constitucional: quorum qualificado (3/5 dos membros). Votação em dois turnos em cada Casa do Congresso; mínimo 308 votos na Câmara e 49 no Senado, em cada uma das votações. 
Lei Complementar: maioria absoluta (metade dos membros mais um). Votação em um turno em cada Casa. No caso da Câmara de Deputados, a maioria absoluta é 257 votos (513 / 2 = 256.5 ( número inteiro = 256 + 1 = 257); e no Senado é de 41 votos 81 / = 40,5 ( número inteiro = 41 votos favoráveis à proposta.
Lei ordinária: maioria simples ou relativa (metade dos membros presentes na sessão mais um, desde que o número de presentes represente a maioria absoluta dos membros da Casa). No caso da Câmara de Deputados, a maioria simples é 257 votos, quando presente a maioria absoluta – (257 / 2 = 123.5 ( número inteiro = 123 + 1 = 124).
Funções do Poder Legislativo
Art 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;
II -	proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;
III – elaborar seu regimento interno;
IV -	dispor sobre sua organização, funcionamento, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para a fixação da respectiva remuneração; 
V - eleger membros do Conselho da República.
Art 52. Compete privativamente ao SENADO FEDERAL:
I - 	processar e julgar o presidente e o vice-presidente da república nos crimes de responsabilidade, bem como os ministros de estado e os comandantes da marinha, do exército e da aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;
II-	processar e julgar os ministros do supremo tribunal federal, o procurador-geral da república e o advogado-geral da união nos crimes de responsabilidade;
III -	aprovar previamente, a escolha de:
a) magistrados;
b) ministros do tribunal de contas da união;
c) governador de território;
d) presidente e diretores do banco central;
e) procurador-geral da república;
IV -	autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da união, dos estados, do distrito federal, dos territórios e dos municípios;
VI -	fixar limites globais para o montante da dívida consolidada da união, dos estados, do distrito federal e dos municípios;
X -	suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do supremo tribunal federal;
XII -	elaborar seu regimento interno;
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração;
XIV-	eleger membros do conselho da república. 
Comissões Permanentes e Temporárias
O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.
Processo Legislativo
É o modo pelo qual os atos do processo legislativo se realizam:
iniciativa legislativa: é o ato pelo qual se inicia o processo legislativo; é a apresentação do projeto de lei; 
discussão: nas Comissões e no Plenário; análise da sua compatibilidade;
deliberação: votação / aprovação ou rejeição dos projetos de lei;
emendas: constituem proposições apresentadas como acessória a outra; sugerem modificações nos interesses relativos à matéria contida em projetos de lei; 
votação: constitui ato coletivo das casas do Congresso; é o ato de decisão que se toma por maioria de votos, simples ou absoluta, conforme o caso; 
sanção e veto: são atos legislativos de competência exclusiva do Presidente; somente recaem sobre projeto de lei; veto é a discordância com o projeto aprovado. sanção é a adesão ou aceitação do projeto aprovado;
promulgação: ato que revela os fatos geradores da Lei, tornando-a executável e obrigatória;
publicação:	torna pública a existência da norma legal.
Espécies normativas
Art 15. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - Emendas à Constituição;
II - Leis Complementares;
III - Leis Ordinárias;
IV - Leis delegadas;
V - Medidas Provisórias;
VI - Decretos Legislativos;
VII -	Resoluções.
PODER EXECUTIVO
Estrutura e funções. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. No sistema Federalista o Presidente é ao mesmo tempo o Chefe de Governo e o Chefe de Estado.
O Presidente e o Vice-Presidente da República tomam posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de: 
manter, defender e cumprir a Constituição;
observar as leis;
promover o bem geral do povo brasileiro;
sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.
Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.
Responsabilidade do Presidente da República
Art 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I -	a existência da União;
II -	o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III -	o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV -	a segurança interna do País;
V -	a probidade na administração;
VI -	a lei orçamentária;
VII -	o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Art 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por 2/3 da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.
Art 86. O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.
poder judiciário
Art 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I - Supremo Tribunal Federal;
IA - Conselho Nacional de Justiça; 
II - Superior Tribunal de Justiça;
IIII - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
§ único. O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território nacional.
Garantias da magistratura 
Art 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
a) vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público;
c) irredutibilidade 	de subsídio.
§ único. aos juízes é vedado:
a) exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
b) receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
c) dedicar-se à atividade político-partidária.
funções esssenciais à Justiça
1 - Ministério Público
É uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, entre outras atribuições, do MP temos: 
a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis; 
promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da união e dos estados, nos casos previstos nesta constituição;
zelar pelo efetivo respeito dos poderes públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na constituição;
defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;
exercer o controle externo da atividade policial;
Art 128. O Ministério Público abrange:
I - o Ministério Público da União, que compreende:
a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;
c) o Ministério Público Militar;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
II - os Ministérios Públicos dos Estados.
2 – Advocacia-Geral da União
A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
3 - Advocacia e Defensoria Pública
Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. 
Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV.)
FINANÇAS PÚBLICAS
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituiros seguintes tributos:
I - impostos;
III - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural; 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; 
III - propriedade de veículos automotores.
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.
165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais.
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
§ 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária. 
PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência; 
V - defesa do consumidor; 
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; 
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. 
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
3. CONCLUSÃO
Exercícios
1. Qual o conceito de Constituição?
2. O que é Poder Constituinte? 
3. Quantas constituições já teve o Brasil?
4. O que significa Constituição em sentido formal e material?
5. O que é Constituição consuetudinária?
6. O que é Constituição promulgada e flexível?
7. Quais são as características dos direitos e garantias fundamentais?
8. Cite cinco direitos individuais do cidadão. 
9. O que é nacionalidade?
10. Qual o critério de nacionalidade adotado pelo Brasil? 
11. Como é composto o Congresso Nacional?
12. Quais são os representantes do povo no Congresso e das UF no Congresso?
13.Quais são as funções essenciais à justiça?
14. Quais são os impostos federais, estaduais e municipais?
15. Quais são os princípios da ordem econômica?
Bibliografia
MARTINS, Sérgio P. Instituições de Direito público e privado. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2005.
PINHO, Ruy Rebello. Instituições de Direito público e privado. 24 ed. São Paulo: Atlas, 2004.
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INSTRUMENTOS JURÍDICOS DE DEFESA E GARANTIA
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS (CF Art 5º)
	Remédios Constitucionais
	CONCEITO
	CONSIDERAÇÕES
	HABEAS CORPUS
	Sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
	Pode ser impetrado pela própria pessoa, por menor ou por estrangeiro.
	Habeas Data
	Para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constante de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público. Serve também para retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.
	A propositura da ação é gratuita;
É ação personalíssima
	MANDADO DE SEGURANÇA
	Para proteger direito líquido e certo não amparado por HC ou HD, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
	Direito Líquido e Certo: o direito requerido não desperta dúvidas.
Qualquer pessoa física ou jurídica pode impetrar, mas somente através de advogado.
	MANDADO DE SEGURANÇA
coletivo
	Instrumento que visa proteger direito líquido e certo de uma coletividade quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
	Legitimidade para impetrar MS Coletivo: Organização Sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída há pelo menos 1 ano, assim como partidos políticos com representação no Congresso Nacional.
objetivo: defesa do interesse dos seus membros ou associados. 
	MANDADO DE INJUNÇÃO
	Sempre que a falta de norma regulamentadora que torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.
	Qualquer pessoa (física ou jurídica) pode impetrar, sempre através de advogado.
	AÇÃO POPULAR
	Visa a anulação ou à declaração de nulidade de atos lesivos ao: Patrimônio Público, à moralidade Administrativa, ao Meio Ambiente, ao Patrimônio Histórico e Cultural.
	A propositura cabe a qualquer cidadão (brasileiro) no exercício de seus direitos políticos.
	DIREITO DE PETIÇÃO
	Objetivo: defender direito ou noticiar ilegalidade ou abuso de autoridade pública.
	Qualquer pessoa pode propor(brasileiro ou estrangeiro)
 ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO
	Supremo Tribunal Federal (STF) ....... CNJ 
	
	
	
	
	
	
	stj
Superior Tribunal de Justiça
	
	TST
Tribunal Superior do Trabalho
	
	TSE
Tribunal Superior Eleitoral
	
	STM
Superior Tribunal Militar
	
	
	
	
	
	
	TJ
Tribunal de Justiça
	
	TRF
Tribunal Regional Federal
	
	TRT
Tribunal Regional do Trabalho
	
	TRE
Tribunal Regional Eleitoral
	
	
	
	
	
	
	
	
	Juiz de Direito
	
	Juiz Federal
	
	Vara do Trabalho
	
	Junta Eleitoral
	
	AuditoriaMilitar
	
	
	
	
	
	
	Justiça Comum
	
	Justiça Especial
	
	
	
	
	
	
	Estadual
	
	Federal
	
	Trabalho
	
	Eleitoral
	
	Militar
Obs: CF - Art 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I - Supremo Tribunal Federal;
IA - Conselho Nacional de Justiça (CNJ); 
II - Superior Tribunal de Justiça;
IIII - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
- O STF, o CNJ e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal e jurisdição em todo o território nacional.
- O CNJ é um órgão administrativo vinculado ao STF, que tem por função exercer o controle externo da magistratura. Fiscaliza todos os órgãos do Poder Judiciário na função administrativa e no exercício do cargo pelos juízes, investigando e punindo atos de corrupção, desvios de dinheiro e outros crimes e irregularidades. 
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