Buscar

Hepatograma-aula 3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Avaliação da 
função hepática
Luciana Wermelinger Serrão
lwserrao@pharma.ufrj.br
Faculdade de Farmácia - UFRJ
Anatom ia do F ígado
√ Maior órgão (1,5 kg)
√ Localizado abaixo do diafragma, no quadrante 
superior direito do abdômen
√ Suprimento sanguíneo duplo:
• Veia porta →→→→ Sangue oriundo do baço e TGI
• Artéria hepática →→→→ rico em O+2 (20%)
Drenagem venosa (veias hepáticas direita e
esquerda) →→→→ veia cava inferior.
(Guyton et al., 2006)
Localização 
Lóbulo hepático
(Guyton et al., 2006)
• Placas de células em modo radiado. 
• Contém de 50-100 mil lóbulos. 
Lóbulo hepático
(Guyton et al., 2006)
Sintética S intética S intética S intética 
M etabólica M etabólica M etabólica M etabólica 
� Lipídíos, carboidratos, amônia, fármacos, sais biliares (digestão) e 
bilirrubina. 
� Detoxicação
� Albumina, outras proteínas plasmáticas e fatores da coagulação.
� Síntese de colesterol e lipoproteínas
� Angiotensinogênio, trombopoetina e IGF-1 
Funções bioquím icas do fígado
Excretora Excretora Excretora Excretora 
� Eliminação de substâncias do corpo, tais como: drogas, hormônio 
e outros 
Manifestações C lín icas das D isfunções hepáticas
√ Icterícia→→→→ depósito de bilirrubina na pele, mucosas e esclera.
http://adameducation.com
�Fadiga, anorexia, mal-estar, emagrecimento e febre.
Manifestações clín icas
√ Distúrbios da hemostasia →→→→ alteração nos fatores de coagulação.
- ↓↓↓↓ produção de fatores de coagulação
√ Metabolismo prejudicado do estrogênio →→→→
hiperestrogenemia levando a eritema palmar e
Ginecomastia.
√ Hipertensão portal →→→→ obstrução ao fluxo sanguíneo em qualquer ponto da
circulação porta.
- sangramento das varizes esofágicas
- ascite ���� líquido em excesso na cavidade peritonial.
- síndrome hepatorrenal (↓↓↓↓ função renal →→→→ doença hepática)
Manifestações clín icas
Burts & Ashwood. Tietz Clinical 
Chemistry, 2001
Doenças hepáticas
Lesão aguda direcionada ao hepatócito
√ Hepatite viral aguda →→→→ 5 vírus (A, B, C, D, E), citomegalovírus e herpes simples
- Hepatite A→→→→ contaminação da água ou dos alimentos
- Hepatite B→→→→ transmitido por secreções corporais – sexuais ou parenterais;
- Hepatite C →→→→ transmitido através do plasma – ↑↑↑↑ risco (drogas injetáveis ou
transfusão sanguínea);
Sinais Clínicos: Febre, náuseas e vômitos, fadiga, cefaleia, tosse e coriza, icterícia,
urina escura e fezes claras.
Hepatites agudas 
√ Hepatite tóxica →→→→ lesão direta do hepatócito por toxinas ou metabólitos tóxicos.
- relacionada a dose do agente ingerido
- ex: paracetamol (analgésico amplamente utilizado)
√ Hepatite isquêmica →→→→ hipoperfusão hepática (Sepse grave ou insuficiência
cardíaca)
Lesão inflamatória persistente que atinge os hepatócito (+ 6 meses)
- Atividade necroinflamatória
- Fibrose (relacionada com risco de progressão para cirrose)
√ Hepatite B e C crônica (90-70% casos)
√ Esteatose hepática não-alcólica (NASH) →→→→ doença associada à gordura e
inflamação no fígado em pacientes que não ingerem álcool.
Hepatites crônicas 
Macrovesículas de gordura 
√ Hepatite autoimune→→→→ hepatite de progressão rápida.
√ Doenças hereditárias→→→→ Hemocromatose, deficiência de α1- antitripsina
e doença de Wilson.
√ Doença hepática alcoólica →→→→
Fatores de risco incluem: duração e
magnitude do abuso, sexo, a
presença de uma co-infecção e o
estado nutricional.
Cirrose
�Cirrose ���� Septo Fibroso, nódulos parenquimatosos e destruição 
da estrutura de todo o fígado. 
CAUSAS: 
• ÁLCOOL E HEPATITE B, C >90% casos
• Obstrução biliar
• Hemocromatose
• Doença de wilson e Deficiência de α-1 antitripsina
(1) Aumenta a mitose das
células estreladas
(2) Aumenta a produção de
colágeno
(3) Fígado fibrótico e nodular
com comprometimento da
circulação sanguínea
Tumores hepáticos
√ Quinto tipo de câncer mais comum no mundo;
√ Cirrose presente na maioria dos casos;
√ Principal fator de risco: infecção por vírus da hepatite B ou C;
√ Diagnóstico laboratorial da função hepática é inespecífico, sendo
necessária a avaliação de um marcador tumoral associados à exames de
imagem.
Carcinoma hepatocelular
Carcinoma ↑ Alfafetoproteína
Colestase→→→→ Bloqueio ou supressão do fluxo da 
bile, retendo-a dentro do sistema excretor. 
Classificadas como: intra-hepática ou extra-hepática.
√ Cirrose biliar primária →→→→ distúrbio autoimune que acomete ductos biliares
intra-hepáticos.
√ Colangite esclerosante primária →→→→ doença inflamatória que afeta
comumente os ductos biliares extra-hepáticos.
√ Cálculos biliares →→→→ formação sólida na vesícula biliar, compostos por
colesterol e sais biliares. Causando má absorção Vit. K.
Doenças Colestáticas
Avaliação bioquím ica da função hepática
Categoria de Testes Medição no Soro 
Integridade do Hepatócito AST
ALT
Função excretora biliar Bilirrubina Total
Bilirrubina Direta 
Bilirrubina Indireta
ALP
GGT
Função de Síntese Albumina 
Tempo de Protrombina 
Hepatograma 
√ Conjunto de dosagens laboratoriais para auxiliar no diagnóstico
Clínico.
• Avaliação das enzimas hepáticas.
• Albumina
• Bilirrubinas
• Coagulação
Enzimas
√ Enzimas liberadas por lesão hepática
O PADRÃO e GRAU da elevação da atividade enzimática variam com o tipo
da doença hepática:
• Especificidade tecidual.
• Distribuição dentro dos hepatócitos.
• Velocidade (tempo) de remoção do plasma.
• Quantidade de enzima presente.
√ Fosfatase alcalina (ALP) →→→→ fígado, rins e osso. (t1/2 3
dias)
√ γ-glutamil transferase (GGT) →→→→ túbulo renal proximal,
fígado, pâncreas, intestino. (t1/2 7-10 dias� 28 dias )
Enzimas
ASTm
ASTm
ASTm
ASTc
ALT
ASTc
ALT
GGTGGT ALP
ALP
ASTc
ALT
HEPATÓCITO
√ Alanina aminotransferase (TGP/ALT) →→→→ fígado (+++) e rim
(citoplasmática) (t1/2 47 horas )
√ Aspartato aminotransferase (TGO/AST) →→→→ coração, fígado,
músculo esquelético e rim. (citoplasmática e mitocondrial) (t1/2
17 horas e 87 horas)
(Adaptado de Henry et al., 2008)
Citoplasmáticas 
Membranas
ALT
√ Alanina aminotransferase (ALT) ou Transaminase Glutâmico Pirúvica (TGP)
Alanina + 
ALT
(SORO)
α-cetoglutarato Piruvato Glutamato+ 
+ 
LDH
NADH + H+Piruvato Lactato + NAD+
Lactato desidrogenase
VALOR DE REFERÊNCIA (37°°°°C) Soro: até 41 U/L
λ 340 nm 
(BURTIS et al., 2008).
� Dosagem 
AST
√ Aspartato aminotransferase (AST) ou Transaminase Glutâmico Oxalacética (TGO)
Aspartato + ASTα-cetoglutarato Oxaloacetato Glutamato+ 
+ 
MDH
NADH + H+Oxaloacetato Malato + NAD+
Malato desidrogenase
VALOR DE REFERÊNCIA (37°°°°C): Soro ou Plasma: até 42 U/L
λ 340 nm 
� Dosagem 
(BURTIS et al., 2008).
GGT 
√ γ-glutamil transferase
VALORES DE REFERÊNCIA (37°°°°C)
Homens Mulheres
15 - 60 U/L 10 - 40 U/L
(BURTIS et al., 2008).
L-γ Glutamil-p-nitroanilida
γ Glutamilglicilglicina
p-nitroanilina
Glicilglicina
ALP 
Método do p-nitrofenol
VALOR DE REFERÊNCIA (37°°°°C): Soro ou Plasma: 35 a 104 U/L 
(mulheres) e 40 a 129 U/L (homens)
(hidrólise alcalina de grupamento fosfato - fosfatase alcalina)
Λ 405 nm 
(BURTIS et al., 2008).Nitrofenil fosfato
Nitrofenóxido
NitrofenóxidoALP
√ Diminuida na lesão hepática
√ Não é específica
√ Está dimunuida em:
●●●● distúrbios inflamatórios
●●●● desnutrição
●●●● síndrome nefrótica
√ Úteis na avaliação da cronicidade e gravidade da lesão
hepática
Album ina plasmática
SANGUE
Líquido 
intravascularH2O
Líquido intersticial
H2O
����Albumina
TECIDO
Função da Albumina
H2O
SANGUE
Líquido 
intravascular
H2O
HIPO
Líquido intersticial
H2O
����Albumina
TECIDO
Hipoalbuminemia���� EDEMA
Método colorimétrico (verde de bromocresol)
albumina
+ 
Verde de bromocresol
Albumina + corante
λ= 620 – 640 nm
VALOR DE REFERÊNCIA:
Soro: 3,5 a 5,5 g/dL
Edemas� 2,0- 2,5 g/dL.
Níveis aumentados� Diuréticos, desidratação, vômitos e diarréias.
√ Medidas seriadas são usadas para determinar a função da síntese
hepatica.
√ Mais rápido que a albumina.
√ Marcador mais importante da hepatite aguda.
Tempo de protrombina (TAP)
Avaliação do 
tempo de 
coagulação
Colestase
Doenças 
hepatocelulares
Tempo 
prolongado
Tempo 
prolongado
Adm parenteral de Vit K 
Tempo 
prolongado
Corrigido
Via
extrínseca
Via
intrínseca
Fibrinogênio Fibrina
fosfolipídeos
fosfolipídeos
TGI
Intestino
Urobilinogênios
Microbiota intestinal
fezes
urina
sangue
 
(Robbins et al., 2005)
√ Função metabólica
BILIRRUBINA
Bilirrubina não-conjugada (BI)
Bilirrubina conjugada (BD)
√ Correlação modesta com lesão hepática
√ Útil na icterícia do neonato
√ Medidas seriadas auxiliam na avaliação da gravidade da
doença hepática aguda e crônica
Bilirrubina plasmática
Método diazo
Bilirrubina conjugada (BD)
+ 
Ácido sulfanílico diazotado
Azobilirrubina
λ= 540 nm
VALOR DE REFERÊNCIA : Soro
RECÉM-NASCIDOS: 10 – 15 mg/dL nascidos pré-termo
> 15 mg/dL nascidos a termo
ADULTOS: até 0,2 mg/dL
Bilirrubina conjugada
VALOR DE REFERÊNCIA (BT) : Soro
Bilirrubina total: até 1,0 mg/dL
Bilirrubina total
Bilirrubina total (BT)
+ 
Ácido sulfanílico diazotado Azobilirrubina
λ= 540 nm
Cafeína ou metanol
+ 
BI = BT - BD
VALOR DE REFERÊNCIA (BI) : Soro
Bilirrubina indireta: 0,2 - 0,8 mg/dL
Bilirrubina não-conjugada (BI)
BT = BI + BD
Achados Laboratoriais 
nas Hepatopatias 
Doenças hepáticas AGUDA – laboratório 
�A alteração mais característica é a marcante elevação das aminotransferases
(ALT e AST), que apresentam níveis acima de 10 X o limite superior do 
normal.
�Nas hepatites virais, os níveis de ALT geralmente são mais elevados que os 
de AST. ALT (47 hrs) >> AST (17 horas) 
�A fosfatase alcalina (FA) e a gama-glutamil-transferase (g-GT) podem 
sofrer discreta elevação. 
�Nas formas ictéricas de hepatite existem uma elevação da bilirrubina total, 
à custa predominantemente do aumento da fração direta ou conjugada.
� A albumina e atividade da protrombina (TAP) permanecem em níveis 
normais. 
Doenças hepáticas CRÔNICAS – laboratório 
�As aminotransferases (ALT e AST) são as mais importantes para o 
diagnóstico e acompanhamento das hepatites, nas hepatites crônicas, seu 
aumento é menos pronunciado 1-5 X
�Normalmente o nível de ALT >> AST e a inversão deste padrão sugere 
doença avançada ou concomitância de lesão hepática pelo álcool (ASTm >> 
ALT). 
�A FA e a g-GT apresentam níveis normais ou discreta elevação.
� Albumina e atividade de protrombina estão alteradas. 
�Os exames laboratoriais em pacientes com colestase revelam aumento
sérico das enzimas canaliculares (Gamaglutamiltransferase - GGT e
fosfatase alcalina) em graus variáveis.
�Elevação das bilirrubinas predominantemente da fração conjugada
(bilirrubina direta) e elevação dos níveis de colesterol.
�Hipoalbuminemia pode ser observada em fases avançadas com cirrose
estabelecida.
�Entretanto, esses exames não permitem o diagnóstico da causa da
colestase ou mesmo diferenciar entre colestase intra e extra-hepática.
Doenças COLESTÁTICAS – laboratório 
Testes da função hepática anormal
ALT 
gGT
PA
ALT 
gGT 
PA 
Doença hepatocelular Doença colestática
Albumina
normal
Albumina
normal
Albumina
diminuida
Albumina
diminuida
Hepatite
aguda
Hepatite
crônica
Colestase
aguda
Colestase
crônica
Ultra-som ou colangiografia
percutânea
Colestase
intra-hepática
Colestase
Extra-hepática
(BURTIS et al., 2008).

Continue navegando