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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
AULA 3.
Temas da aula: 
Atos termos e prazos processuais
Nulidades processuais
Prescrição.
Ritos processuais. SUMARIO, SUMARISSIMO e ORDINARIO
Processo de conhecimento: A reclamação trabalhista / Petição inicial.
1 - Atos termos e prazos processuais:
Horários de realização dos atos processuais ART 770 DA CLT - Horário dos atos das 6 as 20 horas. Não confundir com o horário do expediente forense, sendo um horário para o ato de qualquer ato processual mais ligado ao oficial de justiça, ou a leiloes, remoções de bens, guarda e deposito judicial, inspeção judicial, as perícias. O artigo 770 utiliza a expressão dias úteis não se sabendo se aplica ao sábado. A Lei 605/1949 considera sábado dia útil porque o dsr é no domingo, por essa ótica seria dia útil em outros artigos da CLT esta considera dia útil o sábado como quando disciplina que a penhora pode ser realizada em dia útil domingos e feriados (§ único do 770 da CLT). Dessa forma para efeito processual sábado é dia útil. Autorização expressa do juiz para a realização de penhora em domingo e feriado. Mas tal não se aplica só a penhora sendo a penhora exemplificativa mas pode ser estendido a citação, pois o essencial é a autorização judicial. OBS: É POSSIVEL UMA CITAÇÃO OU PENHORA EXERCIDA APÓS AS 22 HORAS? Sob um interpretação gramatical não mas este rol do artigo não é taxativo mas exemplificativo, sendo necessário contudo, para isso sempre a autorização judicial com a particularidade da situação.
validade da intimação postal – ART 774 Esse artigo se refere que o carteiro deve devolver o postal a secretaria no prazo de 48 horas. O importante não é o comprovante ter chegado mas sim neste artigo o efeito desta 48 horas passou a ser considerada como uma presunção realtiva da demora do serviço postal. Assim quando um intimação é expedida via secretaria na segunda feira, o prazo somente começara a contar a partir de quinta feira, porque a segunda feira foi a expedição, a quarta-feira será o dia ZERO (dia que a parte tem para ler e se interar) sendo o dia 1 a quinta feira. Quando a publicação for feita via postal as 48 horas tem um papael relevante. Essa presunção é relativa podendo ser elida em por prova em contrario,logo para mais ou para menos se recebida antes das 48 horas conta-se o dia 1 a partir do dia seguinte do recebimento. Da mesma forma o contrario se demorar mais de 3 dias para fazer a integra contando-se o prazo a partir da entrega. A contagem do prazo exclui o dia do inicio e a inclusão do dia do fim.
contagem de prazo. A contagem do prazo exclui o dia do inicio e a inclusão do dia do fim. Exclui o dia do inicio porque a parte que recebe intimação de manhã deve ter o mesmo tratamento daquela que recebeu a noite ou a tarde. O dia do recebimento da citação ou toma ciência é o dia ZERO / NEUTRO que não se computa no calculo. Domingos e feriados no meio da contagem do prazo são computados. Porém se o oitavo dia cair no sábado domingo ou feriado, o prazo se estende ao primeiro dia útil subseqüente. Quando o sábado domingo ou feriado está no zero ou no dia um. Exemplo: a parte é intimada de uma sentença no domingo, seria este o dia zero? O TST diz que não porque como o ato não poderia ser praticado naquele mas o foi por necessidade por ficção jurídica é como se fosse praticado na segunda-feira (ou outro dia útil subseqüente) sendo esta o dia zero e terça o dia um. Outro caso se a publicação saiu na sexta esta é o dia zero começando a fluir o dia um na segunda.
Prazo do art 841 da CLT (prazo para “contestar”): Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou chefe de secretaria, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência de julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.§ 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo.§ 2º- O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma do parágrafo anterior. O prazo da fazenda publica para a data do recebimento da intimação e data da primeira audiência é em quádruplo ou seja no mínimo deve receber a intimação até 20 dias antes da audiência e para recorrer em dobro.
Regra é pela publicidade dos atos, mas o juiz a pedido da parte poderá de forma fundamentada acolher o sigilo nas nuances do art 5º, LX da CF.
reclamação verbal art 786 permanece em vigor. Uma forma de exercício da capacidade postulatória, sendo a reclamação verbalizada porém reduzida a termo. O artigo diz que tem que ser primeiro distribuído para depois ser reduzida a termo no balcão da vara, seno o distribuído o pedido. Caso seja distribuída e o trabalhador no ato não vai a secretaria reduizr a termo tem ele o prazo de 5 dias, se por ventura deixa de cumprir por duas vezes seguida é penalizado por uma quarentena (art 731 da CLT) entre a segunda vez e a terceira vez. Não falar em perempção, mas sim perempção trabalhista ou quarentena
2 – Nulidades Processuais - Arts 794 a 798 – O Art 794 – firma a necessidade de prejuízo para poder-se falar em nulidade. Mera irregularidade formal, não acarreta nulidade porque se o ato atingiu sem fim deve ser validado privilegiando a instrumentalidade da norma do processo em si. Não haverá nulidade em caso de possibilidade de se suprir aquela erro por determinada forma evitando-se o prejuízo. Outra estratégia para abrandar a nulidade é que se o juiz estiver dentro de um a situação de nulidade irremediável, deve o magistrado separar os atos que foram prejudicados dos atos que não foram prejudicados. A nulidade deve necessariamente ser provocada pela parte em sua maioria de situações, pois se não provocada haverá presunção relativa que não houve prejuízo. A preclusão é um elemento indissociável da teoria das nulidades, logo o momento de se argüir a nulidade é muito importante, assim deixando de passar o momento torna precluso. Contudo, opera-se a preclusão se a parte através de seu advogado tinha a oportunidade de falar nos autos naquele momento e não falou, porém, exemplificando, se opera-se a confissão expressa do reclamante quando de sua oitiva e ato continuo o juiz indefere as oitivas das testemunhas do reclamante com o fito de derrubar a confissão expressa, e se nesse momento a parte a parte através de seu advogado não se manifesta não ocorre a preclusão, pois neste momento a palavra não é dada ao advogado (não tinha direito a palavra) como ocorre nos momentos de perguntas e re-perguntas, daí é errado falar em preclusão no processo do trabalho em caso de ausência de protestos nesta situação ou em qualquer outra em que a palavra de fato não for dada, pois vigora na justiça do trabalho o principio da irrecobilidade das decisões interlocutórias ou da unirrecorribilidade, portanto é tecnicamente incorreto falar-se em preclusão se não houver protestos (o protestos é figura da pratica forense). Podendo falar em alegações finais ou em recurso nascendo ou advindo a preclusão se no momento de um desses o primeiro que surgir e não o fizer. 
É possível o juiz conhecer de oficio a nulidade? Sim, mas deve se reservar as nulidades que envolvam nulidade de ordem publica, como o exemplo do art 795 § 1º que é incompetência absoluta ( sendo esta nominada pela CLT como incompetência de foro. Mas esta linguagem é antiga devendo ser interpretada como incompetência em razão da matéria).
A parte não pode provocar a nulidade que depois ira argüir, pois a ninguém é dado alegar a própria torpeza sendo este regramento que se revela no artigo 796 da CLT. 
O art 798 se preocupa em buscar o contorno do ato nulo e separa-lo dos atos validos preservando estes últimos.
Deve ser observado no caso das nulidades sempre o BINOMIO INSTRUMENTALIDADEE TRANSCENDENTALIDADE ( no sentido de transbordar, causar prejuízo de forma a se erradiar pelo processo) 
3 - A prescrição no processo do trabalho: art 7º inciso XXIX da CF e art 1 da CLT.
Art. 11 - O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve: (Redação dada pela Lei n.º 9.658 , de 05-06-98, DOU 08-06-98)
I - em cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a extinção do contrato; (Inciso incluído pela Lei n.º 9.658 , de 05-06-98, DOU 08-06-98)
II - em dois anos, após a extinção do contrato de trabalho, para o trabalhador rural. (Inciso incluído pela Lei n.º 9.658 , de 05-06-98, DOU 08-06-98 e revogado pela Emenda Constitucional n.º 28, de 25-05-01, DOU 29-05-01)
Art 7º “omissis”
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para o trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;" (Redação da E.C. nº 28, de 25.05.00) 
4 - Ritos processuais. SUMARIO, SUMARISSIMO, ORDINARIO E ESPECIAIS.
Procedimento é a forma pela qual o processo se desenvolve. O rito é a forma do processo, mais complexa ou mais singela.
Procedimento comum: é o procedimento ORDINÁRIO, é o mais complexo previsto na CLT abrangendo demandas cujo o valor da causa supera os 40 (quarenta) salários mínimos.
Procedimento sumario: já em desuso. Denominado dissídio de alçada. É célere, previsto no artigo 2º §§ 3º e 4º da LEI 5584/70, abrangendo as demandas cujo o valor da causa não supera 2 salários mínimos.
Com o advento da Lei nº 5.584, de 1970, passou a ser adotado, na Justiça do Trabalho, um procedimento ainda mais célere. Refiro-me aos processos de alçada das Juntas de Conciliação e Julgamento (atuais Varas do Trabalho), ao ser instituída a chamada "instância única", para julgamento das causas trabalhistas cujo valor não exceda a 2 salários mínimos. Da sentença proferida pelo órgão de 1º grau, nesse caso, não cabe nenhum recurso para o Tribunal Regional, salvo se a questão versar sobre matéria constitucional. Na instrução do feito, é dispensável o resumo dos depoimentos, devendo constar da ata de audiência apenas a conclusão do juízo sobre a matéria de fato, o que pode acelerar bastante o procedimento. Promulgada a Constituição Federal de 1988, discutiu-se muito sobre a constitucionalidade da Lei nº 5.584/70, mas acabou prevalecendo a tese de que essa norma é compatível com a Carta Magna (Enunciado nº 356, do TST). O art. 98 da Lei Fundamental diz que o Estado deve criar mecanismos capazes de solucionar conflitos de "menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo". 
Procedimento sumaríssimo: é célere, fruto do advento da LEI 9957/2000 que incluiu os artigos 852-A a 852-I na CLT. Abrange as demandas trabalhistas cujo o valor da causa seja superior a 2 salários mínimos e não supera os 40 salários mínimos.
A petição inicial deve conter valor líquido, da mesma forma que não se admitirá sentença condenatória por quantia ilíquida, o que evita, às vezes, uma longa discussão sobre o quantum debeatur (quantia líquida devida), em fase de liquidação, que precede a execução do julgado; 
Não se fará citação por edital, incumbindo ao reclamante a correta indicação do nome e endereço do reclamado; 
A apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de 15 dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Vara do Trabalho; 
As demandas sujeitas a esse rito devem ser instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular; 
A tentativa de solução conciliatória poderá ser feita em qualquer fase da audiência; 
Na ata de audiência serão registrados resumidamente apenas os atos essenciais, as afirmações fundamentais das partes e as informações úteis à solução da causa trazidas pela prova testemunhal, sem necessidade de registros inúteis; 
Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo, de modo que as demais questões serão somente apreciadas na sentença; 
Cada parte poderá apresentar até o máximo de 2 testemunhas, que comparecerão à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação, e todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente; 
Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz; 
A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, tão-somente com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, ficando, porém, dispensado o relatório, e as partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que for proferida. 
Comentário sobre esses dez pontos do procedimento sumaríssimo:
Pedido líquido: a lei não distingue entre reclamação verbal ou escrita. Portanto, a exigência legal aplica-se tanto num como noutro caso. Assim, mesmo na hipótese em que a reclamação verbal for reduzida a termo pelo servidor da Justiça do Trabalho, a inicial deve indicar o valor correspondente. Entendo que deve ser indicado o valor de cada parcela, e não apenas o valor global da demanda, embora o art. 840, § 1º, da CLT, não reproduza a regra do art. 282, inciso V, do CPC, que exige, no processo comum, a indicação do valor da causa, na petição inicial. Todavia, agora é justamente o valor da reclamação que definirá o rito a ser adotado, à luz da nova legislação. 
Citação por edital: outra característica da nova lei seria a eliminação da citação por edital. De fato, incumbe ao reclamante a correta indicação do nome e endereço do reclamado, para maior segurança do processo e garantia do direito de defesa do demandado. Diz ainda o § 1º do atual art. 852-B, da CLT, que se o reclamante não fizer pedido certo ou determinado e não indicar o valor correspondente, nem indicar o nome e endereço do reclamado, sofrerá a pena de arquivamento da reclamação e a condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa. É claro que poderá ficar isento das custas, se demonstrado o seu estado de miserabilidade jurídica, nos termos da legislação em vigor (art. 789, § 9º, da CLT, e Lei nº 7.115, de 29.08.1983). Note-se, por outro lado, que a Lei nº 9.957/2000 não manda que o juiz determine ao reclamante que emende ou complete a petição inicial, no prazo de dez (10) dias, tal como previsto no art. 284, do CPC. Determina que, se não houver pedido certo ou determinado e a indicação do valor correspondente, do nome e endereço do reclamado, a reclamação deverá ser desde logo arquivada. Mas nada impede, a meu ver, que o juiz, por medida de eqüidade e pedagogia, e considerando as peculiaridades regionais, possa conceder o prazo estabelecido no art. 284, do CPC, para que a inicial, escrita ou verbal reduzida a termo, seja emendada ou complementada, inclusive em face do princípio da instrumentalidade do processo. Entendo ser possível a citação por edital sobretudo em situações excepcionais, a critério do juiz, a fim de não afastar a jurisdição. A contrario sensu, poderão ser beneficiados empregadores inescrupulosos que pretendam livrar-se da ação judicial. Ademais, uma leitura mais atenta do art. 852-B, II, da CLT, com a redação dada pela Lei nº 9.957/2000, releva que não se fará citação por edital quando o reclamante tiver conhecimento da correta indicação do nome e endereço do reclamado. Caso contrário, será admitida citação por edital, sob pena de privilegiar, muitas vezes, o descumpridor de normas trabalhistas, como sub-empreiteiros que desaparecem sem deixar notícias de seu paradeiro.
Prazo máximo para designação da audiência e pauta especial: o prazo máximo de 15 dias a que alude a nova lei não é propriamente para a "apreciação" da reclamação ouprolação da sentença, mas para a designação da audiência inaugural. Pela CLT (parte final do caput do art. 841), o prazo mínimo para marcação da audiência é de cinco (5) dias. E, no procedimento sumaríssimo, a designação da audiência não pode ultrapassar de quinze (15) dias. Para tanto, a Vara do Trabalho poderá adotar, se necessário, "pauta especial", de acordo com o movimento judiciário do órgão de 1º grau. Se não forem dados os meios capazes de observar essa norma, será difícil, nas regiões de elevado índice de ações trabalhistas, o cumprimento da exigência legal. Mas com boa vontade e espírito público, creio que a prestação jurisdicional deve ser célere, pois esta é a principal característica do processo trabalhista. Na 8ª Região, a pauta média para audiência inaugural, nas Varas do Trabalho, é de 20 dias. Deste modo, penso que não haverá dificuldade de atender a exigência da nova lei. Devo registrar, por oportuno, que quando magistrado de 1º grau cheguei a adotar pauta de quase 50 processos diários, mediante o sistema de audiência una, de 8 às 18 horas, em Junta de Conciliação e Julgamento que recebia cerca de 5.000 processos novos anuais. Tudo depende, é claro, de método de trabalho e controle do serviço judiciário.
Audiência única e funcionamento simultâneo do juiz substituto: a CLT (art. 849) já estabelece que a audiência de instrução e julgamento, em regra, deve ser una. O § 7º do art. 852-H, da Consolidação, dispõe que "interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta (30) dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da causa". Em regra, o "motivo relevante" aparece, em ata de audiência, simplesmente registrado como "força maior" ou "por acúmulo de serviço". Para maior transparência, é aconselhável que, em ambas as hipóteses, o juiz faça constar nos autos, de modo expresso, os motivos que teriam ensejado a configuração da força maior ou do acúmulo de serviço, com o registro, ainda que breve, dos fatos que justifiquem o prosseguimento da audiência e a solução do processo em prazo superior a trinta (30) dias. A convocação facultativa do juiz substituto para funcionar simultaneamente com o juiz titular deve resultar de entendimento entre as duas autoridades judiciárias, sob a direção do segundo, nas Varas do Trabalho em que houver juiz substituto atuando de modo permanente, na condição de auxiliar do titular, como naquelas localidades de maior movimento judiciário, onde essa prática se justifique. O sistema de audiências simultâneas, uma presidida pelo juiz titular e outra dirigida pelo juiz substituto, é rotina na Justiça do Trabalho, precisamente para melhor atender aos jurisdicionados, em face do intenso movimento judiciário, sobretudo nos grandes centros urbanos. 
Conciliação: a tentativa de conciliação pode ser feita em qualquer fase da audiência. Aberta a sessão, o juiz deve esclarecer às partes sobre as vantagens do acordo. Para tanto, usará seus bons ofícios e persuasão no sentido de obter a solução amigável. Não exige a nova lei, porém, que a proposta de conciliação seja obrigatoriamente renovada antes da sentença, como consta da segunda parte do art. 850, da CLT. Basta propor a conciliação no início da sessão, embora deva sempre tentar o acordo em qualquer fase da audiência.
Registros na ata de audiência: somente os atos essenciais serão registrados resumidamente na ata de audiência, como as afirmações fundamentais das partes e as informações úteis à solução da causa trazidas pela prova testemunhal, evidentemente sob o ditado e a critério prudente do juiz que dirige o processo. Registros inúteis são incompatíveis com o rito sumaríssimo. Neste particular, deve o magistrado ter o cuidado de dosar entre o ideal de celeridade processual e as garantias do devido processo legal, do contraditório e do direito de ampla defesa. Em suma, a utilização do mínimo de meios processuais para alcançar o máximo de eficiência e justiça, de modo rápido, seguro e transparente.
Concentração dos atos: todos os incidentes e exceções que possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo serão decididos, de plano, pelo juiz. As demais questões serão apreciadas somente na sentença. O preceito atende ao propósito de celeridade processual, sem necessidade de suspender o processo a cada incidente, nem mesmo quando forem opostas exceções, as quais, em regra, provocam a suspensão do feito, no procedimento comum, e causam o retardamento na apreciação do mérito da causa. No entanto, creio que, em caso de exceção de suspeição, será inevitável a suspensão do processo, que somente prosseguirá após a sua apreciação. Se a jurisdição for exercida por juiz singular, a exceção de suspeição deverá ser julgada por outro magistrado em atuação no mesmo órgão de 1º grau, ou convocado para decidir o incidente, à luz do art. 802, da CLT, e dos princípios éticos. 
Testemunhas: enquanto no processo trabalhista ordinário, cada parte poderá apresentar até o máximo de 3 testemunhas, no procedimento sumaríssimo cada litigante não pode trazer mais do que 2 testemunhas, o que reduz o tempo de instrução do feito, sem maiores prejuízos aos seus interesses. Melhor a qualidade do que a quantidade de provas. As testemunhas devem comparecer à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação, apresentadas espontaneamente pelas partes, tal como já prevê o art. 845, da CLT. Somente em caráter excepcional, o juiz deferirá a intimação de testemunha que deixar de comparecer à audiência. Essa exceção aplica-se quando a parte comprovar que a testemunha foi convidada e não atendeu ao convite. A comprovação depende de cada caso concreto, mas é aconselhável que seja feita por escrito, com aviso de recebimento. Se a testemunha, intimada, não comparecer, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva. Note-se que se trata de uma faculdade (e não uma obrigação) conferida ao juiz, que certamente sopesará as circunstâncias da causa. Como a lei não cuida das espécies de intimação, admite-se a ouvida da testemunha por carta precatória, quando, por residir em outra jurisdição, não puder ser apresentada espontaneamente pela parte. 
Documentos e demais provas: todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente, diz a nova legislação. Também aqui prevalece o princípio da concentração dos atos, em consonância com o desiderato de atender a celeridade processual. Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, "salvo absoluta impossibilidade, a critério do juiz". Dispositivo idêntico consta do parágrafo único do art. 29, da Lei nº 9.099, de 26.09.1995, que trata dos Juizados Especiais. A norma resolve uma questão omitida pela CLT, o que tem levado alguns juízes a aplicar sistematicamente, mas, a meu ver, de modo equivocado, o art. 398, do CPC, que concede a outra parte o prazo de cinco (5) dias para falar sobre documento juntado pelo litigante. Agora, no procedimento sumaríssimo, o adiamento da audiência, para que a parte se pronuncie sobre documentos, somente deve ser deferido quando for absolutamente impossível a sua manifestação imediata, na mesma sessão, a critério da autoridade judicial. A prova pericial somente será produzida quando houver necessidade, por força das circunstâncias fáticas ou por imposição legal. Neste caso, o juiz deve, desde logo, nomear o perito, fixar o prazo para a realização do exame técnico e entrega do laudo e, ainda, estabelecer o objeto da perícia. Podem as partes formular quesitos e indicar assistentes técnicos, para assegurar-lhes o direito de ampla defesa, certamente no prazo assinado pelo juiz. Parece razoável o prazo de cinco (5) dias, contados da intimação do despacho de nomeação do perito, estabelecido no § 1º do art. 421, do CPC. A vedação para indicação de assistente técnico, constante do projeto de lei, aprovado no Congresso Nacional, foi vetado, em boa hora, peloPresidente da República. Diz a lei que as partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo pericial, no prazo comum de cinco (5) dias 
Sentença: segundo a Lei nº 9.957/2000, a sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, tão somente com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, ficando, porém, dispensado o relatório. Tudo indica que a legislação partiu do pressuposto de que a audiência será una, com instrução e julgamento de uma só assentada. Quando, porém, houver seccionamento da audiência, em mais de uma data, é aconselhável que o relatório da sentença deva ser feito. A intimação da sentença é realizada do mesmo modo regulado pelo art. 852, da CLT, há muito adotado nesta 8ª Região. Como se sabe, a jurisprudência do E. TST não adotou logo esta prática. Finalmente, foi editado o Enunciado nº 197, segundo qual "o prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença, conta-se de sua publicação". Por isso, as partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que for proferida, sem necessidade de expedição de nova intimação, salvo, por evidente, nos seguintes casos: revelia da parte reclamada (parte final do art. 852, da CLT); se a ata de audiência de julgamento não for juntada no prazo de 48 horas (art. 851, § 2º, da CLT); ou se a parte não estiver presente na data de encerramento da instrução, quando for designada a publicação da sentença.
Procedimentos Especiais: são os procedimentos que possuem regras especiais como o inquérito para apuração de falta grave, a ação de cumprimento, a ação de consignação
5 - Processo de conhecimento: A reclamação trabalhista / Petição inicial.
A reclamação trabalhista pode ser escrita ou verbal de acordo com o artigo art 840 da CLT.
Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§ 1º- Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.
§ 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou chefe de secretaria, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.
Reclamatória trabalhista verbal: é o comparecimento da parte a justiça do trabalho relatando os fatos e os direitos que pretende diretamente ao serventuário da justiça do trabalho que reduzirá a termo o quanto relatado. Se houver mais de 1 Vara do trabalho a parte interessada a reclamação verbal deverá ir na secretaria / cartório distribuidor e dizer que quer ajuizar uma reclamação trabalhista verbal. Esse cartório distribuidor certificará esse requerimento e indicará em qual das varas sua reclamação será procedida, devendo este comparecer perante a vara para reduzir a termo a sua reclamação verbal no prazo de 5 dias sob pena perder por 6 meses o direito de reclamar (art 786 e 731 da CLT). Essa penalidade é chamada de perempção trabalhista provisória ou temporária que consiste na perda do direito de ação por 6 meses, valendo essa pena para o mesmo reclamado e como o mesmo objeto (pedido). Outra espécie de perempção é quando o reclamante der causa ao arquivamento da reclamação trabalhista pelo não comparecimento na audiência por duas vezes seguidas.
Reclamatória trabalhista escrita: a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.
Assim não se exige na inicial trabalhista: fundamentos jurídicos do pedido, valor da causa, protesto por provas; e requerimento de citação do réu.

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