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MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto Usinagem por Torneamento Processo de Usinagem destinado à obtenção de superfícies de revolução, com o auxílio de uma ou mais ferramentas monocortantes. Para tanto, a peça gira em torno do eixo principal da máquina- ferramenta (torno), e a ferramenta se desloca simultaneamente, segundo um deslocamento coplanar com o referido eixo. Pode ser chamado de manual ou convencional, onde existe uma alta dependência do operador, e também a comando numérico, mais conhecido como CNC. MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto Operações de Torneamento MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto Operações de Torneamento Figura 1: Torneamento cilíndrico externo ou torneamento longitudinal (cilindragem): operação de torneamento onde se obtém uma geometria cilíndrica coaxial ao centro de rotação. Também pode ser interno, como mostrado na Figura 2, para geração de um tubo. Superfícies cônicas podem ser obtidas de forma similar, apenas mudando a orientação do porta-ferramentas (Figuras 4 e 5). Figura 1 Figura 2 MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto Figura 6 Operações de Torneamento Figura 6: No faceamento, o movimento da ferramenta se dá no sentido normal ao eixo de rotação da peça. Sua finalidade é obter uma superfície plana. MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto Operações de Torneamento Figura 7 Figura 7: O sangramento radial é um movimento transversal para separar o material de uma peça (corte de barras) ou para tornear uma porção bem pequena da peça, porção essa que tem que ter no mínimo a espessura da ferramenta de corte. O sangramento também pode ser axial, como mostrado na Figura 3. MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto O Torneamento longitudinal retira cavaco no DIÂMETRO da peça. O Faceamento retira cavaco no seu COMPRIMENTO da peça. MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto Tipos de Tornos Torno paralelo ou universal MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto Tipos de Tornos Torno CNC MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto Fatores para a escolha de um torno Dimensões das peças a produzir, forma, quantidade, qualidade (grau de precisão exigido), questões financeiras da empresa. MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto Ferramentas monocortantes para torneamento (bits) MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto Cinemática geral do processo Os processos de usinagem (torneamento) necessitam de um movimento relativo entre a peça e a ferramenta de corte; Os movimentos entre a ferramenta e a peça durante a usinagem são aqueles que permitem a ocorrência deste processo; MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto Por convenção, os movimentos sempre estarão ocorrendo supondo-se a peça parada e, portanto, todo movimento sendo realizado pela ferramenta; Este procedimento permite padronizar sinais algébricos aos movimentos, sempre tendo como referência a peça, facilitando o estudo desses movimentos. Cinemática geral do processo MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto Cinemática geral do processo Os movimentos podem ser classificados em ativos e passivos. Os movimentos ativos são aqueles que promovem a remoção do material ao ocorrerem. São eles: Rotação (n) MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto Cinemática geral do processo Os movimentos passivos são aqueles que não promovem a remoção do material ao ocorrerem. São eles: Movimento de ajuste: é o movimento entre a ferramenta e a peça no qual é pré-determinada a espessura da camada de material a ser removida. Em alguns processos este movimento não ocorre, pois a espessura do material a ser removido é definido pela própria geometria da ferramenta. MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto Cinemática geral do processo Movimento de correção: é o movimento entre a ferramenta e a peça, empregado para compensar alterações de posicionamento devidas, por exemplo, ao desgaste da ferramenta, variações térmicas, deformações plásticas, entre outras, que normalmente incidem durante a ocorrência do processo. Movimento de aproximação: é o movimento entre a ferramenta e a peça com o qual a ferramenta, antes do início da usinagem, é aproximada da peça. MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto Cinemática geral do processo Movimento de recuo: é o movimento entre a ferramenta e a peça, com o qual, a ferramenta, após a usinagem, é afastada da peça. Tantos os movimentos ativos como os passivos são importantes, pois a eles estão associados tempos que, somados, resultam no tempo total de fabricação (produção). A todos esses movimentos estão associados direções, sentidos, velocidades, e percursos. MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto Os percursos são considerados nas direções dos movimentos durante um tempo desejado da evolução do processo. Assim tem-se: Direção efetiva, velocidade efetiva (Ve) e percurso efetivo (le), Direção de corte, velocidade de corte (Vc) e percurso de corte (lc), Direção de avanço, velocidade de avanço (Vf) e percurso de avanço (lf). Cinemática geral do processo MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto Velocidade de corte É a velocidade resultante da rotação da ferramenta em torno da peça, onde os movimentos de corte e de avanço ocorrem concomitantemente: Vc = (π.d.n)/1000 Onde: Vc = velocidade de corte (m/min) d = diâmetro da peça (mm) n = rotaçãoda peça (eixo-árvore da máquina) (rpm) MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto 1. Rotação da peça – corte 2. Translação da ferramenta – avanço 3. Transversal da ferramenta – profundidade MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto Velocidade de avanço É dada diretamente em quantidade de deslocamento por curso. É o produto do avanço pela rotação da peça (eixo-árvore). Vf = f.n Onde: f = avanço (mm/volta) Vf = velocidade de avanço (mm/min) MEC019 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO II Prof. Dr. Carlos Renato Pagotto EXERCÍCIOS?
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