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PATRIMÔNIO IMATERIAL A REPRESENTAÇÃO DO GÊNERO NO ESPAÇO DA FOLIA DE REIS

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PATRIMÔNIO IMATERIAL: A REPRESENTAÇÃO DO GÊNERO NO ESPAÇO DA 
FOLIA DE REIS EM NOVA FRIBURGO/RJ 
 
 
DAZZI, Camila1 
DUTRA, Adriana da Rocha Silva2 
EMERICH, Luis Mateus Siqueira3 
SANCHES, Diego Bonan4 
 
 
RESUMO 
O Projeto de Extensão Identidade Cultural e Turismo – uma proposta para as Folias 
de Reis de Nova Friburgo/RJ tem como norteadores os objetivos de levantamento, 
registro e disponibilização do material coletado. A partir do viés da identificação das 
inter-relações de gênero dentro dos espaços da manifestação cultural, busca-se 
compreender o papel da mulher e seus significados com o patrimônio imaterial 
contribuindo para a disseminação e preservação da Folia de Reis. Desta forma, 
acredita-se que a identificação destes simbolismos permitirá delinear o perfil, as 
práticas dos grupos na região e suas peculiaridades possibilitando contribuir para a 
preservação do arcabouço cultural no município. 
 
Palavras-chave: Patrimônio imaterial. Gênero. Folia de Reis. Nova Friburgo 
 
 
 
1 CEFET/RJ – Campus Nova Friburgo, Historiadora da Arte, Pós-Doutoranda, CEFET/RJ, e-
mail: camiladazzi@yahoo.com.br 
2 CEFET/RJ – Campus Nova Friburgo, graduanda em Gestão de Turismo, turismóloga, e-mail: 
adrianarochaeducpatrimonial@yahoo.com.br 
3 CEFET/RJ – Campus Nova Friburgo, graduando em Gestão de Turismo, turismólogo, e-mail: 
luisiqueira_90@yahoo.com.br 
4 CEFET/RJ – Campus Nova Friburgo, graduando em Gestão de Turismo, turismólogo, e-mail: 
diegobsanches@hotmail.com 
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INTANGIBLE HERITAGE: THE REPRESENTATION OF GENDER IN THE SPACE 
OF FOLIA DE REIS IN NOVA FRIBURGO/RJ 
 
 
 
ABSTRACT 
The Extension Project Cultural Identity and Tourism - a proposal for the groups of 
Folias de Reis in the city Nova Friburgo in Rio de Janeiro, is guided by the objectives 
of the survey, registration and availability of the material collected. From the 
identification of inter gender relations within the spaces of cultural expression, we aim 
to understand the role of women and their meanings with intangible heritage 
contributing to the dissemination and preservation of Folia de Reis. Thus, it is 
believed that identification of these symbolisms will outline the profile, the practices of 
groups in the region and its peculiarities, allowing contribute to the preservation of the 
cultural structure in the city. 
 
Keywords: Intangible heritage; Gender; Folias de Reis; Nova Friburgo 
 
 
INTRODUÇÃO 
 Realizado no primeiro distrito do município de Nova Friburgoi, o projeto 
“Identidade Cultural e Turismo – uma proposta para as Folias de Reis de Nova 
Friburgo” atua junto às comunidades que abrigam Grupos de Folias de Reis, no 
distrito mais urbanizado dos oito que o compõem. De autoria da Profa. Dra. Camila 
Dazzi, conta com a parceria dos alunos do Curso Superior em Gestão de Turismo do 
CEFET/RJ - Campus Nova Friburgo, bolsistas de extensão do DIREX/CEFET/RJ. 
 Na comunidade investigada, foi identificado até o momento 06 grupos no 
primeiro distrito: Império de Olaria (Olaria), Três Reis Magos (Catarcione), Nossa 
Senhora Aparecida (Varginha), Irmandade de São Cristóvão (São Cristóvão), Unidos 
dos Três Reis (Rui Sanglard) e Folia do Andrade (Olaria). 
 Visando uma abrangência maior sobre os dados coletados juntos aos grupos 
situados na delimitação geográfica, definiu-se um processo de levantamento das 
especificidades desses grupos a partir de pesquisa em fontes primárias e 
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secundárias, complementadas com entrevistas com entidades ligadas a 
manifestação como a Associação de Grupos de Folias de Reis de Nova Friburgo e 
entidades privadas, além do tradicional jornal local “A Voz da Serra”; questionários 
quali-quantitativo; fichas segmentadas para o folião, mestre e palhaço, apoiados por 
registro audiovisual. 
 A Folia de Reis é uma celebração ao nascimento do Menino Jesus durante o 
ciclo natalino. Tradição portuguesa que refaz o caminho dos três Reis Magos em 
busca da manjedoura do Menino Jesus. Segundo o INEPAC- Instituto Estadual do 
Patrimônio Artístico e Cultural, a Folia se divide em duas fases, a “primeira [consiste 
em celebrações com saídas em Jornadaii], de 24 de Dezembro a 6 de Janeiro, 
quando cantam em louvor aos Reis Magos. A segunda, de 7 a 20 de janeiro, é 
dedicada a São Sebastião, reverenciado nas cantigas que entoam.” iii Essa 
religiosidade transcende à relação com o ciclo natalino. Movida pela fé e devoção, a 
grande maioria dos participantes buscam estreitar sua ligação com o divino. Por 
meio de pedidos e promessas feitos aos Três Reis Magos, a São Sebastião, os 
devotos têm na Bandeira o símbolo da fé, a materialização e aproximação com o 
Divino, quando a ela, reverenciam em forma de agradecimento de pedidos 
alcançados que variam desde emprego, casamentos, saúde dentre outros. Quando 
da graça alcançada, o ex-voto é depositado na Bandeira e a pessoa deve seguir 
durante sete anos a Folia. Após esse período, ela estará com o compromisso 
cumprido, não tendo mais obrigatoriedade em segui-la. Símbolo de poder e pureza, 
quando da presença da mulher na Folia, normalmente cabe a esta figura feminina 
empunhar o estandarte a frente do Grupo nas Jornadas empreendidas. 
 Nos grupos investigados do primeiro distrito em Nova Friburgo, identifica-se 
alguns pontos de tensão. Tensão esta que não se resume a lutas, pois há uma 
“convivência religiosa entre homens e mulheres, jovens e velhos, pobres e ricos, 
devotos e foliões” (GONÇALVES, 2010, p. 18) e sim à questionamentos alinhados à 
realidade sociocultural na qual os integrantes compartilham. Sendo assim, destaca-
se a presença cultural da figura feminina neste espaço, pois os grupos se 
segmentam entre o que não permite e o que permite a presença feminina de 
maneira ativa, participando nas jornadas e/ou apresentações em comemorações 
religiosas. 
 
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O ESPAÇO FEMININO NOS GRUPOS DE FOLIA DE REIS 
 A práxis do projeto busca identificar a figura da mulher e registrar sua 
presença valorada por meio de seu apoio harmônico, seja com atribuições 
cumulativas ou não, junto a manutenção dos Grupos de Folia de Reis existentes no 
município. Seja ela atuando diretamente como uma integrante do grupo ou ainda 
como um suporte nos bastidores que proporciona a organização, alimentação, a 
criação da atmosfera familiar, entre outras tarefas domésticas. 
 Considera-se aqui, segundo Porto, duas abordagens dos indícios da presença 
feminina na Folia de Reis. A primeira remonta de sua origem nas “Jornadas das 
Pastorinhas”. Defendida por alguns estudiosos, tal jornada marca a presença 
exclusiva do gênero feminino transitando seu surgimento entre os países ibéricos 
e/ou europeus: 
 
[...] eram meninas-moças que, no período litúrgico do Natal, percorriam as 
casas das famílias citadinas, pedindo esmolas para as finalidades 
assistenciais. Usavam-se graciosamente da música instrumental e vocal 
para pedir os donativos e para agradecê-los. As “Companhias de Reis” 
inicialmente eram uma revivescência, no campo, daquilo que as pastorinhas 
faziam nas cidades. Com o passar do tempo, o povo foi criando os ritos, que 
até hoje são observados com fidelidade. Enquanto que havia criatividade no 
tocante às letras, eram religiosamente conservadasas melodias, sem 
dúvida originárias do cancioneiro religioso do catolicismo ibérico. (PORTO 
apud MACHADO et. al, 2008, p. 64) 
 
Em contraposição, na segunda abordagem, ainda citando Porto, com base na 
historicidade do nascimento do Menino Jesus, a ausência da figura feminina nos 
Grupos de Folia de Reis se justifica como segue abaixo: 
 
[...] os Reis Magos não trouxeram consigo suas esposas; se os foliões 
levassem mulher na folia, estariam deturpando o sentido da representação; 
também, dizem outros, nenhuma mulher visitou o presépio de Jesus; admitir 
mulher entre os foliões, como participante, seria desviar o sentido da 
dramatização. (PORTO, 1982, p. 54) 
 
 
 Nas Folias em estudo, constata-se o posicionamento do Grupo de Folia de 
Reis Império de Olaria que não permite a participação da mulher desde a geração de 
seu avô, fundador do Grupo, comunga com a concepção anteriormente citada, 
declarada em conversa informal antes da gravação da referida entrevista, reforçada 
no trecho que segue: 
 
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Edmar: Porque a gente nunca, meu pai, meu avô, nunca gostou de mulher 
na folia. Não, por não existir, porque existe, na folia existe, são as 
“pastorinhas”. Então, mas meu pai, meu avô, a gente mesmo, que vem 
seguindo a tradição deles, a gente nunca “gostamos” de mulher na folia.iv 
 
 
 A permissão concedida, no caso da Império de Olaria, Fotografia 1, é 
somente no que tange ao suporte de atividades domésticas necessárias ao bom 
funcionamento do Grupo. Ou seja, uma divisão de tarefas com base no gênero, tais 
como, reparo das indumentárias; na confecção das refeições servidas durante os 
ensaios, nas festa de arrematev; na manutenção e asseio das fardas, da sede e do 
presépio que fica montado durante todo o ano, ou mesmo em qualquer necessidade 
que se refira às prendas domésticas. 
 
 
FOTOGRAFIA 1: Grupo de Folia Império de Olaria, majoritariamente masculina. 
Foto: Adriana Rocha 
 
 Essa separação de papéis também é abordada por Gonçalves: 
 
Ao longo do dia, muitas tarefas têm de ser realizadas e são divididas entre 
homens e mulheres. Aos homens cabe transportar todas as coisas 
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necessárias. É sua tarefa também cuidar do espaço físico da festa, o que 
envolve limpeza, checagem de instalações elétricas e hidráulicas, instalação 
da cozinha, arrumação das mesas e cadeiras etc. Muitas tarefas são 
coletivas, mas nem sempre se dão de forma harmoniosa. Às mulheres cabe 
coordenar os trabalhos da cozinha, como lavar, cortar e preparar os 
alimentos, como também servir os pratos de comida e lavar a louça, 
trabalho intenso e levado a cabo por cinco pessoas. São elas também que 
cuidam das fardas dos foliões, chapéus, toalhas e outros apetrechos. 
(BITTER apud GONÇALVES, 2010, p.11) 
 
 Também podemos notar a presença periférica feminina no cuidado com as 
crianças, principalmente quando há algum parentesco como sobrinho, neto ou outro, 
na preocupação em zelar pelo menor, uma vez que as jornadas normalmente 
ocorrem no período noturno. Interessante destacar a visão de Fontoura quando 
conceitua a atuação das mulheres “ao pesquisar a Folia de Reis de Uberaba, 
enfatiza que as pessoas que dão sustentação à festa fazem parte da Folia Invisível” 
onde a “grande maioria é de mulheres [...] responsáveis pela organização, 
preparação, mas não aparecem nos lugares públicos da festa.” (FONTOURA apud 
GONÇALVES, 2010, p. 11) 
 Em contrapartida em outro segmento, constatamos a presença feminina em 
funções como músicos tocando triângulo, afoxé, ora sendo do coro, ou como 
bandeireira. Contrário ao Grupo anteriormente citado, a Unidos dos Três Reis, exibe 
seu belo e expressivo conjunto feminino, que fica à frente da Folia, em torno de 1/3 
do total do Grupo, conforme podemos constatar abaixo (Fotografia 2). 
 
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FOTOGRAFIA 2: Grupo de Folia Unidos dos Três Reis, presença expressiva das mulheres. 
Foto: Adriana Rocha 
 
 Apesar de termos integrantes jovens do sexo feminino entre os Grupos, 
registramos uma das integrantes mais idosas que faz parte do Grupo de Folia Três 
Reis Magos, com 70 anos de idade e acompanha a Folia há mais de 50 anos, 
transitando entre instrumentos como afoxé, triângulo, bandeireira, atualmente exerce 
a também a função de contramestre. (Fotografia 3). 
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FOTOGRAFIA 3: Grupo de Folia Três Reis Magos, integrante mais idosa do grupo. 
Foto: Adriana Rocha 
 
 
 Apesar da Folia de Reis ser um espaço de predominância masculina e não 
constatarmos a expressiva participação feminina em todos os Grupos como ocorre 
com o Grupo Unidos dos Três Reis, observa-se que a fração investigada até o 
presente momento dos Grupos de Folia de Reis, nos revela que é significativo o 
percentual de mulheres nas Folias do primeiro distrito, destacando a fatia feminina 
que representa 29% do total da população apurada (Figura 1), onde 
aproximadamente 75% são maiores de 66 anos, conforme gráfico abaixo: 
 
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Figura 1: Levantamento parcial do percentual de participação do sexo feminino nos Grupos de Folias 
de Reis do 1º Distrito de Nova Friburgo/RJ 
 
 Espaço de práticas de veneração à religiosidade, à família e de sociabilidade, 
os Grupos de Folia transmitem as tradições por meio da oralidade e cada vez mais 
ganha suporte feminino em tarefas que muitas das vezes são executadas pelos 
homens, podendo ser um elemento de destaque e atração para novos integrantes. 
 
CONCLUSÃO 
 Compreende-se as Folias de Reis como uma manifestação cultural complexa. 
Segundo Vianna, "não existe cultura pura ou pureza imutável. Todas as culturas 
estão em constante transformação, suas verdades estão sempre sendo redefinidas.” 
vi, fazendo parte de uma rede sem limites, entende-se que a figura da mulher ainda 
sofre sobre o peso das tradições, mas na grande maioria, como vem ocorrendo na 
contemporaneidade, quebra os tabus impostos pela sociedade, bem como, o 
conceito de Folia Invisível, se revelando como um braço de suporte para muito além 
das paredes domésticas. 
 Portanto, o potencial feminino de atuação dentro dos Grupos de Folia pode 
ultrapassar o que atualmente observamos ser utilizado, por meio do viés lúdico, com 
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capacitação alinhada à realidade da comunidade ao qual está inserida, sendo um 
possível facilitador na inserção e preparação de jovens e crianças voltadas às 
atividades das Folias de Reis, fazendo uso de sua habilidade preexistente 
educacional. Podendo assim, ser a mulher um vetor de disseminação e preservação 
da manifestação cultural na captação de novos integrantes para além de suas 
fronteiras geográficas. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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http://revistatrip.uol.com.br/transformadores/site/homenageados/index.php?cod=54. 
Acessado em 12 de jan. de 2013. Disponível em: 
http://www.inepac.rj.gov.br/modules.php?name=Content&pa=showpage&pid=28 >, 
Acessado em: 12/01/2013. 
 
 
i
 
 O município foi criado por D. João VI, em 1818, por decreto real e colonizada por 100 
famílias suíças. Disponível em: 
<http://www.djoaovi.com.br/index.php?cmd=section:registros_historicos> Acessado em: 23 de abril de 
2012. De acordo com o IBGE, possui 182.082 habitantes. Localizado na região serrana do Estado do 
Rio de Janeiro, atualmente ostenta o título de “capital nacional da moda íntima”. Disponível em 
Revista Extendere – jan/jun 2013 http://periodicos.uern.br/index.php/extendere/index 
 
 
72 
 
 
<http://www.avozdaserra.com.br/noticia/20102/nova-friburgo-e-a-capital-da-moda-intima> Acessado 
em 21 de junho de 2012. 
ii Também conhecida como “giro”, a jornada é a visita feita às residências durante o período do 
ciclo natalino, onde as doações recebidas são afixas à Bandeira e contribuirão para a execução da 
Festa de Arremate. Disponível em: 
<http://www.inepac.rj.gov.br/modules.php?name=Content&pa=showpage&pid=28> Acesso em: 07 jul. 
2012. 
iii Disponível em: 
<http://www.inepac.rj.gov.br/modules.php?name=Content&pa=showpage&pid=28>, Acessado em: 
12/01/2013. 
iv Entrevista concedida por Carlos Ambrósio e Edmar Ambrósio no dia 16 de Maio de 2012, 
“donos” do Grupo de Folia de Reis Império de Olaria, no Bairro Olaria em Nova Friburgo/RJ. 
v Festa de arremate: evento que marca o fim da jornada/giro, com fartura de comida e bebida, 
ansiosamente aguardado pelos componentes, familiares e convidados. Disponível em: 
<http://www.cult.ufba.br/wordpress/24561.pdf> Acessado em: 07/07/2012. 
vi Hermano Vianna, Antropólogo, criador do site Overmundo. Disponível em: 
<http://revistatrip.uol.com.br/transformadores/site/homenageados/index.php?cod=54>. Acessado em 
12 de jan. de 2013.

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