Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
\.-/ (.\i ( l.\ ) - a.) PRÍMEIRÁ 'ÁJï-ì"]: (l ? Eri t€u'üvro 1984t, Gcargc Orwcü dcscrcvc quauo minìstérios através dos quais o pÂnido dctém o podcr: Ministcrio da Paz, quc trata da gucna; Ministério do A::ror, pÂra a lci e a or- dem; Ministêrio da Fanura, para lidar com os problcmas dc cscassczi Miaistério dà Vcrdade, para plancjar c cÌccutaÍ um vBsto sistema dc le- vagcm ccrçbral. Não prccisou descrcvcr um Mi- nistério da Saüdc, prcocupado com a docnça, pois jã tcmos um. , UM Ì\iODELO MÉD]CO DE SAÚDE Na inglate:'ra, nossa conccpção dc saúde bescia-sc cm nosso conhecimcnto de doença. Profissõcs rclacionedas À assisiôncia à saúdc atcndcm à prcvcnçôo, diag;róstico c tratamcnto dc docnças. As insiituiçõcs dentro do Scrviço de Saúdc (panicularmenic os nospitais-escoÌa ondc os fuluros ,'Ì'ìcmbros des profissôes são trcina- dos) se basciam no mcsmo conccjto - isio é, quc a saúCc sc ob',ém através da crradicaçào Ca docnça. Achanos dificiÌ lalar Ce saúdc scm falar de docnça po:quc nosso conce:'io Ce saúde{oi redu- zido a nrìo-dcença. Estc noccÌo cÌinìco dc saúCc modcia ncsse própria pc:'ccpçãc dc doença e nossa malcila pragmática de c:caÍar a sua cu- ra. Âlgumr.s das rcs.li:lçõcs nais irnporrantcs dc nosso sècuÌo, côÍìô o trÀnspientc dc coroçào, c aìguns cios mriorcs csfcrços do Homem, como a cnaçãc de um númerc cada vcz maior de hos- pitais cm toCo o mundo, devcm sua inspìração ao dcscjo Cc vcnccr a Coançs c aliviar o sofri. mcnto humano; mas a cl'csccntc pcricia Lccncló- gica csto fazcndo da sg-:d: um produto mccini- co. É, pois,:mponl:ic,:.;.:slisar &s cÍs:lças quc modclam rcsso conccil.o dc saúdc c Coença c que cncortram cxprcssão, cm nossa mcdicina hospitalar, crn iìossos csüios dc trabalho profis. cìôn.'  c ' -' -tqtenc:as oneto:as SAÚDE, .{T.iTUDES E..VALÕREÍ Michael \Yilson 1 tência À saúdc é vitima dc uma conlradiçÀo: - obtcÍlos saúdc erradicando a docnça. mcdida quc ÊumcntÂmos noss c8pacid8de I dcscobrir dclcitos na biologia c no compott mc:ìto hu:nsno, a complexidade da docnça cr, cc, Port&nto, dentjo dc nosso BtuÂl conceito um modcio môdico dc ssúdc - hôo hir soluç para o problerra da docnça. Um sistcma dc n dicina fundado sobrc o conhecimcnto da docn nÀo produz saúdc: conseguc apcnas dcscob mais docnças c criar ncccssidadcs a quc sup( tamcnte de\,ê &tender. Um ierviço hospitalor jamais aìcançara padrão desejado cm tcÍmos dc rccursos c p, soBÌ. Porquc, qu0nto mais prccursmos docnç tanto ma:s as cncontfamosì c crigil:rnos m instalaçõcs tecnológicas para lidar com cs: docnças c nccessitaremos mais pcssoal ccm tr nsmcnto :speciÂlizado. Graças À tecnologia n derna, nio há limitc para tnl processo, a/c r, um povo tomc consciência quc a vida è mais quc nâo cstar docntc: c trata-se dc uma opç a^,,^l^.^^ Bevc:-idge nào podcria estar mnis crrado prcdizcr que, dcpois dc at:ndido o acúmulo terior dc doença, o custÒ do Serviço Ìrlacio dc Saúd: Britânico seria dirni;ruido. Dc 19.13, o Serviço se expandiu co:lstsntcmc: vitima ìcaica dc sua própria filosofia,: ilosprrars O corjunto mais moderno dc.hospilais. Inglatcrrs, é conhccido como O Ccnrro ÌvlòdÉ impo;ianlc cxaminarmos os pÍcssupo: sobrc os quais tÂl ccntro sc bascia. O tipc hospital luc os homens conslroem, cspcìha ncntc s!3s atitudes no tocanre i vida c à mc à docnçl c b saúdc: rcvcìanj ielmcntc, t0nt( bairo c pau-a-pique, quani.o no concrc.,o c Bço, o qic o homcn pcnsa Ce si rncsmo, c. cncara a üda, o sofrimcnlo e a mortct c c( rcage i :.ociçr- s:j.l c::e:-l:.a ou :;csiÀ10( .i.ri-.:. Àr.i-:^ .-^-.r^ :-,.^-, ' Dr.;\:rc:re.j \\'ri\ojr.r::ì1 r\.::.::ic jìô Chana. Oíd.nrdo pr5ior. torno..j.j. :::;:::. r: t!:.tr:. S.t. \tr.tr:Ì C.r\ !,Illi(ìLlrìC:cr \li:!:r'cca:.).,--.:::),J ic.Cr D: R. La-h,-Í:ìcc.juc:0s.J....:-,:..:._.- _-l:-.,.,:,.. J.,^_..._ì..,. r:crCc .j3 8..:j..rj'.r:,, r..c: r:!I:.-:::: .j.:.!. ) -.oi.r.::r. /.;\ e:) fo,, fo.ti 7úí) R Efr-f,x ôEs suas causas. O hospits'l i ur,r cspclho das cren' ças sociais sobrc o Homcm na socicdede. As crcnças moidam cdillcios. O hospital constitui uma das influências so- cializantcs mais podcrosas de unt pais, compa. rÀvcl, taìvcz, aos mcios dc propaganda em scu oodcr, para transmitir ati[udcs c valorcs sobre a vida 'c a moàË. PorQúc somos huma- nbs c rcflctim'os sobrc nossa experìência, o hospítal lorna-se uma arena viva de aprendiza- do. na quaÌ o paciente rcage a algumas das cri- scs nrais agudas quc homcns c mulhcrcs têm de cnfrcntar.r Toda doçnça é um lembrctc de nossa vulneraÒ ro30e,-(.Ìu0Íóamos nosso tcsouÍo em v3sos oe oarro. Essa Íeaçao numana a expcrién- cia da doença; dq morte e da cura (cxpcriência qg!_p99e,fiz9j gu-qucbrar individuos, lamitias ou naçoes) e tao importantc que gostaria de dcs. crcvei'â tarela primordiaÌ do hospital na socic- dade, não cm termos de cura, assìstência ou pes- quisa - ainda que inqucstionavclmentc ìmpor- tantes - mas em termos de aprendizado huma- no. ou seJa: todos qusnlos partjcipln: da vida dc unr hospi- tal. Formam o que se pori.e rir chamar dc i,o cvangclho do hospitar": $) A cyrl da doença é mais. "lmportante que aasstsrcncla as pessoc-ç. Na Inglatcrra, isto trai conscqüêncius prriti, cas imcdiatas, poìs as doenças agudas - princi. palmenlc as quc metam húrcns dc meia-idadc - recebem priorìdade cÍÍt tcrmos de fundos, quardo compuadas às urjdades hospitalarcs quc ol'erecem pouca ou nenhuma espcrançÍì dc cura cÌinica - pi-incipalmcntc as unidadcs destinadas às pessoas mcnts.lmenre dCficientes, ãoa poraÀ- dorcs Cc dc*nças cmocionais pcrmÂnentes. ôu i geriatria. Teis unìdadcs tendcm a ter fundos e pcssoaÌ insuficicntesi gozam di prestigio baìxol e é ncssas. unidadcs. que.sõo cmpregados muìros mco tcos c cnleÍmclras tmlgrantcs. {p) Prover saúde 'i tarela para os especialistcs. No hospital, ccntralizamos delibcrad a nrcntc nossa atenção sobrc o pacicntc indivitlr,al. O lato dc o médico ser capaz de isolsr o pacicnrc, diagnostic:.r sua doença e concentÍar f,csquisJ detalhada c podcr tcrapêutico sobÍe uma lcsàc ou s;slema localizados, constitui grande parlc da força da mcdicina hospitalar. lmportsn(cs dcscobenas foram realizadas arrar'és du esoc- cialização em medicina e cirurgia, As dcsvantagens da cspcciaÌizaçÀo nÀo são admitidas :Ào raoidamcnte. Uma dcìas i'que I palavra "anador" torna.se uma palavra irÌrjú. Cada vcz mais deìxamos que'.os cspcci:,list:rs" laçam algo para nossa saúdc e por nos, Os pac;cnÌcs tendem a rcgrcssar por muir:rs razõcs: faz panc do proccssó da doença, Ìv,la s tambénr pcde lÂzer parte do processo dc rcajus. taqcnlo s um colapso. A âritudc lorte do prolrs. sionai hos;iralar produz irssividade no picicr:rc trrmll Yxrí19> , .\Ã!\r^üÚ- tu,\> { "A tarcfa primordiaÌ do hospiral está cmàÍ/ permitir aos pacientes, suas famÍlias e ao pes- I soal aprender, a parl.ir da experiência da doença .l) c da monc, como construir uma socicdadc sa-\ diu".' Este.jamos ou não de acorclo sobi-e sua inr.ponãncie, o processo dc aprcndizrdo, porque sÒmos humf,nos, :Ìcontccc _ e cstrj acontcccttda agora - cm hospitais. O quc rprerdcmos num hospital - css3 arent r.va dc rprcrdìzaclo? . Não c fàcil tcr em menic, para um cxamc cntrco, os-prcssupostos sobrc os quais a medici- na c.a cnfcrmagem ì:osri:.rja: se iu:damentanr. ffequentcmcnlc, ccnos p:cssupostos sào vigo- rosementc martidos ?orouc sc orcndcrn aos,a.tores, prcconccitos, ou rcaÌizaçìo cmocional cjopcssoal, dos pacientcs e Cc sc:s Íanilias. Mrstais prcssupostos são forlen:cntc transmilidos a ... I c confiençs no pÍoftssional que conhcce o seu tÍcbBlho. lsto ê pcrleitamente adequado pars muitas condiçõcs. Mas também acaba çrcr resul-i&Í cm uma socicdade cujos mcmbros cstâo clda vcz mcnos prontos a acciter qualquer rcs- DOnSabrlróadc Dor su8 DroDrrB sauoe c oue Dro- cilS-D-)çÚlnhQs .la qí:ls óc solilçloiÌ8r (oó8 c q{ÚrlçrgE!9$llg9lges0, A pc ricl a elõrçd do profissional hospitalar podc fazcr com quc a famiÌia do pacicntc se sinta supérÍìua. Afinal dc contss, pod€mos curar o paciente sem a lamilia, Poucos pacicnics são l00oó passivos. A maioria ê capaz de assumir a responsabiÌidadc de ajudar na sua Íccuperaçã0. O trabalho das conrunidades terapêuticas dernonstrou que è possivcl dar voz aos pacicntes. paia pcrmil.ir que se tofnem agcntes. O reccnte entusiasmo pclo trabaÌho de equi- pc num hospitaÌ, tào iundamental numa institui- çÀo ondc as profissõcs sc muÌtiplicam, pode le- var a umâ aparência dc poder ainda maior, sob o qual o pacicnte sc scnte esrnagaCo - e Íìenos gue o pacíente tanúén seja .tratado como um mentbro da equipe. O pcsodo fardo da ènfasc dada à mcdicina cuÍa{.iva, c a conscqücnte espccialização, poCe scr- r,isto no mundo cm dcscnlolvimento onde: "Trôs quanos da popuìação ô iural; ainda assìm Lrês quarlos dos rcc:rsos m:ciccs são gastos nls cìdadcs onric vivcnt trôs cuaiios Cos n cci- cos. Três quartos do povo iììoríc cic docnças quc podcrian scr prcvcnidrs a b3i\o cuslo c. aìnda assim, lrès quartos dos orçamcntos módi- cos sìo gastos eln scrviços cura!ivos".J Nào cxistc un rnodclo único c: nèdico, cn- [ermciro ou assistente social: nossos cstilos pro- fissionais dcvcnt adap"ar-sc ãs nccessìdadcs d:r situaçao. ondc sào praticados. I-lojc, podemos constat0r rìuc nosso csiilo mècico rão atcndc às ncccssidades da sociedadc. ê) Á ntortc e c picr coisa çe po:t Jcar:cccr oo H onrcnt, Somos uma sociedade que ienic a mortc c a rncrlicina c a cnicrmrgcnt são i:r0ucnciadas por lris tcmorcs c cxpcctal.ivas scciilis. Dcixamos píìr3 pcns:ìr Ìì3 ÍÌìor(e só no i:n út ç:c.r poiqì.:a não a nccitantos con-ro parte daquìlo quc signifi- cr scr h.lrr,rno. O pcssoal hosp:lila; si'.ua-sc no fim da linha de um..tabu social c sente a mortc coÍr.o um irrcasso. A dinámi:a -;.: g;upo è tai quc o pcssoal da cnt-crmaria tci.:',a jìudir os pa- cicntes c o médico tcnta ressusci'râí pacient.s idosos ou clinicemcnic scm espcr-riça, a poilio dc sermos lorçados a pcrgunlir: clcs cstãc rtcn- P RIM TI R,{ P^ dcndo as necessidades de quem - do pacicnre, do pessoat ou da familia? ,', A morte, o grande lato incurávei e insolúr'cì, - ê ncgada. Acreditamos que  morte domina a vida. Sartrc descrcvc vivamente em seus roman. ccs a rcsultantc lalta dc sentido quc sc cspalhou pcla vida.fA medicins ió Podc compsrtllhar esta pcrda dc ìcnridc, poir o csiilqdo módiçp é in' flucnciado pcla socicdadç c pçla çgltura çqlJcn- tclO proto;Banrcnlo dÀ vid; rlio f pgçcssarir' mcntc bom cm si mçsmg, E uma poesibilidrdc para o bcm ou para o mBl, Scr humêno è mais do que simplesnrentc cslar bcm, Nâo é culpa cio médìco se sua poderosa pcÍicia paÍa prolongar a vida biológica :raz problemas maiores para 3 humanidadc cm tcÍmos de qualidade da vida. Não e culpa sui: sc o homcm ou a mulher cuja vida salvou vile na pobreza atê uma idade sv8nçada c con uma sensação de inutilidadc. Pode ser melhot morrer jovern e vivo, do que ri- yer velho e morto. Hà maii de um sêculo, Darwin mostrou.nos o sÌgnificado Ca mortc biológica na evoluçào das espécics. Nào é o fim da vida que devcmos tcmcif mas a morte cia quolidade de nossas t'i' das aqui e agor::. "Não é estranho que os homcns possâm morrer entes quc scus corPos o façam, E que as almas das mulhercs desapareçam dc scus oihos ? '/ EIJLEXÕ':J Para ondc Íorm? É cstranho, mag é gssim",ó íì 'Vo nós; para cÌc, amtros sio aspcctos ds mcsma O conccito .iric:r cic Shaiom, lìtcralmcntc "paz", cra muito parccid,o: ., "Sbalom nÀo c algo qu. pôsss ser objctifica- do c dìvidido. |lìo i algo quc poss ser desfruta- do cm isolamcnto. ShaÌom i um acontccimcnto fgÇjal, -um cvcnto c -clftôcs ínterpessoa!s.PfCCIsa scr c:ìcontr::ao c postc cm pratrca cm sl- tuaçõcs conctctas."! -Saúde é um cor.:c o que se relaciona com a cultura de um povo.,NÃo podc ser definìdo em tcrmos Ãbsolutos, nas podê scr reccnhccido e dcscrito, À medida quc dìfcrcntcs povos procu- ram dchni-lo cm siiuaçõcs con rct8s. No cxèrcito, dâ-sc outra cxpressÀo prótica ao conccito dc saúde. Sc o indice dc docnçn dc uma unidade miÌitsÍ ouments, o comandontc vai vcrificar o_,ncral da tropa. Toma medidas gcrais para elevar o mord. Nõ.o svsliâ somentc ss con- dições dc sciviço, mas tambóm verjfica a finali- dade intcire da unidadc c laz com quc a tarcfr da unidade scja cntendida, Tralalhar para lc- vantÂr o moial è o:esultado d-úúri i:ciccpçÀo dé'doença dilercntc daqucìa do scrvifo de soú. dc, onde um &umcnto dc doençu seria enlrcnte- . do por (vamos dizcr) mais leitos hospiralarcs c inais pessoal. O trabalho dc Revans tambcm dc. monslÍou co;Ìto em diferentcs hosoitais o indicc de doença er.lre &s slunss de cnlcrmagcnr ó uln indicador dc moral alto ou baixo.e E1c ,ambó:l csludou o moral em relaçÀo a ncidentcs nas nl. n as. Nos últi::ros vintc e cinco anos, a sariJ,''pública teve influência prolunda cm noss0s idèias sobre saúde. Mostrou quc a saúdc não só tcm uma 1jn9ns,Ç93-9.ç!al, mas, quondo rclacio- nada ão abastccimento de agua, À alimentaçÀo c v ircin ação ccnpulsóri o, tcnr um a dimensõo_poli- ti9. a.,Á Qu"stio dc prioridadcs lcvanta-quõõcs de escolho pa!itica: escolha, porque t)ossos rccur- sos são Iìmirados; polÍtica, porquc r srúclc diz rcs- pcito à quaÌiC:de dc noss3 \idt cn colctìviijrdc. familìa, vizin.:rnça, país c nrurrrjo ìntciro, Da mesita mancira, e durantc o ntcsnto pcriodo, os psiquiatras introduz.iram um novo Ìcquc de crítêios para a avsÌiaçào do bem-cstar individuai c scciaj. Devcnìos ogora incluìr r/btt.r-: res intersxssJ:is tais corro acciiação ou prõcon. ccito, caprcic.rde de âdsptaçÀo À mudança so. cial, stitudcs cm rclaçÀo ò vclhice c À monc c a estabiliCade dc casB.mcnto e Ca vida lamilirr em nossa avaliaçJ,o da saúdc dc urna socicdadc.iPo- demos dizcr._uc cstcs critérjos contêm prcssu- postos óticos. ,.. 7 Em lcrmoo sociei6, uma socicdadc pÕdê . "m&18l" (podc uator dc um nodr quc stgniíìque r:onc) aquclcs quc dcssprovs, aquclcs quc Ic- '. mc, aqucÌcs paÍ qucm 6c s€Ìtc amcÂçada':!! A mcdici- scnvolvimcnto de atitudcs sociais cm rclação sos docntcs, dos quc sc afastam do normaÌ, e cm rclação à mortc. Estcs são alguns dos prcssuposlos quc subli- nham nossos csúlos profissionais dc assistência À saúdc no mundo ocidcnta.l. Como dciramos dc cxaminar criúcamentc cssas idôias, c)as sÀ.o transmiúdas sorrateirsmcntc àquelcs quc to- mam paÍtc na vida dc um hospitaÌ c, através de' ìcs, à socicciadc. ' Falamos do hospitel cono uma arcna viva dc aprcndizado. Dcscrcvcmos slgumes das li- çòcs quc cstio scndo aprcndìcias c, sobretudo, a ìdêìa dc quc a saúdc dcve scr obtida pelo crradi- caçÀo da doença. Isto é pura iiusào, mas podc scr muito dificil pcrcebcr a situaçÀo cm outros tcrmos. Nossr pcrccpçào, nossa Linguagcml nossas instituiçòcs c cstrlos dc assisténcia ri saú. ' dc sÀo nroldados scaundo o modelo môdico dc I saúdc. Prccisamos pcrguntsr: O quc ó, cntão, a l saúdc? Como cntendcmos docnça sc baseamos nóssó coíhccimcnto dc doclça em função de nossa conccpçõo de saúde, ac invès de ncsso conhecimcnto de saúde bascar-sc cm lunçâo dc nossa concepção dc docnça?. Que implicaçòes práticas trarà para os hospitaìs uma r.aÍ mudan- ça profunda dc conceitos ? SAÚDE Em di,'crcntcs ôpocas e.m difercntcs cultu- ras, os homens cncarâram a saúde Ce !-orma di- lclentc, É unra p:lovie quc cx;):cssou s man:irl p:la quaJ um povo vô o que se pode:ia chamar dc "uma vida boa". "Á conccpção dc ssúde dc indigcna é nuito dilcrcnte da nossa. Pa.ra cìc, seúdc è sinal de u;na rclaçÀo corrcta cntrc o Ì-.c:-:cr:r c scu meio- ambjentc: scu smbicntc supcrnaturai, o mundo què o ccrca c seus companhciros. A saúdc ó as- sociada com o bcm, a bênção c a bclcza: tudc o quc tcm valorposiüvo na vìda... O indio nâo laz a disúnção cntrc rcligião c nrcdicina como L i.I- tu cio n ou cxccuc eo. os ma os prctos, os os os o3 mcntÂlmcntc l0 f -; A saúdc é, ponanto, situacionBl: ou scja, cs- : ta relacionaCa Àquilo quc um povo acrcdits.ierì a integralidadc da üda. E, Âo procurar a saúdc, f dcvcm cscoihcr entrc difercnles fatorcs cm um/ mundo dc rccursos limitados. I 1qy(-!; portan-\ to, umo arte étlco-potírlc,g. . Em scu trãbalho dc pcsquisa sobrc insatisfa- çÀo no trabaiho na indústria, Herlzbcrg distin- guiu (mas não scparou) dois conjuntos dc fato' rcs.r0 A insatislação no tÍabalho estava Íelacio- nada às condiçôcs sob as quais o trsbaìho cra lcito - salÀrios, rcfcitórios, tcmpo dc descanso, c assim por di&ntc. Estes fatores cram reccnhc- cidos por clc como os quc prctnchiam as ncccssi. dadcs biológicas básicos do trsbalhador. Cha- mou-os de,fatores de Áddo. A satisfação no tra- balho eslava rcÌacionada a un conjunto de [ato- res mais dificcis dc avaliar e relacionados à na- turczr do trabalho: se o trabaÌhador comparti- lhava da tomada de decisões ou n:ìo; se o traba- Ihador sc scntia rcalizado no traoalho e tinha possibilidadc tlc promoção; o ripo dc lìderança. Elc chamou cstcs fâtoÍcs Cc fatorcs de Ábraào(porquc Abraão cra umI pessor muito mais ,trcnturcira, n:is in'.cgreln-.c;rtc it:nan: do quc /,dâo).!E es:cs fr:lrcs cs:ào :cla:ionaCos não somcntc às nc.:css:C:des do iior.::.-. ;omo crir- tura, mas também ao Hcmcm cncugnto Ho- mem. _J Da mesrna lorma ha toda uma gama dc fa- torcs de Adão c Ce Abraão em relação â saúdc que podcmos dcscrever. Exis'.cm as necessida- des dc Adão Co ÌJomcm por higìene básica - comida, água, abrigo, vcstuário - e, entre cstcs fatorcs, dcvcmos incluir n nÀodocnça. Ertc é c contcxto social.-maior d:;:Uo do-qual 692rperi. Ìrlos por nossss nccessid0dcs bìológiçar !ásicas, tais como agricultura, habitação, cuidadoícor.r o mcio-ambicnt:, Água, transpone c inatruçàoi Todos cÌcs, a.lénr do bcm-cstar, vÀo ao cncontrd dc nossa seúsleção biológica. É içntro-desrel quc_sgmos .ricos; mas a riguci," não gara.rte -4 saúdc ou moÍÂj.-al-t-q, O Homem não podc víver só de pão. Exis- lcm tamÉm as nccessidades de Abraão do Ho- mcm quc c-stÂo rclacionadss à har-monlr -iq1e1- r pcsso nJ, rcs pon s abilidadC, óüìEyp-eJrsTEÃõ ds_vi{a, dignidadc humara, comunicação c sa. c1jfi c.ìo.íNa Grã-Brctanhs, já cstamos ssii sdos em matÈria dc provisão de nossas necessidades dc Adão; ainda assim, algumas vezes falamos dc uma socicdade docnte, Em uma aldeia africa- nr, podc havcr um fardo pesado de doenças pa- rasitârias c outras, quase nenhuma provisão de higienc; ainda rssim, as pessoas se sobressaem por duas coisss: sua gcnerosidadc com os es- LirnSos ao co::.partt,lharem o pouco_que têm c sua capacidade de celebrar c Cançar: Estes po- dcnr scr dois Ccs critêrios da saúde dì um oovo. E sugerem B p€:gunts: Quanta hígiene básica è neccsscjria parc tornu a saúde possíve!? Faço' dclibcradamc:r ic s pergunt dcsta maneir por, quc a saúCc ó ri.ais ou menos como côntar urnl piada. Não poccmos tcr certcza dc que as pes- soas vâo rii. Da mcsma maneira, podcmos pro- ver as neccssidaCes básicas de higiéne de um po. vo. mas não podemos lcr ceneza de que será la- dio. A saide vJ:Ìt como uma surprcsar coÍÌo urn piesenle, e cstá elém do nosso planejamento. DOENÇi\ A Iuz do qu: dissemos sobre saúde, quc coi. sas noï3s podcn scr dilas sobre doença? E conhecic; que muita doença na rcalidrde é dccorrència Co relacionamento interpessoal compromeiido;ra familia. Agora há hospiraìs que admilcm a ismilia toda e nào somente o in- dividuo penurb:do. Ou, melhor ainda, mandam um profissi:na. pars tratar da srtuaçào domèsti- ca onde se ori;ina a doença. A docnça pode ainda ser vista corÌìJ uml lorma Cc Ín:n:aBcm social. \Em nreu próprio hospird na ÁÍÌ;cJ, trôs das docnç:s mais co- muns crarn a dcsnutríção, a doença venérea e a tuberculose. Eram encontr&das em Iavradores dos Tcrrirórios Nortistas, que desciam mil mi- lhas para procuiar uabalho no sul. Eram explo- rados co;no m;o,de-obra temporária e 3s suds doençss cram sintornáticas dc çnbreza, amon- toamcnio c sclaração da familia. PRIMÈIRÀ . ::.- Rf,.FlExÕÈ3 ÌÌ A docnça Co "Stress" tarrìbém pode ser mc- ihoÍ enicndida cm iermos sociais, cm vcz dc cm tcrmos individuaìs, como uma forma dc mcnsa. gem soci3l que cxistc c..1 indi\'íduos, cr3mando a :rtenção paÍa um estilo docntio de yida. "Todcs companilhamos cste sofrimcn ro. embora só atinja delerminadas pcssoas".rr Suicidio, acidentcs, obesidade e lumo, csscs latores que aparecem nâ presente mà saúdc da nação c quc contêm um elc;ncnto Cc rcsponsabi- Ìidar.lc pcssoal, podem scr vistos como ìndicado. rcs do moral. '- Há provas c1e quc, quando falamos dc clocn- ça, cstamos dcscrcvcndo um complcxo dc rcl- çõcs humànas (a uma situação), da qual a pato. ìogìa do corpo é apcnas uma- Estudos mostra- Íam quc unì grande número dc pessoas que cs. tão bcn.: - funcionaln:c:r,,,: - dcmonstram os mcsmos tipos dc patoic8ie do corpo quc outros quc cstão docntcs no hospital. Igualmcntc im- ponantes são as razòcs .Dorquc as pcssoas adoc- ccm. Zola, por exempìo, dcscrcvcu dilercaças pessoais, sociais c raciais cor,ro rnotivôs dc si" nais fisicos.r1 E se um mèdico lrata somente  patologir, scn dcscobiir porquc o pacicnrc tìcou docnle,.o paciente niu:to prova,,,clmcntc inter- romp€ra scu Lralamento c o méCicO pcrdeu uma oportunidadc dc most;ar sua snc. Hâ ainda, ncstrì rnaÍlcira mais ampÌa dc cn. carar s docnçtr, urnt rcjcìçã.o prolunda ô crpc- riència ds Cocnça, a cxpcriència dolorosa, ao io. frimento, como intrìns€camcnte mal. McMurray cscreveu: - ' I "NÀo é possivel dcscnvolver a capacìdadc I 'er a bel:za scm descnvolver também a crpr.\llãc ver a bel:za scm descnvolver rambém a capa. cidade dc ver a feiura, pois 6À0 B.mcsma cÂpaci- dade. A capacidadc pair a alcgria ê tBmbèm rr capacidade pars B dor. Lago descobrimos quc qualqueÍ eumenlo dc nossa sensibilidade ao quc é belo no rrundo aumenta tambêm nossa cepa- cìdacie dc nos msEos.Ímos. Estc o dilcrna cn q'.;c /i. ...1 -!4u nos colocou."tl Não é um apeÌo para que nos rcsignc:1ìcs antc a-docnça; scria trair o csforço hLrmano. Mas ê um apeÌo para quc distins;ìnlos cr(rc so friagn toìiì tiúi vô-ã ôri aii v o : p a r a u nr C ì a g n ós. tií;Fiiï j:õiJÍido Ì1o lugar qJc ocupn,l : dor c ò sofrìlter. o para alcançor unr humnni::r,snl.r maior, A s.rúdc inclui o sofrinrcnro cont() urììiÌ mlncirã c::ativa d-e ìiciarnros com scn(in.ìcÌì:o:, hostìs e dcstrutivos. Parccc mcsnìo quÈ il pro pria existôncia dc uma socicdadc sadia cxigc q',rô alguns csicjam prontos a ngücntt: es con.c qüôncias da inscnsalci, sua e dos ouiros. ciìric. gando os l'ardos.uns dos outrcs. "N,e_vcrdade, não é possivel havcr se..rCc complcta scm partilhar o; fardos dn docnça, dc modo quc .,l rn scrviço de saúdc pcrÍ-ciio. ondt o trc-inamcnto, organizaçãr c ccìuip:t:ììjr::o J j;ì bassem totâlmentc com â ncccssidad('dc:!u(o sacrificjo, è uma impossibilidadc lógìca. ''. Os hospitaìs já nio conseguem cnlrcnir^r trs problemas que lhcs são aprcscntadcs. llà unl muïánça nc padrâo de d.-.cnça. Um Ccscnlclvr mcnto quc vcm sc dcstrcando cm nossJ so_i: dadc nos uìtimos vin(e anos tcm sido o crcscì mcnto de srcicdadcs de amparo. tsis conto: ,,\ I coólatras Ânônimos, Os Stmnritsnos (para sui cidas), a Fralcrnirrdc Rìchr:rond (prro tìocrrç;r emocional), o Gingcrbrcrd (plra fumilirs orLjc falta a mãc ou o p]i). os Cirìncm (para vadris vagabundos). ToCas estns socicdarJcs forncccn: assistõncia inCividual a lonro prazo. É conr,r s, pcssoaS qLrc pÍocuram urrr nroclclo pcssotrl .1r cura sc Iibcnasscn. Prccisrntos du tccnologil. mas, tambim. prccisamìììns -rlõs.-õ11t ros.II Devcrnos lcvar a sério a dcsarmonia iocir da qual a Ccença do "Strcss"ó uú sintonra. Dc vemos ajucar o pacientc ern sua farniÌia c situ.r. ção dc lrabalho paÍa quc clc obtcnha uma novr. cor.rprec:.s::. e prccisamos Car ::oio condnuo . mcdida quc o pacicntc assimila o que frcqücn:c mcnte è una experiência doÌorosa. i, .r' ) '$ij r I NIÈ, i', t: A csta aìtura prccisemos mudÂr nossa p'cr- ccpçÃo dc docnça, A docnça tcm voz própria. Precisamos passar dc ideias dc [erspis para idèias dc aprcndizadci., A docnça ó uma cxpc- riêncìa de aprcndi".ado. E a pálavra "doutor" significa " prolcssor", ' Numa comunidsde tcrapcutica, o rnêdico jô podc scr üsto cm scu papcl dc intêrprctc e pro' fcssor. Na Nig"cria, Moricà dcmonstrou como um médico podc scr princiialmcntc um profcs' sor.Ìô Em scu posto Pat& menorcs dc 5 anos, o mcdìco é um profcssor quc apoia a atcndcnte cm scu ttabBlho ciinico c cducscional face a facc com a mÃc e g criança. Um cxPeÍimcnto muito scmcihantc na ìnglatcrra é o trabalho da cnfcrmcirs, comunitôria, quc è capaz de drar uma grandc panc do trabalho dc assistência pri' mária dos ombros do mêdìco.r? E nossa visita' Agora cncontromos a docnça quc pÍccisl scr suportadÂi rjoenca cbm'd qual Precisamos aprender, enlcnCcr c lutar para chcgar à saúdci, doença cono um sr,nrorha dc moléstia sociaÌ;[ doença com quc prccissmps Ìidar e pora issoì nõo neccssitamos'somcntc'de tccnolo8iÂ, mss, üns dos outros. A dlcnçB não é ncccss0rtamcntel a inimiga da saúdc. ' Dc -quÀnto disse sobrc saúdc c docnçn, dcri ' v8.m certa.s i[rpircaçõcs de ordcm prótica. Apc' sar de nossa preltrència cultur8l por soluçòcs rápidas individuais, não cxistcm, na vcrdadc, tais soluçòcs. Em vcz disso, hô muitas Pcqucnos sugcstòcs o screm implsntÂdas cm uma frcnic mais ampla. I IMPLICAçÕES DE ORDEM PRÁTICA i! Prccisamos remodelar nossos crettças sobre saúdc e nossa concepçôo de doença. A rc' lormulaçâo de crcnças c atitudes ó Íundantcntni se quiscrmos cscapar às côntÍsdiçõcs incrcnles aos nosscs s:rviços de saúdc quc csrão incxora' velmen(c aurncn(lìndo cm tamsnho c custo. M as. :lén dos farorcs financci:os, ç!Jl!Ut) soas, preciscmos, u-.? g_-l (_ì_rx ír iJ., iü colx/:( J iir' c:!g!!lct Ln csÍila dc sctìdc tlut los:d tt\t|tItt' tlosSo huÌÌtAÌ11lerl5/nO- lStO rcq!cr unìír rìoríì PR!ì1i.-. pcssoa. Sono.s lclts - juntos - sadios t :: Íes. Deve scr 3stlÒc::::ida uBrB hÂrmonis i:.ì::: SC qulselmoS Sër s:rütOS. perspcctiva: somos pa rciaìmcn tc rcsponsivcis pclo todo, não sorncntc por unìiì plÍtc. 'Q Os rn:dìcos, em oarticuÌar, estão cnfrcrì. lando uma crise Ce iCertidad('profissioniìl. Sc (l trabalho dc um médico precisa ser cncara<Jcr como equilib:io cntrc teqapia e ensino, cnriÌo ho.je, no Ocidc;ttc, o pênduìo deve pcnder para c cnsinõ. Os médicos, panicularmente no nrunCcr cm dcscnvoÌvimcnto, já cstão cnfrcntanrjr: cslc problema co:l coragen.Ì. O quc isto:ignilìca na prática foi relatado poÍ um cirurgiio, trcìnadc nos EUA, qÌr3 trâbelhou em ur':ra regiÀo rural dr Coróia.re No mundo ocìdcntal, as mudanças cxigidas não sào n:cnos prc:ìndas. Partc dcsta mudança dcpende dc uma nova avaìiaçàcr r.1o papcl da ass:slcntc social c da cnfcrnrcira quc. cm muitas esfcras, sào capazes dc trabullìrr cono colcgss de módicos cm vci de a.judantcs. i3) Une rova consciència do papcl dct lws. pítal na e:tucação ptra a saúde nío signilìca ;r introdução imediata de um novo tipo de unirlldc eiucecìonal. Signilìca/a:cr uso dos opo r t u n idu. des existentes para q11vü.convcrsar c debatcr em 8ru3gs. O irabalho dos..psiquiatras r:rs co riìox:dtCcs lcrapèuricrs irrlica c tìpo ic rc- aÌização conìlnta cm quc lanto o prssorl, co. Ninguin pocJe prever ccr clarcza como iÍão sc Ccsenvoìver os sistcnas de saúde do mundo ccidcnle.l. Estamcs ai:rvessando umf, clisc c, vcl uÍn passo adiantc,;, provavelmente, tudo o que podcmos espcrar. Estào surgindo mudanças filosolìcas irnponantes. Tcntci indi. car sua foimr.. Fundanrcntal:icntc, crcic quc nossas crcnças sob:'c a naturcta do bem c do mal csião cnvolviCas. O inc:ivel availço da ciên- cia c da tcciologia médica desdc a úÌrima guerra tem fornccido rcCo tipo de csrimulo áqueles quc cncaram a Coclça como algo o scr vcncido - /urr,a ininiga da humanjdaCc. E, paia aliviar o 7 soliimenio hunano, continrjaicmos â curaÍ,l Opc;:r, tÍai3i c IulsJ Jon(r3 a ooenç3. a.pcsa: de I cstarmos ficarCo.cada vez ::ids in:canizados1 nestc cart ola. ' CoÍI o dcsaprrccific;rto Cas infccçòcs co. nuns e Ccc,;ça üpareceu em tnt nível mais pro- fundo da pcssoa, especiclnente na "relação do eu". A maior pa;ic das docnças nào podc agora sei vista corno algo que possa scr curado, cxor'- cizado ou falado como e::tidai: scoaràvcl da aveÌs cm sìtu3çocs scm cnsc,' /Á)RE:LEXÔES \y ll mJ os paciçnrcs oüvcm c âprcndcm juntos.Os lti 93"1ç: dcntro dc sir..:cmcs q)c tonto o Scn-.i,rârios da Dra. KuCbltr-ROsS com pacientes PcssoÂl quanÌo. lBclcntcs-. Po,lcr:1 tolcrar. i a mcribundos demonstraram quc, frcqüentemen- 9Pl9l1!Tos muÌ"o :loDre doençrs moldedss por tc, : o pacientc quem tcm aJ g-o a cnsinar ao pe-s' lnstltulçocs' sce!; imbos apìendcih juntos.ro A -cducaçÀo !) Uma vez Cado o ìon'céito mais amplo dcprrà a saúdc nÃo ó simpìcsmcnle um cxtr8 a saúde.na sociedaJe, podc ser concedido 8o scr- . ie. acrcscentado por aqucles quc gostam desle viço dc saúde autoridade própiia no campo da tipo de coisa. É u ptópìiu cssència dc saúdc e prevenção, diagnóstico e t?trr:ento da docnça. docnça dcntroda $oÌuçÃo do honcmi, Mas o planeJamenla.de saüdc te er:ce à socíe- . dade em lermos mais amplos. Ptlra debâlcr saú- ,&' de, prccisam eslar presentcs, nlém das prolìs' --" '---;@ - ffi. sôes hospitalarcs, donas de casa, artislas, sncct'Á dòtes, prolesso:es, especinÌistas no mcio' ffi ambientc, arquitclos, lide:es da indústria. c as' .Ï sim por diante. De;:tro dcstc conlexto, s tccno' S togir hospitaìar ici'nB-sc um bom nuxilio a scr / usado em cscaìa humana, d: n:eneira rdrptr' l du uot critérios da socicdodc. Na relisao tjo ':- Serviço de Saúdc, na [ngla:crra, nomcíìmos .P Consôlhos de Saüdc Comu-nitária Iocris cont o { proÉsilo dc dar voz ao público. i 6) Dois mécicos de clínicr gcrrl do Rcilt] Unido passaran tod:s as noitcs de quintl-fcir:t.1 no vcrÀo passrC:, cncontranclo-sc com um qrulffi ï:ïffi*ftil"i*ftft'*ïïr.ïïitrÍiffife*"re5ryp'ffiffifi ià.!-ã."*i" rer.:Ì o pÍojcro dc um ccn(ro tic . --..r- '*p,Ëffi saúJc ú indic:c.r: sensiveÌ clo 1:c cnrcn.lcnr,,, , Toda vez quc um mèdico tcm contaio con'ì atÍàs c nosscs modcrnos cenrros dc saúdc são i ,\1. pacicn',cs c fa.nilirs, existe una:pc::uniCedc dc bei:r oiierentcs :nr objetivo c cstrut:rrr.rr f-,,m ] "/' ap:cndizado J3 prorts. O pcsso:l :os,hos?rÌars ccntro mudcrno è umi policlirrici,.b.:;rì cquin:. 1 ì$dc oprendcr corn 3 sua exrri!l::3,91d?:lça dr pa:a o dirgr:ósrico. prevcnção"e'rrr,.n,.,,,n ,'- c da morle como cônstruir uma so:iedacc sadia. dc àoenças. o c.ntro áe Srúi. antigo cra un, {A imponância co s_crviço dc saúdc,como ccntro familiar, equipado conr bibÌioicca. pisci. : . uma fontc .dc inf-ormação para a sociedadc è n". rcstaurante. calco e árens tic recrcnciLo. Scu , . por "saúdc". O Centro de Saude (q -ì0 anos\.:.- - '" '* por ..srúdc". O Centro de Saucje dc -ì . :"': ':"'' .]- "":""'v"' ' n3. rcstaur3ntc. palco c árc:rs rJc recrc:rçÌo. Scubastanlc evrócn'.c. A rÍìlormaçao ro5t. :t,a]lj? objcri,..o.era au:ncnliìr a qurÌrcl:Ldc dc virjr crn ' mas c sinais do què csti crrldo cm :rma socieda urlì'"r.u dcspr:r.rìegiada. O Ì b.rrrtôrio rr.óLiico ; de podc ser mr:: inponantc do qJc trat:r eslcs ajudevr a alcar.çar esse finr. 1 : "]:Li:J-r.: :19neo prgzo, ryde:iam escondcr -'"ïa, so Ìtos:as cretryos r.ltternirtart ttossos\| :^q:::]::: I'i:: lPl:i?'ilil:': d: 9::"!": construções, müs tatÌ,Lint ,,,,,o, .o,,.,,,.ì,iu-.i'ri qe )trcss nolc cm dr3 c um arrsJ soct.3l quc dr:terniinam no:scs crinças,r' A fo:mu dc urlt lnão devc scr simplcsmcnteresolvico ou levado i."ìr" a. saúde inlìuencia a-alitudc c s pcrccp-para longc da vista e da mentc. ;;;';aqueìes que o usam e o encaram conìo .,ì) Incvìra'clmcnte, csrc '.ipc cc conóepção paíc dc sua filosofia sobrc saúcc. Formas no , de docnça cnvolvcrá ur-J3 nova ô;:lase sobre. r vaj podem inlìuenciar a aiirude das pcssoas.ij assis!éÌtcia pr:naria dc pacicrtts '.: comunída. -'\ de, O trabalho de Baìint nos ri'tos!,cu como pa- ,.?) CaplantJ iescrcve as pcssoas na socieda. ciCitc e módìco modclanr cnire si c cuíso e o re- dc a' quem charììa Cc portcdores de cylruro. Es' sull.ado dc uma doença.:r E no cstãgio inìcial, sãíi ãc ocsso:s chave na vida ÌocaÌ da rua. ci- quando um pacicnte ainda cstá cn scu próprio dade e hospital. cuja conversa e Btitudcs for- contcxto c quando a docnça a.:nda cstâ ieÌativa. mam a opinião pública. Tais pcssoas scrir.m o mcnlc v&ga, quc o cntcndimcrìro 2cde scr maìs ponto dc paniC3 de quaÌqucr mudança de con- lundarncntal, ê. hospileiização tcndc a enrijeccr ccìtos. -"\ l{ Os voluntarios de hospita.l e serviços filan- trópicos da comunidadc podem, d mesma ma- ncira, scrvir de cstimulo cm sua comunidadc, Hoje, por pouco não tc$os quc fazcr um curso dc treinamcnto antes de podcrmos visitar nossa avô! Devcria ser possivel liberar uma boa partc dos voluntÀrios e cnviri.los de voÌta à comunida- dc com a simples determinação dc serem bons .vizinhos c nuncs accitarem outrs denominação, ,8) Vaìe a pena aprofundar a pesquisa rel-e- rcntè à rclaçào que cxiste cntrc os indiccs dc mo- ral alto c docnça (obscrvada no exército e nas cscolas de cnfcrmagem). Dois fatores são im- portânles, o tamanho da unidade, instituição ou comunidade c o tipo de lidcrança. Tendo opor- tunidade dc en(cnder c partilhar da responsabili- dade pe)a tarefa da instituição ou comunidade as pessoas tanrbênr atribuern maior signiftcado a sua prôprir vida. Ao sclccicnar o assunto do moral pÂra uma ' pcsquisa mais ampla, fi2, obvìamente, uma cs. colha ctica: poÍlanto . . . ç9) Corno a saúde é assunto que cnvolvc a escolha de vaJorcs, a sensibilidade étÌca e exigi. da para que uma comunidade cresç4.. Seriì os v:rlorcs ó!icos : srúdc tornl-sc uma petcca mè- dica ou politica. T.S. Eìiot cscrcvcu: FRITÍT:IRA P,r Â;:-'\ "A primcira afirmação irnpòÍtantc ê a de que ncnhuma cuilura cparoc:u ou se descnvol- veu a nÀo serjunto ccm uma religião: de a.cordo com o ponto de vista do observador, a cultura parecerá o produto da religião ou a religiÀo o produto ds cuitura",zó O relacionamento cntre religião e cultura forncce a basc fundamental Éara fazermos esco- lhas êticas: tambem pÍopoÍciona uma visão Íu- tura que dá direção ao nosso úabalho atual. Precisn-mos dc docentcs (ou atè de uma Cadei- ' ra) para um assunto como Saúde e Yalores Hu' mano.t, mas, nelhor ainda, homens e mulhcres j que cslejam alcrtas a questõcs éticas e que fl- | rÀo, dentro de sua profissão atual, Pcrguntas cu' I cas sobre scu trabalho. \ É fácil cair na situação cm que tentanros h- \ zcr com que fatos clinicos ou financeiros tontcm as decisões poi nós; este é outro nome parí o comodismo, "À própril cssência da maioÍia das reli- giõcs... équc provórn aúnicaaltcrnativa s:rtis- lalória ao comodismo ao fazermos julgarnentos e tomaÍmos d,:cisões sobre sssuntos importan. Les que cada gcração tem de enfrcntar".lr Eu diria que B pcrgunta mais importan(e que temos de enfrc:rtar hoje cm dia é: O que querc' mos dizcr qua:dc dizemos Saúde?I! O que en' tcn d cmos por saúdc? 8l!Ltoc8.^t:l^ { Ì. Ccortr OÍecÌ), ,l95{, (Pc:rguin). ì95,í. 2. Dorì:Ìld À{!crrllÌ! ,'lìc lnÍrnjr} cÍ iì:cìsnd', in N.l/.S. Rtottonirctìoa: !tstc! & Protpcctt, cd. K. SsJna.rd & K. Lac,(Nuflìcld CcnÍc Íor !!cBjrh Scniccs Sludics. Unitcrriry of L-ccd!), I 9 ì.1. I. xii. L T.D. !lunr.r. Sclf.run tlo!pil!l!, ^e}i .Soci../,r. Scpl.lírh. 196 ì. pt. J-\ó-1i3.\ .1. ì!'Í. wilÍor, iir. Prirìì!.y TsrL cÍ i"\c Ì{ospirai', n. //oÍl.irol, VoÌ óó. Ocr. l9?0, p. laó.{ J. D. Iloric), q.icl.d by M. Kirì!,'lícdicirìc in Rcd Âid Bluc, 71. Lo.i.;. lçl:. Vol. l. No ì;lj, p. óì9. 6. wÂlr.r J3:Ìì33 Turt1cr, R.li3cjoi. Cxferd Dae* ol,.,to. dcrn l'crsc, cd. \\'.iì. ìc!(s. 19i6. No lSt. + L MdrSrÍc.J RcÂd, C!1lur.. ,9.ô,ln d rrrccje, (Tsvis. tocir, l9óó. p. 15. 3. J.C. Í)0!i:r.,lb.rÀi d ,^íirrjr.. (S.C ),1.j :9ó6, r. tl0. - 9 J Iic\ i:ì\. I I) .çrcr,lõri..,,.,,'.t :.,.::,-. :a U.p.). : çsr. {:) ,c!:oÌìoi l^lrltjtl Saftt.t Conftu:t:1. lfOSir.r, Lo:rior;. lÇóJ. p. 3.1. 'r' i0. l'. l:.rl.i:ri. il"t\ cx!:\.:.'.-'ii.-...'.'.i:x. lS::-cr PÍc5s). l9ó 9. - IL C. Brllr', Co..Íiìcnls oa trn !JCr:rs'ltìicss & Hcnt(h in llìc Conm!nitt of ÀÍÂnkind". Srrr-/r.lincornrcr, (World Council oÍ Chu:cl:c!), l!55. \'oì, ll, 3, p. i5l. . l?. LK. Zoii. l,!t::wrls ro tIc do:loí - fron pcrron ro p0. trcnr'. so.r'cl S!i.... J. Lredicií.. I, it;j, pp. 6i?.ó59.( ll. J, l\ÍcljuíÍrv.lcctan & Etatlar,(F^l'.r). 193J. p.i6, - I1. R.^. !ii,1)c::i.3, QJol3,.r.i1 .rl l:ic:J: picSô5Ì} fío.n { 15. M. Wilron.'Violcncc lnd non vioìcncc in th..ÌrÍc oÍ dr &Ãrr rnd thc hcrlr::; cl pericnt:'.7)la Ch iun Ctì,tut.\,19ltJ. 8Ì, :{, p. lJó. I6. D. Iloílcy. P..diotri. Ptiotìtì.s in !h. Drtelapit:E il'orld, (Bulrcr\{oíì). l9ll, Chsp. 19. ll. W. SrÍìilh h J.B. O Dono!Â...'Tìc Prscijcc Nu.rc -  ncrv Lool'. B.l!:tl tleCìtu| Jor.Rol, l2 Drc. l9?0. p. a.ó'ìt. tE. J.j,1. Cl!ri. ,1 Fcn,ii) t'isìrct,lRoy rl Coltcac ol't'l,:r !in6, Lofdoo). l9ì1. ' 19. J.R. Sì5le;. 'Tlc liojc Do Projc:r - trosrcss & ProDlcaìr', Cc,ra.-i, No. 5 (Chrisrisn M.3rcÂt Colnmr5sron.\\oí:d Co!rcii ol ahur.5:5), I9l'. rU. !.. lial.:'...r!s. i)a DcüLh d D.rilÌÍ,(T3vista(l). lç6'j!?1. M. E:i:it. The Doctot, Hit Poticnt ann Thc 1l!rc!:.(Pirn!n )''l c C cel) :95j. ll. T. Cull ór .\. Biíd.'Paticnt doctoí scr,;nzí\'.Jortco! t'/ t)".t Aè;a! Ccl!cSt '"'C.Ìt(tcl Prcctttit n('r. l9l,í. 1,1. p. :il : J0. :1. L.11. CÍoc;..r & l.H. Pcsrsc. The Ptcíham E4erbtnt.(Sir llsllc; Slcr*rr: Tíu5t PublicaLjon. Àlicn & Unqrn), lt;j. 1.1. I'í- wilrcn. T^2 Hotpital - o I'1o.. of 1'r,r t h. lt asti.,!t. l'oí lhc Slìrdy oí Jr'ú.snip & RcligioÌrr Archìicrrurc. !niv.:sit) oí Birmirgham, Engknd). 1971, p. 125. - ?J. C, CütÌÂn.,,1n,1pptaoch !o Cofintialt,t l\l{ al iitittn,(Ìúvi5rocl ), Ì9ó l. - 26. T.S. Elio!. Nor.r Toha.ds !h? D.Ji"i!íon oI Cu|:tt.. 2?. li.R.ll. thc Dut. of EdinburÂh. 'Uni!.rllrlc s & rh. D,Í. iusion ol Cullurc', Frcntí.t, 1914, I7.3.p. l3?.i 13. Il. Wilsor, llealth L Iü Peaplc, (ic b. pubtLsi::d !' Dânon, [rc6rìì!n .a Todd, Lrndon]. t915. It
Compartilhar