resenha 1984

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTACIO DE SÁ
PABLO MOREIRA DE SOUZA
RESENHA: GEORGE ORWELL 1984
FORTALEZA
2015
 GEORGE ORWELL 1984.
O livro conta a história de Winston Smith que vivia em uma época de muita pressão do governo onde seus passos, seus olhares, suas escolhas, eram vigiados e até mesmo um pouco de seus pensamentos controlados por uma força maior que se chama o Grande Irmão. 
1984 é contado de uma forma intensa, muito conturbadora de um jeito, que, em conjunto com a história em si, deixa o livro bem dramático, o leitor com tanta informação pesada sobre o tema e surgem os pensamentos críticos. A escrita e narrativa do livro passa uma sensação de tensão deixando o leitor apreensivo do que pode ser lido na próxima página, pois o Orwell fala do totalitarismo da maneira mais completa possível e bem explícita de como era viver naquela época. completamente preso como um dependente químico achando que conhece seus limites. O mais incrível é o que o autor consegue entender o que vai acontecer no futuro, o que está acontecendo atualmente no mundo. 
Com aquela vigilância e manipulação do governo, até crianças são afetadas com esses ataques. Um fato que me deixou bastante chocado foi no começo do livro quando as crianças brincam de guerra entre si de uma maneira bem psicopata, passando a entender que foi ensinado daquela forma e assim que elas devem se comportar no futuro, é como se fosse um treinamento para elas mesmo se policiarem, e vigiar a própria família. Esse comportamento me lembra a teoria hipodérmica, onde a mensagem lançada pela mídia é imediatamente aceita e espalhada entre todos os receptores. E o que se era passado para essas crianças, eram ações de vigilância por meios de ‘’ teletelas’’ (meios de comunicação do partido.) 
Essa atitude demonstra a manipulação da mídia em conjunto com o governo de nos mostrar apenas o que eles querem que a gente veja e façamos. Dessa forma, o seu povo continuaria alienado, sem pensamentos críticos para que no futuro, a população continue do jeito que eles planejam controlado por um superior passando falsas ideias.
No trabalho de Winston, que sua principal atividade era alterar a verdade. Excluir historias antigas, fazendo que tudo que fosse colocado na mídia, era idealizado pelo governo. Esse modo de ocultar os fatos das mídias como por exemplos algumas histórias de filósofos, não deixavam as pessoas ter motivo para pensarem que aquele modo de vida que o partido proporcionava, fosse errado. Então, essa forma de manipular as mídias, fazem com que as pessoas não vejam o que acontece ao seu redor. ‘’ Guerra é paz’’ é uma estratégia do governo para que as pessoas fiquem unidas por uma causa maior, o inimigos não são o seu continente, e sim os que nos atacam.
	Essas estratégias usadas pelos governos me lembra a teoria funcionalista, as disfunções narcóticas, onde a sociedade é totalmente alienada, influenciada agindo de tal maneira sem saber o que exatamente as suas ações. 
 	Um meio de comunicação que é bastante notável a esta teoria, é a internet. Recentemente ocorreu um ataque terrorista em Paris, e muitas pessoas sensibilizadas com o caso, trocaram a foto do perfil de redes sociais como uma ação de solidariedade. Porém, muitas outras pessoas aderiram essa ação por simples impulso, alienação, sem saber do que se tratava ou até mesmo do grau da tragédia. 
 Unindo-se a uma causa por conta da mídia e se tornando apenas um ativista de sofá, pois o Brasil no mesmo período de Paris, sofreu uma catástrofe em uma cidade de Minas Gerais, onde milhares de pessoas ficaram sem recursos, sem agua, casa, comida, e muitas das pessoas que colocaram a foto do perfil com bandeira da França, nem sequer apoiaram Mariana, um simples caso de hipocrisia com alienação midiática que estava voltado paro o primeiro mundo. 
Ótimo livro, além de ser muito importante a leitura para qualquer graduando em comunicação, pois ele destaca muito bem o poder e a influência da mídia em meio a sociedade e que devemos enxergar o que acontece atualmente com a alienação.
 REFERÊNCIAS
ORWELL, George, 1903-1950. 1984/ George Orwell; tradução Alexandre Hubner, Heloisa Jahn. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 414