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Cap 75 Sistema hipotalamo hipofise

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Cap 75 – Hormônios hipofisários e seu controle pelo hipotálamo
Hipófise e sua relação com o hipotálamo
A hipófise (pituária) situa-se na sela túrcica e se liga ao hipotálamo pelo pedúndulo hipofisário. Ela se divide em:
Hipófise anterior (adeno hipófise) ( origina-se da bolsa de Rathke, invaginação do epitélio faríngeo. Produz 6 hormônios peptídeos importantes:
	Célula
	Hormônio
	Sigla
	Ação
	“Consequência”
	Somatotropos (30-40%)
	Hormônio do crescimento
	GH;somatotropina
	crescimento em todo organismo
	
	Corticotropos (20%)
	Adrenocorticotropina
	ACTH
	controle da secreção de hormônios adrenocorticais
	metabolismo da glicose, proteínas e gorduras
	Tireotropos (3-5%)
	Tireotropina
	TSH
	controla a taxa de secreção de tiroxina e triiodotironina, da tireóide
	velocidade das reações químicas intracelulares
	Lactotropos (3-5%)
	Prolactina
	PRL
	desenvolvimento da gld. mamária e produção de leite
	
	Gonadotropos (3-5%)
	Hormônio folículo estimulante e H. luteinizante
	FSH / LH
	controlam crescimento dos ovários e testículos e suas atividades hormonais e reprodutivas
	
Hipófise posterior (neuro hipófise) ( origina-se do crescimento do tecido neural a partir do hipotálamo. Produz 2 hormônios peptídeos:
Hormônio antidiurético (ADH ou vasopressina) – controla excreção de água na urina
Ocitocina – auxilia na ejeção de leite das glds mamárias e auxilia durante o parto e final da gestação
São sintetizados por corpos celulares localizados nos núcleos supra-óptico e paraventriculares no hipotálamo. São neurônios magnocelulares e transportam o hormônio pelo axoplasma. 
Pars intermedia (quase sempre ausente) ( entre as outras duas partes
Hipotálamo controla a Secreção hipofisária
	O hipotálamo recebe sinais de diversas fontes do sistema nervoso, constituindo o centro coletor de informaçãoes relativas ao bem estar interno do organismo (dor, depressão, olfato...) e controlador das secreções: 
- Secreção posterior – controlada por sinais neurais originados no hipotálamo
- Secreção anterior – controlada por hormônios (fatores) hipotalâmicos liberadores ou inibidores que são levados pelos vasos portais hipotalâmico-hipofisários, agindo sobre as células glandulares da adenohipófise. Os neurônios que produzem-nos enviam suas fibras para a eminência mediana e para o tuber cinereum (extensão do tecido hipotalâmico no pedúnculo), e lá caem no sistema porta hipotalâmico-hipofisário. 
	Hormônios liberadores / inibidores
	Provocam:
	H. liberador do GH (GHRH)
	Liberação do GH e do h. inibidor do GH (GHIH ou somatostatina)
	H. liberador de corticotropina (CRH)
	Liberação do horm. corticotrópico
	H. liberador de tireotropina (TRH)
	Liberação do horm. estimulante da tireóide
	H. inibidor da prolactina (PIH)
	Inibição da prolactina
	H. liberador da gonadotropina (GnRH)
	Liberação dos 2 horm. gonadotrópicos
Vasos sanguíneos portais hipotalâmico-hipofisários
Hipófise anterior é altamente vascularizada. O sangue passa pelo leito na parte inferior do hipotálamo, penetram na eminência mediana (que se liga ao pedúndulo), retornam por vasos que se unem para formar os vasos portais, que desembocam em sinusóides da adeno hipófise. 
Funções fisiológicas do hormônio do crescimento
O GH não age através de uma glândula-alvo, mas diretamente sobre todos, ou quase, tecidos do organismo. Esse hormônio somatotrópico é uma molécula de 191 aa numa única cadeia. Provoca crescimento de quase todos os tecidos capazes de crescer (aumento do tamanho, número de mitoses e diferenciação das células). Efeitos metabólicos: 
deposição de proteínas nos tecidos
aumento do transporte de aminoácidos pelas membranas - ↑ [aa] intracelular, influenciando a síntese de proteínas
aumento da tradução do RNAm para síntese de ptn pelos ribossomos – mesmo com baixa [aa]
aumento da transcrição nuclear do DNA para formar o RNAm – promove mais síntese protéica e o crescimento (caso haja energia, aa, vitaminas, etc)
redução do catabolismo das ptns e aa – também mobiliza ácidos graxos livres, que são utilizados para fornecer energia, poupando as proteínas.
aumenta utilização de gorduras como fonte de energia
Aumenta a liberação dos ácidos graxos do tecido adiposo, aumentando a [] nos líquidos. Além disso, aumenta a conversão deles em acetil-CoA e sua utilização como energia. Isso leva a um aumento da massa muscular magra, mas a mobilização de gorduras demora horas, enquanto de ptns, apenas alguns minutos. Quando ela é acentuada, há aumento na [ácido acético], originando a cetose, além de deposição de gordura no fígado. 
reduz a utilização dos carboidratos
Há diminuição da captação de glicose pelos tecidos, aumento de produção de glicose pelo fígado e aumento da secreção de insulina. Elas resultam da resistência insulínica, induzida pelo GH, que estimula a captação e utilização de glicose pelos m. esqueléticos e tec. adiposo e inibir a gliconeogênese pelo fígado. Isso aumenta a glicemia e aumentos compensatórios na secreção de insulina. Os efeitos são diabetogênicos. Sabe-se que os aumentos das [ácidos graxos] prejudica a ação da insulina, já que reduzem a sensibilidade do fígado e músculos esqueléticos aos efeitos desta. 
Porém, o GH não funciona sem uma atividade apropriada da insulina e uma disponibilidade de carboidratos, que fornecem energia necessária para o crescimento. Além disso, a insulina aumenta o transporte de aa para dentro da célula. 
Crescimento de cartilagens e ossos
Seu efeito mais óbvio é aumentar o crescimento esquelético: aumento na deposição de proteínas pelas células osteogênicas e condrocíticas que causam o crescimento, aumento da taxa de reprodução dessas células, e a conversão de condróctios em células osteogênicas, depositando osso novo. 2 mecanismos de crescimento:
Ossos longos crescem em comprimento nas catilagens epifisárias, onde as epífises estão separadas da parte longa. Há deposição de cartilagem nova, seguida por conversão em osso novo, aumentando a parte longa. Ao mesmo tempo, a cartilagem epifisária sofre consumo progressivo e quando não resta mais, há fusão das epífises. O osso não pode mais aumentar de comprimento. 
Osteoblastos do periósteo ósseo depositam osso novo nas superfícies do osso mais antigo. Ao mesmo tempo, os osteoclastos removem o osso antigo. Quando a deposição > reabsorção, a espessura aumenta. Assim, o GH é um forte estimulador dos osteoblastos. Assim, os ossos podem continuar a aumentar em espessura por toda a vida sob influência do GH. 
Somatomedinas – fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGFs)
O GH leva o fígado a formar proteínas pequenas, as somatomedinas, que aumentam o crescimento ósseo, com efeitos similares ao da insulina. A mais importante é a somatomedina C (IGF-I). O GH tem seus efeitos resultantes da somatomedina C, e não diretamente. Ela apresenta uma ligação forte com a proteína transportadora (produzida em resposta ao GH) e é liberada lentamente do sangue, prolongando os efetios promotores do crescimento, já que o próprio hormônio apresenta ligações fracas com as ptns plasmáticas e é rapidamente liberado do sangue. 
Regulação de Secreção do Hormônio
Após a adolescência, a secreção do GH diminui lentamente e chega a 25% dela, nos idosos. O padrão de secreção é pulsátil e está relacionado ao estado nutricional ou estresse de uma pessoa. Os fatores que estimulam são: jejum (+ deficiência em proteínas), hipoglicemia ou baixa [ácidos graxos], exercício, excitação e trauma. Ele também aumenta nas 2 primeiras horas de sono profundo. 
Sob condições agudas – hipoglicemia é estímulo mais potente que a redução da ingestão de ptns
Sob condições crônicas – a secreção tem maior correlação com o grau de depleção das ptns. 
Sob condições graves de desnutrição proteica, a ingestão de calorias não corrige o excesso de GH. 
	Papel do hipotálamo
O GH é controlado por 2 fatores: 
hormônio liberador do hormônio de crescimento (GHRH) – origina-seno núcleo ventromedial, área tambpem sensível à glicemia (saciedade nos estados hiperglicêmicos e fome nos hipoglicêmicos). Se liga a receptores de membrana nas células do hormônio, na hipófise. O sistema da adenilil-ciclase é ativado, aumentando a [AMPc], que trás 2 efeitos:
	- curto prazo: aumento do transporte de Ca++ para a célula, provocando liberação do hormônio
	- longo prazo: aumento da transcrição de genes responsáveis pela síntese de GH. 
hormônio inibidor do hormônio de crescimento (somatostatina) – origina-se em áreas próximas ao núcleo ventromedial. 
Emoções, estresses e traumas – catecolaminas, dopamina e serotonina liberadas por diferentes sistemas neuronais, aumentam a taxa de secreção. 
Sistema de Feedback Negativo típico. 
Maior controlador é o próprio estado nutricional – especialmente o estado de nutrição proteica. 
“Anormalidades”
Hipófise Posterior e sua relação com o hipotálamo
A neuro-hipófise é composta de células gliais (pituícitos), que não secretam hormônios. Agem como suporte para as fibras nervosas terminais e terminações nervosas dos tratos que se originam nos núcleos supra-óptico e paraventricular. Eles passam pelo pedúnculo hipofisário e suas terminações são botôes bulbosos contendo grânulos secretores. Os hormônios são sintetizados e transportados em associação a ptns transportadoras (neurofisinas) durante dias, até alcançar a glândula. O “complexo” é liberado por exocitose e capitado pelas células capilares adjascentes, mas a frouxa ligação permite uma separação imediata. A neurofisina não apresenta funções conhecidas. 
ADH (hormônio antidiurético – vasopressina)
- Sintetizado primariamente pelo núcleo supra-óptico. Ele é responsável pela antidiurese, ou seja, pela reabsorção de água nos túbulos renais, diminuindo a excreção de água e concentrando a urina. No lado interno da membrana luminal das células epiteliais tubulares dos ductos coletores, há vesículas que apresentam poros permeáveis à água, os aquaporinas. Quando o ADH se associa a receptores de membrana, ativa-se a adenilil ciclase, aumenta o AMPc, forsforila-se as vesículas. Elas se inserem na membrana, fornecendo novos poros que possiblitam a difusão da água. 
Regulação da produção
A [ADH] é alterada por influência da concentração do líquido extracelular. Próximo ao hipotálamo, ou nele, existem osmorreceptores que detectam essa []. Quando o líquido está muito concentrado, inicia-se uma sinalização nervosa para secreção de ADH. Já quando está diluido, há muita entrada de água na célula, inibindo a secreção. (Os osmorreceptores podem estar nos núcleos supra-ópticos ou no organum vasculosum – na parede do 3º ventrículo). 
Efeitos vasoconstritores e pressóricos / Aumento da secreção do ADH por baixa volemia
Altas [ADH] geram potente vasoconstrição e aumento da pressão arterial. Um dos estímulos é a baixa volemia, com queda de 15-25% no volume. As aurículas possuem receptores de distensão que são excitados com enchimento excessivo e inibidos com enchimento insuficiente. Nesse último caso, ocorre aumento de ADH. A diminuição da distensibilidade dos barorreceptores nas carótidas, aórtica e pulmonar também estimulam a secreção de ADH. 
Hormônio Ocitócico
Ocitocina é formada primariamente nos núcleos paraventriculares.
Contração do útero grávido – especialmente no final da gestação. O estímulo do colo uterino que envia sinais para o hipotálamo, causando aumento da secreção de ocitocina. 
Auxilia na ejeção do leite – estímulo da sucção sobre o mamilo provoca o envio de sinais (nervos sensoriais) para os neurônios ocitocinérgicos nos núcleos paraventricular e supra-óptico, provocando a liberação da ocitocina. Ela é transportadas par as mamas, onde provoca contração das células mioepiteliais que formam uma rede em volta dos alvéolos das glândulas. Esse mecanismo é o de ejeção do leite ou descida do leite.

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