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5 Resumo Este trabalho apresenta o relatório do experimento prático de cristalização do sal sulfato de cobre, detalhando o procedimento utilizado e principais resultados, além de fazer uma breve revisão sobre nucleação de substancias puras e formação de cristais. 6 3. Introdução Cristais são sólidos em que as estruturas moleculares que os compõe estão em um padrão altamente definido, o que confere uma morfologia única para cada cristal, de acordo com seus constituintes. Contudo, não apenas características moleculares são responsáveis pela cristalização de substancias, temperatura e pressão são imprescindíveis para este processo. (ACÁCIO M. A 2006). Cristalização ocorre sempre em uma solução e depende da quantidade de soluto disponível nessa solução para o início do processo. A primeira parte é conhecida como nucleação, de maneira bem sucinta, nucleação é o agrupamento das partículas de soluto na solução, de modo sua energia livre seja a mínima possível dentro daquele sistema, conferindo uma estabilidade energética e estrutural àquele arranjo molecular, tornando possível que mais moléculas sejam aderidas ao núcleo, aumentando consequentemente o seu tamanho. (MANRICH, 1992) Nucleações podem ser homogêneas ou heterogêneas. Nucleações homogêneas são aquelas em que há presença apenas de uma substancia a ser cristalizada, formam os cristais mais puros. E nucleações heterogêneas normalmente tem um elemento heterogêneo que acaba por catalisar a nucleação. (MANRICH, 1992) Neste trabalho foi feito a cristalização do sal sulfato de cobre, uma cristalização homogênea. 7 4. Parte Experimental 4.1 Materiais • Sulfato de Cobre • 2 Becker 100ml • Balança analítica • Água destilada • Termômetro de mercúrio • Bastão de vidro • Papel alumínio • Manta aquecedora 4.2 Método Foi separado em um Becker 25,0577 g de sulfato de cobre, pesados em uma balança analítica, em seguida foram medidos 50 ml de água destilada em uma proveta, então se transferiu a água para um Becker onde foi aquecida em uma manta. Quando a água presente no Becker atingiu a temperatura de 70ºC foi diminuída a temperatura da manta utilizando o termostato, a fim de evitar que a água começasse a entrar em ebulição. Em seguida foi despejado o conteúdo de sulfato de cobre na água então se agitou a solução com o auxílio de um bastão de vidro, até que a mesma se encontrasse homogênea. A solução foi retirada da manta, foi coberta com papel alumínio para retardar a evaporação e feito alguns furos para evitar que água que está evaporando bata e volte para o Becker e posta para descanso durante aproximadamente 72 horas, onde se observou a formação de cristais. Após esse tempo jogou fora o líquido restante no Becker e retirou o cristal já formado do fundo do mesmo. 8 5. Resultado e Discussão 5.1 Resultados Observou-se que o cristal não apresentou morfologia regular, ou com algum padrão estrutural. Devido ao tempo decorrido de 72 horas que apresentou- se fora do padrão de espera que era 24 horas, o cristal não teve uma forma definida, além disso, ainda apresentou o cristal frágil e quebradiço, com isso se quebrando em vários pedaços ao ser retirado do Becker. 5.2 Discussão A compreensão para o processo de cristalização, apesar de ser aparentemente simples aos olhos, envolve conhecimentos em termoquímica e estabilidade molecular. A quantidade de soluto que pode ser dissolvido em solvente é a soma da solubilidade do soluto e da capacidade de solubilização do solvente. Contudo alguns fatores ambientais podem influenciar muito na solubilidade, principalmente a temperatura. Quando aquecemos a água, alteramos suas propriedades de físico-químicas de solubilidade, o que faz com que ela possa solubilizar uma quantidade de soluto maior do que faria em condições naturais. Qualquer quantidade de soluto que ultrapasse o coeficiente de solubilidade natural do solvente acarretará na formação de uma solução supersaturada. (COSTA I. S.; ANDRADE F. R. 2014). Soluções supersaturadas são instáveis, mas são fundamentais para a formação de cristais, pois com mais partículas na substancia (soluto) maior será a chance de interação entre elas, o que é crucial para a formação de um cristal. A interação entre íons - que foram dissociados em soluto – forma o que chamamos de núcleos, em um processo de nucleação. . (COSTA I. S.; ANDRADE F. R. 2014). Os núcleos são nada mais do que a interação entre as partículas de soluto, que se arranjam em uma conformação energeticamente favorável e começam a 9 ganhar tamanho a medida que mais moléculas se juntam. O arranjo inicial do núcleo irá definir as características morfológicas do cristal. (ACÁCIO M. A 2006) O núcleo irá adquirir tamanho conforme mais moléculas são adicionadas então o cristal como conhecido será formado. 6. Conclusão 10 Após finalizar todo experimento pode-se constar que havia formado um cristal no fundo do Becker, mas no ultimo processo quando era para retirar a água restante e o cristal formado no fundo do Becker, o cristal se quebrou todo, assim impossibilitando a visualização do formato do cristal desejado. Ou seja, não foi alcançado completamente o objetivo desse experimento, formou-se o cristal, mas não foi feita a visualização do formato. 7. Anexo 11 Questões 1) O que você entende por solução saturada? R: Uma solução onde a quantidade de soluto atingiu o limite de solubilidade. 2) Como é possível obter uma solução com maior limite de solubilidade? R: Aumentando a temperatura. 3) Que nome se dá a essa solução? R: Solução supersaturada . 4) O que deve ocorrer com uma solução de concentração mais elevada que o limite de solubilidade se esta for guardada? R: Formará precipitado ao fundo do recipiente. 5) Você mistura 80g de CuSO4 5H2O em 100ml de água e mantém a mistura a 40 ºC. Qual a concentração final da solução? No caso de haver depósito de sal no fundo do recipiente quantas gramas deste se depositarão? R: C = M1/MM x V(L) C = 80g/249,5g/mol x 0,1L C = 3,20 mol/L • Quanto de precipitado ficará na solução? 80g – 22,3g/L = 57,7g Referências 12 COSTA I. S.; ANDRADE F. R. Experimentos didáticos de cristalização (2014), TERRÆ DIDATICA, Disponível em: <https://www.ige.unicamp.br/terraedidatica/v10_2/PDF10-2/Tdv10-101-2.pdf> ACÁCIO M. A. Estudo dos processos de nucleação e cristalização em vidros boratos (2006) Dissertação. Disponível em: <http://coruja.feis.unesp.br/dfq/fnm/teses/d8.pdf> Universidade Estadual Paulista> Manrich S. Aplicação da teoria Clássica de Nucleação Modificada (CD-CNT) à cristalização de Polímeros. Polímeros: Ciência e Tecnologia, 1992.
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