Buscar

Resumo Ciências Sociais e Saúde 3º Bim

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ciências Sociais 3º Bimestre
Psicologia Na saúde
Três dimensões do ser humano: Biológico: corpo físico; Psicológico: vida mental e emocional; Sociocultural: práticas e significados compartilhados
Psicológico: Nível ou dimensão do ser humano mais subjetivo impalpável, alvo de extensas investigações e diferentes pontos de vista mas que traduz o "funcionamento" do indivíduo no meio em que vive, com relação às outras pessoas e consigo mesmo.
A desumanização da medicina ocorre pois o médico não se preocupa com o psicológico, apenas com o biológico. O estudo das ciências sociais se justifica quando mostra que a sociedade e a cultura moldam também cada indivíduo, tornando cada um diferente, pois cada um possui sua própria psyché, que nada mais é do que sua própria mente, seus pensamentos, etc.
Todo profissional da saúde pode ser um cuidador da psique, basta ouvir esta dimensão, não negá-la, nem menosprezá-la.
Objetivo: Reconhecer a unidade biopsicossocial do ser humano, visando aprimorar a capacidade de interação dos pacientes.
Psicologia Médica
Deficiência fundamental: A deficiência fundamental é um problema que pode ter ocorrido nos primeiros anos de vida da pessoa, seja uma necessidade física ou psicológica, ou ainda social. Ela pode ser “esquecida” durante a vida, mas os resultados e implicações desta continuam durante a vida. As “doenças clínicas” podem ser consideradas como sintomas da “doença fundamental” – Balint.
O médico deve, portanto, identificar a doença fundamental e entender suas implicações na vida do paciente, para que haja uma correta relação médico-paciente. Se isso não ocorre, o paciente acaba sendo indicado a uma série de exames e especialistas, podendo inclusive ser diagnosticado como “não tendo nada”, mesmo sentindo que há algo errado, o que dificulta a relação médico-paciente
O médico deve auxiliar o paciente a organizar os sofrimentos e ideias, pois, com a mente organizada, pode-se encontrar soluções para os problemas.
Escuta Clínica: habilidade de ouvir o paciente de forma “refinada”
Objetivo: Examinar aspectos da relação médico-paciente na intersecção das áreas médica e psicológica.
Psicologia da Saúde - Treinamento
Escuta clínica – Treinamento: Os fatos que interessam são: subjetivos e pessoais; em parte conscientes ou mesmo inconscientes; influem na vida e na doença e em como aceitar ou não a ajuda médica.
Buscar respostas automáticas que tenham origem na infância; o médico também possui padrões automáticos que vão afetar a forma como esse entende as respostas automáticas do paciente.
O que se busca desenvolver é mais um conjunto de habilidades e atitudes do que propriamente um conhecimento teórico. Não o desenvolvimento de conhecimentos de como responder/diagnosticar as ações do paciente, mas sim como reconhece-las e agir diante delas, e das próprias do médico.
Aspectos Essenciais: Timing; Transferência; Contratransferência.
Timing: Tanto o paciente quanto o médico possuem um tempo para conseguir assimilar e lidar com os problemas.
Transferência: O paciente apresenta expectativas quanto ao papel do médico, devido à sua deficiência fundamental.
Contratransferência: O médico também possui um modo de resposta e expectativas que dependem de como o paciente age e de sua própria deficiência fundamental.
Exemplo: Srta. Bueckmann foi maltratada por seu pai e vê, no Dr. Henrique Pandolfo, um médico bom, educado, um “santo” que se superpõe ao pai, portanto projeta uma ideia de um “segundo pai” no médico. O Dr. Henrique Pandolfo, por outro lado, teve problemas com garotas mimadas na infância, assim, vê na Srta. Bueckmann uma garota tola e não responde às expectativas dela.
O médico deve, portanto, ter conhecimento desses procedimentos e aprender a reconhece-los, para que possa agir de forma a alcançar as expectativas do paciente, de forma profissional, sem repreendê-lo e sem agir de acordo com sua própria deficiência fundamental, podendo injustamente agredir a relação médico-paciente. Essa relação, então, difere de paciente para paciente.
Objetivo: “... ajudar os médicos a adquirir maior sensibilidade ante o processo que se desenvolve, consciente ou inconscientemente, na mente do paciente, quando o médico e o paciente estão juntos” – Balint.
Determinantes Sociais da saúde
Determinantes Sociais da Saúde (DSS) são os fatores que determinam as diferenças sociais dentro de uma sociedade.
Modelo de Dahlgren e Whitehead: modelo baseado no indivíduo e suas características de idade, sexo e hereditariedade. 
No primeiro nível, os indivíduos como a base do modelo; no segundo nível, comportamentos e estilo de vida, como acesso a informações e alimentos saudáveis, propagandas, etc.; no terceiro nível, vemos a influência das redes sociais; no próximo nível, são detalhados os fatores de condição de vida e trabalho; no último nível, estão os macrodeterminantes que estão relacionados às condições econômicas, culturais e ambientais da sociedade, incluindo também determinantes supranacionais como o processo de globalização.
Relação prática: Pessoas com desvantagem social apresentam diferenciais de exposição e de vulnerabilidade aos riscos à saúde, como consequência de condições habitacionais inadequadas, exposição a condições mais perigosas ou estressantes de trabalho e aceso menor aos serviços.
Objetivo: Identificar determinantes sociais e reconhecer seus impactos no processo saúde-doença.
Modelos de determinantes sociais
Modelo do Estresse: os processos sociais estressam o indivíduo, aumentando sua suscetibilidade perante a sociedade. O modelo é idealizado e considera a sociedade como homogênea.
Modelo do Capital Social: analisam-se as consequências para a saúde da distribuição desigual de renda e de acesso a ativos econômicos e recursos sociais. É mais preciso que o modelo do estresse, mas omite os determinantes econômicos da pobreza e privação e as raízes políticas das iniquidades sociais.
Modelo de Classes: os processos epidemiológicos se expressam concretamente em cada classe social particular por meio de um “perfil epidemiológico de classe”, constituído de dois elementos: um que se refere à essência, o “perfil reprodutivo”; e outro fenomênico, o “perfil de saúde-enfermidade”.
Modelo do Processo de Trabalho: preferido pelos marxistas; O processo de trabalho é a relação entre o homem e a natureza, através do qual o homem utiliza sua energia, força, para transformar, manter, ou produzir bens necessários à sua sobrevivência. A relação que o homem estabelece com a natureza, a forma como se apropria da natureza e a transforma, resulta também no processo saúde-doença. A relação entre o processo de trabalho e a saúde, gerando padrões de desgaste aos quais são submetidos os grupos humanos no modo de produção capitalista, somente pode ser entendida, ao analisar as características do processo de produção, nesse tipo de formação social.
Modelo Etnoepidemiológico: reconhecer a pluralidade de fatores presentes na vida social: signos, significados e prática. Dois processos fundamentais: o processo de trabalho (ciclos de produção econômica) e o processo de reprodução social. Preserva-se o papel capital da dinâmica das classes sociais e do processo de trabalho propriamente dito como determinantes das condições de vida e, indiretamente, como condicionantes dos estilos de vida.
Objetivo: Reconhecer características, aplicações e limitações de Modelos de determinantes sociais em saúde.
Desigualdade Social
A desigualdade é um fenômeno presente em todas as sociedades: nas primitivas, estava ligada mais ao papel desempenhado; nas modernas, envolve outras dimensões.
Nas sociedades contemporâneas encontram-se pessoas em posições privilegiadas, pobres em grande número, herança de classe nas famílias e oportunidades limitadas pela classe em praticamente todos os aspectos da vida: governo, educação, assistência médica, moradia, etc. Ex.: o filho do rico tende a ser rico, e o filho do pobre tende a ser pobre, ainda que possa não ocorrer dessa maneira.Classe Social: a classe social de alguém é a posição que ela ocupa na sociedade em que está. A classe social traz consigo poder, prestígio e privilégio (ou oportunidades de vida). Cada classe também apresenta uma certa expectativa quanto aos olhos da sociedade.
Também existem desigualdades marcadas pelo gênero e pela raça. A classe, o gênero, e a etnia possuem um aspecto estrutural, pois marcam a posição do indivíduo na sociedade.
Estratificação: conceito emprestado da Geologia e diz respeito a formação de camadas no solo. De forma semelhante, as classes estão estratificadas na sociedade, criando padrões de representação e funcionamento. Se as circunstâncias mudarem, muda também a representação, embora possa haver uma mudança heterogênea nas diversas camadas sociais. A estratificação tende a se repetir em todos os âmbitos sociais.
Quem é mais bem sucedido nas estratégias de acumulação reforça reciprocamente o poder, privilégio e prestígio, destacando-se e ocupando a posição de domínio na sociedade.
Mobilidade Social: é a mudança de classe do indivíduo, seja em relação aos pais, seja ao longo da vida.
Mudança Estrutural: é a mudança e o desenvolvimento de novas condições de vida, para uma classe, uma “raça”, um gênero. Mudanças econômicas e setoriais são bem relevantes, pois seguem tendências mundiais que condicionam o funcionamento de cada sociedade.
Pirâmide etária no Brasil: antigamente, a base era grande e o ápice era estreito. Hoje o ápice se alarga e a base se afina. Resultados em um futuro próximo: grande quantidade de idosos, incentivos à procriação e fim das aposentadorias.
Coeficiente de Gini e IDH: O IDH mede a longevidade da população, a alfabetização e a renda per capta. Apesar de muito importante, pode ser mascarado e esconder imensas desigualdades. Mais alto significa mais IDH, melhores condições (em teoria). O Coeficiente de Gini mede a distribuição da renda, assim sendo mais preciso quanto ao retrato da desigualdade em um país. Maior Gini indica alta desigualdade. Para analisar a condição de renda de um país, deve-se analisar os componentes do IDH aliado ao Gini. 
Objetivo: reconhecer a desigualdade como parte da estrutura social que condiciona as oportunidades dos indivíduos que a integram.

Outros materiais