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AUDITORIA DE ESTOQUES

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FACULDADE INDEPENDENTE DO NORDESTE - FAINOR 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
AUDITORIA DOS ESTOQUES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitória da Conquista – Bahia 
Maio de 2016 
AUDITORIA DOS ESTOQUES 
 
 
COMPONENTES: 
D’lian de Jesus Moreira 
Élide Nascimento Bispo 
Josadaque Matos Miranda 
Kelly Silveira Dias 
Susiene Gonçalves Vieira 
Vanda Ribeiro Rocha 
Valdimar Correia Santos 
 
 
 
Trabalho acadêmico apresentado à 
Faculdade Independente do Nordeste, 
como exigência de requisito avaliativo 
da III unidade da disciplina Auditoria 
do 7º semestre do curso de Ciências 
Contábeis. 
 Orientador: Prof. Luciano Dória 
 
 
 
 
 
Vitória da Conquista - Bahia 
Maio de 2016 
INTRODUÇÃO 
Segundo Attie (2012), a auditoria é o exame científico e sistemático dos 
livros, contas, comprovantes e de outros registros financeiros de uma 
companhia. Tal ação tem o propósito de determinar a integridade do sistema de 
controle interno contábil, das demonstrações financeiras, como o resultado das 
operações, assessorando a empresa no aprimoramento dos controles internos 
contábeis. A auditoria interna é uma atividade de avaliação objetiva e de 
consultoria, voltada a agregar valor e a melhorar as operações das organizações; 
auxilia a empresa a alcançar seus 3 objetivos, através de um acompanhamento 
sistemático e com adequados enfoques, para avaliação e melhoria da eficácia 
dos controles, do gerenciamento de riscos, do desempenho dos processos e de 
governança corporativa (CREPALDI, 2013). A auditoria interna compreende o 
setor de estoque, que é composto por bens destinados à fabricação ou à venda, 
a fim de obter lucros para a empresa. 
Um bom controle de estoque e um monitoramento da sua movimentação 
são atividades indispensáveis para a lucratividade e para competitividade da 
empresa; porém, o custo do controle de estoque não deverá exceder os 
benefícios que ele possa proporcionar. 
Este trabalho aborda os conceitos, procedimentos e aplicações da 
auditoria dos estoques na atualidade. Por fim, será descrita a prática do trabalho 
e desenvolvidos os objetivos propostos inicialmente. 
 
CONCEITOS E ASPECTOS CONTÁBEIS DO ESTOQUE 
Os estoques são considerados como suprimentos, que as empresas 
utilizam para fabricação do seu produto ou para venda, e é onde se concentra 
grande parte do capital da organização o que requer bastante atenção por parte 
dos diretores, no seu controle. Desta forma, Almeida (2012) define os estoques 
como sendo bens destinados à venda ou à fabricação, que estejam relacionados 
com os objetivos e atividades da empresa, sendo eles importantes na apuração 
do lucro líquido de cada exercício social e na determinação do valor do capital 
circulante líquido do balanço patrimonial. 
 Attie (2012), define estoques como bens adquiridos e destinados a venda, 
incluindo, por exemplo, mercadorias compradas por um varejista para revenda 
ou terreno e outros imóveis para revenda. Compreende também produtos 
acabados e produtos em processo de produção pela entidade e incluem matérias 
– primas e materiais aguardando a utilização no processo de produção, tais 
como: componentes, embalagens e material de consumo. No caso de um 
prestador de serviços, os estoques incluem os custos do serviço. Assim os tipos 
de estoque vão variar a depender da atividade de cada empresa, podendo ser 
representado como: mercadorias para revenda, produtos acabados, produtos 
em elaboração, matérias-primas, almoxarifado, etc. 
 CRITÉRIOS DE VALORIZAÇÃO DO ESTOQUE 
Segundo a NBC TG 16 os critérios de valorização do estoque deve ser 
atribuído pelo uso do critério PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai) ou pelo 
critério do custo médio ponderado, devendo a organização utilizar o mesmo 
critério de custeio para todo estoque que tenha natureza e uso semelhante. Já 
para estoques que tenham outra natureza ou uso semelhante, podem se utilizar 
diferentes critérios de avaliação. 
 Os métodos mais utilizados são classificados por Almeida (2012) da 
seguinte forma: 
 Identificação específica: Por esse método é identificado o custo incorrido 
individualmente de cada unidade. Ele é utilizado em empresas que 
trabalham sobre o regime de encomenda. Na maioria dos casos é 
economicamente inviável o emprego desse método; 
 UEPS ou LIFO (last-in-first-out): Nesse método as quantidades que ficam 
no estoque são valorizadas pelos primeiros custos unitários e as que 
saem são valorizadas pelos últimos custos unitários. Importante lembrar 
que esse método não é aceito pelo pronunciamento técnico CPC 16; 
 PEPS ou FIFO (fisrt-in-first-out): Por este método as quantidades que 
ficam em estoque são valorizadas pelos últimos custos unitários e as que 
saem são valorizadas pelos primeiros custos unitários; 
 Custo médio: Neste método a quantidade que fica em estoque e as que 
saem são valorizadas pelo custo unitário médio de aquisição ou 
fabricação. A média pode ser determinada numa base periódica ou à 
medida que cada lote seja recebido, dependendo das circunstâncias da 
entidade. 
MENSURAÇÃO DE ESTOQUES 
De acordo o Pronunciamento Contábil CPC 16, a mensuração dos 
estoques se dá pelo valor de custo ou pelo valor liquido realizável, dos dois o 
menor. 
Para melhor entendimento do processo de mensuração, faz se necessário 
o conceito sobre valor de custo e valor liquido realizado. 
Para Almeida (2012, p. 212) o “Valor realizável liquido é o preço de venda 
estimado no curso normal dos negócios, deduzidos dos custos estimados para 
sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda”. 
É o valor especifico para entidade. Já o valor de custo é considerado o valor de 
aquisição mais os custos atribuídos a ele para deixa-lo em condições e 
localizações atual. 
CUSTO DE ESTOQUE 
No valor de custos dos estoques devem estar inclusos todos os valores 
para que este esteja em suas condições e localizações atuais: o custo de 
aquisição, de transformação e também outros custos. 
Custo de aquisição: O CPC 16, dispõe do conceito como sendo a 
compreensão do preço de venda, mais os impostos e tributos e custo de 
transporte, descontos comerciais. 
Custo transformação: Correspondem aos custos que estão relacionados 
diretamente com as unidades produzidas ou com as linhas de produção. Custos 
indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam incorridos para transformar 
os materiais em produtos acabados. 
Outros Custos: O CPC 16 determina que os outros custos devem ser 
incluídos nos custos dos estoques somente na medida em que sejam incorridos 
para colocar os estoques no seu local e na sua condição atuais. A exemplo 
destes custos podemos considerar os gastos gerais que não sejam de produção 
ou os custos de desenho de produtos para clientes específicos. 
INVENTÁRIO FÍSICO 
Compreende a um procedimento de controle, que visa apurar as 
responsabilidades das pessoas que custodiam bens da empresa. 
Segundo Almeida (2012, p. 213) esse procedimento é executado pela 
contagem física dos bens e confrontado com os registros dos estoques. É 
interessante que esse trabalho seja realizado por alguém que não seja 
responsável pela custódia dos estoques, no entanto isso não impede que o 
mesmo acompanhe. 
Seu principal objetivo é adequar o estoque físico da empresa com o que 
está registrado. É aconselhável que a contagem física do estoque seja realizada 
ao menos uma vez a cada ano. 
Pontos a serem observados na contagem física do Estoque: 
 Local 
 Bens que serão inventariados 
 Pessoal 
 Equipamentos e Utensílios 
 Layout 
Arrumação 
 Movimentação dos Estoques 
 Corte das Operações 
 Execução das contagens 
 Outros pontos. 
AUDITORIA DE ESTOQUES 
A auditoria tem uma importância substancial como componente 
fundamental no sistema de informações, mensuração de desempenho e de 
prestação de contas que a administração de uma entidade pode possuir. O 
Administrador exerce as atividades a ele competente apresentando dados e 
informações precisas, a auditoria executará as avaliações, análises das referidas 
informações. 
O objetivo do controle de estoque, é potencializar o investimento em 
estoques, ampliando o uso eficiente dos meios internos de uma entidade, 
minimizando a necessidade de maior capital investido nos seus estoques. 
A auditoria de estoques tem por objetivo de ratificar o controle e registros 
pertinentes ao estoque. 
Segundo relata Attie (2012, p.394) A auditoria dos estoques tem a finalidade de: 
 Determinar sua existência, que poderá estar na companhia, em 
custódia com terceiros ou em trânsito; 
 Determinar se é pertencente à companhia; 
 Determinar se foram aplicados os princípios de contabilidade; 
 Determinar a existência de estoques penhorados ou dados em 
garantia; 
 Determinar se estão corretamente classificados nas 
demonstrações financeiras e se as divulgações cabíveis foram expostas por 
notas explicativas. 
Cabe ao auditor observar o andamento do inventário físico e certificar-se 
com antecedência do programa de realização do inventário e com isso verificar 
se o mesmo é satisfatório e ao sugerir procedimentos que considerar 
necessário. 
O inventário físico deve ser um procedimento de controle que objetiva 
averiguar as responsabilidades dos que se ocupam dos bens da empresa. É 
executado pela contagem física dos itens e a comparação com os relatórios dos 
registros dos estoques intentando uma conciliação desses registros com a 
verdadeira situação dos estoques da empresa. 
Para certificar-se da real existência e propriedade do estoque devem ser 
adotados procedimentos relevantes onde o auditor deve verificar através de 
testes, os cálculos usados nas folhas de inventário, privando-se de erros que 
podem alterar o valor que está sendo calculado. 
REVISÃO DO CONTROLE INTERNO DE ESTOQUE 
Cada entidade estabelece o controle interno conforme as suas necessidades, 
baseadas na realidade envolvida, pessoas existentes e número de itens em 
estoque. A administração por sua vez, estabelece os controles que lhe propicie 
salvaguardar a sua gestão. Alguns exemplos de controles adotados pelas 
companhias: 
 Segregação de funções entre a guarda física dos estoques e a de 
contabilização; 
 Autorização de compra por pessoa de nível; 
 Utilização de coleta de preços para compras; 
 Registro perpétuo de estoques; 
 Determinação de ponto mínimo para estoques; 
 Contagem rotativa de estoques; Sistema de custos integrados à 
contabilidade; 
 Segregação de função entre o setor de compras e recebimento; 
 Contagem física quando da recepção e emissão de documento 
comprobatório. 
 
PROCEDIMENTOS DE CONTROLE NOS ESTOQUES 
Crepaldi (2013, p. 610) diz que: “O controle interno sobre os estoques 
compreende controles contábeis e físicos”. O controle contábil sobre os estoques 
é reconhecido através de um sistema onde as atividades sejam segregadas, de 
forma que não permita que os encarregados de controlar os estoques sejam os 
mesmos responsáveis pelo faturamento das vendas. O sistema contábil deve ser 
planejado de modo que o fluxo de dados se faça simultaneamente ao fluxo físico 
do estoque. 
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA 
Procedimento de auditoria é entendido por ATTIE (2012) como “as 
investigações técnicas que, tomadas em conjunto, permitem a formação 
fundamentada da opinião do auditor sobre as demonstrações financeiras ou 
sobre o trabalho realizado”. 
Toda auditoria possui um objetivo e são os procedimentos que os tornam 
possíveis de serem alcançados. Cabe ao auditor definir a extensão e a 
profundidade dos procedimentos adotados, a fim de obter provas satisfatórias 
que sustentem a sua opinião (ATTIE, 2012). 
Os procedimentos de auditoria são constituídos por: 
a) Testes de Observância: também conhecidos como os testes de 
aderência, eles visam testar os controles internos da entidade. De acordo com 
Cunha, Beuren e Hein (2006) eles “têm como objetivo a verificação e avaliação 
dos controles internos, se estes estão de acordo com os processos requeridos 
pela administração e se são suficientemente seguros e confiáveis para a devida 
salvaguarda do patrimônio”; 
b) Testes Substantivos: focam em verificar se os saldos contábeis estão 
corretos, se o reconhecimento e a mensuração dos elementos patrimoniais 
atende as normas contábeis vigentes. “[...] os testes substantivos são destinados 
a fornecer evidências quanto aos saldos e valores apontados nas 
demonstrações contábeis, a fim de identificar ou não a ocorrência de erros na 
contabilização das transações ocorridas” (CUNHA, BEUREN, HEIN, 2006, p.55) 
No Quadro, estão destacados os testes de observância e os testes 
substantivos contemplados na literatura. 
TESTES DE 
OBSERVÂNCIA 
TESTES 
SUBSTANTIVOS 
Teste de Assinaturas Exame e Contagem Física 
Teste de Aprovações Circularização 
Exame Documental Conciliações 
Teste de Segregação de 
Função 
Exame dos Documentos 
Originais 
Teste de Salvaguarda Conferência de Cálculos 
Integridade da Sequência 
Numérica 
Exame de Escrituração 
Teste de Documentação Exame de Registros 
Auxiliares 
Inquérito Inquérito 
Aplicação de Questionário Investigação Minuciosa 
Conferência de Cálculos Correlação das 
Informações 
Exame e Contagem Física Observação 
Quadro 1 – Testes de Observância e Testes Substantivos 
Fonte: Adaptado de Cunha et al. (2010). 
 
 
VERIFICAÇÃO DA EXISTÊNCIA FÍSICA 
INVENTÁRIO FÍSICO 
A maior responsabilidade e, consequentemente, o trabalho do Auditor 
Independente de maior alcance com relação aos estoques, está na sua 
participação na realização do inventário físico, quando são evidenciadas suas 
quantidades e os valores. Cabe, portanto, ao profissional de Auditoria observar 
o desenvolvimento do inventário físico em toda a sua amplitude, para poder 
certificar-se de que esse esteja corretamente registrado no Balanço Patrimonial. 
Para isso é necessário verificar os detalhes de instruções da empresa sobre o 
inventário praticado em relação ao controle de estoque, observando: 
 Planejamento; 
 Controle de etiquetas; 
 Corte das operações; 
 Movimentação externa e interna de produtos; 
 Identificação dos produtos. 
Ler os papéis de trabalho do exercício social anterior, observar 
atentamente os problemas detectados e com isso comparar com a análise atual. 
Levantar o estoque através de análise em loco, realizando a contagem de alguns 
itens juntamente com o registro do inventário. Realizar os testes de contagens. 
TESTE DE AVALIAÇÃO 
Revisão do sistema de alocação de custos aos estoques (UEPS e 
PEPS) e conferência dos cálculos 
 
- Revise o sistema de alocação de custos aos estoques. Verifique se ele 
é adequado em relação às operações da empresa, se está de acordo com os 
princípios fundamentais de contabilidade e consiste em comparação com o 
exercício social anterior. 
- Verifique se o somatório das relações finais de inventário concorda com 
os saldos das respectivas contas do razão geral da contabilidade. 
- Selecione matérias-primas, produtos em processo e produtos acabados 
para testes, com base nas relações finais de inventário. 
- Teste a matéria-prima da seguinte forma: 
° Confira as informações com os registrosperpétuos de estoques; 
° Verifique as quantidades multiplicadas pelo custo unitário são iguais ao 
custo total; 
° Revise os cálculos de apuração dos custos unitários durante o exercício 
social sob exame de acordo com o método utilizado pela empresa (Custo Médio, 
PEPS etc.) e com base no registro de estoque; 
Compare o custo unitário atual com a do ano anterior e investigue 
quaisquer anormalidades. 
REALIZAÇÃO DOS ESTOQUES 
O trabalho do auditor na área de estoques deve envolver procedimentos 
voltados para determinação de quaisquer problemas com a realização dos 
estoques, que sejam com perdas potenciais em relação ao mercado, quer com 
prazos além do normalmente realizado. 
Franco e Marra (2001, p. 406) transcrevem programas de auditoria para 
a área de estoques, destacando como: 
Ações do auditor: 
I - Revisar o planejamento da empresa para levantamento do inventário 
físico a fim de assegurar-se quanto à sua adequação. 
II - Efetuar reunião preliminar com os auxiliares e orientá-los devidamente 
quanto aos pontos mais importantes do inventário e as peculiaridades de 
trabalho. 
III - Obter a preparação do "corte" das entradas e saídas anotadas, em 
sincronização com o movimento dos materiais. 
IV - Obter ou preparar relações das notas fiscais de mercadorias faturadas 
e ainda não entregues. 
V - No decorrer do inventário físico, percorrer todos os grupos de 
inventariantes, fazer testes das contagens, conferindo-as de imediato com as 
anotadas pelo cliente e verificar se os procedimentos de cada grupo são 
corretos. 
Ações do auditor: 
I - Verificar através da verificação das rotinas se o controle interno nesta 
área está de acordo com o que foi descrito no questionário de controle interno. 
II - Certificar-se de que o programa para observação do inventário físico 
foi devidamente respondido. 
III - Revisar os procedimentos da empresa para efetuar as contagens. 
IV - Efetuar a verificação do "corte" preparado por ocasião do inventário 
físico. 
V - Verificar se os itens testados durante o inventário físico encontram-se 
incluídos nas relações finais de inventários. 
O auditor deve inteirar-se do programa de realização do inventário de 
forma antecipada para verificar se este é satisfatório e se não requer algum 
ajuste nos procedimentos. Os métodos e/ou procedimentos de auditoria devem 
ser delineados caso a caso, considerando as particularidades e peculiaridades 
de cada empresa. O importante é que todas as áreas relacionadas ao setor 
auditado sejam examinadas criteriosamente. 
CUT-OFF 
O Cut-off visa identificar a correta contabilização das transações em seus 
períodos de competência. 
Um dos problemas para qual o auditor deve manter-se alerta é o constatar 
que todos os estoques existentes de propriedade da companhia foram 
apropriadamente incluídos nos estoques, e aqueles não mais pertencentes à 
companhia foram apropriadamente excluídos. O Cut-off relaciona-se com a 
independência de dois exercícios sociais separados apenas pela mudança 
cronológica de uma data previamente definida pela administração, como sendo 
a de encerramento do exercício social daquela companhia. 
Dessa forma, poderão ocorrer casos em que mercadorias tenham sido 
incluídas no estoque físico sem que tenha havido a consequente contabilização, 
ou então de vendas realizadas em períodos inadequados. Muito embora ao 
longo do tempo esses efeitos se compensem, o exercício social ora auditado terá 
sido influenciado pelos erros cometidos de contabilização em exercícios 
indevidos aumentando ou reduzindo o resultado do exercício encerrado. 
PAPÉIS DE TRABALHO 
Uma das normas de auditoria geralmente aceitas estabelece que o auditor 
deve colher elementos comprobatórios suficientes a fim de apoiar seu parecer 
sobre as demonstrações financeiras examinadas (Almeida, pag. 82). Com a 
necessidade de atender a essa norma, os auditores desenvolvem papéis de 
trabalho, que são o registro de todas as evidencias alocadas ao longo da 
elaboração da auditoria. 
Os principais objetivos, segundo Almeida (2008, pag. 82) da elaboração dos 
papeis de trabalho pelos auditores são os seguintes: 
 Atender as normas de auditoria geralmente aceitas; 
 Acumular as provas necessárias para suportar o parecer do 
auditor; 
 Auxiliar o auditor durante a execução de seu trabalho; 
 Facilitar a revisão por parte do auditor responsável, para que ele se 
assegure de que o serviço foi efetuado de forma correta; 
 Servir como base para avaliação dos auditores; 
 Ajudar no trabalho da próxima auditoria; 
 Representar na justiça as evidências do trabalho executado; 
 
Portanto, o auditor deve ter o máximo de cuidado ao elaborar os seus 
papeis de trabalho, pois os mesmos se espelham as características dos 
auditores que os elaboram. 
Os papeis de trabalho se subdividem em três tipos: programa de auditoria, 
papéis elaborados pelo auditor e outros papéis de trabalho. O programa de 
trabalho são programas-padrões elaborados por empresas a serem preenchidos 
pelos auditores em todas as áreas das demonstrações financeiras e também 
para outros assuntos relacionados à auditoria em si. Ele tem por objetivos 
principais: estabelecer por escrito a política da firma de auditoria; padronizar os 
procedimentos de auditoria dos profissionais de uma mesma organização; evitar 
que sejam omitidos procedimentos importantes; melhorar a qualidade dos 
serviços de auditoria. 
Os papéis de trabalho elaborados pelo auditor são elaborados à medida 
que há a necessidade dos mesmos no decorrer de um exame de auditoria, como 
objetivo de obter um registro do serviço executado. 
Por sua vez, os outros papéis de trabalho são: cartas de confirmação de 
terceiros (contas correntes bancárias, seguros, contas a receber, etc) e cópias 
de documentos importantes (estatuto social, contratos, carta de representação 
da administração). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
Diante das pesquisas realizadas, foi possível evidenciar que os estoques 
das empresas podem corresponder ao maior valor de ativo nelas existentes, e 
estes compreendem desde matéria prima até produtos prontos para 
comercialização e uso. Para tanto é de suma importância que estes estejam 
contabilizados de forma correta, que estejam com seus custos devidamente 
agregados para contribuir de forma positiva no resultado da organização. 
A auditoria dos estoques, objetiva justamente a verificação desses 
procedimentos. Certifica se o controle interno coloca em prática os objetivos que 
visam a mitigação das falhas nos estoques. Certifica também se os dados 
encontrados nas demonstrações contábeis correspondem ao que de fato a 
empresa possui, deixando explícitos possíveis agentes causadores da 
ineficiência da empresa. E para que a auditoria de estoques realmente dê esse 
resultado, é necessário que o seu programa seja feito de acordo com as 
particularidades e políticas da empresa auditada, observadas as normas e 
procedimentos específicos aplicados a conta Estoques. 
Pode-se concluir, que o planejamento bem elaborado somado a 
execução, obedecendo aos critérios de auditoria para área, a auditoria de 
estoques pode interferir de maneira significativa e positiva para os resultados 
das instituições. 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ALMEIDA, Marcelo Cavalcante. Auditoria: Um curso moderno e 
completo/Marcelo Cavalcante Almeida.- 8.ed –São Paulo, 2012. 
 
ATTIÊ, Willian. Auditoria: Conceitos e Aplicações/ William Attiê – 5.ed.-
São Paulo: Atlas,2011. 
 
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). CPC 16 (R1) -Estoques, 2009. Disponível em: www.cpc.org.br. Acesso em 19/05/2016. 
 
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. São 
Paulo: Atlas, 2000. 
 
http://www.tomislav.com.br/consideracoes-gerais-sobre-auditoria-de-
estoques/Acesso em 16/05/2016. 
 
http://www.portaleducacao.com.br/administracao/artigos/24251/principais
-procedimentos-de-auditoria-no-controle-de-estoque. Acesso em 16/05/2016. 
 
http://auditoriaemfoco.blogspot.com.br/procedimentosdeauditoria. 
Acesso em 20/05/2016.

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