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1 
 
Direito Financeiro 
 
Professor: Ricardo Murari 
Livro base: Direito financeiro 
Esquematizado, Tathiane Piscitelli, 3ª 
edição, editora Método 
2 
EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO, SOCIEDADE DE 
CONSUMO 
Necessidades biológicas 
X 
Necessidades “criadas”-Valores. 
 
3 
Evolução do conhecimento, 
Valores desvinculados das 
necessidades biológicas. 
O valor, contornos cada vez mais 
materiais, consumo. 
Difusão dos produtos 
4 
Moedas-mercadorias (sal, gado, ouro 
e prata). 
Criamos medida universal: dinheiro. 
Atualmente, inventamos um novo 
“valor-princípio” para conter os 
avanços do “valor-produtos”, em 
busca da preservação do planeta 
5 
àqueles que estão por vir: 
desenvolvimento sustentável. 
Pessoas são educadas para 
incorporar o sistema capitalista 
Antes: corpos → objeto de punição 
Hoje: corpos → força de trabalho 
6 
 ↓ 
Deve ser formado, ganhando aptidões 
para trabalhar. 
 
Antes: desvio da lei penal → vingança 
Hoje: desvio da lei penal → ajuste do 
7 
indivíduo → volta da utilidade social. 
 ↓ 
Reforma psicológica e moral das 
atitudes. 
Garantia do sistema capitalista 
Exaltação do instituto da propriedade 
8 
privada → garantia ao sistema. 
Direito contratual → para fazer 
circular as riquezas. 
Filosofos → trabalho não é da 
essência do homem. 
Poder político → força impositiva do 
seu direito e condução das instituições 
9 
sociais → fazer a essência do homem 
parecer ser o trabalho. 
Incremento da atividade comercial 
Intensificação da troca 
Progresso na mineração 
Avanços tecnológicos e econômico 
10 
Formação dos estados nacionais 
Desenvolvimento do comércio e 
indústria 
↓ 
Formação da sociedade mercantil e do 
capitalismo 
11 
↓ 
Sistema social produtivo 
Historicamente, acabou provando ser 
o mais eficiente. 
 
Do funcionamento da sociedade 
12 
atual quanto ao contexto econômico 
produtivo 
“Desenvolvimento econômico é 
apenas o codinome do aumento da 
produtividade do trabalho por hora”. 
(Delfin Neto) 
Desenvolvimento = aumentar 
13 
produtividade 
Fatores da produtividade: 
. Higidez da população (saúde, da 
gestante ao aposentado), 
. Nível de educação (permite criar e 
apropriar-se de inovações), 
14 
. Nível dos investimentos e das 
instituições (propriedade privada, 
segurança jurídica, mercados bem 
organizados, etc.). 
. Governo com comportamento 
amigável com relação ao setor privado 
que é, de fato, quem faz o 
desenvolvimento!” 
15 
Esquema jurídico-economico-social 
do desenvolvimento sustentável 
16 
17 
Pelas ferramentas de controle que 
tem, legitimadas pelo Direito, é o 
Estado que “conduz” o que será 
consumido “e quanto vai retornar ao 
processo produtivo na forma de 
investimento”. “ [...] 
O sistema se fecha sobre si mesmo: o 
consumo (do setor privado e do 
18 
governo) volta à população.” 
As instituições jurídicas, base para que 
isso funcione bem, são a propriedade 
privada, a segurança jurídica e os 
mercados bem organizados. 
 
 
19 
Conclusão 
O que alimenta o sistema: o valor-
produtos. 
O que legitima e garante efetividade e 
respeito ao sistema: o Direito. 
O que o estuda e organiza, buscando 
dar a ele eficiência: a Economia. 
20 
DIFERENÇAS DE DISCIPLINAS 
Direito econômico 
Intervenção do Estado na ordem 
econômica. 
Ordem econômica internacional 
(blocos econômicos) 
21 
Controle do mercado interno. 
Acertos e arranjos feitos para. 
explorarem o mercado. 
Regulam os monopólios e oligopólios, 
fusões e incorporações. 
Impedir a concorrência desleal, a 
manipulação de preços e mercado 
22 
pelas corporações. 
Sistema monetário internacional 
Evitar instabilidades cambiais e 
garantir estabilidade financeira. 
FMI - Socorrer países associados. 
Políticas monetária, de crédito, 
23 
cambial e de comércio exterior 
Política monetária 
Quantidade moeda e títulos públicos 
. emissões; 
. reservas compulsórias; 
. open market (compra e venda de 
24 
títulos públicos) 
. redesconto (empréstimos BC aos 
bancos comerciais) 
. regulação crédito e taxa de juros 
Políticas monetárias e fiscais: meios 
alternativos para mesmas finalidades 
(inflação, crescimento, etc.) 
25 
Política fiscal 
Arrecadação e despesas públicas 
. reduzir inflação: menor gasto 
público, aumento tributos (inibir 
consumo). 
. crescimento e emprego: oposto 
anterior. 
26 
. distribuição renda: impostos 
progressivos, gastos regiões menos 
favorecidas. 
Despesas públicas: papel do estado na 
geração de renda, produção e 
emprego. 
Constituição: preocupação em 
27 
promover o bem-estar: tributação, 
finanças públicas e orçamentos 
anuais. 
Política econômica = política fiscal + 
política monetária. 
Política fiscal: mais eficaz quanto 
melhoria na distribuição de renda 
28 
(taxação progressiva, gastos 
direcionados); 
Monetária é melhor que fiscal: 
implantação imediata, decisão apenas 
autoridades monetárias. Fiscal, 
demorada, aprovação Congresso, 
anterioridade, etc. 
29 
Política cambial e comercial 
Refere setor externo da economia 
Cambial: taxa de câmbio 
Comercial: incentivo ou não às 
importações/exportações = estímulos 
fiscais e creditícios. 
30 
Política de rendas 
Intervenção direta do governo na 
formação de renda (salários, aluguéis), 
com o controle e congelamento de 
preços. (hoje, praticamente só salário 
mínimo). 
Mercado Monetário 
31 
Quantidade de moedas. 
Variáveis: taxa de juros e estoque de 
moedas 
Mercado de títulos 
Interação agentes superavitários e 
deficitários 
32 
Mercado Financeiro 
= Mercado monetário + mercado de 
títulos 
↓ 
Também determinam taxa de juros 
Sistema financeiro 
33 
Formular política moeda e crédito. 
Conselho monetário nacional. 
Banco Central. CVM. 
Instituições bancárias e não bancárias 
(sistema financeiro da habitação, 
caixas econômicas e sociedades de 
crédito imobiliário, os bancos de 
34 
desenvolvimento, os bancos de 
investimento). 
Mercado de divisas 
Oferta de divisas: exportações e 
entrada de capitais financeiros 
Demanda: importações e saída de 
capital financeiro. 
35 
Base plano real: “âncora cambial”. 
Redução taxa de câmbio → estimulo 
importações → concorrência → 
redução preços → prejuízo 
exportações → déficit da balança 
comercial → saída de dólares → 
baixas reservas cambiais → 
empréstimos externos → déficit 
36 
externo → aumento dependência 
externa. 
Início Governo Lula: medo do PT → 
procura dólar → elevação taxa câmbio 
→ impacto insumos importados → 
aumento inflação. 
Lula, retomada inflação baixa: 
37 
aumento taxa de juros, restrição 
crédito e controle gastos públicos. 
Agregados do setor público 
Receita fiscal do governo 
Impostos indiretos 
Impostos diretos 
38 
Contribuições à previdência social 
Outras receitas (taxas, multas, 
aluguéis). 
Gastos do governo 
. Dos ministérios e autarquias 
(correntes ou de custeio e de capital). 
39 
. Das empresas públicas e sociedades 
de economia mista 
. Com transferências e subsídios 
Total da arrecadação > gastos = 
superávit 
Arrecadação – gastos ( não incluindo 
gastos com juros da dívida pública) = 
40 
superávit ou déficit primário ou fiscal 
Arrecadação – gastos – juros = 
superávit ou déficit total ou nominal 
Divisão da administração pública 
Em termos materiais, da atividade: 
a) Serviço público: para a população; 
41 
b) Polícia administrativa: restrições às 
atividades privadas em prol do 
interesse público; 
c) Fomento: àiniciativa privada de 
utilidade pública; 
d) Intervenção: toda intervenção do 
Estado no setor privado, exceto sua 
42 
atuação direta como agente 
econômico. 
 
 
DIREITO FINANCEIRO 
Objeto 
43 
1. Atividade financeira 
2. Orçamento público 
a) Receita pública 
b) Despesa pública 
Principais leis 
1. 4.320/64 
2. CTN 
Recepcionados L.C. 
44 
 
3. LC. 101/2.000 → lei de 
responsabilidade fiscal 
a) Maior regulamentação 
b) Maior controle / transparência 
Atividade financeira do Estado 
Objetivos 
45 
Obtenção de recursos 
Realização gastos 
Tipo de atividade 
a) Própria 
b) Indelegável 
c) Exercício soberania 
Necessidades 
públicas 
46 
Pilares 
a) Orçamento 
b) Receita 
c) Despesa 
Princípios 
Legalidade, economicidade, 
transparência, publicidade, 
47 
responsabilidade fiscal 
Legalidade 
� Prévia autorização legislativa 
↓ 
� Leis orçamentárias 
� Abertura créditos adicionais 
� Operações de crédito 
48 
(endividamento) 
Exceção legalidade 
Créditos adicionais extraordinários – 
Medida provisória 
 
 
49 
a) Guerra 
b) Comoção 
c) Calamidade 
Atenção: 
MP → relevância e urgência (ampla 
discricionariedade) 
Cred. Extraord. → despesas 
Pressupostos 
materiais 
50 
imprevisíveis e urgentes 
 
 
 
 
 
Baixa 
discricionarieda
de Densificação 
Normativa * Guerra 
* Comoção interna 
* Calamidade 
51 
Orçamento 
Aprovação legislativa 
Requisitos: 
a) Metas e diretrizes administração 
b) Distribuição receitas e despesas 
Economicidade 
52 
Eficiência no gasto público 
Transparência 
Acesso aos cidadãos → controle 
Incentivo à participação popular 
Responsabilidade fiscal 
Sanções a quem desrespeita os limites 
53 
Disciplina normativa 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao 
Distrito Federal legislar concorrentemente 
sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, 
econômico e urbanístico; (...) 
o Município não. 
 
54 
Art. 165 
§ 9º - Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a 
vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do plano plurianual, da lei de 
diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária 
anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e 
patrimonial da administração direta e indireta 
55 
bem como condições para a instituição e 
funcionamento de fundos. 
� Lei sobre as leis do sistema 
� Resultado: LC 101/2000 
PRIMEIRO PASSO: ORÇAMENTO PÚBLICO 
Princípios orçamentários 
 
56 
Exclusividade, universalidade, 
unidade, anualidade, programação 
equilíbrio orçamentário 
Exclusividade 
Somente previsões financeiras: 
� Previsão receitas 
� Fixação despesas 
57 
Exceções: 
o Autorizar abrir crédito 
suplementar 
o Contratar operações crédito 
(endividamento) 
Universalidade 
= Orçamento global = LOA contar 
58 
todas as receitas e despesas. 
Abranger: 
� Órgãos e poderes – orçamento 
fiscal. 
� Empresas estatais – investimento 
das empresas. 
� Órgãos da seguridade – 
59 
orçamento seguridade. 
165, § 5º - A lei orçamentária anual 
compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da 
União, seus fundos, órgãos e entidades da 
administração direta e indireta, inclusive 
fundações instituídas e mantidas pelo Poder 
Público; 
II - o orçamento de investimento das 
60 
empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital 
social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, 
abrangendo todas as entidades e órgãos a ela 
vinculados, da administração direta ou 
indireta, bem como os fundos e fundações 
instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
Art. 6, 4.320 → LOA → valores devem 
61 
ser brutos → universalidade 
Atenção: 
Universalidade não impede criação e 
exigência de tributos após aprovação 
LOA. 
 
Não existe princípio anualidade 
tributária 
62 
Unidade 
� Um orçamento para cada ente. 
Anualidade (vigência) 
� Um exercício financeiro (LDO / 
LOA) 
Programação 
63 
� Conter objetivos e metas 
� Planos e programas 
� Reduzir desigualdades inter-
regionais 
� Orçamento: forma de atingir 
objetivos 
§ 4º - Os planos e programas nacionais, 
regionais e setoriais previstos nesta 
Constituição serão elaborados em 
64 
consonância com o plano plurianual e 
apreciados pelo Congresso Nacional. 
§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, 
deste artigo, compatibilizados com o plano 
plurianual, terão entre suas funções a de 
reduzir desigualdades inter-regionais, segundo 
critério populacional. 
Equilíbrio orçamentário 
65 
Contas públicas: entradas iguais às 
saídas. 
Leis orçamentárias 
Aspectos gerais 
PPA → grandes objetivos 
LDO → intermediários 
66 
LOA → concreta 
Iniciativa das leis: executivo, mas cada 
poder faz sua proposta ao executivo. 
Proposta uma final → congresso 
nacional – comissão mista 
permanente. 
Comissão mista permanente → 
67 
senadores e deputados. Pareceres: 
a) Projetos 
b) Planos e programas 
c) Fiscalizar execução 
d) Contas apresentadas anualmente 
pelo Presidente 
e) Sobre emendas aos projetos → 
apreciação pelo plenário das duas 
68 
Casas do Congresso. 
↓ 
Condição: Comissão Mista 
não pode ter iniciado a 
votação da parte que se 
pretende alterar 
PL-PPA 
Sem emendas para 
aumento de despesas 
PLDO Só emendas compatíveis 
69 
com PPA 
PLOA 
1. Compatíveis com PPA 
e LDO 
2. Indicação de recursos 
que suportem 
alteração, só 
admitidas anulação de 
despesas. 
3. Relacionadas com 
correção de erros ou 
omissões 
 
70 
Dispositivo ainda não votado pela 
comissão mista ↓ 
Presidente: mensagem congresso ↓ 
Propondo alteração. 
Emendas ao PLDO: compatíveis PPA 
PLOA → Emendas: 
71 
a) compatíveis com PPA e LDO 
b) Indicar recursos (provenientes de 
anulação de despesas) 
c) Ser relativa com correção de erros 
ou omissões. 
Recursos sem despesas: créditos 
especiais ou suplementares → devem 
ter autorização legal prévia e 
72 
específica. 
Emendas no PPA → não podem 
aumentar as despesas 
Mandato presidencial X Vigência PPA 
1 2 3 4 Mandato seguinte 
Aprovação 
PPA 1 2 3 4 
73 
Ano 1 do mandato: aprovação PPA 
Até 4 meses antes término exercício: 
envio do PPPA ao legislativo (30/08) 
Devolvido para sanção até 
encerramento da sessão legislativa. 
LDO – questões temporais aprovação: 
74 
CF; ADCT; art. 35, § 2º 
I - o projeto do plano plurianual, para vigência 
até o final do primeiro exercício financeiro do 
mandato presidencial subseqüente, será 
encaminhado até quatro meses antes do 
encerramento do primeiro exercício financeiro 
e devolvido para sanção até o encerramento 
da sessão legislativa; 
Enviado para o legislativo: 
75 
8,5 meses. 15/04 
Devolvido p/ sanção 17/07 
 6 meses. 
LOA: difere PPA só por ser todos os 
anos. 
 Projeto LDO Projeto LOA 
Legislativo Não pode Pode 
76 
rejeitar rejeitar 
Ente fica sem orçamento → créditos 
suplementares caso a caso (168, § 8) 
Controle abstrato de 
constitucionalidade das leis 
orçamentárias 
Evolução do entendimento: 
77 
1998 – Inviável o controle abstrato. 
Leis orçamentárias tem natureza 
concreta. 
2003 – LO pode ter densidade 
normativa para controle abstrato. 
Dependendo, pode controle 
constitucionalidade. 
78 
2008 – LO é lei. Logo, sempre cabe 
controle abstrato. Se é formalmente 
uma lei, independentemente de suas 
características, CF já dá a ela 
densidade normativa suficiente para 
ser objeto de controle de sua 
constitucionalidade. 
Naturezado orçamento 
79 
É autorizativo, não impositivo. 
Não é obrigatória a realização da 
despesa. 
Há aspectos impositivos: Receitas → 
destinação própria → finalidades 
específicas (ex. receitas das 
contribuições) 
80 
Manobras para desvincular parte do 
orçamento das contribuições: 
DRU – Desvinculação das receitas da 
União. ↓ 
Desvincula 20% da arrecadação de 
impostos e contribuições sociais e de 
intervenção no domínio econômico da 
81 
União ↓ 
Dar ao administrador maior liberdade 
no manejo das verbas. 
Plano plurianual – PPA 
Vigência por 4 anos. 
Previsão regionalizada. 
82 
DOM – diretrizes, objetivos e metas. 
Orçamento programa (muito 
abstrato). 
Despesas de capital 
Programas/despesas de duração 
continuada. 
83 
Investimento + 1 exercício financeiro 
→ deve estar previsto no PPA – 
diretamente ou por lei que autorize a 
inclusão (art. 168, § 1º, CF). 
Não disciplina despesas com o custeio 
da máquina pública. Não tem 
despesas correntes. 
84 
Lei de diretrizes orçamentárias – LDO 
Vigência por 1 ano. 
MP: metas e prioridades. 
Visa exercício seguinte. 
Concretização do orçamento 
programa (PPA) 
85 
Orienta LOA. 
Dispõe sobre: 
a) Alterações tributárias 
b) Política de fomento 
 
LRF → LDO: 
i. Equilíbrio orçamentário. 
86 
ii. Critérios e formas de limitação de 
empenho (Casos de redução de 
despesas ou excesso de 
endividamento). 
iii. Controle de custos e resultados. 
iv. Transferências de recursos. 
v. Exigência de um anexo de riscos 
fiscais (riscos e providências) 
87 
vi. PLDO deve conter anexo de metas 
fiscais – metas anuais sobre: 
a) Receitas, 
b) Despesas, 
c) Resultados nominal e primário, 
d) Montante dívida pública. 
↓ 
Para exercício que se refere e 
88 
os dois seguintes. 
e) Avaliação do cumprimento das 
metas do ano anterior. 
f) Evolução do patrimônio líquido 3 
últimos exercícios (destaque do 
destino da receita obtida com a 
alienação de ativos). 
g) Avaliar situação financeira e 
89 
atuarial dos fundos públicos, 
programas estatais, RGPS e 
próprio, FAT (fundo de amparo ao 
trabalhador). 
h) Demonstrativo da estimativa e 
compensação de renúncia de 
receita e da margem de expansão 
das despesas obrigatórias de 
90 
caráter continuado. 
 
Assim: Anexo de metas fiscais: 
a) Compara metas passadas. 
b) Prima pela consistência passada e 
futura. 
91 
Presidente encaminha o PLDO via 
mensagem que conterá um outro 
anexo com: 
� Política monetária, 
� Creditícia, 
� Cambial, 
� Parâmetros e projeções para os 
principais agregados e variáveis, 
92 
� Metas da inflação. 
Lei orçamentária anual – LOA 
Mais concreta → receitas e despesas 
→ princípio da exclusividade ↓ 
Exceto quanto autorização para 
(i) abertura de crédito 
suplementar e para a (ii) 
93 
realização de operações de 
crédito. 
Apenas receitas e despesas e todas as 
receitas e despesas. 
Proibido: 
a) Finalidade imprecisa 
b) Dotação ilimitada. 
94 
Receitas vinculadas a despesas. 
Dividida em 3 orçamentos: 
a) Fiscal – administração direta e 
indireta. 
b) De investimento – receitas e 
despesas das empresas estatais. 
c) Da seguridade – às suas entidades 
95 
e órgãos vinculados. 
Anexos do PLOA: 
a) Demonstrativo regionalizado – 
efeito renúncia receitas (previsão 
das compensações aplicáveis). 
b) (LRF) Compatibilidade com 
diretrizes da LDO. 
96 
c) Reserva de contingência – riscos 
fiscais e contingentes LDO. 
As vedações orçamentárias 
Dois tipos: 
1) Quanto execução orçamentária → 
limitações quando da realização 
do orçamento. (CF, art. 167, I, VI, 
97 
VIII, IX e X) 
Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não 
incluídos na lei orçamentária anual; 
... 
V - a abertura de crédito suplementar ou 
especial sem prévia autorização legislativa e 
sem indicação dos recursos correspondentes; 
98 
VI - a transposição, o remanejamento ou a 
transferência de recursos de uma categoria de 
programação para outra ou de um órgão para 
outro, sem prévia autorização legislativa; 
VII - a concessão ou utilização de créditos 
ilimitados; 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa 
específica, de recursos dos orçamentos fiscal e 
da seguridade social para suprir necessidade 
ou cobrir déficit de empresas, fundações e 
99 
fundos, inclusive dos mencionados no art. 
165, § 5º; 
IX - a instituição de fundos de qualquer 
natureza, sem prévia autorização legislativa. 
X - a transferência voluntária de recursos e a 
concessão de empréstimos, inclusive por 
antecipação de receita, pelos Governos 
Federal e Estaduais e suas instituições 
financeiras, para pagamento de despesas 
com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos 
100 
Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios.(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
 
2) Quanto discriminação de receitas 
e despesas → limitações quando 
da elaboração da LOA – 
distribuição e discriminação de 
101 
despesas e receitas. 
Art. 167. São vedados: 
II - a realização de despesas ou a assunção de 
obrigações diretas que excedam os créditos 
orçamentários ou adicionais; 
III - a realização de operações de créditos que 
excedam o montante das despesas de capital, 
ressalvadas as autorizadas mediante créditos 
suplementares ou especiais com finalidade 
102 
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por 
maioria absoluta; 
IV - a vinculação de receita de impostos a 
órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a 
repartição do produto da arrecadação dos 
impostos a que se referem os arts. 158 e 159, 
a destinação de recursos para as ações e 
serviços públicos de saúde, para manutenção 
e desenvolvimento do ensino e para 
realização de atividades da administração 
103 
tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 
37, XXII, e a prestação de garantias às 
operações de crédito por antecipação de 
receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como 
o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada 
pela Emenda Constitucional nº 42, de 
19.12.2003) 
... 
XI - a utilização dos recursos provenientes das 
104 
contribuições sociais de que trata o art. 195, I, 
a, e II, (“seguridade”) para a realização de 
despesas distintas do pagamento de 
benefícios do regime geral de previdência 
social de que trata o art. 201. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
§ 1º - Nenhum investimento cuja execução 
ultrapasse um exercício financeiro poderá ser 
iniciado sem prévia inclusão no plano 
plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, 
105 
sob pena de crime de responsabilidade. 
§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários 
terão vigência no exercício financeiro em que 
forem autorizados, salvo se o ato de 
autorização for promulgado nos últimos 
quatro meses daquele exercício, caso em que, 
reabertos nos limites de seus saldos, serão 
incorporados ao orçamento do exercício 
financeiro subseqüente. 
§ 3º - A abertura de crédito extraordinário 
106 
somente será admitida para atender a 
despesas imprevisíveis e urgentes, como as 
decorrentes de guerra, comoção interna ou 
calamidade pública, observado o disposto no 
art. 62. 
§ 4.º É permitida a vinculação de receitas 
próprias geradas pelos impostos a que se 
referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de 
que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e 
II, para a prestação de garantia ou 
107 
contragarantia à União e para pagamento de 
débitos para com esta. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 1993) 
Execução Orçamentária 
Cumprir regras e etapas para a 
realização da despesa. 
LRF, art. 8º: Publicação dos 
108 
orçamentos: termoinicial das 
despesas. Executivo estabelecerá: 
a) Programação financeira 
b) Cronograma de execução mensal 
de desembolso 
 
LRF - Art. 8o Até trinta dias após a publicação 
109 
dos orçamentos, nos termos em que 
dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e 
observado o disposto na alínea c do inciso I 
do art. 4o, o Poder Executivo estabelecerá a 
programação financeira e o cronograma de 
execução mensal de desembolso. (Vide 
Decreto nº 4.959, de 2004) (Vide Decreto 
nº 5.356, de 2005) 
Parágrafo único. Os recursos legalmente 
vinculados a finalidade específica serão 
110 
utilizados exclusivamente para atender ao 
objeto de sua vinculação, ainda que em 
exercício diverso daquele em que ocorrer o 
ingresso. 
→ Recursos vinculados se mantém 
sempre vinculados. 
LRF - Art. 9o Se verificado, ao final de um 
bimestre, que a realização da receita poderá 
não comportar o cumprimento das metas de 
111 
resultado primário ou nominal estabelecidas 
no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o 
Ministério Público promoverão, por ato 
próprio e nos montantes necessários, nos 
trinta dias subseqüentes, limitação de 
empenho e movimentação financeira, 
segundo os critérios fixados pela lei de 
diretrizes orçamentárias. 
... 
§ 2o Não serão objeto de limitação as 
112 
despesas que constituam obrigações 
constitucionais e legais do ente, inclusive 
aquelas destinadas ao pagamento do serviço 
da dívida, e as ressalvadas pela lei de 
diretrizes orçamentárias. 
Início aos gastos 
1º - Emprenho: vinculação de receita a 
despesa específica. ↓ 
113 
Nota de empenho: confere certeza e 
previsibilidade. ↓ 
Modalidades de empenho: ordinário 
(pgtos à vista); por estimativa (não se 
sabe valor exato); global (pgtos 
parcelados). 
2º - Liquidação: Verificação direito 
114 
adquirido do credor (ex. entrega do 
material. ↓ 
Concreta prestação do serviço ou 
efetivo fornecimento do bem. 
3º - Ordem de pagamento 
(contabilidade) 
4º - Pagamento (tesouraria). 
115 
A COMPREENSÃO DA DISCIPLINA DAS 
RECEITAS E DESPESAS PÚBLICAS 
Receitas Públicas: definição e 
classificação 
Receita: entrada definitiva de $. 
Classificação quanto à: 
116 
Origem: 
� Originária: estado como 
particular 
� Derivada: advém poder imperium 
� Transferida: transferências entre 
os entes – obrigatórias (CF) ou 
voluntárias (liberalidade). 
117 
OBS. IPVA – para estado → derivada; 
município → transferida. 
Motivo: 
� Correntes: de atividades próprias 
do estado: tributos, exploração de 
seu patrimônio e transferências. 
� Capital: captação externa de 
118 
recursos: 
� Operações de endividamento; 
� Conversão de bens e direitos em $; 
� Recebidos de outros entes para 
atender despesa de capital; 
� Superávit do orçamento corrente. 
As receitas públicas na LRF 
Sobre a previsão e arrecadação das 
119 
receitas públicas 
CF atribui competência para um ente 
criar um tributo → não cria = 
irresponsabilidade ↓ 
Penalidade: não pode receber 
transferências voluntárias ↓ 
União não prejudicada → não recebe 
120 
transferências voluntárias. 
Previsão das receitas: demonstrativo 
de sua evolução nos últimos 3 
exercícios e projeção para os próximos 
dois seguintes. 
Publicado os orçamentos: executivo 
em 30 dias → criar metas bimestrais 
121 
de arrecadação. 
Executivo: disponibilizar estudos e 
estimativas de receitas aos demais 
poderes e ao MP ao menos 30 dias 
antes do prazo final para 
encaminhamento da proposta 
orçamentária. 
122 
Receitas e de operações de crédito 
(ROC) ≤ despesas de capital ↓ 
Não abrange operações de crédito 
autorizadas por créditos 
suplementares ou especiais de: 
a) despesas específicas, 
b) aprovados por maioria absoluta do 
123 
legislativo. 
Renúncia de receita (art. 14, LRF) 
É benefício que reduz ingresso: 
ansitia, remissão, subsídio, isenção, 
etc. 
Pode renunciar se: 
124 
I – Estimar impacto das perdas no ano 
e nos 2 seguintes. 
II – Respeitar LDO e 
a) Renúncia já estimada na LOA ou 
b) Apresente medidas de 
compensação por 3 anos 
(aumento de receitas) 
125 
Renúncias sem requisitos: 
a) Alterar alíquotas de impostos 
extra-fiscais (II, IE, IPI, IOF). 
b) Cancelar débitos cuja cobrança 
ficaria mais caras. 
Despesas públicas 
São os gastos → necessidades públicas 
126 
Indicação da fonte + autorização 
legislativa = despesa ok. 
Autorização legislativa = LOA ou 
crédito suplementar. 
Abertura de crédito adicional 
Despesa > previsto = créditos 
adicionais. Tipos: 
127 
I – Suplementar (reforço). 
II – Especiais (não previsto). 
III – Extraordinários (urgentes e não 
previstos – MP): guerra, comoção e 
calamidade → vetores para 
intepretação. 
Classificação da despesa de acordo 
128 
com o motivo do dispêndio: correntes 
e de capital 
Correntes → de manutenção = não 
aumenta o patrimônio. Tipos: 
I – De custeio: manutenção de 
serviços antes criados. 
II – Transferências correntes: não 
129 
corresponda contraprestação direta 
em bens ou serviços. 
III – Subvenção – cobrir as despesas 
das entidades beneficiadas (sociais e 
econômicas). 
De capital → aumenta o patrimônio 
público: 
130 
i) Investimentos (planejamento e 
execução de obras, equipamentos e 
aumento de capital de empresas). 
ii) Inversões financeiras = 
a) adquirir já em uso: imóveis, bens 
de capital, ações/quotas. 
b) Constituição ou aumento de 
131 
capital para empresas comerciais 
ou financeiras. 
 Investimento Inversões 
Efetivo aumento 
PIB 
Sim Não 
 Novos bens Mesmo PIB, mas 
com aumento 
patrimônio do 
ente. 
132 
iii) Transferências de capital: 
a) Auxílios (LOA) ou contribuições 
para outro ente. 
b) Dotações para amortização da 
dívida pública 
= 
Remessa para outro ente custear 
investimento e inversão financeira 
133 
Despesas vinculadas e obrigatórias na 
CF (art. 198 e 212) 
Exigências mínimas em saúde e 
educação. 
Para saúde, LC 141/2012: 
* Valor emprenhado exercício anterior 
+ 
134 
Estados: 12% ∆ nominal PIB 
Municípios: 15% ∆ nominal PIB 
Para educação: calculados sobre a 
receita de impostos: 
* União: 18% 
* Estados e municípios: 25% 
135 
É um tipo de vinculação, permitida por 
ser feita pela própria CF. 
Despesas públicas na LRF (art. 15 a 
24) 
Regras Gerais (art. 15, 16 e 17) 
Se as ações governamentais aumentar 
as despesas públicas → condições 
136 
prévias às despesas novas: 
I – Estimar impactos no ano e 2 
seguintes. 
II – Adequação do aumento com a 
LOA → dotação específica e suficiente: 
* Despeja majorada deve 
possuir contrapartida em receita 
137 
na LOA e não ultrapassar o 
limite máximo de despesas. 
III – Compatibilidade com PPA e LDO. 
Art. 17: Norma “original” prevendo 
aumento de despesa obrigatória de 
caráter continuado (+ 2 anos) = 
a) Criação ou aumento de despesa de 
138 
caráter continuado; 
b) Prorrogação de despesa por prazo 
certo. 
↓ 
Previsão na LOA ou em crédito 
adicional = Duas normas prevendo 
esse aumento: 
139 
a) Norma “original” e 
b) Norma orçamentária. 
Requisitos: 
a) Estimar impactos 
 
b) Demonstrar origem dos recursos 
 
140 
c) Não pode afetar as metas de 
resultados fiscais da LDO e 
 
a) Prever medidas de compensação 
(aumento receita ou redução 
despesa) ↓ 
Implementação é pré-requisito e 
já devem estar previstas na norma 
141 
original. 
Exceções à regra supra: 
a) Despesas para o serviço da dívida; 
b) Para o reajustamento de 
remuneração de pessoal. 
Despesas com pessoal (art. 18 a 23)

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