Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Direito Financeiro Professor: Ricardo Murari Livro base: Direito financeiro Esquematizado, Tathiane Piscitelli, 3ª edição, editora Método 2 EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO, SOCIEDADE DE CONSUMO Necessidades biológicas X Necessidades “criadas”-Valores. 3 Evolução do conhecimento, Valores desvinculados das necessidades biológicas. O valor, contornos cada vez mais materiais, consumo. Difusão dos produtos 4 Moedas-mercadorias (sal, gado, ouro e prata). Criamos medida universal: dinheiro. Atualmente, inventamos um novo “valor-princípio” para conter os avanços do “valor-produtos”, em busca da preservação do planeta 5 àqueles que estão por vir: desenvolvimento sustentável. Pessoas são educadas para incorporar o sistema capitalista Antes: corpos → objeto de punição Hoje: corpos → força de trabalho 6 ↓ Deve ser formado, ganhando aptidões para trabalhar. Antes: desvio da lei penal → vingança Hoje: desvio da lei penal → ajuste do 7 indivíduo → volta da utilidade social. ↓ Reforma psicológica e moral das atitudes. Garantia do sistema capitalista Exaltação do instituto da propriedade 8 privada → garantia ao sistema. Direito contratual → para fazer circular as riquezas. Filosofos → trabalho não é da essência do homem. Poder político → força impositiva do seu direito e condução das instituições 9 sociais → fazer a essência do homem parecer ser o trabalho. Incremento da atividade comercial Intensificação da troca Progresso na mineração Avanços tecnológicos e econômico 10 Formação dos estados nacionais Desenvolvimento do comércio e indústria ↓ Formação da sociedade mercantil e do capitalismo 11 ↓ Sistema social produtivo Historicamente, acabou provando ser o mais eficiente. Do funcionamento da sociedade 12 atual quanto ao contexto econômico produtivo “Desenvolvimento econômico é apenas o codinome do aumento da produtividade do trabalho por hora”. (Delfin Neto) Desenvolvimento = aumentar 13 produtividade Fatores da produtividade: . Higidez da população (saúde, da gestante ao aposentado), . Nível de educação (permite criar e apropriar-se de inovações), 14 . Nível dos investimentos e das instituições (propriedade privada, segurança jurídica, mercados bem organizados, etc.). . Governo com comportamento amigável com relação ao setor privado que é, de fato, quem faz o desenvolvimento!” 15 Esquema jurídico-economico-social do desenvolvimento sustentável 16 17 Pelas ferramentas de controle que tem, legitimadas pelo Direito, é o Estado que “conduz” o que será consumido “e quanto vai retornar ao processo produtivo na forma de investimento”. “ [...] O sistema se fecha sobre si mesmo: o consumo (do setor privado e do 18 governo) volta à população.” As instituições jurídicas, base para que isso funcione bem, são a propriedade privada, a segurança jurídica e os mercados bem organizados. 19 Conclusão O que alimenta o sistema: o valor- produtos. O que legitima e garante efetividade e respeito ao sistema: o Direito. O que o estuda e organiza, buscando dar a ele eficiência: a Economia. 20 DIFERENÇAS DE DISCIPLINAS Direito econômico Intervenção do Estado na ordem econômica. Ordem econômica internacional (blocos econômicos) 21 Controle do mercado interno. Acertos e arranjos feitos para. explorarem o mercado. Regulam os monopólios e oligopólios, fusões e incorporações. Impedir a concorrência desleal, a manipulação de preços e mercado 22 pelas corporações. Sistema monetário internacional Evitar instabilidades cambiais e garantir estabilidade financeira. FMI - Socorrer países associados. Políticas monetária, de crédito, 23 cambial e de comércio exterior Política monetária Quantidade moeda e títulos públicos . emissões; . reservas compulsórias; . open market (compra e venda de 24 títulos públicos) . redesconto (empréstimos BC aos bancos comerciais) . regulação crédito e taxa de juros Políticas monetárias e fiscais: meios alternativos para mesmas finalidades (inflação, crescimento, etc.) 25 Política fiscal Arrecadação e despesas públicas . reduzir inflação: menor gasto público, aumento tributos (inibir consumo). . crescimento e emprego: oposto anterior. 26 . distribuição renda: impostos progressivos, gastos regiões menos favorecidas. Despesas públicas: papel do estado na geração de renda, produção e emprego. Constituição: preocupação em 27 promover o bem-estar: tributação, finanças públicas e orçamentos anuais. Política econômica = política fiscal + política monetária. Política fiscal: mais eficaz quanto melhoria na distribuição de renda 28 (taxação progressiva, gastos direcionados); Monetária é melhor que fiscal: implantação imediata, decisão apenas autoridades monetárias. Fiscal, demorada, aprovação Congresso, anterioridade, etc. 29 Política cambial e comercial Refere setor externo da economia Cambial: taxa de câmbio Comercial: incentivo ou não às importações/exportações = estímulos fiscais e creditícios. 30 Política de rendas Intervenção direta do governo na formação de renda (salários, aluguéis), com o controle e congelamento de preços. (hoje, praticamente só salário mínimo). Mercado Monetário 31 Quantidade de moedas. Variáveis: taxa de juros e estoque de moedas Mercado de títulos Interação agentes superavitários e deficitários 32 Mercado Financeiro = Mercado monetário + mercado de títulos ↓ Também determinam taxa de juros Sistema financeiro 33 Formular política moeda e crédito. Conselho monetário nacional. Banco Central. CVM. Instituições bancárias e não bancárias (sistema financeiro da habitação, caixas econômicas e sociedades de crédito imobiliário, os bancos de 34 desenvolvimento, os bancos de investimento). Mercado de divisas Oferta de divisas: exportações e entrada de capitais financeiros Demanda: importações e saída de capital financeiro. 35 Base plano real: “âncora cambial”. Redução taxa de câmbio → estimulo importações → concorrência → redução preços → prejuízo exportações → déficit da balança comercial → saída de dólares → baixas reservas cambiais → empréstimos externos → déficit 36 externo → aumento dependência externa. Início Governo Lula: medo do PT → procura dólar → elevação taxa câmbio → impacto insumos importados → aumento inflação. Lula, retomada inflação baixa: 37 aumento taxa de juros, restrição crédito e controle gastos públicos. Agregados do setor público Receita fiscal do governo Impostos indiretos Impostos diretos 38 Contribuições à previdência social Outras receitas (taxas, multas, aluguéis). Gastos do governo . Dos ministérios e autarquias (correntes ou de custeio e de capital). 39 . Das empresas públicas e sociedades de economia mista . Com transferências e subsídios Total da arrecadação > gastos = superávit Arrecadação – gastos ( não incluindo gastos com juros da dívida pública) = 40 superávit ou déficit primário ou fiscal Arrecadação – gastos – juros = superávit ou déficit total ou nominal Divisão da administração pública Em termos materiais, da atividade: a) Serviço público: para a população; 41 b) Polícia administrativa: restrições às atividades privadas em prol do interesse público; c) Fomento: àiniciativa privada de utilidade pública; d) Intervenção: toda intervenção do Estado no setor privado, exceto sua 42 atuação direta como agente econômico. DIREITO FINANCEIRO Objeto 43 1. Atividade financeira 2. Orçamento público a) Receita pública b) Despesa pública Principais leis 1. 4.320/64 2. CTN Recepcionados L.C. 44 3. LC. 101/2.000 → lei de responsabilidade fiscal a) Maior regulamentação b) Maior controle / transparência Atividade financeira do Estado Objetivos 45 Obtenção de recursos Realização gastos Tipo de atividade a) Própria b) Indelegável c) Exercício soberania Necessidades públicas 46 Pilares a) Orçamento b) Receita c) Despesa Princípios Legalidade, economicidade, transparência, publicidade, 47 responsabilidade fiscal Legalidade � Prévia autorização legislativa ↓ � Leis orçamentárias � Abertura créditos adicionais � Operações de crédito 48 (endividamento) Exceção legalidade Créditos adicionais extraordinários – Medida provisória 49 a) Guerra b) Comoção c) Calamidade Atenção: MP → relevância e urgência (ampla discricionariedade) Cred. Extraord. → despesas Pressupostos materiais 50 imprevisíveis e urgentes Baixa discricionarieda de Densificação Normativa * Guerra * Comoção interna * Calamidade 51 Orçamento Aprovação legislativa Requisitos: a) Metas e diretrizes administração b) Distribuição receitas e despesas Economicidade 52 Eficiência no gasto público Transparência Acesso aos cidadãos → controle Incentivo à participação popular Responsabilidade fiscal Sanções a quem desrespeita os limites 53 Disciplina normativa Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; (...) o Município não. 54 Art. 165 § 9º - Cabe à lei complementar: I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta 55 bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. � Lei sobre as leis do sistema � Resultado: LC 101/2000 PRIMEIRO PASSO: ORÇAMENTO PÚBLICO Princípios orçamentários 56 Exclusividade, universalidade, unidade, anualidade, programação equilíbrio orçamentário Exclusividade Somente previsões financeiras: � Previsão receitas � Fixação despesas 57 Exceções: o Autorizar abrir crédito suplementar o Contratar operações crédito (endividamento) Universalidade = Orçamento global = LOA contar 58 todas as receitas e despesas. Abranger: � Órgãos e poderes – orçamento fiscal. � Empresas estatais – investimento das empresas. � Órgãos da seguridade – 59 orçamento seguridade. 165, § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - o orçamento de investimento das 60 empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. Art. 6, 4.320 → LOA → valores devem 61 ser brutos → universalidade Atenção: Universalidade não impede criação e exigência de tributos após aprovação LOA. Não existe princípio anualidade tributária 62 Unidade � Um orçamento para cada ente. Anualidade (vigência) � Um exercício financeiro (LDO / LOA) Programação 63 � Conter objetivos e metas � Planos e programas � Reduzir desigualdades inter- regionais � Orçamento: forma de atingir objetivos § 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em 64 consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. § 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. Equilíbrio orçamentário 65 Contas públicas: entradas iguais às saídas. Leis orçamentárias Aspectos gerais PPA → grandes objetivos LDO → intermediários 66 LOA → concreta Iniciativa das leis: executivo, mas cada poder faz sua proposta ao executivo. Proposta uma final → congresso nacional – comissão mista permanente. Comissão mista permanente → 67 senadores e deputados. Pareceres: a) Projetos b) Planos e programas c) Fiscalizar execução d) Contas apresentadas anualmente pelo Presidente e) Sobre emendas aos projetos → apreciação pelo plenário das duas 68 Casas do Congresso. ↓ Condição: Comissão Mista não pode ter iniciado a votação da parte que se pretende alterar PL-PPA Sem emendas para aumento de despesas PLDO Só emendas compatíveis 69 com PPA PLOA 1. Compatíveis com PPA e LDO 2. Indicação de recursos que suportem alteração, só admitidas anulação de despesas. 3. Relacionadas com correção de erros ou omissões 70 Dispositivo ainda não votado pela comissão mista ↓ Presidente: mensagem congresso ↓ Propondo alteração. Emendas ao PLDO: compatíveis PPA PLOA → Emendas: 71 a) compatíveis com PPA e LDO b) Indicar recursos (provenientes de anulação de despesas) c) Ser relativa com correção de erros ou omissões. Recursos sem despesas: créditos especiais ou suplementares → devem ter autorização legal prévia e 72 específica. Emendas no PPA → não podem aumentar as despesas Mandato presidencial X Vigência PPA 1 2 3 4 Mandato seguinte Aprovação PPA 1 2 3 4 73 Ano 1 do mandato: aprovação PPA Até 4 meses antes término exercício: envio do PPPA ao legislativo (30/08) Devolvido para sanção até encerramento da sessão legislativa. LDO – questões temporais aprovação: 74 CF; ADCT; art. 35, § 2º I - o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subseqüente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa; Enviado para o legislativo: 75 8,5 meses. 15/04 Devolvido p/ sanção 17/07 6 meses. LOA: difere PPA só por ser todos os anos. Projeto LDO Projeto LOA Legislativo Não pode Pode 76 rejeitar rejeitar Ente fica sem orçamento → créditos suplementares caso a caso (168, § 8) Controle abstrato de constitucionalidade das leis orçamentárias Evolução do entendimento: 77 1998 – Inviável o controle abstrato. Leis orçamentárias tem natureza concreta. 2003 – LO pode ter densidade normativa para controle abstrato. Dependendo, pode controle constitucionalidade. 78 2008 – LO é lei. Logo, sempre cabe controle abstrato. Se é formalmente uma lei, independentemente de suas características, CF já dá a ela densidade normativa suficiente para ser objeto de controle de sua constitucionalidade. Naturezado orçamento 79 É autorizativo, não impositivo. Não é obrigatória a realização da despesa. Há aspectos impositivos: Receitas → destinação própria → finalidades específicas (ex. receitas das contribuições) 80 Manobras para desvincular parte do orçamento das contribuições: DRU – Desvinculação das receitas da União. ↓ Desvincula 20% da arrecadação de impostos e contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico da 81 União ↓ Dar ao administrador maior liberdade no manejo das verbas. Plano plurianual – PPA Vigência por 4 anos. Previsão regionalizada. 82 DOM – diretrizes, objetivos e metas. Orçamento programa (muito abstrato). Despesas de capital Programas/despesas de duração continuada. 83 Investimento + 1 exercício financeiro → deve estar previsto no PPA – diretamente ou por lei que autorize a inclusão (art. 168, § 1º, CF). Não disciplina despesas com o custeio da máquina pública. Não tem despesas correntes. 84 Lei de diretrizes orçamentárias – LDO Vigência por 1 ano. MP: metas e prioridades. Visa exercício seguinte. Concretização do orçamento programa (PPA) 85 Orienta LOA. Dispõe sobre: a) Alterações tributárias b) Política de fomento LRF → LDO: i. Equilíbrio orçamentário. 86 ii. Critérios e formas de limitação de empenho (Casos de redução de despesas ou excesso de endividamento). iii. Controle de custos e resultados. iv. Transferências de recursos. v. Exigência de um anexo de riscos fiscais (riscos e providências) 87 vi. PLDO deve conter anexo de metas fiscais – metas anuais sobre: a) Receitas, b) Despesas, c) Resultados nominal e primário, d) Montante dívida pública. ↓ Para exercício que se refere e 88 os dois seguintes. e) Avaliação do cumprimento das metas do ano anterior. f) Evolução do patrimônio líquido 3 últimos exercícios (destaque do destino da receita obtida com a alienação de ativos). g) Avaliar situação financeira e 89 atuarial dos fundos públicos, programas estatais, RGPS e próprio, FAT (fundo de amparo ao trabalhador). h) Demonstrativo da estimativa e compensação de renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de 90 caráter continuado. Assim: Anexo de metas fiscais: a) Compara metas passadas. b) Prima pela consistência passada e futura. 91 Presidente encaminha o PLDO via mensagem que conterá um outro anexo com: � Política monetária, � Creditícia, � Cambial, � Parâmetros e projeções para os principais agregados e variáveis, 92 � Metas da inflação. Lei orçamentária anual – LOA Mais concreta → receitas e despesas → princípio da exclusividade ↓ Exceto quanto autorização para (i) abertura de crédito suplementar e para a (ii) 93 realização de operações de crédito. Apenas receitas e despesas e todas as receitas e despesas. Proibido: a) Finalidade imprecisa b) Dotação ilimitada. 94 Receitas vinculadas a despesas. Dividida em 3 orçamentos: a) Fiscal – administração direta e indireta. b) De investimento – receitas e despesas das empresas estatais. c) Da seguridade – às suas entidades 95 e órgãos vinculados. Anexos do PLOA: a) Demonstrativo regionalizado – efeito renúncia receitas (previsão das compensações aplicáveis). b) (LRF) Compatibilidade com diretrizes da LDO. 96 c) Reserva de contingência – riscos fiscais e contingentes LDO. As vedações orçamentárias Dois tipos: 1) Quanto execução orçamentária → limitações quando da realização do orçamento. (CF, art. 167, I, VI, 97 VIII, IX e X) Art. 167. São vedados: I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; ... V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; 98 VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e 99 fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º; IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa. X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos 100 Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 2) Quanto discriminação de receitas e despesas → limitações quando da elaboração da LOA – distribuição e discriminação de 101 despesas e receitas. Art. 167. São vedados: II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais; III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade 102 precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta; IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração 103 tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) ... XI - a utilização dos recursos provenientes das 104 contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e II, (“seguridade”) para a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, 105 sob pena de crime de responsabilidade. § 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. § 3º - A abertura de crédito extraordinário 106 somente será admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62. § 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de garantia ou 107 contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) Execução Orçamentária Cumprir regras e etapas para a realização da despesa. LRF, art. 8º: Publicação dos 108 orçamentos: termoinicial das despesas. Executivo estabelecerá: a) Programação financeira b) Cronograma de execução mensal de desembolso LRF - Art. 8o Até trinta dias após a publicação 109 dos orçamentos, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias e observado o disposto na alínea c do inciso I do art. 4o, o Poder Executivo estabelecerá a programação financeira e o cronograma de execução mensal de desembolso. (Vide Decreto nº 4.959, de 2004) (Vide Decreto nº 5.356, de 2005) Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão 110 utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. → Recursos vinculados se mantém sempre vinculados. LRF - Art. 9o Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de 111 resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias. ... § 2o Não serão objeto de limitação as 112 despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, e as ressalvadas pela lei de diretrizes orçamentárias. Início aos gastos 1º - Emprenho: vinculação de receita a despesa específica. ↓ 113 Nota de empenho: confere certeza e previsibilidade. ↓ Modalidades de empenho: ordinário (pgtos à vista); por estimativa (não se sabe valor exato); global (pgtos parcelados). 2º - Liquidação: Verificação direito 114 adquirido do credor (ex. entrega do material. ↓ Concreta prestação do serviço ou efetivo fornecimento do bem. 3º - Ordem de pagamento (contabilidade) 4º - Pagamento (tesouraria). 115 A COMPREENSÃO DA DISCIPLINA DAS RECEITAS E DESPESAS PÚBLICAS Receitas Públicas: definição e classificação Receita: entrada definitiva de $. Classificação quanto à: 116 Origem: � Originária: estado como particular � Derivada: advém poder imperium � Transferida: transferências entre os entes – obrigatórias (CF) ou voluntárias (liberalidade). 117 OBS. IPVA – para estado → derivada; município → transferida. Motivo: � Correntes: de atividades próprias do estado: tributos, exploração de seu patrimônio e transferências. � Capital: captação externa de 118 recursos: � Operações de endividamento; � Conversão de bens e direitos em $; � Recebidos de outros entes para atender despesa de capital; � Superávit do orçamento corrente. As receitas públicas na LRF Sobre a previsão e arrecadação das 119 receitas públicas CF atribui competência para um ente criar um tributo → não cria = irresponsabilidade ↓ Penalidade: não pode receber transferências voluntárias ↓ União não prejudicada → não recebe 120 transferências voluntárias. Previsão das receitas: demonstrativo de sua evolução nos últimos 3 exercícios e projeção para os próximos dois seguintes. Publicado os orçamentos: executivo em 30 dias → criar metas bimestrais 121 de arrecadação. Executivo: disponibilizar estudos e estimativas de receitas aos demais poderes e ao MP ao menos 30 dias antes do prazo final para encaminhamento da proposta orçamentária. 122 Receitas e de operações de crédito (ROC) ≤ despesas de capital ↓ Não abrange operações de crédito autorizadas por créditos suplementares ou especiais de: a) despesas específicas, b) aprovados por maioria absoluta do 123 legislativo. Renúncia de receita (art. 14, LRF) É benefício que reduz ingresso: ansitia, remissão, subsídio, isenção, etc. Pode renunciar se: 124 I – Estimar impacto das perdas no ano e nos 2 seguintes. II – Respeitar LDO e a) Renúncia já estimada na LOA ou b) Apresente medidas de compensação por 3 anos (aumento de receitas) 125 Renúncias sem requisitos: a) Alterar alíquotas de impostos extra-fiscais (II, IE, IPI, IOF). b) Cancelar débitos cuja cobrança ficaria mais caras. Despesas públicas São os gastos → necessidades públicas 126 Indicação da fonte + autorização legislativa = despesa ok. Autorização legislativa = LOA ou crédito suplementar. Abertura de crédito adicional Despesa > previsto = créditos adicionais. Tipos: 127 I – Suplementar (reforço). II – Especiais (não previsto). III – Extraordinários (urgentes e não previstos – MP): guerra, comoção e calamidade → vetores para intepretação. Classificação da despesa de acordo 128 com o motivo do dispêndio: correntes e de capital Correntes → de manutenção = não aumenta o patrimônio. Tipos: I – De custeio: manutenção de serviços antes criados. II – Transferências correntes: não 129 corresponda contraprestação direta em bens ou serviços. III – Subvenção – cobrir as despesas das entidades beneficiadas (sociais e econômicas). De capital → aumenta o patrimônio público: 130 i) Investimentos (planejamento e execução de obras, equipamentos e aumento de capital de empresas). ii) Inversões financeiras = a) adquirir já em uso: imóveis, bens de capital, ações/quotas. b) Constituição ou aumento de 131 capital para empresas comerciais ou financeiras. Investimento Inversões Efetivo aumento PIB Sim Não Novos bens Mesmo PIB, mas com aumento patrimônio do ente. 132 iii) Transferências de capital: a) Auxílios (LOA) ou contribuições para outro ente. b) Dotações para amortização da dívida pública = Remessa para outro ente custear investimento e inversão financeira 133 Despesas vinculadas e obrigatórias na CF (art. 198 e 212) Exigências mínimas em saúde e educação. Para saúde, LC 141/2012: * Valor emprenhado exercício anterior + 134 Estados: 12% ∆ nominal PIB Municípios: 15% ∆ nominal PIB Para educação: calculados sobre a receita de impostos: * União: 18% * Estados e municípios: 25% 135 É um tipo de vinculação, permitida por ser feita pela própria CF. Despesas públicas na LRF (art. 15 a 24) Regras Gerais (art. 15, 16 e 17) Se as ações governamentais aumentar as despesas públicas → condições 136 prévias às despesas novas: I – Estimar impactos no ano e 2 seguintes. II – Adequação do aumento com a LOA → dotação específica e suficiente: * Despeja majorada deve possuir contrapartida em receita 137 na LOA e não ultrapassar o limite máximo de despesas. III – Compatibilidade com PPA e LDO. Art. 17: Norma “original” prevendo aumento de despesa obrigatória de caráter continuado (+ 2 anos) = a) Criação ou aumento de despesa de 138 caráter continuado; b) Prorrogação de despesa por prazo certo. ↓ Previsão na LOA ou em crédito adicional = Duas normas prevendo esse aumento: 139 a) Norma “original” e b) Norma orçamentária. Requisitos: a) Estimar impactos b) Demonstrar origem dos recursos 140 c) Não pode afetar as metas de resultados fiscais da LDO e a) Prever medidas de compensação (aumento receita ou redução despesa) ↓ Implementação é pré-requisito e já devem estar previstas na norma 141 original. Exceções à regra supra: a) Despesas para o serviço da dívida; b) Para o reajustamento de remuneração de pessoal. Despesas com pessoal (art. 18 a 23)
Compartilhar