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~$DIREITO TRIBUTÁRIO 1° BIMESTRE - MATERIA DA PROVA

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DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO – 2020 – 1° BIMESTRE 
Laís Borri 
RECEITA PÚBLICA 
GENERALIDADES 
Atividade financeira do Estado; 
Serviços Públicos; 
Orçamento; 
Recursos. 
LEGISLAÇÃO 
CF; LC 101/2000; Lei n° 4320/64. 
CONCEITO LEGAL 
A lei orçamentária conterá a discriminação da receita e 
despesa de forma a evidenciar a política econômica 
financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos 
os princípios de unidade universalidade e anuidade, 
compreenderá todas as receitas. 
CONCEITO DOUTRINÁRIO 
É a entrada que, integrando-se no patrimônio público sem 
quaisquer reservas, condições, vem acrescer o seu vulto 
como elemento novo e positivo. 
CARACTERÍSTICAS 
Entradas/Ingresso integra-se de modo permanente ao 
patrimônio do Estado, tem com fim custear as despesas 
públicas. 
CLASSIFICAÇÃO 
QUANTO À REGULARIDADE: Receitas ordinárias: periódicas, 
constante, se renovam de ano a ano, exemplo: IPTU e IPVA; 
Receitas extraordinárias: esporádicas, às vezes excepcionais, 
não se renovam ano a ano, por exemplo em situações de 
calamidade pública e guerras. 
QUANTO À ORIGEM: originárias: exploração da atividade 
econômica do próprio Estado, exemplo aluguel de imóvel 
público; 
Derivadas: provenientes da economia privada, 
representadas pelo tributo, pelos ingressos parafiscais, 
extrafiscais e tributários, e pelas multas e penalidades. 
Tributo é receita derivada instituída pelas entidades de 
direito público, compreendido os impostos, as taxas e 
contribuições, destinando-se o seu produto ao custeio de 
atividades gerais ou específicas exercidas. 
QUANTO À NATUREZA: orçamentária: previstas no 
orçamento de modo que serão consideradas quando da 
fixação das despesas públicas. 
ARO- operações por antecipação de receita, são receitas 
orçamentárias, todas as arrecadas, ainda que não previstas 
no orçamento. 
Extraorçamentária: não fazem parte do orçamento, não 
serão consideradas quando da fixação das despesas 
públicas. 
CLASSIFICAÇÃO DE SELIGMAN 
PREÇO QUASE-PRIVADO: atividade financeira do Estado de 
interesse exclusivamente privado, somente guardada 
pertinência com interesse público por estar sendo 
desenvolvida por um ente desta natureza; 
PREÇO PÚBLICO: proveniente da exploração de atividade 
que, embora possua algum interesse público, se destaca 
pelo interesse particular predominante, é a contraprestação 
por serviço; 
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: decorre de vantagem para 
uma determinada COLETIVIDADE ou categoria de indivíduos 
ainda com o interesse público preponderante, exemplo obra 
pública; 
TAXA: proveniente da atividade em que o interesse público 
prepondera o interesse particular, é mensurável para cada 
indivíduo, é a contraprestação por serviço essencial 
prestado. 
IMPOSTOS: resultante, exclusivamente, do interesse 
público, meramente acidental a vantagem percebida pelo 
particular, os serviços são prestados pelo governo, portanto 
não é possível medir. 
CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA 
RECEITA CORRENTE: art. 11 da Lei 4.320/64 §1° receitas 
tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, 
industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de 
recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito 
público ou privado, quando destinadas a atender despesas 
classificáveis em Despesas Correntes. 
Possuem destinação específica, tais despesas sempre 
aparecem. 
A classificação de tais receitas de divide em: 
1. Receitas tributárias: impostos, taxas, contribuições de 
melhoria, empréstimo compulsório e contribuições 
especiais; 
2. Receita patrimonial; 
3. Receita industrial; 
4. Receita de serviços; 
5. Transferências correntes: valores que a União destina para 
Estados e Municípios, ou que Estados passam para 
Municípios, com frequência, para fim específico ex: 
programa de médicos. 
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DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO – 2020 – 1° BIMESTRE 
Laís Borri 
6. Outras receitas correntes: dívida ativa. 
RECEITAS DE CAPITAL: art. 11 § 2° provenientes da 
realização de recursos financeiros oriundos de constituição 
de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os 
recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou 
privado, destinados a atender despesas classificáveis em 
Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento 
Corrente. 
Possuem finalidade diversa das despesas correntes, por 
exemplo, destinam-se a construção. 
Classificação: 
1. Operações de crédito: empréstimos; 
2. Alienação de bens; 
3. Amortização de empréstimos: quem deve paga a dívida 
principal e não os juros; 
4. Transferência de capital: União envia dinheiro para a 
construção de um hospital, não acontece sempre. 
ETAPAS 
1. Previsão; 
2. Lançamento: verificação da procedência do crédito pela 
autoridade fiscal; 
3. Arrecadação: destinação; 
4. Pagamento: entrega efetiva do dinheiro. 
DESPESAS PÚBLICAS 
CONCEITO 
Aplicação de certa quantia em dinheiro, por parte da 
autoridade ou agente público competente dentro de uma 
autorização legislativa para cargo do governo. 
Pressupõe o dispêndio de dinheiro. Deve ser antecedida por 
previsão orçamentária. 
FUNÇÃO ECONÔMICA 
Estado liberal; 
Estado providência; 
Preocupação com gastos públicos; 
Aumento dos gastos. 
CLASSIFICAÇÃO 
DOUTRINÁRIA as despesas são classificadas segundo a 
regularidade: 
Ordinárias: suprir as necessidades públicas permanentes 
(previstas na LOA); 
Extraordinárias: não previstas (estado de guerra ou 
calamidade pública). 
TERRITÓRIO: Internas: no próprio país; 
Externas: fora do país. 
COMPETÊNCIA CONSTITUICIONAL: de cada entidade 
política: despesas municipais, estaduais e federais. 
ECONÔMICA: Despesas-compra (real): adquire produtos e 
serviços, cria rendimento; 
Despesas-transferência: transfere o poder de compra. O 
Estado fornece subsídios, subvenções ou auxilio-financeiro. 
Mudança de mãos dos rendimentos já criados. 
DEFINITIVAS OU NÃO DEFINITIVAS: Despesas definitivas ou 
efetivas: diminuição do patrimônio; 
Despesas não definitivas: mutação patrimonial, exemplo, 
venda de um prédio público, o poder público já possuía tal 
valor. 
CLASSIFICAÇÃO LEGAL: 
Despesas correntes: não trazem acréscimo ao patrimônio 
público: 
1. despesas de custeio: manutenção e funcionamento dos 
serviços públicos, inclusive as destinadas a atender obras de 
conservação e adaptação de imóveis; 
2. transferências correntes: despesas sem contraprestação 
direta em bens ou serviços, inclusiva para contribuições e 
subvenções destinadas à atender à manifestação de outras 
entidades de direito público ou privado. 
Despesas de capital: 
1. Investimentos: aumentam a capacidade produtiva 
(incremento no PIB). 
2. Inversões financeiras: aquisição de imóveis ou bens de 
capital já em utilização; aquisição de títulos representativos 
do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie; 
constituição ou aumento o capital de entidades ou empresas 
que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive 
operações bancárias ou de seguros, exemplo, compra de 
prédio que já estava em uso pelo poder público, ou seja, 
transforma despesa de custo em inversão financeira 
3. Transferência de capital: dotações para investimentos ou 
inversões financeiras para outras pessoas de direito público 
ou privado e amortização da dívida pública. 
ETAPAS 
1. EMPENHO: reserva do orçamento para cumprir o contrato 
ou pagar o serviço; 
2. LIQUIDAÇÃO:apurar o quanto é devido e quem é o 
credor; 
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DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO – 2020 – 1° BIMESTRE 
Laís Borri 
3. ORDEM DE PAGAMENTO E PAGAMENTO. 
ADIANTAMENTO 
Art. 68 da Lei 4.320/64 Aplicável aos casos de despesas 
expressamente definidos em lei e consiste na entrega de 
numerário a servidor, sempre precedida de empenho na 
dotação própria para o fim de realizar despesas, que não 
possam subordinar-se ao processo normal de aplicação. 
Como nem sempre é possível respeitar o processo das 
despesas públicas, os adiantamentos são realizados, é o que 
acontece com os cartões coorporativos. 
REGIME CONTÁBIL DA DESPESA 
Lei 4.320/64 Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o 
ano civil. Vai de 01/01 até 31/12. 
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro: 
I - as receitas nele arrecadadas; 
II - as despesas nele legalmente empenhadas. 
RESTOS A PAGAR 
Art. 36. Consideram-se Restos a Pagar as despesas 
empenhadas mas não pagas até o dia 31 de dezembro 
distinguindo-se as processadas das não processadas. 
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de 
créditos com vigência plurienal, que não tenham sido 
liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no 
último ano de vigência do crédito. 
Se dividem em: RESTOS A PAGAR PROCESSADOS: :despesas 
empenhadas e liquidadas, mas não pagas até 31/12, ou seja, 
já sei o valor, quem vai receber, e qual o título da dívida, mas 
não foi paga até o fim do ano. 
RESTOS A PAGAR NÃO PROCESSADOS: despesas 
empenhadas, mas não liquidadas nem pagas até 31/12, ou 
seja, não sei o valor, quem vai receber, e não vão ser pagar 
até o fim do ano. 
DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES 
Art. 37. As despesas de exercícios encerrados, para as quais 
o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com 
saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham 
processado na época própria, bem como os Restos a Pagar 
com prescrição interrompida e os compromissos 
reconhecidos após o encerramento do exercício 
correspondente poderão ser pagos à conta de dotação 
específica consignada no orçamento, discriminada por 
elementos, obedecida, sempre que possível, a ordem 
cronológica. 
São pagas em exercícios posteriores, quando forem 
requisitadas, mas não constituem operação orçamentária. 
 
ANULAÇÃO DA DESPESA 
Art. 38. Reverte à dotação a importância de despesa anulada 
no exercício; quando a anulação ocorrer após o 
encerramento dêste considerar-se-á receita do ano em que 
se efetivar. 
O orçamento tem natureza autorizativa, portanto não impõe 
obrigação ao gestor, desta forma, o dinheiro que não for 
utilizado volta para o orçamento e poderá ser usado 
posteriormente mediante autorização. 
PREVISÃO E ARRECADAÇÃO 
Lei 101/2000 Art. 11. Constituem requisitos essenciais da 
responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e 
efetiva arrecadação de todos os tributos da competência 
constitucional do ente da Federação. 
Parágrafo único. É vedada a realização de transferências 
voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, 
no que se refere aos impostos. 
Os gestores devem fazer a cobrança dos tributos de sua 
competência, exemplo: um prefeito não pode determinar 
que naquela cidade não será cobrado o IPTU. 
Com relação aos impostos sobre as grandes fortunas, o 
artigo 153 da CF atribui a competência da União para 
instituir tal imposto, portanto, é necessário que seja criado 
por processo legislativo, para depois a cobrança ser feita. 
RENÚNCIA DE RECEITA 
Lei 101/2000 Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo 
ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia 
de receita deverá estar acompanhada de estimativa do 
impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva 
iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto 
na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das 
seguintes condições: 
Trata-se de diminuição das arrecadações tributárias, é 
possível que a renúncia seja feita desde que esteja 
condizente com as metas, acompanhada de medidas 
compensatórias e estimativa de impacto. 
A renúncia compreende: anistia, remissão, subsídio, crédito 
presumido. 
PAGAMENTOS DECORRENTES DE CONDENAÇÕES 
JUDICIAIS DA FAZENDA PÚBLICA 
Art. 100 da CF Os pagamentos devidos pelas Fazendas 
Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em 
virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na 
ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à 
conta dos créditos respectivos, proibida a designação de 
casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos 
créditos adicionais abertos para este fim. 
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DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO – 2020 – 1° BIMESTRE 
Laís Borri 
Os pagamentos são feitos através de precatórios, 
autorizados após o trânsito em julgado de sentença 
condenatória e de liquidação. 
O pagamento é feito pela ordem de apresentação dos 
ofícios, que possuem ordem de preferência entre eles. 
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem 
aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, 
pensões e suas complementações, benefícios 
previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, 
fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença 
judicial transitada em julgado, e serão pagos com 
preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre 
aqueles referidos no § 2º deste artigo. 
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares, 
originários ou por sucessão hereditária, tenham 60 anos de 
idade, ou sejam portadores de doença grave, ou pessoas 
com deficiência, assim definidos na forma da lei, serão pagos 
com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor 
equivalente ao triplo fixado em lei para os fins do disposto 
no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento para essa 
finalidade, sendo que o restante será pago na ordem 
cronológica de apresentação do precatório. 
O triplo do valor fixado se refere às REQUISIÇÕES DE 
PEQUENO VALOR (RPV) que no âmbito da União 
correspondem à 60 salários mínimos, serão pagos no prazo 
de dois meses, segundo estabelece o art. 535 § 3° II da CF. 
Os precatórios emitidos até 1 de julho deverão ser pagos até 
o final do ano seguinte, já os emitidos depois do dia 1 de 
julho, o pagamento deverá ser realizado até o final do ano 
subsequente. 
CONTROLE DE DESPESAS PÚBLICAS 
CONCEITO 
Atividade de verificar se os resultados alcançados com a 
despesa pública correspondem à determinação legal de sua 
realização, portanto analisa se os resultados estão de acordo 
com a legalidade. 
ORIGEM 
Documentos como a Magna Carta (1215) e outros, como a 
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789). 
CF art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial da União e das entidades da 
administração direta e indireta, quanto à legalidade, 
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e 
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, 
mediante controle externo, e pelo sistema de controle 
interno de cada Poder. 
ESPÉCIES 
CONTÁBIL: reporta-se ao exame da contabilidade, segundo 
a técnica de controle numérico e registro sistemático das 
verbas arrecadas e despendidas; 
FINANCEIRA: verificação deentrada e saída de dinheiro. 
ORÇAMENTÁRIA: aplicação dos recursos conforme as leis 
orçamentárias, correta execução do orçamento. 
OPERACIONAL: relacionada à verificação do cumprimento 
das metas, resultados e eficiência da gestão. 
PATRIMONIAL: refere-se à própria execução orçamentária. 
As alterações patrimoniais devem ser objetos de fiscalização 
permanente para sua preservação e atendimento das 
finalidades públicas. 
FORMAS DE CONTROLE 
LEGALIDADE: requisitos necessários à realização da despesa; 
LEGITIMIDADE: analisa-se o mérito do ato, no tocante a 
desvio de finalidade; 
ECONOMICIDADE: verificação do custo benefício. 
CLASSIFICAÇÃO LEGAL 
Lei 4.320/64 art. 75 estabelece três tipos de controle: o da 
legalidade dos atos; o da fidelidade funcional dos agentes 
públicos; o do cumprimento do programa de trabalho: 
LEGALIDADE: os gastos devem estar de acordo com a lei; 
FIDELIDADE FUNCIONAL: os serviços devem ser prestados 
de acordo com os princípios. 
CUMPRIMENTO DE PROGRAMA DE TRABALHO: fazer aquilo 
que era previsto. 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA 
Quanto ao órgão que exerce o controle: administrativo, 
legislativo ou judicial. 
Quanto a localização do controlador: interno, externo e 
social. 
Interno: feito pelo administrativo, dentro de sua própria 
estrutura. 
Externo: realizado pelo Legislativo e Judiciário, ocorre fora 
do âmbito do órgão. 
CF art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso 
Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas 
da União, ao qual compete: (...) 
Social: também é um controle externo, realizado pela 
sociedade, com o advento de leis que permitem maior 
informação por parte da população, exemplo Lei 
12.527/2011 que regula o acesso à informações, Lei Compl. 
131/2009 que prevê a disponibilização, em tempo real, de 
informações pormenorizadas sobre a execução 
orçamentária e financeira da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, tornou-se mais fácil realizar tal 
controle. 
DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO – 2020 – 1° BIMESTRE 
Laís Borri 
Quanto ao momento em que se efetua o controle: prévio 
antes, concomitante durante, em caso de descoberta de 
irregularidade, ocorre a sustação do ato de execução e 
posterior depois, possível que em tal momento ocorra a 
responsabilização do gestor caso seja encontrada ilegalidade 
ou abuso. 
Quanto a extensão do controle: controle de legalidade e 
controle de mérito. 
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL 
Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a 
responsabilidade na gestão fiscal. Determina que a 
responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação 
planejada e transparente. 
INSTRUMENTOS DE CONTROLE 
DENÚNCIA AO TCU: A CF garante ao cidadão, partido 
político, associação ou sindicato, denunciar irregularidade 
ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União. 
DENÚNCIA À CGU: A Lei 10.683/2003 em seu art. 18 da 
poderes à Controladoria-Geral da União, no exercício de sua 
competência, dar o devido andamento às representações ou 
denúncias fundamentadas que receber, relativas a lesão ou 
ameaça de lesão ao patrimônio público, velando por seu 
integral deslinde. 
AÇÃO POPULAR: instituída na CF art. 5° LXXIII “qualquer 
cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise 
a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de 
que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o 
autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e 
do ônus da sucumbência”. 
OUTROS: Controle sobre as aquisições realizadas pelo 
Governo; impugnação de Editais de Licitação; audiências 
públicas; participação em conselhos gestores de políticas 
públicas (Conselho do Fundo da Educação Básica (Fundeb), 
Conselho de Alimentação Escolar, Conselho Municipal de 
Saúde, etc. 
TRIBUNAIS DE CONTAS 
Órgão constitucional dotado de autonomia administrativa e 
financeira sem subordinação com os três poderes. 
É órgão de auxílio e de orientação ao Poder Legislativo (CF, 
art. 71). Não exerce atividade jurisdicional. Mas julga as 
contas dos administradores e demais responsáveis por 
dinheiros, bens e valores públicos com eficácia de título 
executivo: 
CF art. 71, § 3º - As decisões do Tribunal de que resulte 
imputação de débito ou multa terão eficácia de título 
executivo (“extrajudicial”). 
TCU E CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE: Súmula 347 
do STF: o Tribunal de Contas, no exercício de suas 
atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e 
dos atos do poder público. 
Súmula Vinculante n°3: Nos processos perante o Tribunal de 
Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla 
defesa quando da decisão puder resultar anulação ou 
revogação de ato administrativo que beneficie o 
interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de 
concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. 
TRIBUNAIS DE CONTAS NOS ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS 
RESPONSABILIZAÇÃO FISCAL EM FACE DA LC 101/2000 
Geração de despesas (arts. 15 e 16) Antes da criação, 
expansão e aperfeiçoamento de ações que impliquem 
aumento de despesa, deve haver: 
1. estimativa do impacto orçamentário-financeiro no 
exercício em que deva entrar em vigor e nos dois 
subsequentes; 
2. declaração do ordenador da despesa de que o aumento 
tem adequação ao PPA, LDO e LOA. 
LIMITES PARA DESPESA COM PESSOAL (art. 19): I -União: 
50% ; II - Estados: 60%; III- Municípios: 60% . 
VEDAÇÃO DE CONTRAIR OBRIGAÇÃO EM FIM DE 
MANDATO: 
LC 101/2000 Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão 
referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu 
mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser 
cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas 
a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente 
disponibilidade de caixa para este efeito. 
REPARTIÇÃO CONSTITUICIONAL DA RECEITA 
TRIBUTÁRIA 
O direito tributário trata das normas do fisco com o 
contribuinte, já o direito financeiro trata das regras que 
disciplinam o orçamento público, ou seja, as receitas e 
despesas, controle de finanças, repartição da receita 
tributária, etc. 
CARACTERISTICAS 
FEDERAÇÃO: baseada no princípio federativo, a repartição 
das receitas tributárias existe para garantir a autonomia 
financeira dos entes da República, União, Estados e 
Municípios. 
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA: fixada na CF, cada ente da 
federação possui competência tributária para criar tributos. 
PARTICIPAÇÃO DOS ENTES MENORES: participação na 
receita obtida pelos entes maiores. Municípios participam 
da receita dos Estados e da União, os Estados participam da 
receita da União. Municípios não dividem sua receita, e a 
União não obtém receita de nenhum dos outros entes. 
DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO – 2020 – 1° BIMESTRE 
Laís Borri 
UNIÃO 
A União possui maior poder de tributar, na CF art. 153 são 
instituídos sete impostos que podem ser cobrados, além das 
CONTRIBUIÇÃO ESPECIAS, art. 149 CF, e dos EMPRÉSTIMOS 
COMPULSÓRIOS art. 148 CF. 
Com a maior arrecadação, é garantido os mecanismos de 
repartição tributária dos entres menores, desta forma, 
Estados e Municípios podem obter recursos financeiros para 
o exercício de suas atribuições constitucionais com 
autonomia. 
MUNICÍPIOS 
A arrecadação municipal advém dos seguintes tributos: 
IPTU, ISS, ITBI, taxas municipais, contribuições de melhorias 
e contribuição de iluminação pública. 
Gera uma arrecadação pequena, insuficiente para as tarefas 
que o Município deve cumprir, de tal forma, depende da 
repartição dos entes maiores, como Estado e União. 
Não repartem sua receita tributária com outros entes, assim 
existem impostos que não se submetem a repartição da 
receita tributária, são eles o IPTU, ITBI e o ISS. 
Portanto as receitas repartidas são necessárias para que 
cada ente cumpra suas atribuições determinadas pela CF 
com autonomia. 
REPARTIÇÃO HORIZONTAL 
No texto constitucional são previstos 13 impostos, sendo 7 
de competência da União, 3 dos Estados e 3 dos Munícipios.O DF possui 6 impostos, pois cumula as competências de 
Estado e de Município. 
A CF estabeleceu cinco espécies de tributos: impostos; 
taxas; contribuições de melhorias; empréstimos 
compulsórios e contribuições especiais. 
Tradicionalmente, apenas os impostos estão sujeitos à 
repartição de receita, porém atualmente existe a repartição 
da CIDE-Combustíveis, contribuição especial, art. 177 § 4° da 
CF. 
INSTITUIÇÃO E COBRANÇA DOS TRIB UTOS 
IMPOSTOS DA UNIÃO 
No art. 153 da CF, estão previstos os impostos da União: 
Imposto de Importação (II); Imposto de Exportação (IE); 
Imposto de Renda (IR); Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI); Impostos sobre Operação de crédito, 
câmbio e seguros (IOF); Imposto sobre a propriedade 
Territorial Rural (ITR) e Imposto sobre as Grandes Fortunas 
(IGF) sendo que este existe apenas a previsão legal. 
IMPOSTOS DOS ESTADOS 
A CF em seu art. 155 institui os impostos estaduais: Imposto 
sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD); 
Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e prestação de 
alguns Serviços (ICMS) e Imposto sobre a Propriedade de 
Veículos Automotores (IPVA). 
IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS 
O art. 156 da CF prevê a criação de três impostos: Imposto 
sobre a Propriedade Territorial e predial Urbana (IPTU); 
Imposto sobre a Transmissão onerosa de Bens Imóveis entre 
vivos (ITBI) e Imposto sobre os Serviços de qualquer natureza 
exceto sobre aqueles já alcançados pelo ICMS (ISS/ ISSQN). 
REPARTIÇÃO DA RECEITA 
REPARTIÇÃO DIRETA: os recursos são repassados sem 
intermediários, vai do ente maior para o ente menor, 
exemplo: IPVA: 50% vai para o município de emplacamento 
e 50 % vai para o Estado; IOF – OURO: o ouro como joia é 
taxado com IPI e ICMS, porém quando é usado como ativo 
financeiro é taxada apenas com o IOF OURO e 30% é do 
Estado e 70% do Município. 
REPARTIÇÃO INDIRETA: os recursos primeiro vão para um 
fundo de participação, para depois serem distribuídos. 
A CF cria quatro fundos: FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS 
ESTADOS – recebe 21,5 % do IR e IPI. 
FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS – recebe 22,5 % 
do IR e IPI – 1 % do IR e IPI até dezembro e 1% do IR e IPI até 
julho, percentual criados por emendas constitucionais. 
FUNDO COMPENSATÓRIO AS EXPORTAÇÕES DE PRODUTOS 
INDUSTRIALIZADOS: 10% do IPI vai para dos Estados, que 
repassam 25% aos municípios. 
FUNDO DE FINANCIAMENTO AO SETOR PRODUTIDO DO 
NORTE, NORDESTE E CENTRO OESTE: 3% do IR e IPI, atende 
ao principio da redução das desigualdades regionais. 
PERTENCEM AOS ESTADOS E DF 
Divisão estabelecida pela CF no art. 157: 
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre 
renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, 
sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas 
autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; 
(todo o IR retido na fonte dos seus servidores e dos 
servidores das autarquias e fundações estaduais). 
II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto 
que a União instituir no exercício da competência que lhe é 
atribuída pelo art. 154, I. (competência residual da União, 
de criar impostos novos – 25% dos novos impostos criados 
pela União). 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO – 2020 – 1° BIMESTRE 
Laís Borri 
PERTENCEM AOS MUNICÍPIOS 
Pertencem aos Municípios, segundo dispõe o art. 158 da CF; 
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre 
renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, 
sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas 
autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; 
(todo o IR retido na fonte de seus servidores). 
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do 
imposto da União sobre a propriedade territorial rural, 
relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a 
totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 
4º, III; ( 50% ITR ou art. 153 §4° III 100% se fizerem convenio 
com a União para cobrança) 
III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do 
imposto do Estado sobre a propriedade de veículos 
automotores licenciados em seus territórios; (50% do IPVA 
relativo aos veículos emplacados no municípios) 
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do 
imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação. (25% do 
ICMS) 
FUNDOS DE PARTICIPAÇÃO – FUNDOS 
CONSTITUCIONAIS 
49% do IR e IPI Federais serão destinados à formação dos 
fundos, na seguinte forma: 
CF Art. 159. A União entregará: I - do produto da arrecadação 
dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza 
e sobre produtos industrializados, 49% (quarenta e nove por 
cento), na seguinte forma: 
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de 
Participação dos Estados e do Distrito Federal; 21,5% FPE 
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo 
de Participação dos Municípios; 22,5% FPM, além disso, os 
municípios tem direito à 
d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, 
que será entregue no primeiro decêndio do mês de 
dezembro de cada ano; 1% até dezembro 
e) 1% ao Fundo de Participação dos Municípios, que será 
entregue no primeiro decêndio do mês de julho de cada ano; 
1% até julho 
c) três por cento, para aplicação em programas de 
financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, 
Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições 
financeiras de caráter regional, de acordo com os planos 
regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-
árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à 
Região, na forma que a lei estabelecer; 3% do IR e IPI 
Federais para Fundos de Aplicação em Programas de 
Financiamento ao setor produtivo do Norte, Nordeste e 
Centro Oeste (Diminuição das desigualdades regionais). 
Desse percentual ½ deve ser destinado à região do 
Semiárido. 
II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos 
industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito 
Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas 
exportações de produtos industrializados. 10% do IPI para 
os Estados e deste percentual 25% serão repassados aos 
municípios. 
FUNDOS CONSTITUCIONAIS DE FINANCIMENTO DO NORTE, 
NORDESTE E CENTRO-OESTE: 
Fixados na Lei. 7.822/89: 0,6% para Região Norte; 1,8% 
Região Nordeste e 0,6% do Centro Oeste. 
FUNCO COMPENSATÓRIO DAS EXPORTAÇÕES: 
Referente à perda os Estados pela imunidade de ICMS nas 
exportações: 
CF art. 155 X Não incidirá (imunidade tributária) a) sobre 
operações que destinem mercadorias para o exterior, nem 
sobre serviços prestados a destinatários no exterior, 
assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante 
do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores; 
Desta forma o ICMS não incide sobre as mercadorias 
industrializadas e destinadas à exportação 
Art. 159 A União entregará: II - do produto da arrecadação 
do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento 
aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao 
valor das respectivas exportações de produtos 
industrializados. 
De tudo que o Estado exporta, a União entrega 10% do IPI 
para eles. Mas cada Estado ou DF recebe de forma 
proporcional ao montante das exportações, respeitando o 
limite de 20% do valor do fundo (art. 159 § 2º A nenhuma 
unidade federada poderá ser destinada parcela superior a 
vinte por cento do montante a que se refere o inciso II, 
devendo o eventual excedente ser distribuído entre os 
demais participantes, mantido, em relação a esses, o critério 
de partilha nele estabelecido), a finalidade é equilibrar o 
valor recebido. 
Do valor que cada Estado receber, deverá fazer repasse aos 
Municípios: § 3º Os Estados entregarão aos respectivos 
Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que 
receberem nos termos do inciso II, observados os critérios 
estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II. 
EMPRÉSTIMO PÚBLICO / CRÉDITO PÚBLICO / 
DÍVIDA PÚBLICAEmpréstimo, é quando alguém pega um dinheiro 
“emprestado”, portanto quem tiver “crédito”, ou seja, 
“confiança”, pegará o empréstimo e terá uma dívida para 
pagar. 
Lembra um empréstimo privado. 
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CONCEITO 
Contrato administrativo pelo qual o ente público se obriga a 
pagar na forma estipulado, para tomar dinheiro emprestado, 
é necessário a confiança de que o Estado será solvente para 
pagar. 
Quem empresta dinheiro é prestamista, que recebe os juros 
por ter emprestado tal valor. 
Algumas agências internacionais analisam o grau de 
confiança dos Estados e das Instituições. 
ASPECTOS HISTÓRICOS 
O Brasil já nasceu com dívidas: 
1823 -1,4 milhões de libras esterlinas (D. Pedro). 
1824 – 3 milhões de libras esterlinas. 
Na República Café com Leite o endividamento só aumentou, 
em 1898 Campos Salles tentou negociar a dívida com os 
banqueiros Rotshild. Depois, mais recentemente, vieram o 
FMI e o Banco Mundial. 
Atualmente a dívida externa é de U$ 208 bilhões, já a divida 
interna é da ordem de R$ 4 trilhões. O prazo de dívida média, 
é de 7,8 anos para dívida federal externa. 
ASPECTOS 
Quem pega o dinheiro, terá disponibilidade para gastar, 
porém ao lado da despesa terá aquela dívida. Gera uma 
operação da qual decorrem um crédito e um débito. 
CRÉDITO PÚBLICO: valores que o ente público pega 
emprestado, crédito por antecipação de receita, ou então, 
realização de operação de crédito. 
CRÉDITO TRIBUTÁRIO: obrigação tributária tornada liquida, 
certa e exigível por meio do lançamento, se não os débitos 
serão inscritos na dívida ativa. 
DÍVIDA PÚBLICA: decorrente dos empréstimos públicos que 
os entes públicos contraem. 
DÍVIDA ATIVA: créditos tributários que os contribuintes não 
efetuaram o pagamento, e serão objeto de execução fiscal. 
NATUREZA 
É um contrato público, bilateral (duas partes), oneroso 
(pagamento de juros), cumulativo (obrigações recíprocas) e 
formal. Depende de autorização legislativa (art. 52 CF – 
Competência do Senado). 
O empréstimo público é diferente do empréstimo 
compulsório, o compulsório é um tributo previsto no art. 148 
da CF. 
O empréstimo público é equiparado à confissão de dívida 
(LRF art.29). Já foi considerado um ato de soberania. 
CLASSIFICAÇÃO 
LOCAL DO PAGAMENTO: interna ou externa, pagamento em 
moeda nacional ou estrangeira. 
PRAZO DE DURAÇÃO: dívida de curto prazo – dívida 
flutuante – paga em período inferior à 1 exercício. Ex: 
créditos por antecipação de receita. 
Finalidade: suprir deficiência de caixa e deve ser resgatada a 
curto prazo. 
Dívida consolidada/fundada: longo prazo, superior à 12 
meses. 
Finalidade: investimentos, chamados despesas de capital 
(LRF art. 29) 
Correspondem a operações de emissão no mercado, são os 
títulos do tesouro nacional, exemplo: Letras do Tesouro 
Nacional, Notas do Tesouro Nacional e Tesouro Direto. 
RESULTADO PRIMÁRIO 
Diferença entre as receitas e despesas do governo, 
excluindo-se da conta as receitas e despesas com juros. 
Caso a diferença seja positiva teremos superávit primário. 
Em caso de diferença negativa déficit primário. No Brasil 
estamos em déficit desde 2015. 
REGRA DE OURO 
Vedação de que os ingressos financeiros oriundos do 
endividamento (operações de crédito) sejam superiores às 
despesas de capital (investimentos, inversões financeiras e 
amortização de dívida). 
CONSEQUÊNCIAS 
A dívida em si; em décadas passadas o Brasil já foi obrigado 
a seguir a Cartilha do FMI, pois tinha muitas dívidas com essa 
instituição; solidariedade intergeracional, um país que toma 
uma dívida está sobrecarregando as próximas gerações, que 
deverão arcar com os benefícios usufruídos por uma geração 
passada. 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
CONCEITO 
No passado foi considerado uma peça que contem a 
estimativa da receita e a previsão do gasto. Atualmente é 
visto como peça dinâmica, que permite além da estimativa 
das receitas e previsão dos gastos, o controle do 
desempenho das ações públicas e das ações politicas que se 
relacionam ao orçamento. 
É um instrumento de controle das ações dos governos. 
NATUREZA 
Ato administrativo de efeitos concretos sob a forma de lei, 
as chamadas leis orçamentárias, são leis em sentido formal. 
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CICLO ORÇAMENTÁRIO 
São os atos que compõem a elaboração, aprovação, 
execução e controle do projeto, sua execução corresponde 
ao período do exercício financeiro. 
PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA 
As propostas e planejamento são de iniciativa privativa do 
chefe do executivo, e a apreciação e aprovação são 
exclusivas do poder executivo. 
CF, Art. 165 § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: I 
- o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus 
fundos, órgãos e entidades da administração direta e 
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a 
União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital 
social com direito a voto; (controladas) 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as 
entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta 
ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e 
mantidos pelo Poder Público. 
O referido artigo prevê que existem três principais leis 
orçamentárias e ainda a possibilidade de serem criadas leis 
para a abertura de créditos adicionais. As leis principais são 
PPA, LDO e LOA, de criação obrigatória, já os créditos 
adicionais podem ser abertos de forma facultativa. 
ELABORAÇÃO DA PROPOSTA 
A elaboração da proposta é de competência privativa do 
chefe do executivo. 
PLANO PLURIANUAL 
CF Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo 
estabelecerão: I - o plano plurianual; 
CONCEITO: planejamento das ações e dos gastos públicos, 
trata-se de peça dinâmica, planejamento de médio prazo. 
Permite de haja encadeamento entre os mandatos. 
DOM: Art. 165 § 1º diretrizes: orientações gerais 
objetivos: o que se pretende alcançar (ex. reduzir o 
analfabetismo, aumentar o saneamento) 
metas: quantificação dos objetivos: (ex. construir 500 
escolas). 
§ 1º - despesas de capital - programas de duração 
continuada. 
O PPA condiciona todos os planos e programas de governo, 
inclusive aqueles de duração maior que quatro anos 
INICIATIVA: privativa e vinculada do Chefe do Executivo. 
VIGÊNCIA: período de 4 anos, com início no 2º ano do 
mandato do presidente até o fim do 1º ano do mandato 
subsequente. (Art. 35 ADCT) 
PRAZO para envio: 31 de agosto, quatro meses antes do 
encerramento do exercício do primeiro ano do mandato e o 
projeto tem que ser devolução até o encerramento da seção 
legislativa 22 de dezembro. 
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO) 
CF, Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo 
estabelecerão: II - as diretrizes orçamentárias; 
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as 
metas e prioridades da administração pública federal, 
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro 
subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária 
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras 
oficiais de fomento 
FINALIDADE: definir as metas e as prioridades da 
administração para o próximo exercício. 
VALIDADE: 1 ano. 
FUNÇÕES: trazer as metas e as prioridades da administração 
para as despesas de capital, investimentos, inversões 
financeiras e transferência de capital, além de nortear a 
elaboração da LOA, e constar as alterações na legislação 
tributária. 
Fixa a política de aplicação das agências financeiras de 
fomento, incentivos e repasses por meio das instituições de 
fomento, ex: BNDS. Harmonia entre PPA e a LOA 
Inovação da CF/88 
VIGÊNCIA: 01 ano, orientando a LOA. 
PRAZO: para envio 15/abril e para devolução (art. 57 CF): 
17/jul, antes do recesso, pois em caso de não devolução, o 
Congresso não poderá entrarem recesso. 
RELAÇÃO DA LDO COM A LRF (LC 101/2000) 
LRF esclareceu a LDO 
art. 4º da LRF - equilíbrio entre receitas e despesas; 
- critérios e forma de limitação de empenho; 
- normas relativas ao controle de custos e sobre a avaliação 
dos resultados dos programas financiados com recursos dos 
orçamentos; 
 - demais condições e exigências para transferências de 
recursos a entidades públicas e privadas; 
LDO CONTÉM: 
 - Anexo de Metas Fiscais 
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 -Anexo de Riscos Fiscais 
Anexo de Metas Fiscais - integra a LDO 
- fixa metas anuais para o exercício e os 2 seguintes 
 -evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três 
exercícios 
-avaliação da situação financeira e atuarial: dos regimes 
geral e próprio, do FAT e dos demais fundos públicos 
 -demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia 
de receita. 
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL 
Na União, a LOA é composta de 3 suborçamentos: 
CF, Art. 165 § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal; 
II - o orçamento de investimento; 
III - o orçamento da seguridade social. 
LRF art. 5º: O projeto de LOA deverá ser compatível com o 
PPA, com a LDO, e com a Lei de Responsabilidade Fiscal: 
I - conterá, em anexo, demonstrativo da compatibilidade da 
programação dos orçamentos com os objetivos e metas do 
Anexo de Metas Fiscais; 
II - será acompanhado: - demonstrativo regionalizado do 
efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, 
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza 
financeira, tributária e creditícia. 
- medidas de compensação a renúncias de receita e ao 
aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado; 
 III - conterá reserva de contingência - é uma dotação global 
(exceção ao p. da especificidade). 
Ainda de acordo com o citado artigo 5º: 
§ 4° É vedado consignar na lei orçamentária crédito com 
finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada (seria como 
dar um cheque em branco para o administrador). 
FUNÇÕES DO ORÇAMENTO 
Política fiscal dos governos para serem adotadas. 
ESTABILIZADORA - manutenção da estabilidade econômica: 
controle da inflação, desenvolvimento econômico, combate 
ao desemprego 
DISTRIBUTIVA - distribuição de renda, justiça social, art. 3° 
da CF. 
ALOCATIVA - ajustes na alocação dos recursos: corrigindo 
situações em que o mercado falha. Ex.: criação de estatal em 
caso de não haver interesse da iniciativa privada, licitação 
deserta. 
PROCESSO LEGISLATIVO 
Para a elaboração das leis orçamentárias. 
INICIATIVA: Chefe do Executivo 
CF, Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da 
República: XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano 
plurianual, o projeto de LDO e as propostas de orçamento 
(LOA e créditos adicionais). 
OMISSÃO: caso não envie a proposta, crime de 
responsabilidade, presidente e governador Lei 1.079-50, 
prefeito Dec-lei 201-67. 
APRECIAÇÃO da proposta orçamentária cabe ao Poder 
Legislativo 
LIMITAÇÃO TEMPORAL possuem prazos próprios, 
estabelecidos no ADCT art. 35 § 2°; 
RESTRIÇÕES À REJEIÇÃO; 
RESTRIÇÕES ÀS EMENDAS. 
APRECIAÇÃO CONJUNTA, feita pela Câmara e Senado, 
cabendo a comissão mista permanente analisar 
preliminarmente os projetos de leis orçamentárias. 
Apreciação da proposta orçamentária para: Créditos 
extraordinários 
Após EC 32-2001, é vedado expedir Medida Provisória para 
tratar de matéria de direito financeiro, PPA, LDO, LOA, E 
Créditos suplementares e especiais. 
Exceção com relação aos créditos extraordinários, utilizados 
me caso de calamidade pública, devem ser abertos por MP 
(167, §3º), no âmbito federal. 
No âmbito dos Estados, se cada constituição estadual 
trouxer a previsão de Medida Provisória para o Governador, 
a abertura dos créditos extraordinários será por MP, se não, 
será por Decreto. No âmbito Municipal serão abertos por 
Decreto do chefe do executivo. 
COMISSÃO MISTA PERMANENTE é formada pela Câmara e 
pelo Senado, se aprovado, segue para a CCJ, e finalmente vai 
para o plenário de cada casa, a apreciação é conjunta, mas a 
contagem de votos é feita separadamente. 
POSSIBILIDADES DE ALTERAÇÃO 
1) créditos adicionais: devem ser compatíveis com o PPA e 
LDO, além de indicar os recursos, admitidos apenas anulação 
de despesa. Ex: ao invés de construir um estádio de futebol, 
será feito um hospital. 
 2) emenda de correção; 
3) emendas de redação. 
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EXECUTIVO NÃO ENVIA A PROPOSTA DE LEI 
ORÇAMENTÁRIA 
Lei 4.320 Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no 
prazo fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos 
Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta 
a Lei de Orçamento vigente. 
REJEIÇÃO DAS LEIS ORÇAMENTÁRIAS 
PPA ADCT, art. 35 § 2º I - o projeto do PPA ... será devolvido 
para sanção até o encerramento da sessão legislativa; 
II - o projeto de LDO será ... devolvido para sanção até o 
encerramento do primeiro período da sessão legislativa; 
SANÇÃO: CF, Art. 57 § 2º - A sessão legislativa não será 
interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias. 
Os projetos devem ser aprovado, quando não acontecer, 
deve ser devolvidos, já que são planejamentos e não lei em 
sentido material. 
LOA CF, art. 166 § 8º - Os recursos que, em decorrência de 
veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária 
anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser 
utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou 
suplementares, com prévia e específica autorização 
legislativa. 
Em caso de não devolução das leis orçamentárias, não há 
previsão legal para resolver a questão, a solução está na 
LDO, que determina o gasto de 1/12 do que estava previsto 
no projeto. 
Lei 13.898/2019 Art. 61. Se o Projeto de Lei Orçamentária 
de 2020 não for sancionado pelo Presidente da República até 
31 de dezembro de 2019, a programação dele constante 
poderá ser executada para o atendimento de: 
POSSIBILIDADE DE CONTROLE CONCENTRADO DE 
CONSTITUCIONALIDADE 
Até 2003 não cabia o controle de constitucionalidade da lei 
orçamentária anual por meio de ADI ou ADCT 
O controle difuso sempre foi possível. 
Exemplo: Lei de Diretrizes orçamentárias. Vinculação de 
percentuais a programas. Previsão de inclusão obrigatória de 
investimentos não executados do orçamento anterior no 
novo. Efeitos concretos. Não se conhece de ação quando a 
lei desta natureza. Salvo quando estabelecer norma geral e 
abstrata. Ação não conhecida. (ADI 2100/RS, julg. 
17/12/1999, Publicada 01/06/2001) 
Posteriormente a jurisprudência foi mudando, como ocorreu 
em 2013. 
Exemplo: CIDE Combustíveis - ADI 2925 É inconstitucional 
interpretação da Lei Orçamentária nº 10.640, de 14 de 
janeiro de 2003, que implique abertura de crédito 
suplementar em rubrica estranha à destinação do que 
arrecadado a partir do disposto no § 4º do artigo 177 da 
Constituição Federal, ante a natureza exaustiva das alíneas 
"a", "b" e "c" do inciso II do citado parágrafo. 
ADIs 4048 e 4049 
II. CONTROLE ABSTRATO DE CONSTITUCIONALIDADE DE 
NORMAS ORÇAMENTÁRIAS. REVISÃO DE JURISPRUDÊNCIA. 
O Supremo Tribunal Federal deve exercer sua função 
precípua de fiscalização da constitucionalidade das leis e dos 
atos normativos quando houver um tema ou uma 
controvérsia constitucional suscitada em abstrato, 
independente do caráter geral ou específico, concreto ou 
abstrato de seu objeto. Possibilidade de submissão das 
normas orçamentárias ao controle abstrato de 
constitucionalidade. (ADI 4048) 
CRÉDITOS ADICIONAIS 
Lei 4.320: Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de 
despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na 
Lei de Orçamento. 
Espécies: Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em: 
I-suplementares, os destinados a reforço de dotação 
orçamentária, ex: terminar a obra; 
II - especiais, os destinados a despesas para as quais não haja 
dotação orçamentária específica,ex: qualquer obra que não 
foi prevista no orçamento; 
III - extraordinários, os destinados a despesas urgentes e 
imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou 
calamidade pública. 
Apenas os extraordinários podem ser abertos por MP ou 
decretos, os suplementares e especiais dependem de 
autorização legislativa. 
Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais 
depende da existência de recursos disponíveis (...) 
 § 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde 
que não comprometidos: 
I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do 
exercício anterior; 
II - os provenientes de excesso de arrecadação; 
III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações 
orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em Lei; 
IV - o produto de operações de credito autorizadas, em 
forma que juridicamente possibilite ao poder executivo 
realizá-las. 
FORMA DE ABERTURA: CF, Art. 165. § 8º - A lei orçamentária 
anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita 
e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a 
autorização para abertura de créditos suplementares e 
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Laís Borri 
contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei.

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