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Atividade física em escolares do ensino fundamental

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Tipo de trabalho: Resumo Expandido (3 a 6 páginas) 
Área: Saúde da Criança e Adolescente 
 
 
 
ATIVIDADE FÍSICA EM ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL1 
 
Jéssica Beatriz Backes2, Joicinara Teixeira Do Amaral3, Marjana Manenti4, Aline 
Bianca Lisboa Queiróz5, Maristela Borin Busnello6, Lígia Beatriz Bento Franz7 
 
1
 Atividade desenvolvida no Projeto de Iniciação Científica “Consumo alimentar, prática de atividade 
física, estilo de vida e percepção da autoimagem corporal de estudantes de educação básica” 
pertencente ao Grupo de Pesquisa Epidemiologia e Atenção à Saúde 
2
 2Estudante do Curso de Graduação em Nutrição da UNIJUÍ, voluntária, jeeh.backes@hotmail.com 
3
 3Estudante do Curso de Graduação em Nutrição da UNIJUÍ, bolsista PIBIC/CNPq joh-
teixeira@hotmail.com; 
4
 4Estudante do Curso de Graduação em Nutrição da UNIJUÍ, bolsista PROBIC/FAPERGS marjana-
93@hotmail.com 
5
 5Estudante do Curso de Graduação em Nutrição da UNIJUÍ, bolsista PIBIC/UNIJUÍ 
alinebianca89@hotmail.com; 
6
 6ProfessoraDoutora do Departamento de Ciências da Vida, orientadora, marisb@unijui.edu.br; 
7
 7Professora Doutora do Departamento de Ciências da Vida, orientadora, ligiafra@unijui.edu.br 
 
Introdução 
Um estilo de vida saudável requer que indivíduos e grupos adquiram e mantenham 
ações de promoção da saúde e prevenção de doenças durante todo o curso de vida 
(Silva,2011). Em relação às crianças, a atividade física desempenha papel 
fundamental sobre a condição física, psicológica e mental. A prática da atividade 
física pode aumentar a autoestima, a aceitação social e a sensação de bem-estar 
entre as crianças (Silva,2011). 
A promoção de hábitos saudáveis em crianças deve ser visto como prioridade por 
todos os setores sociais. A escola representa um espaço importante para ações 
educacionais em saúde e nutrição, dentre elas a atividade física. Esta contribui 
melhorando a coordenação motora, a aptidão cardiorrespiratória e auxilia na 
prevenção da obesidade. A prática regular do exercício físico apresenta efeito 
benéfico na prevenção e tratamento da hipertensão arterial, resistência a insulina, 
diabetes, dislipidemia. Deve-se oferecer as crianças uma dieta equilibrada e motivá-
las a praticarem alguma atividade física que lhes dê prazer, afastando-as do 
sedentarismo, na tentativa de minimizar o número de pessoas obesas na idade 
adulta. Os pais e a escola, devem atuar como incentivadores desse processo, pois a 
prevenção da obesidade infantil é o melhor caminho. 
A atividade física é primordial para o desenvolvimento de um ser humano saudável 
físico e mentalmente.Assim, o condicionamento físico deve ser estimulado para 
todos, pessoas saudáveis e com múltiplos fatores de risco, desde que sejam 
capazes de participar de um programa de treinamento físico (FRANZ, OLIVEIRA, 
2013). 
Entre as crianças e adolescentes brasileiros há uma prevalência acentuada de 
inatividade física. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar –PeNSE, identificou 
 
 
Tipo de trabalho: Resumo Expandido (3 a 6 páginas) 
Área: Saúde da Criança e Adolescente 
 
 
 
57% dos escolares brasileiros como inativos (não realizam nenhuma atividade física 
no período de uma semana) em 2009. Em 2012, 45,1% dos escolares foi 
classificada como insuficientemente ativos.As atividades consideradas sedentárias 
são aquelas realizadas em momentos de desocupação. Entre elas, podemos incluir: 
assistir televisão, utilizar o computador e jogar videogame. 
Medir a atividade física acuradamente em estudos epidemiológicos é uma tarefa 
complexa, qualquer que seja o grupo populacional investigado. Entre crianças, 
desafios adicionais se fazem presentes, uma vez que habilidades cognitivas 
necessárias para responder um questionário (ex.: capacidade de lembrar-se dos 
eventos, dimensionamento do tempo) não estão plenamente desenvolvidas 
(COSTA, 2010).Instrumentos validados para a medida da atividade física de crianças 
brasileiras são escassos e até o presente momento poucas investigações utilizaram 
medidas objetivas para este fim (CABRAL, 2010). 
Um dos objetivos do projeto “CONSUMO ALIMENTAR, PRÁTICA DE ATIVIDADE 
FÍSICA, ESTILO DE VIDA E PERCEPÇÃO DA AUTO-IMAGEM CORPORAL DE 
ESTUDANTES DE EDUCAÇÃO BÁSICA” é identificar precocemente o predomínio 
destas atividades entre as crianças e adolescentes. Neste trabalho serão 
apresentados os resultados preliminares da avaliação da prática de atividade física 
entre os escolares. 
Metodologia 
Foram entrevistados 48 escolares, de 7 a 10 anos, matriculados em uma rede 
privada de ensino. A coleta dos dados ocorreu em sala de aula utilizando a 
metodologia proposta pelo Questionário de Atividade Física do dia Anterior 
(QUAFDA) e Questionário de Alimentação do Dia Anterior (QUADA) (ASSIS et al.,, 
2009).A avaliação do padrão alimentar descrito pelo QUADA inclui o registro pelo 
aluno dos alimentos consumidos em seis refeições realizadas (café da manhã, 
lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, janta e ceia), tomando como base o dia 
anterior ilustrados por meio de figuras de alimentos. 
O questionário QUAFDA (Cabral, Costa e Lipatori, 2011) também ilustra 10 tipos de 
atividades físicas (caminhar, brincar, ajudar nas tarefas domésticas, andar de 
bicicleta, pular corda, subir escada, jogar bola, nadar e andar de skate) em três 
intensidades distintas (de¬vagar, rápido e muito rápido). Cada aluno foi instruído a 
responder de acordo com as atividades praticadas no dia anterior e suas respectivas 
intensidades. 
O Questionário de Alimentação do Dia Anterior (QUADA) e o Questionário de 
Atividade Física do Dia Anterior (QUAFDA) são indicados para avaliar, 
respectivamente, consumo alimentar e atividade física de crianças de sete a dez 
anos. Trata-se de questionários estruturados com base nas escolhas de alimentos e 
atividades dos escolares no dia anterior. 
Resultados 
 
 
Tipo de trabalho: Resumo Expandido (3 a 6 páginas) 
Área: Saúde da Criança e Adolescente 
 
 
 
A amostra foi constituída por crianças de 7 a 10 anos, todos devidamente 
matriculados em uma rede privada de ensino, do município de Ijuí, Rio Grande do 
Sul.O estudo avaliou o nível de atividade física de 48 escolares, sendo 52,1% (n=25) 
do gênero masculino e 47,9% (n=23) do gênero feminino. 
 
 
Tabela 1. Intensidade da atividade física realizada pelos alunos. 
Observando os dados da tabela referentes à atividade física, verificou-se que 41,7% 
praticaram caminhada de intensidade rápida, 14,6% brincaram em intensidade 
devagar, 14,6% ajudaram rapidamente nas atividades domésticas, 14,6% andaram 
de bicicleta rápido, 16,7% pularam corda devagar, 18,3% subiram escada rápido, 
25% jogaram bola muito rápido, 12,5% nadaram rápido. 
Os escolares foram também questionados sobre a ida a escola. Observou-se que 
77,1% relataram ir à escola de carro. Apenas 10,4% dos escolares vão à escola 
caminhando ou de bicicleta. Estes dados são menores daqueles identificados por 
Costa e Assis (2010) em pesquisa com mesmas variáveis em Florianópolis, Santa 
Catarina. A observação da forma de transporte para a escola é importante pois esta 
atividade é uma oportunidade de crianças e adolescentes serem ativos. Há 
evidências de que o deslocamento ativo contribui no nível geral de atividade física. 
O estilo de vida na infância pode exercer função importante no desenvolvimento de 
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) na idade adulta, tais como: diabetes 
mellitus (DM), hipertensão arterial, obesidade, doenças cardiovasculares e certos 
tipos de câncer, o que produz elevados custos ao sistema de saúde e á Previdência 
Social, devido á mortalidade precoce, e sobretudo para a sociedade, as famílias e as 
pessoas portadoras destas doenças (Winkelmann, 2013).O hábito de ingerir 
alimentos industrializados, ricos em gorduras, sal e açúcar e o aumento da porção 
das refeições podemlevar a obesidade infantil, influenciado pelo ambiente familiar. 
 
 
Tipo de trabalho: Resumo Expandido (3 a 6 páginas) 
Área: Saúde da Criança e Adolescente 
 
 
 
Os avanços tecnológicos também contribuem para um estilo de vida sedentário. As 
crianças de hoje passam o maior tempo do seu lazer em atividades de pouco gasto 
energético, como assistir televisão, jogar videogames e usar computador várias 
horas por dia. A atividade física é primordial para o desenvolvimento de um ser 
humano saudável físico e mentalmente. A prática regular do exercício físico 
apresenta efeito benéfico na prevenção e tratamento das doenças crônicas. 
Crianças ativas fisicamente geralmente são mais saudáveis, mais magras e 
desenvolvem pico de massa óssea mais alto e apresentam maior chance de serem 
ativas durante a vida adulta. A orientação de práticas alimentares saudáveis é 
importante na promoção da saúde, desta forma a escola se apresenta como um 
espaço para promover saúde por ser um local onde as crianças passam grande 
parte do seu tempo. Assim, experiências motoras múltiplas vivenciadas já em tenra 
idade, aliadas à qualidade de espaços e materiais, situações pedagógicas 
adequadas e intervenção de professores que realmente conheçam e contemplem as 
características e necessidades das crianças, podem-se constituir numa oportunidade 
ímpar nesse processo de desenvolvimento (Palma, 2012). 
Considerando-se que atualmente as crianças ingressam cada vez mais cedo em 
instituições infantis, como creches, pré-escolas, núcleos de educação, é fundamental 
que os adultos responsáveis pela educação dessas crianças oportunizem-lhes 
situações de tal forma que elas possam se envolver ativamente nas mais diversas 
atividades do seu dia a dia (Palma, 2012). A escola, e principalmente as aulas de 
Educação Física, devem ser vistas como promotoras da atividade física e devem 
proporcionar o conhecimento sobre seus benefícios (Spohr, 2012). 
É cada vez maior o número de crianças inativas e obesas e diversos fatores podem 
ser atribuídos a esta situação, tais como os avanços tecnológicos, maus hábitos 
alimentares e a falta de atividades físicas. 
Cabe aos pais e cuidadores participarem de atividades físicas junto com a criança, a 
fim de dar inventivo a ela. É preciso estímulo dos pais aos seus filhos para que eles 
sintam prazer em praticar alguma atividade física. É importante estabelecer limites 
de tempo em frente a televisão, sobre o uso do computador e jogos eletrônicos, 
assim as crianças participam de brincadeiras e atividades esportivas, diminuindo os 
períodos de inatividade. 
A identificação periódica dos padrões de atividade física e alimentação, utilizando 
instrumentos padronizados como o QUADA e QUAFDA, podem produzir 
informações importantes para a implementação de programas visando à promoção 
da alimentação saudável e prática de atividade física. 
Referências 
PALMA, S, M.; CAMARGO,A.V.; PONTES.P.F.M. Efeitos da atividade física 
sistemática sobre o desempenho motor de crianças pré-escolares. Revista de 
Educação Física/UEM, Maringá, 2012. 
 
 
Tipo de trabalho: Resumo Expandido (3 a 6 páginas) 
Área: Saúde da Criança e Adolescente 
 
 
 
FRANZ,B.B.L; OLIVEIRA, R.K. Estilo de vida e saúde. Coleção Saúde Coletiva. Ijuí: 
Ed. Unijuí, 2013.- 200p. 
SILVA,C.V.P.; COSTA JR, L. A. Efeitos da atividade física para a saúde de crianças 
e adolescentes. Psicologia Argumento, 2011. 
COSTA, FF.; ASSIS, MAA.;Nível de atividade física e comportamentos sedentários 
de escolares de sete a dez anos de Florianópolis-SC. Revista Brasileira de Atividade 
Física & Saúde, 2010. 
Cabral LGA, Costa FF, Liparotti JR. Evidências preliminares de validade da seção de 
atividade física do Questionário de Atividade Física e Alimentação do Dia Anterior 
(QUAFDA). Revista Brasileira Atividade Física e Saúde. 2011;16(2):100-6. 
Assis MA, Benedet J, Kerpel R, Vasconcelos FAG, Di Pietro PF, Kupek E. Validação 
da terceira versão do Questionário Alimentar do Dia Anterior (QUADA-3) para 
escolares de 6 a 11 anos. Cadernos Saúde Pública. 2009;25(8):1816-26. 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, Diretoria de Pesquisas, 
Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saúde do 
Escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2009. 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, Diretoria de Pesquisas, 
Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saúde do 
Escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.

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